Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O poder regulamentar é
subjacente à lei e pressupõe a
existência desta. É com esse
enfoque que a Constituição
autorizou o Chefe do Executivo a
expedir decretos e regulamentos:
viabilizar a efetiva execução das
leis (art. 84, IV)
Lei e poder regulamentar
Não pode haver regulamentação
contra legem
a omissão regulamentadora é
A lei dispõe que o Poder Executivo inconstitucional, visto que, em
deve proceder a sua última análise, seria o mesmo que
regulamentação. atribuir ao Executivo o poder de
legislação negativa em contrário
ultrapassado o prazo de
os titulares de direitos previstos na
regulamentação sem a edição do
lei passam a dispor de ação com
respectivo decreto ou
vistas a obter do Judiciário decisão
regulamento, a lei deve tornar-se
que lhes permita exercê-los
exequível
Competência exclusiva do
Congresso Nacional “sustar os atos
normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder
Controle da regulamentação regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa”
Tecnicamente, o termo
“regulamentar” significa editar um
regulamento (ato administrativo
privativo do chefe do Executivo).
Assim, neste âmbito, é um erro
afirmar que leis “regulamentam”.
É a roupa da lei.
Constitucionalidade duvidosa e
controvérsia doutrinária.
1.2.1. importante observar que só se considera poder regulamentar típico a atuação administrativa de complementação de leis, ou atos análogos a elas
2.2.2. casos que a Constituição autoriza determinados órgãos a produzirem atos que, tanto como as leis, emanam diretamente da Carta e têm natureza primária
3. Função
3.1. estabelecer detalhamentos quanto ao modo de aplicação de dispositivos legais, dando maior concretude, no âmbito interno da Administração Pública, aos comandos gerais e abstratos presentes na legislação
4. Espécies
4.1. regulamentos administrativos ou de organização
4.1.1. disciplinam questões internas de estruturação e funcionamento da Administração Pública ou relações jurídicas de sujeição especial do Poder Público perante particulares
4.2.1.1. Poder Legislativo delega ao Executivo a disciplina de matérias reservadas à lei, transferindo temporariamente competências legislativas para a Administração Pública.
4.2.1.1.1. O Poder Legislativo delega temporariamente ao Executivo matérias que seriam de competência de lei. É diferente da "reserva de regulamento".
4.3.1. regulamentos comuns expedidos sobre matéria anteriormente disciplinada pela legislação permitindo a fiel execução da lei.
4.3.1.1. único objetivo de estabelecer qual entre as possíveis interpretações da lei é aquela que passará a ser obrigatória para a estrutura administrativa vinculada à obediência do decreto
4.3.1.2. as disposições gerais e abstratas da lei têm seu campo de discricionariedade reduzido pelo decreto a uma única forma válida de aplicação no âmbito da Administração Pública.
4.4.1. atos destinados a prover sobre situações não contempladas na lei (temas não disciplinados na legislação).
4.4.1.2. Só podem existir em determinado ordenamento mediante expressa previsão constitucional porque pressupõem uma “reserva de regulamento”, isto é, um conjunto de temas que o texto constitucional retirou da competência do Legislativo e atribuiu, reservou ao Poder Executivo para disciplina via decreto.
4.4.1.2.1. No Brasil, a Emenda Constitucional n. 32/2001 definiu dois temas que só podem ser disciplinados por decreto do Presidente da República:
4.4.1.2.1.1. organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos
5. Forma/Formalização
5.1. Atos de regulamentação de primeiro grau
5.1.1.1. Decretos
5.1.1.2. Regulamentos
5.2. Outros
5.2.2. Tais atos têm círculo de aplicação mais restrito, mas, veiculando normas gerais e abstratas para a explicitação das leis, não deixam de ser meios de formalização do poder regulamentar.
5.2.3.1. referida delegação não é completa e nem integral. Ao contrário, sujeita-se a limites
5.2.3.2. Ao exercê-la, o legislador reserva para si a competência para o regramento básico (lei), calcado nos critérios políticos e administrativos, transferindo tão somente a competência para a regulamentação técnica mediante parâmetros previamente enunciados na lei (pelo legislador).
5.3. Diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias.
6. Art. 84 da Constituição Federal
6.1. art. 84, IV; “compete privativamente ao Presidente da República: IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”
8. Indelegabilidade
8.1. São indelegáveis os regulamentos executivos (art. 84, IV, da CF).
8.1.1. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 da Constituição Federal prevê a possibilidade de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União a competência para dispor, mediante decreto, sobre:
8.1.1.1. organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos
9. Competência
9.1. Nos termos do art. 84, IV, da Constituição Federal, a competência regulamentar é privativa dos chefes do Executivo.
11.1.1. é ilegítimo o exercício do poder regulamentar sobre leis de direito privado ou que só disciplinem relações jurídicas entre particulares
11.2.1. O poder regulamentar é subjacente à lei e pressupõe a existência desta. É com esse enfoque que a Constituição autorizou o Chefe do Executivo a expedir decretos e regulamentos: viabilizar a efetiva execução das leis (art. 84, IV)
11.2.3. Porém, é possível a fixação de obrigações subsidiárias (ou derivadas) – diversas das obrigações primárias (ou originárias) contidas na lei
11.3. Só por lei se regula liberdade e propriedade; só por lei se impõem obrigações de fazer ou não fazer, e só para cumprir dispositivos legais é que o Executivo pode expedir decretos e regulamentos, de modo que são inconstitucionais regulamentos produzidos em forma de delegações disfarçadas oriundas de leis que meramente transferem ao Executivo a função de disciplinar o exercício da liberdade e da propriedade das pessoas.
11.5.1. A lei dispõe que o Poder Executivo deve proceder a sua regulamentação.
11.5.1.1. a omissão regulamentadora é inconstitucional, visto que, em última análise, seria o mesmo que atribuir ao Executivo o poder de legislação negativa em contrário
11.5.2. o legislador está implicitamente admitindo que a lei precisa ser complementada para merecer devida e correta aplicação
11.5.3. deve necessariamente apontar o prazo fixado para ser expedido o ato de regulamentação
11.5.3.1. Nesse prazo, a lei ainda não se torna exequível enquanto não editado o respectivo decreto ou regulamento, e isso porque o ato regulamentar, nessa hipótese, figura como verdadeira condição suspensiva de exequibilidade da lei.
11.5.3.2. ultrapassado o prazo de regulamentação sem a edição do respectivo decreto ou regulamento, a lei deve tornar-se exequível
11.5.3.2.1. os titulares de direitos previstos na lei passam a dispor de ação com vistas a obter do Judiciário decisão que lhes permita exercê-los