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Análise do Texto: Raimond Madden

Nome: Sandia Abuxahama

O autor apresenta uma análise critica sobre os diferentes passos para a realização de uma
pesquisa etnográfica. Ele apresenta diferentes passos e estágios a seguir na pesquisa, e traz
para um deles os diferentes prismas seja desafios com: observação, entrevista, e que
elementos devem ser observados durante todo o processo de pesquisa. Traz elementos que
devem ser analisados e conhecidos como um trabalho que deve ser feito paralelamente ao
processo de recolha de dados. Ele refere que há elementos indispensáveis que o etnografo
deve ter dominio como: a linguagem, as expressões fisicas e faciais, o socialmente aceitável
e tolerável. Tendo dominios destes elementos, o etnografo pode estar munido de
ferramentas que poderão permitir maior interacção e socialização com os grupos ou
comunidades a serem estudadas. Para poder colher esta informação, o etnografo deve
primar por diferentes metodos: observação, vivencia com as comunidades sem no entanto
imiscuir -se das suas proprias convições e conhecimento, o diálogo e entrevistas constantes
com as comunidades. É importante que no processo de imersão e convivios com as
comunidades, o etnografo não tente se parecer com as comunidades em estudo é,
importante que conheça as praticas socio-culturais, porque a tentativa de querer parecer
igual pode abrir espaços tanto para a sua aceitação ou como negação.
O autor percebe que o conhecimento etnografo deve ser produzido e contextualizado, uma
vez que os parâmetros de produção tambem são contextualizados, seja o comportamento e
ser do homem é directamente influenciado pelos costumes e práticas de onde o homem
esta inserido. O etnografo deve ser ter como premissa que é importante fazer uma imersão
com as realidades locais, sem no entanto, envolver -se com ela, é importante pensar o
conhecimento olhando sempre os diferentes prismas como influencuam a produção de
conhecimento. Tambem traz a questão da legitimidade de produção do conhecimento , que
o mesmo será reconhecido e aceite se a comunidade tiver sido envolvida e esclarecida sobre
os seus propositos para ser reconhecido é importante o envolvimento dos locais, seja das
pessoas que residem na comunidade. Ele traz uma analise que o etnografo, é um ser
caracterizado de suas praticas e conhecimentos locais, e ao trabalhar na comunidade no
processo de recolha de dados deve ter consigo em atenção a questão do respeito pelas
sensibilidades e praticais sem no entanto se deixar influenciar pela mesma. Etnografo deve
estar em condições de poder fazer a imersão no campo de estado, com as suas crenças e
conhecimento, negociando com as praticas em uso no campo de estudo. Portanto, o
etnografo sendo um humano dotado de suas capacidades de conhecimento local deve usar
esse capital como um recurso que pode ser usado para enriquecer na sua investigação
despida de juizos de valor e preconceitos. Tem que estar em capacidade de negociar as suas
valias com as comunidades locais por forma a ter aceitação das mesmas. Neste processo de
negociação é importante, que exista uma plataforma de esclarecimento do seu trabalho
para que todos os envolvidos estejam claros. O autor relata que é importante que o
etnografo tenha consciencia que não é imperioso que o investigador assimile ou incorpore
as maneiras de ser e estar da comunidade em estudo sob o risco as vezes, de não ser
compreendido. Ele deve perceber como as diferentes esferas funcionam na comunidade
sem no entanto tentar fazer parte delas, porque o processo de se parecer como ``eles``
pode levar lhe a incorrer em alguns erros ou práticas que podem por em causa o processo
de recolha de dados.
O autor reconhece que o papel do etnografo na condução da pesquisa é fundamental para o
sucesso da sua pesquisa, que exista sempre clareza sobre o que se pretende alcançar com o
trabalho de campo, estar claro em termos de questoes e procedimentos a seguir. O
etnografo discute como a informação pode ser colhida, tendo sempre a preocupação de
evitar o bias da informação, tendo instrumentos ou ferramentas precisas e claras por forma
a colher os dados pretendidos. Este processo de recolha de dados, deve estar sempre
assente no pressuposto que o etnografo é apenas um gravador, é sempre importante que
seja alcançado em equilibrio entre o que se pretende colher e como pode colher a
informação. Os instrumentos e questões usadas na recolha de dados estejam sempre
contextualizadas as realidadess, seja a maneira de fazer as questões e também como as
mesmas são feitas aos grupos em estudo, para evitar fazer questões que estejam imbuidas
de algum juizo de valor ou de certas premissas.
A pesquisa etnografica deve ser conduzida tendo como pressuposto que há um
conhecimento local que deve ser valorizado eque o pesquisador deve fazer esta imersão
que sempre tem coisas que irá aprender com o seu objecto de estudo.
Neste processo de imersão do etnografo, deve haver um equilíbrio entre proximidade e
distância, para que possa estar em condições de analisar criticamente a realidade em
estudo. Um dos passos para se assegurar uma análise critica dos dados recolhidos é que o
etnografo tenha os instrumentos claros e sob seu dominio para que esteja em condições de
produzri uma nalise critica dos dados recolhidos seja feito um distanciamento do local em
estudo, isto permite que os dados recolhidos sejam analisados numa perspectiva critica,
imiscuida de influencias do local ou dos grupos em estudo, para que isto aconteça deve se
assegurar que o etnografo esteja munido de instrumentos e capacidade de poder se
desligar do objecto de estudo. É importante que faça equilibrio entre o conhecimento
subjectivo que e use de forma reflexiva e aberta os seus conhecimentos prévios para que
possa aprender com o seu objecto de estudo. Segundo o autor, não é possivel o etnografo,
se deslgue completamente do seu ser, ao fazer a imersão na comunidade. O ser humano é
dotado de capacidade intelectuais e cognitivas que devem ser usadas não em prejuizo do
conhecimento local, sempre evitando valorar as praticas locais. É importante que o
etnografo faça o equilibrio entre as suas vivencias e conhecimentos e as praticas e
realidades que estão a ser estudadas. Portanto, o processo de imersão é importante que
seja feito, mas sempre deve estar munido de instrumentos que o permitam vivenciar as
vidas das comunidades em estudo e tambem poder distanciar-se. O etnografo deve tambem
trabalhar na comunidade respeitando os principios que as comunidades tem as suas
praticas, expressões socio-culturais, fisicas e direitos que devem ser respeitadas sob o risco
de criar algum ruido na sua pesquisa. Há necessidade de valorizar as praticas locais e
sempre em negociação com os seus interesses. É importante que se informe melhor sobre o
que é socialmente aceite e não, o que são valores inegociáveis na comunidade, para que
nao ultrapasse as fronteiras do aceitavelmente permitido ou tolerável, só assim é que pode
vir a criar um ambiente ou plataforma de entendimento e partilha de valias entre ele e a
comunidade em causa, assegurando assim o respeito pela comunidade e também a sua
própria segurança. Portanto, o etnografo deve ter a capacidade de fazer o balanço entre os
seus propositos e os interesses da comunidade, deve procurar que estes dois encontrem um
balanço, sem no entanto, deixar a capacidade critica e reflexiva, que é uma das grandes
caracteristicas que o etnografo deve ter e que tambem vai permitir lhe analisar os
fenomenos com mais subjectividade.

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