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DEFINIÇÕES:

“A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da


indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo
interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação
transformadora entre a Universidade e outros setores da sociedade
(FORPROEX, 2012).”
“Projeto de Extensão é um conjunto de ações processuais contínuas, de
caráter educativo, social, cultural ou tecnológico, com objetivo específico e
prazo determinado.”

AGROECOLOGIA PARA GENTE QUE CRESCE:


Integração entre práticas agroecológicas e os saberes da Criança-Natureza.

Apresentação
A infância abrange um período relativamente longo da existência humana, à luz
da lei, considera-se criança as pessoas com até 12 anos incompletos (ECA, 1990). É
reconhecido cientificamente que as experiências consolidadas nessa fase da vida são
imprescindíveis para o desenvolvimento pleno dos indivíduos nos âmbitos físico, social,
mental, emocional e cognitivo. A primeira infância, período que vai até os 6 anos, é
considerada ainda mais crucial para esse desenvolvimento, onde conexões neuronais
formam a base das estruturas que direcionam e sustentam os processos de aprendizagem
ao longo de toda a vida. (UNICEF, 2018).
Dentro desse contexto, trabalhar a educação ambiental no cotidiano escolar nessa
etapa do desenvolvimento infantil, implica na formação crítica e emancipatória de seres
humanos capazes de reconhecer e assumir responsabilidades em ações decisivas, para
garantir saúde e bem-estar para as presentes e futuras gerações.
Para se inserir como prática pedagógica, a educação ambiental deve conter o
caráter interdisciplinar e ser realizada em todos os níveis de ensino, como indica a Política
Nacional de Educação Ambiental; bem como estar interligada com todas as disciplinas
regulares, como previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, no Parecer nº226/87, de
11 de março de 1987.
Apesar de estar formalizado na lei, de todas as conquistas e marcos legais, e da
consolidação da abordagem interdisciplinar como um princípio da educação ambiental,
ainda são poucas ações e projetos voltados para a educação ambiental e para a
agroecologia nas instituições escolares, sobretudo para público na primeira infância.
Com o objetivo de sensibilização e mobilização das pessoas, as atividades de
educação ambiental e a agroecologia são propostas por meio do diálogo horizontal entre
os saberes dos envolvidos, onde os educadores têm a função principal de organizar e
conduzir os espaços, tornando-os harmônicos e disponibilizando os materiais necessários
para que os processos de aprendizagem ocorram naturalmente.
Nesse viés, o presente projeto vem com a missão de dar continuidade às ações que
estão sendo gestadas, iniciadas e concretizadas desde 2018, fruto de um processo de
articulação entre os grupos de Agroecologia. Grupos estes compostos por estudantes de
diversos cursos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que se organizam com o
objetivo de complementar a formação acadêmica, através de uma abordagem
interdisciplinar e integrada dos processos.
As ações supracitadas foram desenvolvidas pelo Grupo de Agroecologia e
Agricultura Orgânica (GAO), em 2018, através de atividades vinculadas ao projeto de
extensão universitária intitulado “Práticas Agroecológicas no Laboratórios de
Desenvolvimento Infantil da UFV”. Esse projeto nasceu da necessidade de se encontrar
um destino adequado para os resíduos orgânicos gerados no LDI, que foram direcionados
ao processo de compostagem - onde o adubo orgânico resultante do processo propiciou a
manutenção de canteiros para a horta escolar.
No ano de 2019, foi desenvolvido o projeto de extensão “Educação Ambiental e
Práticas Agroecológicas no LDI e LDH”, com o intuito de inserir o Laboratório de
Desenvolvimento Humano (LDH) nas práticas agroecológicas propostas. Além da
ressignificação e redução dos resíduos gerados no LDI e no LDH, o projeto também foi
agente disseminador da agroecologia, e permitiu aflorar uma percepção socioambiental
mais compatível com as demandas atuais do planeta. Ao incorporar a separação dos
resíduos orgânicos e a compostagem às rotinas das crianças, foi possível trabalhar de
forma lúdica a conexão entre diversas áreas do conhecimento. Na dimensão social, o
projeto propiciou uma interação muito próxima entre as crianças, e dessas com os
educadores, o que estimulou a coletividade, o respeito pelo próximo e pelo meio
ambiente.
No final do ano de 2019, a compostagem foi estendida às ações de um novo
projeto, denominado “Verdejar: encontros da infância com a natureza”. Em função da
pandemia da Covid-19, esse projeto passou a ser desenvolvido de forma remota.
Em 2022, com base nos conhecimentos construídos desde 2018, surgiu o projeto
“Práticas Agroecológicas no LDI e LDH: Compostagem como um instrumento lúdico-
pedagógico para a educação ambiental crítica, transformadora e emancipatória.” No
decorrer do processo, nasceu das próprias crianças a demanda de fazer o plantio de uma
horta, utilizando o composto produzido para fornecer nutrientes para as plantas crescerem
saudáveis, o que permitiu fechar o ciclo da compostagem e integrar os saberes acadêmicos
e tradicionais com a prática agroecológica.
Foram realizadas rodas de conversa e atividades de desenhos com as crianças para
definir que espécies elas gostariam de plantar e de colher. Nesse processo, foram
destacadas algumas plantas como: banana, manga, acerola, laranja, couve, alface, tomate,
morango, e alguns chás como hortelã, alecrim, manjericão, capim limão, dentre muitas
outras. No final do projeto, foi concretizada a execução de uma horta com as crianças, e
foi possível abranger algumas das espécies acima citadas. Além de ser um espaço que
incentiva o cuidado diário e a colheita dos próprios alimentos pelas crianças, ainda serve
de instrumento lúdico-pedagógico que permite a construção de conhecimento
transformador com suas famílias, e integra os saberes culturais e agroecológicos para
além do contexto escolar.
Assim, a proposta do presente projeto resulta das experiências construídas ao
longo dessa trajetória, e tem como objetivo geral dar continuidade e ampliar a experiência
de educação ambiental e de práticas agroecológicas. Busca-se fomentar a interação
ensino, pesquisa e extensão; a participação e a conscientização de todos para o
desenvolvimento do projeto e; sobretudo, o aprendizado coletivo, reafirmando o conceito
de extensão segundo o Plano Nacional de Extensão Universitária.
As ações do projeto serão fundamentadas em metodologias participativas, na
construção coletiva do conhecimento e no planejamento colaborativo da equipe do
projeto. Os resultados esperados neste projeto envolvem a contribuição com o processo
de formação das crianças envolvidas a partir da experimentação de práticas
agroecológicas, que provoquem o entusiasmo da descoberta dos processos naturais, e
visem a integração entre as dimensões do fazer, do aprender, do criar e do brincar.
Ação extensionista

