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Encerramento do Exercício Encerramento do Exercício

1. Introdução: OPERAÇÕES DE FIM DE PERÍODO:


No final de cada período mensal, existe um conjunto de operações que as empresas devem
Este curso tem como objetivo geral dotar os formandos de competências na área da
contabilidade: efectuar, para garantir o cumprimento dos princípios contabilísticos. São estas:
- Pretende-se que o aluno apreenda as noções básicas de contabilidade e entenda a lógica  Reconciliação Bancária
subjacente aos seus princípios.
- Pretende-se que o aluno conheça os principais conceitos no âmbito da contabilidade e,  Acréscimos e Diferimentos
consequentemente saiba analisar documentos e efectuar operações contabilísticas.  Amortizações
Especificamente pretende-se dotar o aluno de ferramentas que lhe permitam:
Ainda que as últimas duas, façam parte das chamadas “Operações de Fim de Exercício” e a sua
 Conhecer as obrigações em matéria de contabilidade
 Apreender a linguagem contabilística obrigatoriedade seja anual, o princípio da especialização do exercício aconselha a que sejam
 Saber apresentar e analisar as principais rubricas do Balanço efectuadas mensalmente.
 Sabes efectuar os principais lançamentos contabilísticos de operações correntes e
de lançamento do período da empresa.
 Saber ler uma Conta de Resultados e um Balanço em Contabilidade Geral da Reconciliação Bancária:
Empresa Denomina-se Reconciliação Bancária à conferência da conta de Depósitos à Ordem. Esta
Não sendo um manual exaustivo do tema, pretende-se que a sua leitura complemente os
conferência é feita pela comparação entre o extracto da contabilidade da empresa e o extracto da
conceitos dados nas aulas.
conta que o banco envia aos seus depositantes, através do saldo reconciliado.
Isto é feito simulando o registo da operação, onde ela ainda não foi registada e regista-se da
forma como deverá ser depois de tudo lançado.
Temos de seguida o exemplo:

No Banco Na Empresa
Descrição D C D C
Saldo em ___/___/___ 1.122.295 Akz 638.461 Akz
Operações em transito:
* N/Cheque
284.315 Akz 249.399 Akz 4.988 Akz
* Pag. Clientes
* Cobranças de Serviços
TOTAIS 284.315 Akz 1.122.295 Akz 887.860 Akz 4.988 Akz
Saldo Reconciliado 837.980 Akz 837.980 Akz
TOTAIS 1.122.295 Akz 1.122.295 Akz 887.860 Akz 887.860 Akz

O Saldo Reconciliado significa aquilo de que podemos dispor no banco.

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Acréscimos e Diferimentos:  Devoluções de compras efectuadas no exercício em curso, mas cuja nota de crédito do
Acréscimos e Diferimentos são operações de registo e contabilização com um único objectivo: fornecedor só foi emitida no exercício seguinte;
 Permitir o registo dos custos e dos proveitos nos exercícios a que respeitam, Encargos ou serviços prestados no exercício em curso, mas facturados apenas no exercício
independentemente dos respectivos recebimentos ou pagamentos. económico seguinte;
Para melhor se compreender o funcionamento destas operações convém ter atenção aos Esta conta movimenta-se do seguinte modo:
seguintes conceitos que, no nosso dia-a-dia se confundem, mas que são bastante úteis:  Debita-se no final de cada ano pelos rendimentos do exercício a receber no exercício
 Despesas: são obrigações de carácter financeiro, ou seja, aquisições de bens e serviços económico seguinte;
independentemente do seu pagamento ou consumo;  Credita-se no exercício seguinte quando da efectivação da correspondente receita (ou
 Gastos: são consumos e utilizações de bens e serviços, independentemente da sua recebimento).
aquisição; Deste modo, o seu saldo será sempre devedor ou nulo.
 Receitas: são direitos de carácter financeiro, ou seja, vendas de bens e prestação de Seguidamente será apresentado um exemplo:
serviços independentemente do seu recebimento ou da sua formação;
 Rendimentos: correspondem à produção de bens ou serviços, independentemente da sua Exemplo:
venda. Certa empresa detém obrigações de outra, que vencem juros semestrais em 31/01 e em 31/07 de

Deste modo, as operações de acréscimos e diferimentos servir-nos-ão para atribuir a cada cada ano. Se considerarmos que em 31/01/n+1 a empresa ia receber juros semestrais de 60.000

exercício económico os respectivos consumos e utilizações de bens e serviços (gastos) e as akz.


Movimentação:
correspondentes produções de bens e serviços (rendimentos), independentemente da sua
Aquando da contabilização dos juros vencidos e não recebidos em 31/12/n: (5 meses a 10.000akz
aquisição / venda / e /ou do seu pagamento / recebimento, respectivamente.
por mês):

Proveitos a Facturar (conta 37.3)


“Esta conta serve de contrapartida aos proveitos a registar no próximo exercício, ainda que não
tenham documentação vinculada, cuja receita só venha a obter-se em exercício ou exercícios
posteriores.” – PGCA
Esta conta regista os rendimentos imputáveis ao exercício, mas cuja receita apenas ocorrerá no
exercício ou exercícios económicos seguintes.
São exemplos de rendimentos a reconhecer: Aquando da contabilização dos juros vencidos entre 01/01/n+1 e 31/01/n+1 e o montante

 Juros de depósito a prazo que dizem respeito ao exercício, mas que o banco só ira creditar totalmente recebido:

no exercício seguinte porque só nessa data se dá o seu vencimento;


 Rendimentos de participações de capital relativos ao exercício, mas que serão apenas
atribuídos no exercício seguinte;
 Bónus, comissões, descontos especiais respeitantes ao exercício em curso, mas que serão
apenas creditados e recebidos no exercício económico seguinte;

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Gastos a reconhecer (conta 37.4) Mensalmente, contabilização proporcional do valor inicialmente pago como custo – 1/6 do valor,
“Compreende os custos que devem ser reconhecidos nos exercícios seguintes. A quota-parte dos ou seja 100.000akz por cada mês:
diferimentos incluídos nesta conta que foi atribuída a cada exercício irá afectar directamente a
respectiva conta de custos.” – PGCA.
Ou seja, os gastos a reconhecer são portanto despesas ocorridas no exercício, cujo consumo ou
utilização se verificará somente em exercícios seguintes. Deste modo, como os gastos
representam consumos, então deverão ser classificados como gastos de exercícios seguintes e
não do corrente exercício. Um dos casos que acontece com mais frequência é o facto de, no início
de Dezembro de determinado ano, é paga a renda de casa relativamente ao mês seguinte que por
conseguinte é Janeiro do ano seguinte. O exercício contabilístico é efectuado num exercício, mas Encargos a pagar (conta 37.5)
a utilização do bem só se dá no ano seguinte. São exemplos de gastos a reconhecer os que a “Esta conta serve de contrapartida aos custos a reconhecer no próprio exercício, ainda que não
seguir se apresentam: tenham documentação vinculativa, cuja despesa só venha a incorrer-se em exercício ou exercícios
 Rendas adiantadas; posteriores.” – PGCA.
 Prémios de seguro antecipados; Tal como os proveitos, também existem imputáveis ao exercício económico, cujo suporte
 Juros antecipados; documental (factura, recibo, etc) só é emitido no exercício seguinte. Deste modo, como os
 Desconto de letras e outros títulos; consumos devem ser atribuídos ao exercício em que ocorrem, deve-se então proceder à sua
 Prémios de reembolso na emissão de obrigações e títulos de participação; contabilização, mesmo que o documento que lhe deu origem seja datado do exercício económico
 Publicidade adiantada, etc. seguinte. São exemplos destas despesas as seguintes:
Esta conta movimenta-se do seguinte modo:  Consumo de água, energia, telefone, referentes aos últimos meses de cada exercício;
 Debita-se pelas despesas suportadas, cujo gasto se reporte a exercícios seguintes;  Juros relativos ao exercício e que serão processados no exercício seguinte;
 Credita-se pela transferência para o respectivo gasto, no exercício a que respeite.  Remunerações respeitantes ao exercício, cujo processamento terá lugar ao exercício
Deste modo, o seu saldo será sempre devedor ou nulo seguinte (por exemplo os encargos com férias).
 Seguros e outros encargos a liquidar.
Exemplo: Esta conta deve ser movimentada do seguinte modo:
Em 2 de Janeiro de n foram pagas as rendas antecipadas para o primeiro semestre do ano n,  Credita-se pelo montante dos encargos, uma vez que é conta do passivo;
totalizando 600.000akz. NOTA: para simplificação foi excluído o imposto predial urbano  Debita-se pelo pagamento do encargo.
Movimentação: O gasto reflecte-se pois nos resultados do exercício em que ocorre o consumo e não o
Aquando do pagamento das rendas (e respectiva contabilização do custo do primeiro mês): pagamento.

