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ROTEIRO DE ATIVIDADES – FAZERES AUTOBIOGRÁFICOS

Prezado(a) aluno(a), as orientações a seguir foram elaboradas para dar clareza e


racionalidade às etapas que integram o projeto. Por isso, é fundamental que cada passo
seja lido com a máxima atenção e as dúvidas a ele referentes sejam encaminhadas ao
professor-tutor da disciplina Felicidade e Bem-Estar por meio da ferramenta Comunicação.
A atividade que propomos que você realize encontra fundamento nos pressupostos da
autobiografia e uitiliza como recurso a história oral temática. Para realizá-la de forma
satisfatória, você deve:
1. ENTREVISTAR uma pessoa que desenvolva atividades no campo social e de
promoção da cidadania e dos direitos humanos em diferentes contextos.
Quem você pode convidar?
• Para realizar a entrevista, você pode:
o convidar uma liderença religiosa (pode ser o padre ou o pastor de sua
igreja); ainda no âmbito das comunidades religiosas, você pode convidar
um membro da igreja que exerça papel de lidrença no âmbito das
atividades sociais;
o OU ainda: convidar uma liderança comunitária (pode ser o lider da
associação de moradores do seu bairro, por exemplo);
o OU ainda: convidar um(a) amigo(a) que coordene e/ou atue como
voluntário em ONGs que realizam atividades sociais diversas;
o OU ainda: convidar uma pessoa do bairro ou da cidade onde você mora
que coordene e/ou participe como voluntário em Organizações de Ajuda
Humanitária (como, por exemplo, as pessoas que são envolvidas com
ações humanitárias que prestam assistência em situações de desastres
naturais, conflitos ou em áreas carentes, dentro ou fora do país);
o OU ainda: convidar uma pessoa que atue em grupos de base, como
grupos de jovens, clubes esportivos locais e outras organizações informais
que promovem a coesão social por meio de atividades construtivas.
ATENÇÃO!
• A entrevista que você vai realizar tem como orientação metodológica a “história
oral temática”. Logo, SE você deve entrevistar uma pessoa que exerça atividades
no campo social e de promoção da cidadania e dos direitos humanos em
diferentes contextos, ENTÃO, o foco da entrevista que você vai realizar deve ser
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a atividade desenvolvida por este entrevistado no contexto de sua atuação como


liderença ou como voluntário do campo social e humanitário.
• A entrevista de história oral temática é um método de coleta de informações que
se concentra em um tópico específico da história de uma pessoa e/ou de uma
comunidade. Nesse tipo de entrevista, o entrevistado compartilha suas
experiências e conhecimentos relacionados a um tema específico. A entrevista
temática não só permite a preservação e documentação de histórias pessoais e
coletivas sobre um assunto específico, como também tem caráter pedagógico:
por meio do contato com difernetes histórias e experiências somos impulsionados
a compreender de outro modo a realidade que nos cerca e a nós mesmos.

SOBRE A ENTREVISTA
Não se trata de uma entrevista formal, tal como se realizaria para produção de
dados numa situação de pesquisa. O tipo de entrevista que sugerimos para realização da
atividade deve contar com roteiro aberto, dialógico e essencialmente espontâneo; os
tópicos podem ser tratados cronologicamente ou não – o importante é que o sujeito
entrevistado desfrute de total liberdade para contar sua própria história.
O espaço da entrevista deve servir, também, como espaço de socialização,
momento privilegiado para construção de interlocuções com o sujeito entrevistado. O que
se pretende com esse movimento de interação e cooperação é que as narrativas do sujeito
entrevistado sejam destacadas como elementos de reflexão capazes de produzir pontos de
encontro (conexão, aproximação e/ou distanciamento) com suas próprias histórias e, por
consequência, de deslocamentos: fazer da negociação discursiva o caminho para
apreensão das opiniões, das crenças, dos valores e dos significados que as pessoas
atribuem a si, aos outros e ao mundo.
Comece a entrevista cumprimentando o entrevistado e agradeça por sua
disposição em compartilhar suas experiências; apresente-se como o entrevistador e
explique o objetivo da entrevista.
Depois, peça ao entrevistado que forneça informações básicas sobre si mesmo,
como nome, idade, local de nascimento e contexto cultural relevante; introduza o tópico
principal da entrevista (atuação como liderança ou voluntário de ações e projetos sociais e
humanitários) de forma clara e sucinta.
Faça perguntas abertas que permitam ao entrevistado explorar suas experiências
e conhecimentos relacionados ao tópico – por exemplo, se o tópico for “atendimento de
pessoas em situação de rua”, você pode começar com perguntas como: “Você poderia
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compartilhar sua experiência pessoal com o atendimento de pessoas em situação de rua?