A proposta é trabalhar temáticas de educação ambiental e agroecologia como


instrumento de transformação social, envolvendo docentes e discentes de maneira
interdisciplinar, crítica e emancipatória, o que converge para a formação dos mesmos
como agentes transformadores de suas realidades. A articulação com outras instituições,
comunidades e grupos potencializa a relação teoria-prática vivenciada na academia e,
reflete em pesquisas e ações mais coerentes, baseadas de fato na necessidade das
comunidades e nas condições socioambientais locais.

O projeto em desenvolvimento no LDI e LDH proporciona a interação e a troca


de conhecimentos entre estudantes universitários, professores, funcionários, as crianças
e suas famílias, e tem como direcionamento a expansão dessas práticas para a realidade
de outras escolas. A Escola Municipal Almiro Paraíso (EMAP) está inserida dentro de
um contexto rural, onde há a formação de um colegiado que está em articulação direta
com a gestão e execução do projeto apresentado. A partir das realidades locais, das
necessidades e das potencialidades das instituições, busca-se desenvolver ações
integradas, a participação e, sobretudo, o aprendizado coletivo, reafirmando o conceito
de extensão segundo o Plano Nacional de Extensão Universitária.

A Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à


comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a
oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento
acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes
trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será
acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a
troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como
consequências a produção do conhecimento resultante do
confronto com a realidade brasileira e regional, a
democratização do conhecimento acadêmico e a participação
efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de
instrumentalizadora deste processo dialético de teoria/prática, a
Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão
integrada do social (BRASIL, MEC, 2000/2001, p.5).

Os saberes das comunidades atendidas pelo projeto serão valorizados, por meio
de dinâmicas e práticas coletivas e democráticas, onde o exercício da escuta e do respeito
aos diferentes saberes se torna fundamental.

Para isso serão realizadas as seguintes ações:

● Rodas de conversas com crianças e adultos para construção de novos saberes


teórico-práticos sobre a importância da agroecologia;
● Atividades práticas envolvendo a construção e manutenção das composteiras e
hortas escolares;
● Espaços de reflexões, envolvendo as crianças de forma lúdica e brincante em
temáticas da educação ambiental;
● Reuniões de avaliação e planejamento com a equipe do projeto composta de
discentes e docentes de distintos departamentos da UFV;
● Publicação em eventos acadêmicos com a sistematização dos conhecimentos
construídos ao longo do projeto.
Fundamentação teórica e justificativa

A crise ambiental instalada no planeta está atrelada a uma construção irracional


da mercantilização de tudo e de todos, a serviço exclusivo do lucro e da expansão do
sistema capitalista (LÖWY, 2013). O processo de devastação da natureza acelerou as
mudanças climáticas a tal ponto que não se projeta mais as catástrofes ecológicas em um
longo prazo, mas sim como uma realidade experienciada no tempo presente. No relatório
publicado pela UNICEF em novembro de 2022 destacou-se que as crianças e adolescentes
- especialmente as que se encontram em condições de vulnerabilidade ambiental, social
e econômica - são os que mais sofrem com os impactos decorrentes das mudanças
climáticas, pois estão em uma fase mais sensível do desenvolvimento.