Exemplo:
Em Fevereiro/ n+1, foi paga a despesa do telefone no valor de 26.179 akz, relativa ao mês de
Dezembro/n.

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Movimentação: Exemplo:
Aquando do registo do gasto relativo ao exercício, em 31/12/n: Em Dezembro de n, foi recebido o montante de 500.000akz, respeitante à renda de um imóvel
que a empresa tem arrendado a um cliente. O valor corresponde aos primeiros 5 meses do ano
n+1 (Janeiro a Maio). NOTA: para simplificação foi excluído o imposto predial urbano.
Movimentação:
Aquando do recebimento da renda, em Dezembro do ano n:

Aquando do pagamento em Fevereiro/n+1:

Aquando do registo mensal do proveito correspondente ao mês (Janeiro a Maio de n+1):

Proveitos a reconhecer (conta 37.6)


“Compreende os proveitos que devem ser reconhecidos nos exercícios seguintes.” – PGCA.
Esta conta destina-se a registar a crédito, as receitas ou rendimentos obtidos no exercício, mas
imputáveis a exercício (s) seguinte (s).
São exemplos de Proveitos diferidos: Amortizações

 Rendas recebidas adiantadamente; Como se sabe, os imobilizados corpóreos e incorpóreos estão sujeitos a perder valor devido a

 Facturas emitidas sobre produtos a fornecer ou serviços a prestar no ano seguinte; vários factores. A esta perda sofrida por estes Activos dá-se o nome de depreciação, depreciação

 Prémios de emissão de obrigações e títulos de participação; essa que pode ter como causa os seguintes factores:

 Subsídios para cobertura de investimentos;  Ordem Física: são devidos quer ao desgaste funcional do bem, quer à sua depreciação

 Encargos debitados a clientes, na parte correspondente ao exercício seguinte, etc.. espontânea, provocada por corrosão ou inundações.

Esta conta deve ser movimentada do seguinte modo:  Ordem Económica: são devidos quer ao processo tecnológico que fazem com que esses

 Credita-se pelo valor já recebido, que deverá ser reconhecido no futuro; bens se tornem obsoletos, quer às modificações das preferências dos consumidores.

 Debita-se no mês a que respeita o rendimento. Para nos referirmos um activo mais correcto a nível contabilístico iremos usar a designação de
Depreciação/Amortização ou Reintegração quando nos referirmos à depreciação sofrida pelos
nossos imobilizados corpóreos e incorpóreos.

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Ao adquirirmos um activo, ele vai ser utilizado pela empresa durante vários exercícios. Deste
modo o seu valor de aquisição não será considerado como custo de um só exercício, o que
acontece, é que à medida que este imobilizado se vai depreciando, essa perda do seu valor
deverá ser tida como um custo de exploração desse exercício e ser por isso registado
contabilisticamente. 2º) Período de duração do bem
A depreciação/amortização deve pois mostrar de exercício para exercício qual foi a verdadeira Já se viu anteriormente que o encargo que representa a depreciação/amortização do bem deve
depreciação sofrida pelos activos tangíveis e intangíveis. ser repartido pelo período de duração desse bem. Porém, a determinação deste período de
Para se proceder ao cálculo correcto dessas depreciações/amortizações, as administrações fiscais duração desse bem. Porém, a determinação deste período é uma estimativa e depende de
estabeleceram regras para facilitar o seu apuramento, evitando assim que certas empresas empresa para empresa, dependendo por exemplo do uso dado ao bem, da qualidade do bem e
optassem por proceder a depreciações/amortizações muito elevadas nos primeiros anos, com o dos cuidados na sua conservação.
intuito de assim obterem resultados baixos nesses anos e por conseguinte pagarem menos
impostos. Critérios de Cálculo das Quotas de Depreciação/Amortização
Depois de se conhecerem estes elementos, pode-se então proceder ao cálculo do valor a
Cálculo da Quota de Depreciação/Amortização: amortizar, sendo que para tal dois vários critérios:
Por Quota de Depreciação/Amortização entende-se a redução do valor que a imobilização sofreu
durante determinado período (exercício económico). a) Critério das Quotas Constantes ou Linear
Para podermos proceder ao cálculo da quota de depreciação/amortização é necessário É o critério mais simples, consistindo na repartição equitativa do valor a amortizar pelos vários
conhecermos dois elementos importantes: períodos de reintegração. Por este facto, a parcela a amortizar anualmente é sempre a mesma.
Sendo (Qi) a quota de depreciação/amortização, e (n) a vida útil do bem, este valor obtém-se da
1º) Valor a Amortizar seguinte forma:
Valor a amortizar (Va): este valor resulta da diferença entre o valor inicial ou de origem do bem e
do seu valor residual.
 Valor Inicial ou de origem (Vo): entende-se por valor inicial ou de origem, o custo do bem
no momento em que este é adquirido. Este valor pode variar de acordo com as
circunstâncias em que a empresa o adquiriu, ou seja, se o adquiriu a terceiros o seu valor
será o valor da factura; mas se o bem foi construído ou fabricado na empresa, o seu valor
será o resultado do custo de fabricação. Deste modo, é possível construir um quadro de depreciações/amortizações, onde se consegue
 Valor Residual (Vr): este é o valor pelo qual que se espera vir a vender o bem quando a fazer a previsão da depreciação/amortização sofrida pelo bem durante a sua vida útil:
empresa deixar de o querer utilizar. Este valor é pois um valor fictício, uma vez que é uma
estimativa, podendo por isso estar sujeito a erros.