Como esse trabalho afetou sua vida?”.
Peça ao entrevistado que compartilhe suas experiências pessoais relacionadas ao
tópico (incentive-o a contar histórias e detalhes específicos); explore o impacto das
experiências do entrevistado e como essas experiências moldaram sua visão de mundo ou
influenciaram a comunidade ou sociedade em geral.
Faça perguntas complementares para aprofundar a discussão, como “Você poderia
descrever um momento específico que o marcou profundamente em relação ao trabalho
que você realiza....?”.
Por fim, agradeça ao entrevistado por sua contribuição; finalize a entrevista de
forma amigável.
Não se esqueça dos limites éticos da entrevista: seja cordial, gentil e atento(a) ao
seu entrevistado(a). Nesse sentido, respeitar a privacidade do entrevistado é essencial –
as informações compartilhadas devem ser tratadas com confidencialidade; haja com
sensibilidade cultural e social – como entrevistador você deve estar ciente das questões
culturais e sociais relacionadas ao tópico da entrevista e respeitar as crenças e valores do
entrevistado; as informações coletadas devem ser usadas de maneira responsável e ética,
respeitando os objetivos acordados com o entrevistado.
O respeito pelos princípios éticos é crucial para garantir que a entrevista seja
conduzida de maneira justa, respeitosa e responsável, protegendo tanto o entrevistador
quanto o entrevistado.
É recomendado o uso de gravador na realização da entrevista para aprimorar a
captura de elementos de comunicação criticamente importantes, reflexões, dúvidas ou
pausas na entonação que melhoram a compreensão da narrativa. O objetivo da gravação
é preservar o conteúdo original e registrar com maior precisão a linguagem, o silêncio, a
hesitação, a mudança de tom, além de trazer mais atenção para o sujeito entrevistado.
Pode-se utilizar aparelho gravador ou aplicativo de gravação disponível para celular (ex.:
Smart Recorder, RecForge II Audio Recorder, Hi-Q MP3 Voice Recorder, Voice Recorder).

2. Realizada a entrevista, o passo seguinte é a transcrição do conteúdo da entrevista.

SOBRE A TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA


A transcrição é a passagem completa, com todos os detalhes, da entrevista
gravada para a escrita. Sobre a transcrição: deve ser feita o quanto antes e considerar os
seguintes parâmetros: (1) as passagens pouco audíveis devem ser colocadas entre
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colchetes; (2) as dúvidas, os silêncios, as rupturas sintáticas, devem ser assinalados por
reticências; (3) as pessoas citadas, se for necessária discrição, devem ser designadas por
iniciais; (4) o grifo deve ser utilizado para anotações; por exemplo: risos; (5) as palavras
usadas com forte entonação devem ser grafadas em negrito; (f) a transcrição deve ser
textualizada, isto é, organizada cuidadosamente em parágrafos, devendo-se atentar para a
pontuação, que é imprescindível à boa compreensão do texto.
IMPORTANTE! A transcrição da entrevista deve ser informanda no campo 2.2 do
Relatório Final.

3. A transcrição da entrevista é um passo importante para as etapas que se seguem.


Ao transcrever o conteúdo da entrevista, você será capaz de reencontar o
movimento de interação e cooperação com as narrativas do sujeito entrevistado para
realizar a negociação discursiva proposta nesta etapa do projeto. Essa negociação
dos discursos (a história de vida do sujeito entrevistado encontrando-se com a sua
própria história de vida, permitirá que se realize a abertura subjetiva para as
atividades a seguir:
➢ ESCREVER TRÊS CARTAS PESSOAIS:
o uma carta-resposta ao sujeito entrevistado: nessa carta, você deve, em
primeiro lugar, agradecer ao sujeito entrevistado pela disposição em
participar da atividade, pelo espaço de diálogo e pela confiança em
compartilhar suas histórias de vida; depois, deve destacar as
aprendizagens que você construiu – nesse ponto, a escrita da carta-
resposta segue um movimento um tanto quanto intuitivo: ora, você ouviu
do(a) depoente as histórias que ele(a) quis compartilhar, você aprendeu
com essas histórias; seja por estranhamento ou por admiração, você
aprendeu com as crenças, os valores e os significados que esse sujeito
atribui a si mesmo(a), aos outros e ao mundo. De algum modo, as histórias
do(a) depoente criaram, em você, pontos de encontro (conexão,
aproximação e/ou distanciamento) com as suas próprias histórias.
Portanto, você sabe qual resposta essa carta pretende oferecer. Seja
cordial, amigável e respeitosa na escrita da carta. ATENÇÃO! A carta deve
ter extensão máxima de uma página. Uma cópia da carta deve ser
remetida ao sujeito, via Correios ou pessoalmente e uma cópia inserida no
campo 2.3 do Relatório Final.
o escrever outras duas cartas:
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▪ a primeira, para quem você foi no passado – contando a si