Essa fragmentação entre os seres humanos e a natureza, segundo Dictoro et. al


(2019) é herança de pensadores do século XVI que enxergavam a natureza como um
mecanismo a ser dominado e controlado, que culminou em uma visão de
desencantamento do mundo e na apropriação da natureza e dos recursos naturais de
maneira predatória. Tiriba, em 2010, escreveu sobre a ameaça a continuidade da vida no
planeta como fruto de relações entre sistemas culturais e naturais, e conclui que “se
quisermos barrar o processo de destruição que está em curso, precisamos transformar
profundamente nossa maneira de pensar e de sentir, de viver e de educar”.

O Ministério da Educação (MEC) propõe através da Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) a definição de Criança como:

“Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações


e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade
pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói
sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo
cultura.” (DCNEI, MEC, 2010, p.12)

Com isso, a complexidade da infância extrapola a dimensão jurídica, e pode ser


entendida como um modo de ser e estar, de viver e habitar este mundo, como apresentado
pelo filósofo Renato Nogueira. As crianças acessam por meio das descobertas presentes,
portas para a construção do futuro em suas múltiplas possibilidades.

“O contato com a terra, brincar com a natureza, tocar as


plantas, cheirar as flores e ouvir os sons dos pássaros,
possibilitam à criança a construção de sentidos acerca do
que ela representa para a natureza e do que a natureza
representa para ela” (DAMASCENO, 2020)

As crianças demonstram tamanho encantamento pelos espaços ao ar livre, porque


são modos de expressão desta mesma natureza (ESPINOSA, 1983). A relação infantil
com as imagens se expressa palpavelmente no entusiasmo com a percepção ambiental
aguçada, com o aprender, com o sentir a vida, com o imaginar a realidade, com o
desenvolvimento estimulado por meio do imaginário (JÚNIOR, 2007, p. 351). Como
escreveu Léa Tiriba, 2010: “a natureza é a vida que se expressa em todos os seres, coisas
e fenômenos.” e desenvolvimento pleno e bem-estar social da Criança-Natureza
dependem diretamente da qualidade da interação com as pessoas e com o ambiente em
que se inserem.

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, 1998, define o


processo de educar, o que incumbe aos educadores a missão de “propiciar situações de
cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada”. Nessa
perspectiva, a autora Guiçardi, 2017, propõe a indissociabilidade entre o brincar, o cuidar
e o educar, onde essas três dimensões se integram e tecem importância fundamental nos
caminhos da educação infantil.

Para que o processo de aprendizagem ocorra plenamente, deve-se valorizar as


crianças, interagir com elas de forma dinâmica e criativa, respeitando seu tempo e seus
momentos (Guiçardi, 2017). “A função educadora dos adultos para com as crianças é
potencializar a vontade e a capacidade de aprender, de criar sentidos” (BARBOSA;
RICHTER, 2015, p. 496).

“Interessa-nos afirmar a infância enquanto potência de


criação e resistência, um tempo intenso e vivido plenamente
pelas crianças, que precisa ser compreendido pelos adultos
que com elas interagem. É nesse sentido que o tempo da
infância necessita ser palco para a expressão do universo
infantil, (...) urge dar tempo às crianças para viverem
plenamente as suas infâncias. Sem pressa. Sem
antecipações. Sem urgências.” (ARAUJO; COSTA;
FROTA. 2021)

Nesse contexto, a implementação de práticas educativas, pautadas pela percepção


ambiental, é estratégica para complementar a compreensão da riqueza de vivências e
experiências emocionais, individuais e coletivas, que habitam suas relações sócio
ecológicas (TUAN, 1980; KANASHIRO, 2003); bem como estimular a interpretação dos
estudantes acerca de problemas que afetam as suas vidas, de suas comunidades e a do
planeta (BRASIL, MEC, 1997). A busca pela resolução desses problemas pode ser
conduzida por práticas e fundamentos da educação ambiental, onde os educadores
promovem dinâmicas sociais capazes de levar a mudanças individuais e coletivas, locais
e globais, por meio de uma abordagem crítica e colaborativa (LOUREIRO, 2004;
SAUVÉ, 2005).

