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Sumário 02-06-2020

Unidade 3 – transformação e utilização de energia pelos seres vivos


OBTENSÃO DE ENERGIA: Fermentação

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS


UNIDADE 3 – TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS

➢ OBTENSÃO DE ENERGIA:
• Fermentação
• Respiração aeróbia

➢ TROCAS GASOSAS EM SERES VIVOS MULTICELULARES:


• Trocas gasosas nas plantas
• Trocas gasosas nos animais
LIVRO – pág. 149


▪ Conhecer a existência
da fermentação como
via catabólica para a
produção de ATP;

▪ Compreender que as células


dos músculos esqueléticos
podem realizar fermentação
láctica;
METABOLISMO CELULAR
ANABOLISMO
METABOLISMO CELULAR reações metabólicas de síntese de moléculas
mais complexas a partir de moléculas mais
simples implicando consumo de energia.
Metabolismo celular Exemplo: Síntese proteica a partir de
é um conjunto de reações aminoácidos.
bioquímicas e processos O metabolismo é
físicos que decorrem nas usualmente CATABOLISMO
células dos organismos. dividido em duas reações metabólicas em que compostos
Estas reações categorias: químicos complexos são degradados em
metabólicas são moléculas mais simples com libertação de
catalisadas por enzimas. energia.
Exemplo: Oxidação da glicose na respiração
celular.
Metabolismo celular
Anabolismo: as moléculas mais simples são convertidas em moléculas mais complexas.
Este processo necessita de energia.

Energia
Catabolismo: as moléculas mais complexas são transformadas em moléculas mais simples.
Este processo liberta energia.

Energia
Este processo corresponde a
uma oxidação parcial da o rendimento energético da
molécula de glicose, com fermentação é inferior ao da
formação de um composto respiração aeróbia, uma vez que
final ainda muito rico em os produtos finais da reação são
energia, como por exemplo o mais ricos em energia do que os
álcool etílico. da respiração aeróbia.

FERMENTAÇÃO

Alguns organismos que Dióxido


vivem frequentemente em Açúcar Leveduras Oxigénio de carbono Álcool
ALCOÓLICA
ambientes sem oxigénio
(ambientes anaeróbios), Na natureza ocorrem diferentes processos LÁCTICA
como é o caso de muitos de fermentação, que levam à formação de
fungos, possuem uma via produtos finais diversos. Contudo, a ACÉTICA
metabólica alternativa primeira fase da fermentação é sempre a
para a produção de glicólise, fase comum também à respiração BUTÍRICA
energia a partir da glicose aeróbia.
TIPOS DE REAÇÕES CATABÓLICAS
• No início do sec. XIX Louis Pasteur desenvolveu uma série de experiências
para entender o processo fermentativo levado a cabo por leveduras.

 São fungos unicelulares que se multiplicam rapidamente


quando as condições são favoráveis.

Saccharomyces cerevisiae

Nº de
Turvação da
Dispositivo Temperatura indivíduos Odor
cal
observados
A
Aumento Cheiro a
(sem Aumento Água turva
ligeiro álcool
oxigénio)
B Aumento
Aumento Água muito
(com muito Sem cheiro
acentuado turva
oxigénio) acentuado

LIVRO – pág. 153


Experiências
de Pasteur
Processo anaeróbio (sem utilização de O2), realizado por certas espécies de
bactérias e leveduras, durante o qual moléculas orgânicas são utilizadas na
produção de ATP.
 As leveduras são capazes de degradar a glicose na presença e
ausência de oxigénio
 A degradação da glicose permite obter energia;
 O processo é mais eficaz na presença de oxigénio;
 Na ausência de oxigénio forma-se etanol e CO2.
Os produtos finais mais comuns da fermentação são o
álcool etílico ou ácido lático.

▪ Na fermentação lática, o ácido pirúvico é reduzido


(com hidrogénio proveniente da fase anterior –
glicólise) originando ÁCIDO LÁTICO.

▪ Na fermentação alcoólica, além da redução,


o ácido pirúvico sofre descarboxilação, resultando um
composto com 2 C, o ÁLCOOL ETÍLICO.

O rendimento energético da fermentação é muito inferior ao da respiração aeróbia:


apenas 2 moléculas de ATP, em contraste com as 38 moléculas de ATP resultantes da
oxidação completa da glicose (em água e dióxido de carbono).
Os processos de fermentação envolvem conjuntos
de reações enzimáticas que ocorrem no
hialoplasma:
❖ Glicólise – ocorre a degradação da glicose
em ácido pirúvico;

❖ Redução do ácido pirúvico – conduz à


formação dos produtos de fermentação
❖ Glicólise – ocorre a degradação da glicose em ácido pirúvico;
 Degradação da GLICOSE com formação de duas
moléculas de ÁCIDO PIRÚVICO.
 Engloba a fase de ativação e fase de rendimento.

