O documento discute a complexidade da preservação da floresta amazônica no Brasil, apontando os interesses econômicos conflitantes entre exploração e preservação, assim como as dificuldades políticas em promover uma agenda ambiental diante da influência do agronegócio no Congresso. Defende que a divulgação ampla das questões ambientais nas redes sociais e mídia pode ajudar a dominar o debate público e forçar os políticos a desenvolver propostas mais efetivas de preservação.
O documento discute a complexidade da preservação da floresta amazônica no Brasil, apontando os interesses econômicos conflitantes entre exploração e preservação, assim como as dificuldades políticas em promover uma agenda ambiental diante da influência do agronegócio no Congresso. Defende que a divulgação ampla das questões ambientais nas redes sociais e mídia pode ajudar a dominar o debate público e forçar os políticos a desenvolver propostas mais efetivas de preservação.
O documento discute a complexidade da preservação da floresta amazônica no Brasil, apontando os interesses econômicos conflitantes entre exploração e preservação, assim como as dificuldades políticas em promover uma agenda ambiental diante da influência do agronegócio no Congresso. Defende que a divulgação ampla das questões ambientais nas redes sociais e mídia pode ajudar a dominar o debate público e forçar os políticos a desenvolver propostas mais efetivas de preservação.
A preservação da floresta amazônica é uma questão mundial.
Todos os apelos se voltam
para a ampliação do desenvolvimento sustentável. O termo, acredito, é uma utopia capitalista que sob o manto da preservação busca maquiar a exploração com uma embalagem de consciência ambiental. Órgãos mundiais de comercio, como a Organização Mundial do Comércio (OMS) e a Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) buscam em suas diretrizes alinhar as ações de preservação ambiental e o desenvolvimento do comercio. Outras entidades que estudam o clima, mapeiam o desmatamento e fiscalizam as explorações ilegais também trabalham para a melhoria na preservação ambiental. Mas todos os esforços são mínimos diante do apetite voraz da exploração. Ocupando oito unidades federativas do Brasil com a economia girando principalmente em torno de comodities e matéria prima, como madeira, agricultura e gado, as tentativas são principalmente pensadas a longo prazo no sentido de coibir a exploração, incentivar o reflorestamento e fornecer isenções fiscais além de regulamentar as liberações de terras. Terras que não são do governo, mas o Estado é o principal orgão de controle de propriedade, sendo assim os interesses patrimonialistas e o jogo de interesses pautam essas regulamentações. Desde que assumiu o cargo, em 2018, os principais esforços do governo Bolsonaro foram no sentido de facilitar as ações de madeireiras ilegais, desfazer acordos internacionais de preservação ambiental, desmontar orgãos de controle e fiscalização como o Ibama e desacreditar e aparelhar órgãos que tratam das questões indígenas como a Funai. Esses esforços foram bem sucedidos resultando em dados de exploração que aumentaram exponencialmente sendo a maior desde 2003. O governo também conta com o apoio de populações essencialmente pobres que vivem do que extraem e abandonados pelas políticas públicas de enfrentamento acabam tendo na exploração seu único meio de renda e o entendimento da preservação acaba ignorado pela necessidade maior que a fome impõe. Mas se com tantos esforços mundiais de preservação, por que o problema é tão complexo e de distante previsão de resolução? Como dito anteriormente, por ocupar uma área muito grande do Brasil, com várias complexidades e várias realidades econômicas diferentes se torna essencial mapear cada complexidade regional e trabalhá-las de modo a se buscar diferentes soluções para cada região. As reservas indígenas também deveriam entrar no cento do debates, pois, principais agentes da preservação ambiental também são vistos como o atraso do progresso e o ingresso de muitos deles na política ajudam a levar a questão ambiental para os debates públicos, pois ao se ouvirem essas vozes é que podemos compreender como a cada complexidade necessita de uma amplo debate de resolução do problema. Um dos principais obstáculos para a ampliação do debate ambiental está no Congresso Nacional. As famosas bancadas temáticas que são a união de políticos com interesses comuns também são responsáveis por fazer leis que viabilizam a atuação do comercio indiscriminados. Praticamente todos os deputados e senadores que integram a bancada do agro são ruralistas com alto poder aquisitivo. Suas exportações ocupam boa fatia do PIB brasileiro e o alto poder econômico é paralelo ao poder de influência, o que resulta em gerações de famílias agropecuaristas se elegendo e dominando o mercado, a política e as influencias nas decisões de políticas públicas de fomento a expansão do comercio agropecuário. É fato que as decisões tomadas pelo ministro do meio ambiente do governo Bolsonaro assustaram até esse setor, pois parte das cláusulas de comercio internacional prevêm o cumprimento das leis ambientais e indo de econtro a essas claúsulas causou o afastamento de investidores e a inviabilidade de novos contratos de exportação. Uma política que inviabiliza as discussões ambientais é o de livre comercio que incentivam a preferência dos produtores pela exportação e que torna o produto mais caro para os brasileiros. A situação é tão impressionante que os maiores fornecedores de produtos alimentícios para o mercado nacional são as cooperativas e os assentamentos do MST que através da agricultura familiar, aquela que é formada por pequenos produtores que produzem o alimento para todo o território nacional, mas é vista com desconfiança por parte da população que saturada de notícias sensacionalistas, acreditam que a principal atividade do MST é tirar a casa das pessoas. Vê-se então que os diferentes setores da sociedade, seja por interesse econômico de domínio de mercado, seja por não conhecimento que os efeitos a longo prazo do desmatamento da região amazônica solapam a questão ambiental transformando os órgãos ambientais em inimigos do progresso. Logo, se uma nação diverge em assuntos que dizem respeito à preservação, como resolver esse problema tão complexo? Acredito que a um dos caminhos mais viáveis é entidades de preservação trazerem o assunto a todos os meios de comunicação até em redes sociais, o dinheiro pode vir das parcerias internacionais e criação de novos fundos, como o Fundo Amazônia. Assim como o principal auxiliar da eleição do governo Bolsonaro foi a divulgação de notícias falsas nas redes sociais e consequente aproximação com o eleitorado mediano, o debate ambiental também pode ser feito dessa maneira. Dessa maneira os políticos não terão outra alternativa a não ser desenvolver propostas de preservação mais atuante, levando em conta o contexto socioeconômico de cada região. Vivemos no mundo da informação e ignorar essa janela de comunicação é um erro crasso. a divulgação da questão ambiental tem que sair de documentários em sua maioria chatos e com uma dialética complicada que não alcançam a maioria da população. A discussão sobre renda mínima também tem que ser ampliada a todos os meios de comunicação, pois já sido provado sua viabilidade, também é uma ferramenta eficaz para dominar o discurso público, se colocando contrapartidas como a priorização aos moradores de áreas de floresta, também dificulta ações extrativistas prejudiciais, a questão do garimpo ilegal também é de extrema importância, pois as leis são burladas até por empresas extrativistas com maior capital econômico, é preciso que se leve também aos fóruns mundiais. Como proposição de medidas punitivas extremamente onerosas para os que infringem as leis ambientais de exploração. Toda essa proposição de soluções precisam ser mais amplamente divulgada, para então dominar o centro do debate. Assim como a cultura do “ Agro é pop" que domina os horários nobres das redes de conceção publica, é possível também trazer a cultura do “Preservação é Pop" . Além de ampliar as discussões nas escolas públicas, universidade, e em todos os setores de produção intelectual.