A educação ambiental se realiza nas relações do ambiente escolar, na interação


entre diferentes atores, mediada por educadores. Neste sentido, ela se converte em um
processo estratégico, com o propósito de formar valores, habilidades e capacidades para
orientar uma espécie de transição para a sustentabilidade (LEFF, 2004), capaz de
despertar o senso de responsabilidade dos estudantes sobre a conservação ambiental e a
convivência socioambiental e sociocultural do espaço em que vivem e atuam.

Portanto, a perspectiva de educação ambiental crítica se faz importante como uma


ferramenta à agroecologia de modo a sensibilizar a sociedade para novas práticas, que
resgatam e aliam o conhecimento popular ao conhecimento científico. Contudo, o papel
da educação ambiental deve ser o de colaborar na construção dessa consciência ecológica,
pois a prática agroecológica é a realização da própria educação ambiental, ou seja, um
conjunto de ações e práticas que visam a preservação socioambiental e o equilíbrio
ecológico (MADEIRA et al. 2013).

A compostagem é uma prática agroecológica que propicia um destino útil para os


resíduos orgânicos, evitando sua acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos
solos. Esse processo tem como consequência a formação de um adubo orgânico, que pode
ser utilizado para melhoria da qualidade do solo, sem ocasionar riscos ao meio ambiente
(SILVA, 2009). Segundo Xavier (1998), os indivíduos constroem seu espaço perceptivo
através do contato direto e íntimo com a paisagem vivida. Assim, o acompanhamento do
processo da compostagem é uma forma de observar os ciclos e fluxos dos ecossistemas,
perceber que o resíduo de uma espécie é o alimento de outra e compreender a inter-relação
existente entre todos os ecossistemas que, mesmo sendo redes completas, se aninham
dentro de outros, estabelecendo redes mais amplas, e assim por diante (CAPRA, 2006).

A proposta abrange a construção e manutenção de hortas agroecológicas


utilizando esses compostos orgânicos resultantes do processo de compostagem, o que
permite que o reaproveitamento dos resíduos orgânicos das instituições seja realizado de
maneira efetiva, e ainda possibilita o retorno de parte dos nutrientes para o sistema, com
o potencial de melhorar a qualidade do solo. Além disso, as crianças terão acesso ao
desenvolvimento dos alimentos, com tempo de cultivo variável e terão a oportunidade de
brincar enquanto aprendem sobre agroecologia, autocuidado e conscientização
socioambiental, para que possam assumir papeis fundamentais para a construção de uma
sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável.

“Compreendeu-se que a utilização da compostagem enquanto uma vivência


agroecológica proporcionou o desenvolvimento de metodologias participativas
e inclusivas, compostas por atividades diversificadas que consideraram a
transversalidade e a multiplicidade dos saberes. Tais metodologias
proporcionaram a construção de relações dialógicas e afetivas entre educadores
e educandos e possibilitaram a estes sujeitos atribuírem novos sentidos e
significados à natureza.” (MOREIRA, 2022)

As crianças da educação infantil encontram-se na fase inicial do processo de


entendimento das relações socioambientais e formação do pensamento crítico. Portanto,
o presente trabalho justifica-se por estimular o contato com o ambiente natural, a
coletividade, a solidariedade, o respeito pelo outro e o cuidado com ambiente, além
disso, representa um potencial de transformação socioambiental, pois permite a
compreensão sistêmica da vida de organização em rede ou teia, do percurso cíclico da
matéria e das relações agroecológicas.

A relevância do projeto e a importância de sua continuidade vão ao encontro da


Lei Federal nº 9.795, que apregoa no Artigo 1º:

“Entendem-se por educação ambiental os processos por


meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.”

Objetivos e metas:
Objetivo Geral

Fortalecer e ampliar a experiência de educação ambiental e de práticas


agroecológicas nos Laboratórios de Desenvolvimento Infantil (LDI) e de
Desenvolvimento Humano (LDH), e estender as ações para a Escola Municipal Almiro
Paraíso (EMAP). As ações teórico-práticas visam propiciar espaços férteis para a
construção de uma percepção ambiental, e convivência socioambiental e sociocultural
mais conscientes.