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Quota de Depreciações/ Taxa Exemplo:


Base de Cálculo Valor
Anos Depreciação/ Amortizações Depreciação/
(Vo-Vr)
Amortização Acumuladas
Contabilístico
Amortização
Suponha que uma empresa comprou um computador por 150.000akz em Janeiro de 2015. Prevê-
se que a sua vida útil seja de 4 anos, e que o valor residual do bem seja de 15.000akz
A sua resolução será:
1) Pelo critério das quotas constantes:
Preço de aquisição: 150.000akz
a) Critério das Quotas Degressivas
Valor Residual: 15.000akz
É um método de depreciação acelerada, pois a quota de amortização é maior durante os
Vida útil: 4 anos
primeiros anos de vida útil do bem do que nos últimos anos.
Quota = (150.000akz-15.000)/4 = 33.750akz
A justificação apresentada deve-se ao facto de no início o consumo do bem é geralmente maior,
O respectivo quadro de amortizações:
pois é durante esta fase que o bem se deteriora menos e logo por isso os custos com a sua
manutenção são também menores.
Neste método considera-se a “soma dos anos”, ou seja se um bem tiver uma vida útil de 5 anos, a Base de Cálculo
Quota de Depreciações/
Valor
Taxa
Anos Depreciação/ Amortizações Depreciação/
soma dos anos será 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15. (Vo-Vr) Contabilístico
Amortização Acumuladas Amortização

Sendo (n-i+1) o ano útil e (∑p) a soma dos anos, este valor obtém-se da seguinte forma: 2015 33.750 33 750,00 116 250,00
2016 33.750 67 500,00 82 500,00
135.000 25%
2017 33.750 101 250,00 48 750,00
2018 33.750 135 000,00 15 000,00

1) Pelo critério das quotas degressivas:


Preço de aquisição: 150.000akz
Valor Residual: 15.000akz
O respectivo quadro de amortizações: Vida útil: 4 anos
Soma dos anos: 4+3+2+1 = 10

Quota de Depreciações/ Taxa Quota = [(150.000akz-15.000) x (n-i-1) ]/10


Base de Cálculo Valor
Anos Depreciação/ Amortizações Depreciação/
(Vo-Vr)
Amortização Acumuladas
Contabilístico
Amortização
O respectivo quadro de amortizações:

Depreciações/ Taxa
Base de Cálculo Quota de Valor
Anos Amortizações Depreciação/
(Vo-Vr) Depreciação/Amortização Contabilístico
Acumuladas Amortização
2015 135.000 x 4/10 = 54.000 54 000,00 96 000,00 40%
Em Angola, o problema das amortizações e reintegrações encontra-se regulamentado em dois 2016 135.000 x 3/10 = 40.500 94 500,00 55 500,00 30%
135.000
2017 135.000 x 2/10 = 27.000 121 500,00 28 500,00 20%
documentos oficiais: 2018 135.000 x 1/10 = 13.500 135 000,00 15 000,00 10%
 Lei Nº19/14 de 22 de Outubro (Código do Imposto Industrial)
 Decreto Presidencial Nº207/15 de 5 de Novembro

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Contabilização: Algumas destas tarefas, de acordo com os princípios contabilísticos, são realizadas mensalmente.
As depreciações/amortizações contabilizam-se sempre da mesma forma: São elas:
 Amortizações
Aquisição do bem:  Acréscimos e diferimentos

Outras operações fazem-se apenas uma vez por ano, na altura de encerrar o exercício económico:
 Inventário físico
 Créditos Incobráveis
 Provisões

Pela amortização/depreciação: Inventário anual


Para que o valor contabilístico das contas coincida com o valor real dos bens, direitos e
obrigações, é necessário proceder a inventário geral. Na prática, o inventário geral é formado por
vários inventários parciais – inventário das Disponibilidades, dos Débitos, dos Créditos, das
Existências, das Imobilizações, entre outros.

Inventário das Disponibilidades


Serve para verificar se o saldo contabilístico da conta de Caixa é coincidente ou não com o valor
resultante das contagens físicas de Caixa.
OPERAÇÕES DE FIM DE EXERCÍCIO:
Se houver em Caixa moeda estrangeira, deve fazer-se a sua correcção ao câmbio à data do
De acordo com o Código do Imposto Industrial, todas as empresas devem apurar o
balanço. A diferença de câmbio verificada deve registar-se em Custos e perdas financeiros
Resultado líquido do exercício nos três primeiros meses do ano seguinte àquele a que o resultado
(Diferenças de câmbio desfavoráveis) ou em Proveitos e ganhos financeiros (Diferenças de câmbio
respeita.
favoráveis), consoante se trate de um custo ou de um proveito.
Para proceder ao apuramento do Resultado líquido do exercício, é necessário antes de mais
Os registos a fazer são:
fazer o inventário anual, calcular provisões e amortizações, regularizar contas e finalmente
elaborar os documentos contabilísticos fundamentais, tudo isto de acordo com os princípios
Diferenças desfavoráveis
contabilísticos.
O processo de fecho de contas é composto por uma série de fases, representadas no
esquema seguinte:

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Diferenças Favoráveis A 31 de Dezembro de 2014, o saldo em dívida do cliente Ingombotas, Lda era de 50.000akz. Sabe-
se que nesta data, esta entidade encontra-se em processo de falência apesar do tribunal ainda
não a ter declarado. Como proceder?
Dado haver processo de falência, ainda que não terminado, é de avaliar a necessidade de
constituir uma provisão pois há probabilidade da dívida se tornar incobrável. Por esta
possibilidade o plano geral de contabilidade permite que a divida seja reconhecida como de
Cobrança duvidosa e que respectiva provisão seja constituída.

Contas Correntes Bancárias


Movimentação:
No final do exercício devem conferir-se os saldos dos extractos bancários com os das contas
1) Transformação da dívida em cobrança duvidosa:
bancárias, não devemos esquecer que é natural que a empresa tenha cheques lançados a crédito
na sua Contabilidade que ainda não deram entrada no banco e, por conseguinte, os saldos
poderão não ser concordantes. A esta operação dá-se o nome de reconciliação bancária.

Triagem dos Débitos e Créditos


Deve fazer-se uma verificação das contas correntes de devedores e credores, de modo a serem
conhecidos os:
2) Reconhecimento da provisão de cobrança duvidosa:
 Créditos incobráveis;
 Créditos de cobrança duvidosa;
 Débitos potenciais;
 Débitos e créditos ainda não registados

Provisões:
As provisões têm por objecto reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente
Custo das Mercadorias Vendidas:
definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao
A conta de Mercadorias pode movimentar-se segundo dois sistemas:
seu valor ou data de ocorrência.
 Sistema de Inventário Permanente: Se a empresa utiliza este sistema na movimentação
O montante das provisões não pode ultrapassar as necessidades. As provisões não podem ter por
das Mercadorias, deve proceder a inventário físico em 31 de Dezembro para verificar se a
objecto corrigir os valores dos elementos activos. Representam estimativas de perda em activos.
existência em armazém coincide com o saldo da conta de Mercadorias. No caso de não se
Esses eventos, embora já tenham seu fato gerador contábil ocorrido, não podem ser medidos
verificar a coincidência, é necessário proceder à respectiva regularização.
com exactidão e têm portanto carácter estimativo.
 Sistema de inventário intermitente (ou periódico): Neste caso, o inventário físico é
imprescindível para determinar a existência final e, consequentemente, o custo das
Exemplo:
mercadorias vendidas. Como se sabe, utilizando este sistema, o saldo da conta de

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Mercadorias permanece inalterável durante todo o exercício económico, portanto, no Esquema de contabilização:
final do ano, é necessário proceder à transferência da existência inicial e registar a
existência final. De acordo com o Sistema de inventário intermitente, determina-se o
custo das mercadorias vendidas na conta 71 – Custos das mercadorias vendidas.

Amortizações /Depreciações
Como vimos anteriormente, é necessário em cada exercício económico determinar o valor do
desgaste dos activos.
Para determinarem o valor das amortizações do exercício, as empresas utilizam o mapa que faz
parte do processo fiscal.
Nota: As empresas não são obrigadas a fazer depreciações/amortizações; no entanto, devem
fazê-las para seu próprio benefício, pois as depreciações/amortizações aumentam os custos e,
consequentemente, diminuem os lucros tributáveis.