Balanço glicólise:
✓ formam-se 2 NADH + H+
✓ gastam-se 2 ATP
✓ formam-se 4 ATP
✓ formam-se 2 Ác. pirúvico

LIVRO – pág. 154


GLICOSE
686 Kcal
Distribuição energética da glicose:
(686 kcal/mol):
2 Ac. Pirúvico 2 NADH CALOR
➢ Formam-se 2 NADH –16% -105 kcal/mol
➢ rendimento 2 ATP –2% -14 kcal/mol 546Kcal 105Kcal 21 Kcal
➢ energia calorífica –3% -21 kcal/mol
➢ formam-se 2 Ác. Pirúvico–79% -546 kcal/mol
▪ O ácido pirúvico, ou moléculas orgânicas que se formam a
partir deste, são aceptoras dos eletrões do NADH, o que
permite regenerar o NAD+.

▪ O NAD+ pode, assim, voltar a ser utilizado na oxidação da


glicose com formação de 2ATP.

▪ Os produtos finais da fermentação dependem da molécula


orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico.
 Redução do
ácido pirúvico.
 Consoante o
produto
formado
podemos
considerar
diferentes
processos
fermentativos.
Após a glicólise, o ácido pirúvico experimenta uma descarboxilação
(liberta CO2) originando aldeído acético que por redução origina o
etanol (composto altamente energético).
RESPIRAÇÃO:
processo de obtenção de energia cujo aceptor final de eletrões é uma molécula inorgânica

Respiração aeróbia O aceptor final de eletrões é o O2


Respiração anaeróbia O aceptor final de eletrões é o CO2, NO2, SO4 2-
FERMENTAÇÃO:
processo de obtenção de energia cujo aceptor final de eletrões é uma molécula orgânica
Fermentação alcoólica O produto final é o etanol ou álcool etílico
Fermentação láctica O produto final é o acido láctico
Fermentação acética O produto final é o acido acético
Fermentação butírica O produto final é o acido butírico
Anaeróbios obrigatórios – não usam oxigénio
Seres vivos
Aeróbios facultativos– usam oxigénio
Após a glicólise, o ácido pirúvico
experimenta uma redução, originando
o ácido láctico (composto altamente
energético).
RESPIRAÇÃO AERÓBIA

▪ A respiração celular ou respiração aeróbia* é


o processo pelo qual as células transferem a
energia de compostos orgânicos para o ATP,
molécula que armazena energia “pronta a
usar” pela célula.
▪ A glicose é o substrato mais comum da
respiração aeróbia.
▪ A equação geral da respiração aeróbia é:

C6H12O6 + 6 O2 6 H2O + 6 CO2 + 36 ATP


glicose oxigénio água dióxido de energia
carbono

▪ A respiração aeróbia é uma sequência de


reações químicas catalisadas por enzimas.

* Aeróbia significa dependente da presença de oxigénio.


Fermentação láctica
Nas células musculares humanas, durante um exercício físico
intenso, pode realizar-se fermentação láctica, além da
respiração aeróbia. A fermentação permite a obtenção de um
suplemento de energia. Contudo, a acumulação de ácido láctico
nos tecidos musculares provoca dores.
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA

FERMENTAÇÃO LÁCTICA

FERMENTAÇÃO ACÉTICA

FERMENTAÇÃO BUTÍRICA
FERMENTAÇÃO LÁCTICA

FERMENTAÇÃO ACÉTICA

FERMENTAÇÃO BUTÍRICA
FERMENTAÇÃO ACÉTICA

FERMENTAÇÃO BUTÍRICA
RESPIRAÇÃO AERÓBIA

▪ A respiração aeróbia é um conjunto de reações


químicas exotérmicas (com libertação de
energia), de oxidação da glicose (ou degradação
oxidativa da glicose).

▪ Nem toda a energia libertada nessas reações


é transferida para o ATP. Uma parte é perdida
na forma de calor.

▪ A respiração aeróbia ocorre em quase todas as


células vivas, em animais, plantas, algas, fungos
e bactérias.

▪ Nas células eucarióticas, a degradação oxidativa


da glicose tem início no hialoplasma, mas a
maior parte das reações ocorre na mitocôndria.

▪ Nos procariontes, a respiração aeróbia ocorre


no citoplasma e na membrana plasmática.

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