Objetivos Específicos
● Tratar e ressignificar os resíduos orgânicos gerados no LDI, no LDH e na EMAP;
● Difundir a prática da compostagem em ambientes escolares e não escolares;
● Planejar e executar hortas agroecológicas com as crianças;
● Aumentar a autonomia da comunidade escolar para a manutenção das
composteiras e hortas escolares;
● Estimular a coletividade, a solidariedade, o respeito pelo outro e o cuidado com o
ambiente;
● Envolver a comunidade escolar em práticas agroecológicas de produção e
consumo alimentar;
● Instigar a reflexão sobre os sistemas agroalimentares;
● Desenvolver atividades lúdicas que propiciem aprendizagens acerca da
agroecologia, educação ambiental e sistemas agroalimentares junto às crianças e
famílias participantes.
● Produzir cartilha de atividades sobre educação ambiental;
● Fomentar o uso da área de experimentação do grupo conhecida como MATAGAO,
como uma área prática de educação ambiental para as crianças.
Metas

● Desenvolver, no mínimo, 2 atividades semanais nas instituições de forma


participativa e colaborativa;
● Realizar 1 reunião semanal com a equipe do projeto para planejamento e avaliação
das atividades;
● Manutenção de composteiras domésticas com as crianças;
● Criação de novas hortas agroecológicas;
● Consolidação das hortas agroecológicas no LDI e LDH utilizando o adubo
orgânico produzido e técnicas de manejo do solo;
● Promoção de espaços educativos agroecológicos e autogestionados nas
instituições;
● Realização de encontros mensais com o colegiado da EMAP;
● Realização de oficinas com as equipes escolares para a separação dos resíduos
orgânicos, manutenção da composteira, adubação e manejo da horta;
● Publicar cartilha com a sistematização desta experiência a ser utilizado como
recurso didático nas escolas;
● Publicar, pelo menos, um artigo sobre o projeto.
• Apresentar as experiência relacionadas com o projeto em eventos científicos,
culturais e artísticos.
Metodologia e ações participativas 6357

As ações do projeto estão fundamentadas em metodologias participativas, na


intervenção teórica e prática dos participantes na proposição, participação e execução
das atividades propostas, com vistas a alcançar os objetivos e as metas.

O uso de metodologias participativas torna-se útil na promoção de diálogos e


podem ser baseadas nos princípios da pesquisa participante (BRANDÃO E BORGES,
2007). Além de buscar investigar a realidade, objetiva-se construir, conjuntamente com
os participantes, alternativas para melhorá-la (TOZONI-REIS, 2005; TRIPP, 2005). As
metodologias, sob essa ótica, articulam a participação dos envolvidos em uma
verdadeira ação educativa, onde há intercâmbio de conhecimentos. Dessa forma, a
ciência passa a ser aplicada a serviço da emancipação social, uma vez que se produz
conhecimentos sobre determinada realidade, realizando um processo educativo
participativo que contribui para sua transformação (TOZONI-REIS, 2005; VIEZZER,
2005). Na pesquisa participante deve haver uma indissociabilidade entre teoria/ensino,
pesquisa e prática/extensão (BRANDÃO E BORGES, 2007; DEMO, 2004), bem como
uma articulação entre os saberes acadêmicos e socioculturais.