Tendo todas as contas 6X e 7X com saldos nulos, as contas 82X, 83X, 84X e x6X com saldos nulos e
Apuramento de resultados: estando os saldos nas contas 881, 882, 883, 884 e 886, procede-se ao apuramento do Imposto
Consiste em confrontar toda a actividade gerada durante o ano contabilístico: receitas geradas Industrial para efeitos de apuramento de resultados. Note-se que este não será o imposto
com os encargos suportados para gerar essas mesmas receitas e tirar um resultado que poderá industrial real a pagar pois, ao preencher a declaração Modelo 1 serão efectuadas algumas
ser favorável ou desfavorável. correcções. Trata-se, portanto de uma estimativa do imposto industrial que será o ponto de
Contabilisticamente consiste em saldar todas as contas da classes 6 e 7 e transferir esses valores partida para o cálculo do imposto real a pagar.
para contas da classe 8. Esta estimativa é calculada em duas tranches: Imposto sobre os resultados correntes e imposto
O processo de contabilização consiste em ir saldando as contas para contas de transporte que sobre os resultados extraordinários. Em qualquer uma das tranches o montante de imposto
funcionam de aglomerantes de outras contas, esses valores vão sendo transferidos até o saldo calcula-se aplicando-se a taxa de imposto industrial (30%) à soma dos saldos das contas
final ficar na conta 88 – Resultados Líquidos. mencionadas. Assim tem-se que:

Resultados Correntes = Resultado Operacional [conta 88.1] + Resultado


Financeiro [conta 88.2] + Resultado em Filiais e Associadas [conta 88.3]
+ Resultado Não Operacional [conta 88.4]

Imposto sobre os Resultados Correntes = Resultados Correntes x 30%

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A contabilização deste imposto será registada segundo os seguintes passos: NOTA: Quando o Resultado extraordinário apresentar um saldo devedor (ou seja, um prejuízo),
não se calcula o respectivo imposto e o valor negativo deverá ser subtraído ao resultado corrente
para efeitos de cálculo do imposto industrial sobre resultados correntes.

Tendo o imposto industrial estimado e correctamente contabilizado nas contas 88.5 e 887, o
movimento final de apuramento de resultados será a transferência para a conta 88.9 - Resultado
a) Contabilização do Imposto Industrial sobre os resultados correntes Líquido – Transferência para Resultados Transitados
b) Transferência do Imposto Industrial sobre os resultados correntes para a conta transitória de
transferência.
c) Transferência para a subconta de resultados líquidos referente ao Imposto Industrial sobre os
resultados correntes

Resultados Extraordinários = Resultado Extraordinário [88.6]

Imposto sobre os Resultados Extraordinários =


= Resultados Extraordinários x 30%

a) Transferência Resultados Operacionais


b) Transferência Resultados Financeiros
A contabilização deste imposto será registada segundo os seguintes passos:
c) Transferência Resultados em Filiais e Associadas
d) Transferência Resultados Não Operacionais
e) Transferência Imposto sobre Resultados Correntes
f) Transferência Resultados Extraordinários
g) Transferência Imposto sobre Resultados Extraordinários
h) Resultado Líquido do Exercício
a) Contabilização do Imposto Industrial sobre os resultados extraordinários.
b) Transferência do Imposto Industrial sobre os resultados extraordinários para a conta transitória
de transferência.
c) Transferência para a subconta de resultados líquidos referente ao Imposto Industrial sobre os
resultados extraordinários.

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RELATO FINANCEIRO Divergências entre PGC e Código Fiscal:


Nasce da necessidade de divulgação da informação financeira ao exterior. Os registos Segundo o PGC ““ Algumas bases de valorimetria específicas (…) diferem das disposições
contabilísticos são internos e pouca aplicação prática teriam ao ser apresentados sob forma de fiscais (…). Tais situações não devem afectar a preparação das Demonstrações Financeiras de
lista aos interessados. Nesse sentido é necessário elaborar relatórios que contenham a acordo com as bases definidas neste plano e apenas devem ser levadas em consideração para
informação organizada de forma a ser útil e facilmente interpretada por todos. efeitos de apuramento do lucro tributável”
Código Comercial – obrigação de registos contabilísticos e prestação de contas
Decreto Nº82/2001 de 16 de Novembro – aprova PGC e obriga as sociedades comerciais e O Balanço:
empresas públicas que exerçam actividade em Angola ou no estrangeiro, estando sediadas em  Requisitos necessários do Balanço:
Angola a aplica-lo.  Indicação da empresa a que se refere
O PGC tem regras específicas de relato financeiro.  Data a que se refere
Quando por algum motivo não se consegue aplicar o PGC a algum evento, deve-se recorrer  Moeda e grau de grandeza
às normas internacionais:  Apresentação dos activos pelo valor líquido das amortizações e provisões
 IFRS  Apresentar as rubricas que o compõem pela ordem exigida pelas Normas
 IAS Contabilísticas
 Activo: as rúbricas do activo ordenam-se por ordem crescente de
Demonstrações Financeiras: disponibilidade
Relatórios resultantes da contabilidade da empresa, que possibilitam a sua análise  Passivo: as rúbricas do passivo ordenam-se por ordem crescente de
económico-financeira. Possuem obrigatoriedade legal. As Demonstrações Financeiras obrigatórias exigibilidade
segundo o PGC são:
 Balanço Elaborar o Balanço a partir do balancete final:
 Demonstração de Resultados por natureza (em alternativa pode ser elaborada a
Demonstração de Resultados por funções) RÚBRICA CONTAS (saldos) NOTA
 Demonstração dos Fluxos de caixa pelo método directo (actualmente suspensa esta Imobilizações Corpóreas Contas 11 – Contas 18.1 4
obrigatoriedade) Imobilizações incorpóreas Contas 12 – Contas 18.2 5
Investimentos em subsidiárias e Contas 13.1 + 13.2 – 19.1 – 19.2 6
 Notas às Contas
associadas
Outros activos financeiros Contas 13.3 + 13.4 + 13.5 + … + 13.9 - 7
Objectivos de informação segundo o PGC 19.3 - 19.4 - … - 19.9
 Balanço – Posição Financeira Outros activos não correntes Soma dos saldos das seguintes contas: 9
Todas as 31, excepto 31.9
 Demonstração de Resultados - Desempenho
32.9
 Demonstração dos Fluxos de caixa – Alterações na situação financeira – obrigação 34 (contas com saldo devedor)
suspensa 35 (contas com saldo devedor)
36 (contas com saldo devedor)
 Notas às Contas – complemento
37.2

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RÚBRICA CONTAS (saldos) NOTA RÚBRICA CONTAS (saldos) NOTA


