Você está na página 1de 2

Paratiroides

As paratiroides são quatro glândulas endócrinas que se encontram localizadas na parte


posterior de cada um dos lobos da tiroide (esquerdo e direito). Pesam acerca de 0,4g e medem
3 x 6 mm. Esta glândula apresenta um parênquima organizado numa estrutura cordonal, aonde
as suas células estão organizadas em cordões e rodeadas por capilares sanguíneos. Para além
disso, estas conseguem secretar a hormona paratiroideia ou a paratormona (PTH), uma
hormona polipeptídica responsável por regular os níveis de cálcio no sangue.

Cada uma das paratiroides está circundada por uma cápsula de tecido conjuntivo, que se
ramifica para o interior da glândula, originando trabéculas que são contínuas com as fibras
reticulares que sustentam as células secretoras. As trabéculas, também designadas de septos,
dividem o parênquima em grupos de células secretoras.

Esta é constituída predominantemente por células basófilas que secretam a PTH, as células
principais, que são menores, de forma poligonal, com um núcleo central e um citoplasma
pouco acidófilo e claro. Como também é composta pelas células oxífilas, que surgem
principalmente depois da primeira década de vida e que não tem uma função conhecida. Estas
são poligonais, contudo maiores que as células principais, possuem um núcleo basófilo (azul-
aroxeado) e um citoplasma bastante eosinofílico (rosa) e grande.

Para além dos dois tipos de células que foram anteriormente mencionadas, podem se
encontrar também as clear cells, células que possuem núcleos muito idênticos aos das células
principais, mas que apresentam um citoplasma um pouco aguado e claro, conferindo a estas
um aspeto transparente. Atualmente não se conhece a função destas células.

No interior desta glândula pode se encontrar também, vasos linfáticos, nervos, como também
grandes concentrações de adipócitos, que aumenta de acordo com a idade.

Adrenais
As adrenais são duas glândulas cordonais, pequenas e achatadas com forma de semi-lua
localizadas no polo superior de cada um dos rins e por esse motivo estas também podem ser
designadas de supra-renais. O tamanho destas varia com a idade e com as condições
fisiológicas do ser humano, pesando as duas glândulas em conjunto num individuo adulto 8g.
Para além disso, estas possuem células que produzem uma enorme variedade de hormonas
que ajudam principalmente na pressão sanguínea, metabolismo e resposta aos stress.

Cada glândula encontra-se envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, que envia
para o interior diversos septos. Exteriormente a esta cápsula encontram-se vasos sanguíneos
aferentes. Já no interior das adrenais, isto é, no parênquima, vão existir duas camadas
diferentes: uma periférica, o córtex ou camada cortical, de cor amarelada e uma outra camada
mais central, a medula ou camada medular, de cor acinzentada. Estas duas camadas têm
origens embriológicas diferentes, enquanto que o córtex tem origem mesodérmica, a medula
tem origem neuroectodérmica.
No córtex, vamos ter células que secretam hormonas esteróides, responsáveis pelo equilíbrio
de eletrólitos e água no organismo e hormonas responsáveis pelo metabolismo de
carboidratos, proteínas e lípidos. De acordo com composição celular, exposição e arquitetura, o
córtex pode ser divido em diferentes zonas. Logo abaixo da cápsula existe a zona glomerular,
constituída por aglomerados de glomérulos de células, isto é, cordões de células em forma de
arcos. Estas células piramidais ou colunares, produzem a aldosterona, usufruem de um núcleo
central e redondo que cora intensamente e de um citoplasma com aspeto espumoso, devido à
elevada concentração de lípidos. De seguida, vamos ter a zona fasciculada, formada por
cordões de células paralelos, retos e regulares com aproximadamente duas células de
espessura, uma ao lado da outra, que secretam o cortisol. Estes cordões encontram-se
dispostos perpendicularmente à superfície do órgão. As células desta zona, tal como as células
da zona glomerular, também são poliédricas e apresentam um aspeto espumoso, devido à
presença de um citoplasma abundante, rico em lípidos. Estas aparecem vacuolizadas nas
preparações histológicas devido à dissolução dos lípidos e por causa dessa mesma
vacuolização, também são designadas de espongiócitos. Por fim, temos a zona reticulada, a
camada mais interna do córtex, que apresenta corredores com apenas uma célula de espessura
que acompanham os cordões da zona fasciculada, ou seja, apresenta cordões irregulares que
formam uma rede anastomosada. As células desta zona produzem a testosterona, são
pequenas e possuem um citoplasma mais eosinofílico. Por vezes, estas apresentam a
lipofucsina, um pigmento próprio desta zona, grande e bastante numeroso em indivíduos
adultos. No interior destas diversas zonas vão existir capilares sinusoides para poderem
transportar as hormonas ao local aonde são secretadas.
Na camada medular, temos as células cromafins, muito escuras e basófilas (azuis), células
neuroendócrinas que secretam as catecolaminas. Ainda na medula existem as células
ganglionares, células com um citoplasma liso eosinofílico e um núcleo com nucléolo visível, que
aparecem no meio de todas as outras células. Surgem também vasos medulares de grandes
dimensões que drenam para o exterior as adrenais, que fazem parte de toda a rede sanguínea
e que drenam para todos os capilares. As células desta zona encontram suportadas por uma
rede de fibras reticulares.

Você também pode gostar