Pretende-se também utilizar a pesquisa-ação como metodologia de trabalho de


pesquisa e de extensão que busca estudar as situações problemas e planejar ações para
resolvê-las, de maneira a elevar o conhecimento e a conscientização de pesquisadores
e sujeitos envolvidos (THIOLLENT, 2008).
Em termos metodológicos, o projeto foi delineado a partir do diagnóstico
participativo realizado com as instituições e está continuamente em discussão com os
membros do mesmo. Para tal, o diagnóstico participativo, o planejamento coletivo e o
desenvolvimento e acompanhamento das ações serão pautadas no diálogo e de forma
horizontal em todas as atividades (CHAMBERS, 1997; GUIJT et al., 2000).
As ações do projeto serão fundamentadas nos princípios da educação
ambiental e da agroecologia, buscando elaborar coletivamente o conhecimento e o
planejamento colaborativo da equipe do projeto. Nessa perspectiva, as atividades do
projeto envolverão as crianças e famílias atendidas pelas instituições, membros dos
grupos de agroecologia da UFV, profissionais da educação e demais interessados.
Para isso, serão realizadas atividades lúdicas que visem a promoção de trabalhos
práticos no âmbito da Educação Ambiental; a manutenção coletiva das composteiras
domésticas; a produção e utilização do composto orgânico como prática educativa; o
manejo e construção de hortas escolares como um instrumento de promoção da educação
alimentar saudável e a ampliação do acervo didático voltado às questões socioambientais.
Além disso, serão desenvolvidas reuniões, oficinas, círculo de cultura e Instalação
Artística Pedagógica (IAP) juntamente com a equipe do projeto.
Na primeira etapa haverá a realização do Círculo de Cultura, metodologia onde o
diálogo passa a se constituir a própria diretriz de uma experiência centrada na
compreensão do aprendizado como sendo aprender a dizer a sua palavra (FREIRE, 1983).
Nesta perspectiva, o Círculo de Cultura é expressão de um momento riquíssimo para o
exercício dialógico em qualquer tipo de promoção coletiva que incentive processos
educativos, assumidamente, com postura de vida participativa, seja na escola, na
extensão, em ambientes rurais e urbanos (CARDOSO et al., 2012, p.08).
O círculo de cultura é uma metodologia em potencial que possibilita trocas,
diálogos e influências recíprocas que tem favorecido desdobramentos, entre eles o
redirecionamento das atividades de ensino-pesquisa-extensão da UFV. No projeto, o
Círculo de Cultura viabiliza reflexões e elementos para complementar o acervo didático
sobre educação ambiental e agroecologia; elementos para planejamento das práticas
agroecológicas e das atividades lúdicas em termos da percepção ambiental.
A segunda etapa do projeto consiste na implementação/manutenção das práticas
agroecológicas nas instituições. Nesta etapa, iremos recorrer às Instalações Artísticas
Pedagógicas para fomentar as práticas agroecológicas e o diálogo sobre a alimentação, a
produção e o consumo de alimentos, com base no estudo dos agroecossistemas e na
agroecologia.
Nesta etapa, o desenho teórico-metodológico ganha novas dimensões com o
planejamento e desenvolvimento coletivo da prática da compostagem e das hortas. Os
resíduos orgânicos utilizados são aqueles produzidos no preparo da alimentação para a
instituição. Em 2018 a equipe da cozinha do LDI e LDH passou a separá-los e fornecê-
los para as atividades. Dessa forma, as crianças são conduzidas até a cozinha para
acompanhar esse processo e entender como é feita a separação. Assim, espera-se
continuar a estimulá-las a disseminar essa prática e realizar o aproveitamento desses
materiais em suas casas, bem como despertar e fortalecer as bases para a construção dessa
prática na EMAP. O projeto busca envolver os familiares na atividade do projeto durante
os sábados letivos, marcados nos calendários das instituições.
As práticas agroecológicas serão realizadas por meio de dinâmicas brincantes que
estimulem a participação voluntária, o envolvimento e a socialização das crianças e
equipe das instituições, evitando formalidades e hierarquias. As dinâmicas contribuirão
para a apresentação e desenvolvimento dos temas propostos pelo projeto em interação
com as professoras, de tal forma que todos os envolvidos tenham o papel de educadores
e educandos.
Para difundir o processo de compostagem em ambientes escolares e não escolares
serão oferecidas oficinas junto ao curso “Verdejando as Escolas” realizado pelo projeto
de extensão Verdejar. As oficinas serão realizadas aos sábados, com duração de 4 horas.
A etapa final do projeto consiste na sistematização das experiências e dos
processos de aprendizagem consolidados.
“Sistematizar experiências é uma forma de organizar e
socializar conhecimentos, extrair lições e aprender
coletivamente por intermédio das trajetórias construídas e
experiências vividas por múltiplos sujeitos. Na agroecologia,
isso significa fortalecer práticas acumuladas nos territórios,
valorizar diferentes movimentos e construir uma ciência
humanizada, popular e solidária, que respeite a natureza e a
cultura popular.” (CARDOSO et. al, 2018)

Impacto social esperado 1993

Com a execução do projeto espera-se contribuir com o processo de formação das


crianças e adultos envolvidos, a partir da experimentação de práticas agroecológicas,
capazes de despertar a sensibilidade e a percepção socioambiental enquanto humanidade
habitante do planeta Terra. Além disso, espera-se provocar o entusiasmo na descoberta
das relações socioambientais, através da imaginação e do sentir, e promover a acumulação
de valores e significados profundos.
Os impactos deste projeto se reforçam com a redução da geração de resíduos
orgânicos nas instituições escolares, onde a ressignificação do conceito de “lixo” junto
com as crianças permite que o mesmo deixe de ser um problema ambiental e
componha um grande potencial para a melhoria da qualidade do solo, o manejo da horta
escolar e a produção de alimentos saudáveis.
De forma complementar, o trabalho com a compostagem e horta escolar
impulsiona a discussão sobre os sistemas agroalimentares e a reflexão sobre a produção
e o consumo de alimentos saudáveis, contribuindo assim para a formação do pensamento
crítico dessas crianças. A horta agroecológica tem a proposta da utilização de consórcios
agroflorestais-medicinais, em que as crianças plantam, no tempo presente, e podem
usufruir do cuidado diário, da colheita de plantas medicinais, frutas e verduras de ciclo
mais rápido, enquanto cuidam de árvores frutíferas para que outras crianças possam
colher abundância em um tempo futuro.
A “agroecologia para gente que cresce” busca resgatar a conexão do ser humano
com a Natureza, onde a criança é sujeito capaz de ouvir, escutar, perceber e acolher a
Terra com mais afeto, amorosidade e respeito.
Espera-se ainda que a publicação em formato de livro e cartilhas possa difundir a
prática extensionista do projeto para outros locais e inspirar novas experiências, sendo
utilizada, sobretudo, pelas escolas como um material didático que estimule o contato das
crianças com a natureza.