37.7 + 37.8 + 37.9 (saldos devedores) 35 (contas com saldo credor)
Subtrair o saldo das contas 38 36 (contas com saldo credor)
SÓ AS RUBRICAS DE PRAZO SUPERIOR 37.1
A 1 ANO 37.7 + 37.8 + 37.9 (saldos credores)
Existências Soma dos saldos de todas as contas da 8 SÓ AS RUBRICAS DE PRAZO SUPERIOR A
classe 2 1 ANO
Contas a Receber Soma dos saldos das seguintes contas: 9 Contas a Pagar Soma dos saldos das seguintes contas: 19
Todas as 31, excepto 31.9 31.9
32.9 Todas as 32, excepto 32.9
34 (contas com saldo devedor) 34 (contas com saldo credor)
35 (contas com saldo devedor) 35 (contas com saldo credor)
36 (contas com saldo devedor) 36 (contas com saldo credor)
37.2 37.1
37.7 + 37.8 + 37.9 (saldos devedores) 37.7 + 37.8 + 37.9 (saldos credores)
Subtrair o saldo das contas 38 SÓ AS RUBRICAS DE PRAZO INFERIOR A
SÓ AS RUBRICAS DE PRAZO INFERIOR A 1 ANO
1 ANO Empréstimos de curto prazo Saldo Contas 33 20
Disponibilidades Contas 41+42+43+44+45+46+47+48 – 10 Rúbricas cujos prazos originais são
Contas 49 inferiores a 1 ano
Outros activos correntes Contas 37.3 + 37.4 11 Parte correspondente dos Saldo Contas 33 15
Capital Contas 51, 52, 53 e 54 12 empréstimos a médio e longo Rúbricas cujos prazos originais são
Somar saldos credores prazo superiores a 1 ano, na parte que é para
Subtrair saldos devedores ser cumprida a menos de 1 ano
Reservas Contas 55, 56, 57 e 58 13 Outros Passivos Correntes Saldo Contas 37.5 + 37.6 21
Somar saldos credores
Subtrair saldos devedores
Resultados Transitados Contas 81 14
A Demonstração de Resultados:
Somar saldos credores
Subtrair saldos devedores  Requisitos necessários da Demonstração de Resultados por Natureza:
Resultados do Exercício Saldo da Conta 88.9  Indicação da empresa a que se refere
Empréstimos de Médio e Longo Saldo Contas 33 15
 Data a que se refere
prazo Rúbricas cujos prazos originais são
iguais ou superiores a 1 ano  Moeda e grau de grandeza
Provisões para pensões Saldo Contas 39.1 17
Provisões para outros riscos e Saldo Restantes Contas 39 18
encargos
Outros Passivos não correntes Soma dos saldos das seguintes contas: 19
31.9
Todas as 32, excepto 32.9
34 (contas com saldo credor)

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Elaborar a Demonstração de Resultados por Natureza a partir dos balancetes de Demonstração de Fluxos de Caixa
apuramento:  Requisitos necessários do Mapa de Fluxos de Caixa:
 Indicação da empresa a que se refere
RÚBRICA CONTAS (saldos) NOTA  Ano a que se refere
Vendas Saldo Conta 82.1 22  Moeda e grau de grandeza
Prestações de Serviços Saldo Conta 82.2 23  Indicação do método: Directo ou Indirecto
Outros Proveitos Operacionais Saldo Conta 82.3 24
Variações nos produtos acabados e Saldo Conta 82.4 25
produtos em vias de fabrico Saldo credor soma Elaboração da Demonstração de Fluxos de Caixa
Saldo devedor subtrai Elaborar a Demonstração de Fluxos de Caixa pelo método directo a partir dos balancetes de
Trabalhos para a própria empresa Saldo Conta 82.5 26
apuramento e do Balancete retificado:
Saldo credor soma
Saldo devedor subtrai
CMVMC Saldo Conta 82.6 27 RÚBRICA CONTAS (saldos) NOTA
Custos com pessoal Saldo Conta 82.7 28
1.1 Recebimentos de Clientes + 61 - Vendas
Amortizações Saldo Conta 82.8 29
+ 62 - Prestações de Serviços
Outros Custos e Perdas Operacionais Saldo Conta 82.9 30
RESULTADOS OPERACIONAIS Saldo Conta 82.19 ou 88.1 + 31 - Clientes (ano anterior)
Pode-se também obter somando todos - 31 - Clientes (próprio ano)
os saldos credores e subtraindo os saldos
+ 31.9 – Clientes - saldos credores (próprio ano)
devedores das contas 82.1 à 82.9
Resultados Financeiros Saldo Conta 83.9 ou 88.2 31 - 31.9 – Clientes - saldos credores (ano
Resultados em Filiais e Associadas Saldo Conta 84.9 ou 88.3 32 anterior)
Resultados Não Operacionais Saldo Conta 85.9 ou 88.4 33 + 37.3 – Proveitos a facturar (ano anterior)
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS Contas 881 + 88.2 + 88.3 + 88.4
- 37.3 – Proveitos a facturar (próprio ano)
Somar saldos credores, subtrair saldos
devedores + 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (próprio
Imposto sobre o rendimento Saldo Conta 87.1 ou 88.5 35 ano)
RESULTADOS LÍQUIDOS DAS Resultado antes de Impostos – Imposto
- 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (ano
ACTIVIDADES CORRENTES sobre o rendimento
Resultados Extraordinários Saldo Conta 86.9 ou 88.6 34 anterior)
Imposto sobre o rendimento Saldo Conta 87.2 ou 88.7 35 - 78.5 Dívidas Incobráveis
RESULTADOS LÍQUIDOS DO Saldo Conta 88.9 ou + 68.5 Recuperação de dívidas
EXERCÍCIO Resultados líquidos das actividades
[nas contas 37 considerar apenas as que se
correntes + Resultados Extraordinários -
Imposto sobre o rendimento referem a vendas e prestações de serviços]
1.2 Pagamentos a + 21 – Compras
Fornecedores - 21.7 – Devoluções
- 21.8 – Descontos e abatimentos

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+ 75.2 FST’s anterior)


+ 32 - Fornecedores (ano anterior) - 34.1 – Imposto sobre o rendimento
- 32 - Fornecedores (próprio ano) (próprio ano)
+ 32.9 – Fornecedores - saldos devedores (próprio 1.5 Outros + 63 Outros Proveitos Operacionais (excepto
ano) pagamentos/Recebimentos 63.3 e 63.4)
- 32.9 – Fornecedores - saldos devedores Operacionais - Todas 75 (excepto 75.2 e 75.6)
(ano anterior) + 37.3 – Proveitos a facturar (ano anterior)
+ 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (próprio - 37.3 – Proveitos a facturar (próprio ano)
ano) + 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (próprio
- 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (ano ano)
anterior) - 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (ano
+ 37.5 – Encargos a Pagar (ano anterior) anterior)
- 37.5 – Encargos a Pagar (próprio ano) + 37.5 – Encargos a Pagar (ano anterior)
[nas contas 37 considerar apenas as que se - 37.5 – Encargos a Pagar (próprio ano)
referem a FST’s] + 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (próprio
1.3 Pagamentos ao Pessoal + 72 – Gastos com o Pessoal ano)
+ 36 Pessoal (ano anterior) - 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (ano
- 36 Pessoal (próprio ano) anterior)
- 36.3 Pessoal - Adiantamentos (próprio ano) + Outras 37 (ano anterior)
+ 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (próprio - Outras 37 (próprio ano)
ano) [nas contas 37 considerar apenas as que se
- 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (ano referem a outros custos e proveitos
anterior) OPERACIONAIS]
+ 36 Pessoal - Adiantamentos (ano anterior) 1 Fluxos antes da rúbrica 1.1 – 1.2 – 1.3 – 1.4 +/- 1.5
+ 37.5 – Encargos a Pagar (ano anterior) extraordinária (operacional)
- 37.5 – Encargos a Pagar (próprio ano) 2.1 Recebimentos de + 68.3.1 – Venda de Imobilizações corpóreas
[nas contas 37 considerar apenas as que se Imobilizações Corpóreas + 37.2.1 Corpóreo (ano anterior)
referem a despesas com colaboradores] - 37.2.1 Corpóreo (próprio ano)
Caixa gerada pelas operações 1.1 – 1.2 – 1.3 2.2 Recebimentos de + 68.3.2 – Venda de Imobilizações
1.4 Impostos sobre os lucros + 88.5 (ano anterior) Imobilizações incorpóreas incorpóreas
pagos + 88.7 (ano anterior) + 37.2.2 Incorpóreo (ano anterior)
+ 34.1 – Imposto sobre o rendimento (ano - 37.2.2 Incorpóreo (próprio ano)