mesma como (e porquê) você mudou, os projetos que você
construiu, suas inspirações, suas aspirações;
▪ a segunda, para quem ele deseja ser no futuro – contando para
si mesmo as sensações, os sentimentos e as emoções que ele tem
experimentado e que não gostaria de esquecer ao longo dos anos.
▪ a escrita das cartas é um exercício autobiográfico em que o “eu” do
presente se corresponde com o “eu” do passado (primeira carta) e
com o “eu” do futuro (segunda carta); logo, o sujeito remetente
(quem escreve/remete) é você hoje, com a idade que você tem hoje
e atravessado pela vida presente e pelas experiências que você
constitui no hoje; o sujeito destinatário (o leitor a quem se destina a
carta) é você: no passado (primeira carta) – o ponto do passado ao
qual o “eu” do presente se remeterá é uma escolha sua (pode ser
um momento específico da sua infância, adolescência, início da
vida adulta ou pode ser uma abordagem mais genérica, ilustrada
pela simples representação do “eu” passado); e você no futuro
(segunda carta) – nesse caso, estamos falando de um “eu”
hipotético, elaborado pelo desejo de vir a ser.
▪ cada carta deve ter extensão máxima de uma página e devem
ser inseridas, respectivamente, nos campos 2.4 e 2.5 do
Relatório Final.

COMO ESCREVER UMA CARTA


A carta é um gênero textual de correspondência cujo objetivo é estabelecer uma
comunicação direta entre interlocutores e transmitir diferentes tipos de mensagens.
Considerando a natureza da atividade, as cartas que serão escritas são do tipo pessoal.
ATENÇÃO! Uma carta não é um bilhete, mas também não é um tratado. Não existem regras
fixas para escrever uma carta pessoal, e sua escritura pode se prestar, inclusive, a um estilo
mais coloquial. No entanto, cumpre ressaltar: mesmo nesse caso, as regras gramaticais
devem ser obedecidas e a língua portuguesa deve ser utilizada de adequadamente.
Embora o gênero tenha passado por algumas mudanças ao longo do tempo, normalmente
sua estrutura possui alguns pontos que são fixos, como, por exemplo:
* local e data: os dois elementos devem vir no início da carta, geralmente ficam à
esquerda da folha;
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* destinatário: informação de para quem a carta é destinada, geralmente um vocativo;


nesse espaço, o remetente se dirige ao destinatário por meio de termos como: prezado ou
prezado, querida ou querido, e tantos outros;
* corpo do texto: destinado para a carta pessoal – aqui quem está escrevendo deve
colocar toda a mensagem que pretende encaminhar ao destinatário;
* assinatura: além de se identificar, o remetente também pode utilizar o espaço da
assinatura para fazer a sua despedida, que pode ser mais carinhosa e informal.

4. Elaborar o relato da experiência, a fim de descrever as percepções que você


construiu sobre cada atividade que compõe o projeto – destaque os pontos positivos
e as dificuldades vivenciadas para o desenvolvimento das atividades; descreva
também as percepções gerais do projeto; a experiência de desenvolver um projeto
dessa natureza – destaque os pontos positivos e as dificuldades vivenciadas no
âmbito da formação humana proposta pelo projeto

IMPORTANTE!
✓ O modelo do Relatório Final de Extensão encontra-se disponível em documento
.docx
✓ PARA POSTAR O ARQUIVO: na ferramenta ACQA (SEMANA 1), clique em:
ESCOLHER ARQUIVO e selecione o arquivo no seu computador.
✓ NÃO SE ESQUEÇA DE CLICAR EM SALVAR AVALIAÇÃO.
✓ Esteja atento à data limite informada no AVA para publicação do Relatório para
avaliação.

LEMBRE-SE!

Quaisquer dúvidas a respeito de como desenvolver cada uma das atividades descritas
acima devem ser encaminhdas a mim por meio da ferramenta Comunicação.

Fraterno abraço e bons estudos!

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