Interação ensino, pesquisa e extensão 3084

A equipe proponente da presente proposta vem atuando em conjunto já há alguns


anos, o que permite dizer que há um acúmulo de experiências em consonância com o
princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Entende-se como
extensão universitária o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a
pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e
sociedade (BRASIL, MEC, 2000/2001).
Os projetos desenvolvidos pelos grupos de Agroecologia da UFV têm como foco
de atuação e reflexão a transição agroecológica no campo e na cidade, sendo que, do
ponto de vista acadêmico, a equipe de trabalho agrega estudantes, professores e técnicos
de diferentes áreas de conhecimento, constituindo numa equipe interdisciplinar.
Nas intervenções realizadas, o diálogo entre ensino, pesquisa e extensão não
apenas é importante, mas imprescindível, na medida em que várias das dificuldades
socioambientais enfrentadas no rural e no urbano necessitam de apoio teórico e reflexão
para sua superação.
Além disso, a característica das intervenções propostas pela equipe de trabalho
pressupõe o esforço em valorizar todas as formas de saberes, técnicos, populares e
acadêmicos, favorecendo intercâmbios entre os atores envolvidos, sejam eles crianças ou
adultos. Nesse processo, a reflexão teórica é imprescindível. Assim, esse projeto resulta
do desdobramento de trabalhos anteriores, possibilitando a intervenção reflexiva, na
medida em que as atividades são construídas com a comunidade escolar do LDI e do LDH
e, a partir do presente projeto, com a comunidade da EMAP, em articulação com outras
iniciativas como por exemplo, com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência – PIBID Pedagogia. Mais ainda, na medida em que se propõe a reflexão sobre
os impactos gerados pelos resíduos orgânicos e o processo da compostagem e da horta
escolar, propõe-se a construção de conhecimento em diálogo com as realidades das
referidas instituições.
Adicionalmente, a dimensão ensino perpassa todas as ações propostas na medida
em que o bolsista e demais estudantes estagiários estarão envolvidos/as em todos os
procedimentos (planejamento, execução, avaliação) e diferentes aspectos ou questões
relacionadas às atividades serão tratadas pelos estudantes enquanto conteúdos
disciplinares. As aprendizagens construídas ao longo do processo incidirão em novas
demandas que os estudantes poderão apresentar nos seus respectivos cursos e disciplinas
com potencial de gerar reflexões e mudanças na construção de saberes acadêmicos.
Os integrantes do projeto terão a oportunidade de desenvolver trabalhos de
pesquisa e extensão, permitindo que a reflexão sobre a compostagem, das hortas
agroecológicas e suas aplicações, contribua para a incorporação dessa perspectiva na
atuação profissional e cidadã dos envolvidos, além de fortalecer a prática de extensão
universitária. E, ainda, permite que atuem como multiplicadores de ações que tenham
como tema a agroecologia e educação ambiental.
Acompanhamento e avaliação

Do projeto:

Ao longo do desenvolvimento do projeto nas instituições participantes,


adotaremos indicadores para avaliar o desempenho do mesmo numa perspectiva
metodológica participativa em todas as etapas. Na medida em que se propõe uma
construção coletiva das atividades do projeto, estão também incluídas as atividades de
avaliação. Nesse sentido, as reuniões de planejamento funcionarão também como espaço
para avaliação da condução das atividades, nesses espaços os atores envolvidos serão:
integrantes dos Grupos de Agroecologia da UFV, crianças, as equipes do LDI, do LDH
e da EMAP e demais membros do projeto.
Ao final de cada atividade na instituição, será realizada uma avaliação da
atividade e da metodologia empregada, considerando aspectos como: a) Adequabilidade
(A metodologia/atividade atingiu os objetivos pretendidos?); b) Funcionalidade (Como
foi a execução da metodologia/atividade? Pode ser reproduzida? O que deve ser mantido?
O que deve ser modificado?); e c) Aplicabilidade (Os/as participantes gostaram da
atividade/metodologia? Sugestão de adaptações/modificações).
A metodologia a ser utilizada inclui o relato oral ou por escrito de cada um dos
atores envolvidos em relação a(s) sua(s) consideração(ões)/impressão(ões) sobre a
atividade/metodologia empregada, podendo-se utilizar o registro de imagens e vídeo, ou
ainda transcrição das falas, para posteriores análises e reflexões. A equipe do projeto se
reunirá semanalmente para planejamento das atividades. Esses espaços também servirão
como espaço para discussão dos desafios enfrentados, avaliação e encaminhamentos.