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2.3 Recebimentos de + 66.4 – Recebimentos de Investimentos em - 37.3 – Proveitos a facturar (próprio ano)
Investimentos Financeiros Imóveis + 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (próprio
+ 66.6 – Alienação de Aplicações Financeiras 45 ano)
+ 37.2.3 Financeiro (ano anterior) - 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (ano
- 37.2.3 Financeiro (próprio ano) anterior)
2.4 Subsídios a Investimento +63.4 – Subsídios ao Investimento [nas contas 37 considerar apenas as que se
+ 37.3 – Proveitos a facturar (ano anterior) referem a dividendos e lucros]
- 37.3 – Proveitos a facturar (próprio ano) 2.7 Pagamentos de + 11 Imobilizações Corpórias (próprio ano)
+ 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (próprio Imobilizações Corpóreas - 11 Imobilizações Corpórias (ano anterior)
ano) + 14.1 a 14.7 Imob. Em curso (próprio ano)
- 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (ano - 14.1 a 14.7 Imob. Em curso (ano anterior)
anterior) + 14.7 Adiantamentos (próprio ano)
+ Outras 37 (ano anterior) - 14.7 Adiantamentos (ano anterior)
- Outras 37 (próprio ano) + 37.1.1 Compras Imob. (ano anterior)
[nas contas 37 considerar apenas as que se - 37.1.1 Compras Imob. (próprio ano)
referem subsídios ao investimento] [nas contas 14 considerar apenas as que se
2.5 Juros e Proveitos Similares + 66.1 Juros referem imobilizados corpóreos]
+ 37.3 – Proveitos a facturar (ano anterior) 2.8 Pagamentos de + 12 Imobilizações Incorpórias (próprio ano)
- 37.3 – Proveitos a facturar (próprio ano) Imobilizações incorpóreas - 12 Imobilizações incorpórias (ano anterior)
+ 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (próprio + 14.1 a 14.7 Imob. Em curso (próprio ano)
ano) - 14.1 a 14.7 Imob. Em curso (ano anterior)
- 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (ano + 14.8 Adiantamentos (próprio ano)
anterior) - 14.8 Adiantamentos (ano anterior)
[nas contas 37 considerar apenas as que se + 37.1.2 Compras Imob. (ano anterior)
referem a juros recebidos] - 37.1.2 Compras Imob. (próprio ano)
2.6 Dividendos ou Lucros + 66.5 Rendimentos de Participações [nas contas 14 considerar apenas as que se
recebidos + 67 Prov. E Ganhos Filias e associadas referem imobilizados incorpóreos]
+ 35.2.N.2 (próprio ano) 2.9 Pagamentos de + 13 Investimentos Financeiros (próprio ano)
- 35.2.N.2 (ano anterior) Investimentos Financeiros - 13 Investimentos Financeiros (ano anterior)
+ 35.2.N.3 (ano anterior) + 14.1 a 14.7 Imob. Em curso (próprio ano) 46
- 35.2.N.3 (próprio ano) - 14.1 a 14.7 Imob. Em curso (ano anterior)
+ 37.3 – Proveitos a facturar (ano anterior) + 14.9 Adiantamentos (próprio ano)

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- 14.9 Adiantamentos (ano anterior) - 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (ano
+ 37.1.3 Compras Imob. (ano anterior) anterior)
- 37.1.3 Compras Imob. (próprio ano) + Outras 37 (ano anterior)
[nas contas 14 considerar apenas as que se - Outras 37 (próprio ano)
referem Investimentos financeiros] [nas contas 37 considerar apenas as que se
2 Fluxos antes da rúbrica 2.1 + 2.2 + 2.3 + 2.4 + 2.5 + 2.6 – 2.7 – 2.8 – referem subsídios à exploração e doações]
extraordinária (Investimento) 2.9 3.5 Reduções de Capital e + 51 Capital (ano anterior)
3.1 Aumentos de Capital, + 51 Capital (próprio ano) prest. suplementares - 51 Capital (próprio ano)
Prest. Supl., e venda de - 51 Capital (ano anterior) + 54 Prestações suplementares (ano
acções e quotas próprias + 52 Acções/Quotas Próprias (ano anterior) anterior)
- 52 Acções/Quotas Próprias (próprio ano) - 54 Prestações suplementares (próprio ano)
+ 54 Prestações suplementares (próprio ano) [Considerar as contas 51 e 54 apenas
- 54 Prestações suplementares (ano anterior) quando a diferença entre o ano e o ano
+ 35.N.N.1 c/subscrição (ano anterior) anterior for negativa]
- 35.N.N.1 c/subscrição (próprio ano) 3.6 Compras de acções ou + 52 Acções/Quotas Próprias (próprio ano)
[Considerar as contas 51 e 54 apenas quotas próprias - 52 Acções/Quotas Próprias (ano anterior)
quando a diferença entre o ano e o ano [Considerar a conta 52 apenas quando a
anterior for positiva e a conta 52 quando a diferença entre o ano e o ano anterior for
diferença for negativa] positiva]
3.2 Cobertura de Prejuízos + 81 Resultado Transitado (ano anterior) 3.7 Dividendos ou Lucros + 89 Dividendos antecipados
- 88.9 Resultado Líquido (ano anterior) Pagos + 35.1.N.2 (próprio ano)
3.3 Empréstimos obtidos + 33 Empréstimos (próprio ano) - 35.1.N.2 (ano anterior)
- 33 Empréstimos (ano anterior) + 35.1.N.3 (ano anterior)
[Considerar as contas 33 apenas quando a - 35.1.N.3 (próprio ano)
diferença entre o ano e o ano anterior for 3.8 Empréstimos obtidos + 33 Empréstimos (ano anterior)
positiva] - 33 Empréstimos (próprio ano)
3.4 Subsídios à Exploração e + 63.3 Subsídios à exploração [Considerar as contas 33 apenas quando a
doações + 68.11.1 Donativos diferença entre o ano e o ano anterior for
+ 37.3 – Proveitos a facturar (ano anterior) negativa]
- 37.3 – Proveitos a facturar (próprio ano) 3.9 Amortização contratos + 33 Empréstimos (ano anterior)
+ 37.6 – Prov. Rep. Períod. Futur. (próprio locação financeira - 33 Empréstimos (próprio ano)
ano) [Considerar as contas 33 que se referem a

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locações e apenas quando a diferença entre de Impostos e da Rúbrica Somar saldos devedores e subtrair saldos
o ano e o ano anterior for negativa] Extraordinária credores
3.10 Juros e custos similares + 76.1 Juros 1.2 Depreciações + 78.1 Provisões do exercício
pagos + 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (próprio 1.3 Amortizações + 73 Amortizações do Exercício
ano) 1.4 Ganhos na Alienação de - 68.3
- 37.4 – Enc. Rep. Períod. Futur. (ano Imobilizações
anterior) 1.5 Perdas nas Alienação de +78.3
+ 37.5 – Encargos a Pagar (ano anterior) Imobilizações
- 37.5 – Encargos a Pagar (próprio ano) 1.6 Resultados Financeiros - 88.2
[nas contas 37 considerar apenas as que se - 88.3
referem a juros pagos] Subtrair saldo credor e somar saldo devedor
3 Fluxos antes da rúbrica 3.1 + 3.2 + 3.3 + 3.4 – 3.5 – 3.6 – 3.7 – 3.8 – 1.7 Resultados Extraordinários - 88.6
extraordinária 3.9 – 3.10 Subtrair saldo credor e somar saldo devedor
(Financiamento) 1.8 Aumento de Existências + Contas 2 (próprio ano)
Aumento Líquido de Caixa e 1+2+3 - Contas 2 (ano anterior)
seus equivalentes Quando a diferença é positiva
Caixa e seus equivalentes no Somar todas as contas 4 com saldo devedor 1.9 Diminuição de Existências + Contas 2 (próprio ano)
43,
início do período Subtrais todas as contas 4 com saldo credor - Contas 2 (ano anterior)
47
Contas do ano anterior Quando a diferença é negativa
Caixa e seus equivalentes no Somar todas as contas 4 com saldo devedor 1.10 Aumento dividas de 3ºs + contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
43,
início do período Subtrais todas as contas 4 com saldo credor Operacionais saldos devedores (próprio ano)
47
Contas do próprio ano - contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
saldos devedores (ano anterior)
Elaborar a Demonstração de Fluxos de Caixa pelo método indirecto a partir dos balancetes Quando a diferença é positiva
de apuramento e do Balancete retificado: 1.11 Diminuição dividas de + contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
A Demonstração de Fluxos de Caixa pelo Método Indirecto varia, em relação ao Método 3ºs Operacionais saldos devedores (próprio ano)
Directo apenas na rúbrica Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais. Os restantes fluxos - contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –
(Actividades de Investimento e Financiamento) mantém-se iguais. Seguidamente segue-se a saldos devedores (ano anterior)
elaboração dos Fluxos de Caixa Operacionais pelo Método Indirecto: Quando a diferença é negativa
1.12 Aumentos outros activos + Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos
RÚBRICA CONTAS (saldos) NOTA operacionais devedores (próprio ano)
1.1 Resultado Líquido antes + 88.9 - Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos

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devedores (ano anterior) Operações 1.9 – 1.10 + 1.11 – 1.12 + 1.13 + 1.14 – 1.15 +
Só rúbricas que respeitam à actividade 1.16 – 1.17
operacional e quando a diferença é positiva Os restantes componentes do Mapa de Fluxos de Caixa pelo Método Indirecto são iguais ao
1.13 Diminuição outros + Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos Método Directo.
activos operacionais devedores (próprio ano)
- Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos Notas às contas:
devedores (ano anterior) Conjunto de divulgações, descrições narrativas, detalhes de quantias destinadas a fornecer
Só rúbricas que respeitam à actividade informação adicional, que seja relevante às necessidades dos utentes.
operacional e quando a diferença é negativa Assuntos:
1.14 Aumento dividas a 3ºs + contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –  Rúbricas das Demonstrações Financeiras
Operacionais saldos credores (próprio ano)  Riscos e incertezas que afectam a entidade
+ contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –  Recursos e obrigações não reconhecidos no Balanço
saldos credores (ano anterior) Podem ser omitidas as notas que se considerem não ser relevantes para a tomada de
Quando a diferença é positiva decisões por parte dos utentes. O PGC convencionou que não é obrigatório a elaboração de notas
1.15 Diminuição dividas a 3ºs + contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 – para rúbricas com valores inferiores a:
Operacionais saldos credores (próprio ano)  10% do total do ativo (Balanço)
+ contas 31, 32, 34 (excepto 34.1), 36 –  5% do total dos proveitos operacionais (demonstração de resultados)
saldos credores (ano anterior)
Quando a diferença é negativa Elaboração das Notas às Contas
1.16 Aumentos outros + Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos As notas às contas devem obedecer a uma estrutura própria definida no PGC que se
Passivos operacionais credores (próprio ano) apresenta seguidamente:
- Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos
credores (ano anterior) INTRODUÇÃO
Só rúbricas que respeitam à actividade 1 - Actividade:
operacional e quando a diferença é positiva Fazer uma breve descrição das actividades da empresa
1.17 Diminuição outros + Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos 2 - Políticas contabilísticas adoptadas na preparação das Demonstrações Financeiras
Passivos operacionais credores (próprio ano)  Bases de apresentação das demonstrações financeiras
- Contas 37 (excepto 37.1 e 37.2) – Saldos  Bases de valorimetria na sua preparação
credores (ano anterior)  Imobilizações corpóreas
Só rúbricas que respeitam à actividade  Imobilizações incorpóreas
operacional e quando a diferença é negativa  Investimentos em subsidiárias e associadas
Caixa Proveniente das + 1.1 + 1.2 + 1.3 – 1.4 + 1.5 – 1.6 – 1.7 – 1.8 +  Outros activos financeiros

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 Existências 38 - Acontecimentos ocorridos após a data do Balanço:


 Contas a receber  Natureza dos eventos
 Disponibilidades  Estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que tal estimativa não pode

 Outros activos correntes ser feita.

 Provisões para outros riscos e encargos 39 - Auxílio do governo e outras entidades

 Outros passivos correntes  Natureza dos eventos

 Vendas  Estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que tal estimativa não pode

 Prestações de Serviços ser feita.

 Royalties 40 - Transacções com entidades relacionadas


 Relacionamento em que exista controlo, independentemente de ter havido ou não
 Subsídios
transacções.
 Juros
 Se tiver havido transacções:
 Erros fundamentais
 Natureza do relacionamento existente
 Impostos sobre lucros
 Tipos de transacções realizadas
3 - Alterações nas políticas contabilísticas
 Políticas de determinação dos preços
 Razões que determinaram a alteração
 Critério utilizado para reconhecimento dos efeitos das alterações  Quantia das transacções realizadas

4 a 21 – Notas ao Balanço 41 - Informações exigidas por diplomas legais

22 a 35 – Notas à Demonstração de Resultados por natureza  Indicar informações exigidas por diplomas legais

Quando substituída pela Demonstração de Resultados por funções as notas 22 a 31 42 - Outras Informações

deverão ser ajustadas a essa realidade de forma que:  Consideradas necessárias para cumprir as características de relevância e fiabilidade

 A composição de uma quantia numa linha possa ser verificada numa nota ou que a informação financeira deve ter.

conjunto de notas
 Haja coerência O relatório de gestão

 Não haja diminuição no conteúdo das divulgações previstas para quando a DR Lei das Sociedades Comerciais – Lei Nº1/04 de 13 de Fevereiro – capítulo VI.

preparada é a por natureza  Artigo 70º - obrigatoriedade de relatar a gestão e apresentar contas

Outras notas relacionadas com a posição financeira e os resultados das operações  Artigo 71º - composição do relatório de gestão

36 - Responsabilidades assumidas e não reflectidas no Balanço Segundo do Código das Sociedades Comerciais, “o relatório de gestão deve conter, pelo

37 – Contingências menos, uma exposição fiel e clara sobre a evolução dos negócios e sobre a situação da

 Natureza das contingências sociedade.”

 Factores incertos que possam afectar o desfecho futuro Deve em especial, indicar:

 Estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que tal estimativa não pode
ser feita.