Dos(as) estudantes:
O bolsista será avaliado mensalmente utilizando como parâmetros avaliativos os
seguintes indicadores: assiduidade; pontualidade e cumprimento dos prazos; nível de
envolvimento na construção, planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações do
projeto; capacidade de trabalhar em grupo; criatividade e proatividade.

A avaliação será feita por meio de entrega de relatórios mensais e reuniões


quinzenais com a coordenação do projeto a fim de monitorar o planejamento e execução
das atividades, bem como os resultados alcançados pelo projeto.

Financiamento/infraestrutura

Do ponto de vista técnico e de infraestrutura, as ações contam com o seguinte


apoio:
• Laboratório de Desenvolvimento Infantil da UFV LDI e LDH : O LDI
disponibilizará o espaço físico necessário à execução das atividades, bem como
materiais pedagógicos necessários às atividades. Além dos materiais, o LDI
disponibilizará um funcionário que fará a manutenção da composteira nos dias que não
tiver atividade com toda a equipe e crianças.
• Escolas Municipal Almiro Paraíso – EMAP;
• Departamento de Educação da UFV;
• Departamento de Economia Doméstica da UFV;
• Departamento de Engenharia Florestal da UFV;
• Núcleo de Agroecologia e Educação do Campo da UFV;
• Grupos de Agroecologia da UFV: Apêti Agroflorestas, Grupo de Agricultura
Orgânica (GAO) e Rede de Mutirões Agroecológicos (REMA);
• Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBID Pedagogia:
Brincar a Agroecologia – Criança/Natureza
• Licenciatura em Educação do Campo. Ciências da Natureza;
• Núcleo de Educação do Campo e Agroecologia – ECOA.

Plano de trabalho do bolsista

● Encontros semanais no LDI e LDH;


● Um encontro semanal na EMAP com a equipe do Pibid que está articulada na
escola com o mesmo propósito;
● Um grande encontro - em formato de mutirão - com as famílias, com as crianças
e membros da instituição em um sábado por mês para metodologias brincantes
que visem a integração das crianças ao processo do fazer;
● Reuniões semanais com a equipe e coordenação do projeto;
● Realização de dinâmicas participativas de contextualização e avaliação das
atividades do projeto;
● Preparação do espaço e criação de hortas orgânicas nas instituições;
● Separação dos resíduos orgânicos das instituições;
● Manutenção das composteiras;
● Manejo das hortas;
● Participação na Festa da Colheita do LDI e LDH;
● Participação em sábados letivos;
● Organização e realização de oficinas sobre compostagem em ambientes escolares
junto ao Projeto Verdejar;
● Registro e sistematização das atividades;
● Avaliação das atividades;
● Ampliação do acervo didático das instituições sobre o tema;
● Elaboração de material didático para publicação;
● Participação em eventos acadêmicos para divulgação do projeto.

Avaliação do bolsista

O processo de avaliação do bolsista nas etapas do projeto será executado


mensalmente com o apoio da coordenadora e conjuntamente com a equipe do LDI e
LDH considerando os seguintes indicadores:
i) nível de participação, assiduidade capacidade de trabalhar em grupo; iniciativa;
pontualidade; responsabilidade; criatividade do bolsista projeto nas atividades do
projeto;

ii) cumprimento dos prazos e atividades programadas;

iii) análise das atividades e metodologias desenvolvidas.

Cronograma de Atividades

Atividades Mês

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

Reunião semanal com a equipe e X X X X X X X X


coordenação do projeto para
planejamento e avaliação das
atividades

Atividades semanais no LDI, X X X X X X X X


LDH e EMAP.

Encontro em forma de mutirão x


na EMAP

Manutenção de composteiras X X X X X X X X
domésticas no LDI e LDH.

Criação de uma composteira X


domésticas na EMAP

Manutenção da Composteira na x x x x x x x
EMAP

Criação de hortas X X X X
agroecológicas no LDH e
EMAP.
Oficinas com as equipes do X X X X
LDI, do LDH e da EMAP para
a separação dos resíduos
orgânicos, manutenção da
composteira, adubação e
manejo da horta.

Oficinas com professoras da X X


rede municipal de Educação
de Viçosa

Publicar 1 livro com a X


sistematização desta
experiência a ser utilizado
como recurso didático nas
escolas

Publicar artigos sobre o X X X


projeto

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