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 A evolução da gestão nos diferentes sectores em que a sociedade exerceu  Acima de tudo, importa que quem ler o relatório fique com uma noção bem clara do tipo
actividade, nomeadamente quanto a investimentos, custos, proveitos e actividades de empresa que se trata.
de I&D.
 Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício anterior Acontecimentos relevantes:
 A evolução previsível da sociedade  Acontecimentos que tenham ocorrido durante o exercício económico e que tenham tido
 As aquisições e alienações de bens, motivos e condições impacto material relevante nos resultados da empresa.
 Autorizações concedidas para a celebração de negócios entre a sociedade e os seus  Acontecimentos que tenham ocorrido durante o exercício económico e que possam ter
administradores. impacto no futuro.
 Uma proposta devidamente fundamentada da aplicação dos resultados.  Exemplo: sinistro, assinatura de contrato importante, alterações na legislação que
 A existência e evolução de quaisquer representações da sociedade possam ter impacto, etc

Estrutura mínima obrigatória do Relatório de gestão segundo o Código das Sociedades Compras e Vendas de Património (Investimentos):
Comerciais:  Compras e vendas de imóveis, outras empresas, etc
 Evolução da economia em que se insere  Se possível indicar os motivos.
 Apresentação da empresa e seu enquadramento nos sectores de actividade em que
opera Análise Económico-Financeira:
 Acontecimentos relevantes  Indicadores primários (devem constar no início de cada relatório de análise económico-
 Compras e vendas de património financeira:
 Análise económico-financeira  Investimento – Montante total de Activos da Empresa
 Proposta de aplicação de resultados  Financiamento – Montante de Capital Próprio e montante de Passivo (em análise
 Considerações finais financeira refere-se ao Passivo como Capital Alheio)
 Volume de Negócios – Total de Proveitos Operacionais (Vendas + Prestações de
Evolução da economia em que se insere: Serviços + Outros Proveitos Operacionais)
 Apresentação da economia em que a empresa opera e breve análise:  Resultado Líquido
 Se possível usar dados estatísticos  Geralmente basta um parágrafo a apresentar esses números. Seguidamente
deve-se falar da evolução destes indicadores primários (variação em relação ao
Apresentação da empresa e seu enquadramento nos sectores de actividade em que opera: ano anterior/anos anteriores)
 Apresentação da empresa: actividade, dimensão, mercado em que opera (nacional ou  Outros indicadores que poderão interessar:
internacional, tipo de clientes que fornece…), produtos vendidos e serviços prestados,
localização da sede e das filiais/lojas que tenha  Rácio de Endividamento:
 Pode ser interessante indicar principais clientes, fornecedores e sócios (por exemplo se Mede a percentagem de dívida dentro da estrutura de financiamento da empresa. Em termos de
tiver um cliente importante pode ser pertinente indicá-lo). risco para a empresa, quanto menor for o endividamento, melhor. No entanto, se a empresa (ou

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os seus proprietários) tiverem a possibilidade de realizar investimentos a taxas superiores àquelas


que pagam pelo endividamento é preferível contrair dívida pois maximizará o lucro da empresa.
Ou seja, o grau óptimo de endividamento de uma empresa está directamente relacionado com o
custo de oportunidade dos capitais investidos.  Liquidez Imediata:
Quanto a empresa possui nas suas disponibilidades – caixa e bancos - para cada u.m. de dívida no
passivo circulante
Indica a capacidade da empresa pagar as suas obrigações de curto prazo, recorrendo apenas ao
dinheiro disponível.
 Composição do Endividamento: Quanto maior, melhor.
Indica a relação entre as dívidas de curto prazo e as dívidas totais.
Quanto menor, melhor, pois significa que o pagamento da dívida ocorre em prazos mais longos.
Os financiamentos de longo prazo tendem a ter um custo menor do que os de curto prazo.

 Solvabilidade:
Quantas vezes o valor do capital de uma empresa cobre o valor que a empresa deve a terceiros
Indica o grau de solvência da empresa.
 Liquidez Geral: Quanto maior, melhor.
Indica a situação financeira de uma empresa, ou seja, a sua capacidade pagar as dívidas.
Indica quanto a empresa possui no activo circulante para cada u.m. de dívida no passivo
circulante.
Quanto maior, melhor. O circulante também é chamado de corrente.

 Rendibilidade dos capitais próprios [ROE]:


Quantas vezes o valor do capital de uma empresa cobre o valor que a empresa deve a terceiros
Indica o grau de solvência da empresa.
Quanto maior, melhor.
 Liquidez Reduzida:
Quanto a empresa possui em seus activos mais líquidos – disponibilidades, aplicações financeiras
e valores a receber de clientes - para cada u.m. de dívida no passivo circulante
Indica a capacidade da empresa pagar as suas dívidas de curto prazo, recorrendo à caixa, bancos e
dívidas de clientes.
Quanto maior, melhor.

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 Payout Ratio:  Custo do capital alheio:


Corresponde á taxa de distribuição de dividendos Impacto da dívida nos resultados da empresa.
Importante pois dá-nos a expectativa de crescimento da empresa. Até um certo grau de endividamento, os encargos financeiros são inferiores à poupança fiscal.
Nesse sentido poupamos com o endividamento.
A este efeito chama-se alavancagem financeira.

 Rendibilidade do investimento total [ou Rendibilidade do Activo]:


Rendibilidade gerada pelo total do capital investido
Rendibilidade gerada pelos activos totais da empresa.  Ponto Crítico Operacional:

A RIT deve considerar não apenas o resultado líquido mas também o efeito dos encargos Nível de actividade da empresa a que correspondem resultados operacionais nulos.

financeiros pois é diferente analisar o contributo do activo no resultado de uma empresa Indica o volume mínimo de vendas necessário para não ter prejuízo operacional.

endividada face a uma outra empresa não endividada. Em valor:

 Decomposição da rendibilidade dos capitais próprios:


Que factores contribuem para gerar valor para os donos da empresa?
 Margem de Segurança Operacional:
Indica em termos percentuais quanto o nível de actividade da empresa está acima do ponto
crítico. Em percentagem.
Vendas*: ponto crítico das vendas em valor
Quanto maior a Margem de segurança, mais tranquila a empresa se encontra pois opera acima do
ponto crítico?

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 Ponto Crítico Total:  Indicadores de Fundo de Maneio:


Nível de actividade da empresa a que correspondem resultados antes de impostos (RAI) nulos. FM: Fundo de Maneio
Indica volume mínimo de vendas necessário para não ter prejuízo. Em valor. NFM: Necessidades em Fundo de Maneio
Em valor:

 Margem de Segurança Total:


Indica em termos percentuais quanto o nível de actividade da empresa está acima do ponto O ideal será que o fundo de maneio (FM) existente seja igual ao valor da necessidade (NFM).
crítico. Em percentagem. Assim existe a garantia de cobrimento das dívidas quando necessário e não se cria um excedente
Vendas*: ponto crítico das vendas em valor necessário.
Quanto maior a Margem de segurança, mais tranquila a empresa se encontra pois opera acima do Em caso de haver excedente de tesouraria a empresa deverá procurar efectuar aplicações com
ponto crítico? esse valor
Em caso de tesouraria deficitária (TL negativa), a empresa necessita de arranjar fundos,
recorrendo por exemplo à banca, empréstimos de sócios, etc… Caberá à equipa financeira decidir
a forma com melhor relação custo-risco

 Indicadores de Tesouraria: Proposta de Aplicação dos Resultados:

Obs: o prazo está em meses, para obter o prazo em dias, substituir 12 por 365:  É apenas uma proposta, deverá depois ser aceite ou não em assembleia de sócios.
 Opções quando o resultado líquido é positivo:
 Distribuir em forma de dividendos
 Reter transferindo-os para a rúbrica resultados transitados
 Basta um parágrafo
 Quando os resultados líquidos são negativos, a única opção de proposta será sempre
“transferir para resultados transitados”.

Considerações Finais:
 Fazer uma breve conclusão ao relatório
 Perspectivas futuras
 Agradecimentos

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3. Bibliografia

 Plano Geral de Contabilidade de Angola

 “Plano geral de contabilidade angolano – casos prácticos e exercícios resolvidos”, Rui


M.P. Almeida, Sabino José Miranda e outros, ATF Edições Técnicas, 2014

 “Plano geral de contabilidade angolano explicado”, Rui M.P. Almeida, Sabino José
Miranda e outros, ATF Edições Técnicas, 2014

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