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Escola Secundária Dr.

João Manuel da Costa Gomes

Relatório Atividade Laboratorial 1.1


Queda livre: força gravítica e aceleração gravítica

Disciplina: Físico Química A

Professora: Fernanda Bento

Realizado por:

Afonso Nelas Nº1


Afonso Aranha Nº2
Gustavo Leitão Nº9
Iris Anunciação Nº10
Índice
Objetivos..............................................................................................................4
Introdução teórica..............................................................................................5
Materiais..............................................................................................................6
Procedimento......................................................................................................7
Apresentação de dados.....................................................................................8
Cálculos...............................................................................................................9
- Esfera 1..................................................................................................................................9
- Esfera 2..................................................................................................................................9
- Esfera 3................................................................................................................................10
- Tabela de resultados............................................................................................................11
Conclusão..........................................................................................................12
Críticas...............................................................................................................12
Webgrafia e bibiografia....................................................................................12

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Questão Problema:
“Um conjunto de objetos é deixado cair. Terão a mesma aceleração no movimento de queda?”

Objetivos

Objetivo do trabalho: Nesta atividade laboratorial pretendemos estudar o movimento de um corpo quando
sujeito a queda livre, mais detalhadamente determinar a aceleração no movimento, neste caso a
aceleração gravítica. Para que isso aconteça, tencionamos obter a medição do tempo e determinar a
velocidade quando a esfera entrar em queda livre, que após ter sido largada irá ter velocidade nula.

A determinação da aceleração média, que neste caso é igual à aceleração gravítica uma vez que esta é
constante, para corpos com diferentes massas, vai permitir demostrar que a aceleração gravítica não
depende da massa dos corpos.

Introdução Teórica

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Um grave, designa um corpo, que está unicamente sujeito à força gravítica, ou seja,
encontra-se em queda livre.

Figura 1: Um paraquedista está em queda livre até abrir o


parapente, pois está sujeito unicamente à queda livre

O movimento de queda livre, ocorre quando um corpo que parte de uma situação
de repouso, isto é, parte com uma velocidade inicial de 0 ms -1 , fica sujeito unicamente a
força gravítica (Fg). Para este movimento ocorrer é necessário também que a resistência
do ar seja desprezível, pois esta força é uma força não conservativa que se opõem ao
movimento.
Definição de força não conservativa:
Uma força não conservativa é uma força cujo trabalho realizado depende da trajetória que
o corpo efetua, como a força de atrito.

Este movimento pode ser caracterizado por um movimento vertical, retilíneo


uniformemente variado, pois como Galileu observou todos os corpos deixados cair,
desprezado a resistência do ar, chegam ao solo ao mesmo tempo e atingem o mesmo
valor de aceleração, independentemente da sua massa. Essa aceleração é denominada
de aceleração gravítica (g).

Figura 2: Diferença do intervalo de tempo de dois corpos, quando sujeitos à resistência do ar, ou ao
vácuo

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Como é possível observar no exemplo acima, quando os corpos estão sujeitos à
resistência do ar, que atua como uma força de atrito, ou seja uma força não conservativa,
a aceleração de cada corpo já irá ser diferente, logo mesmo tendo sido largados ao
mesmo tempo e na mesma altura, irão chegar em momentos diferentes ao solo, sendo
que é possível aferir que o corpo com maior massa irá chegar mais depressa pois terá
maior aceleração.
Já quando estão em ambiente de vácuo, ou seja, onde não existe resistência do ar,
ambos os corpos, vão atingir o solo no mesmo instante e com a mesma aceleração que
será constante e igual à aceleração gravítica.
Esta aceleração tem uma direção vertical, e tem sempre o sentido do centro da
Terra e tendo uma intensidade de 9,8 ms-2 na superfície terreste, pois depende apenas da
distância do centro de massa do corpo do centro de massa da Terra, visto que G e a
massa da Terra são duas constantes, como se pode deduzir através da fórmula:
Mt × m
Fg= G × =
d2
Mt × m
= mg = G × 2 =
Rt

Mt
=g=G× 2 =
Rt

= g = 9,8 ms-2

Como referido anteriormente, o movimento de queda livre, é um movimento


uniformemente variado, pois quando o corpo é deixado cair, este é um movimento
retilíneo acelerado, uma vez que a força gravítica tem o mesmo sentido do deslocamento,
e como consequência ∥v∥ aumenta, que pode ser calculada através da formula.
distancia
v =
∆t

Já quando o corpo esta a subir, este é um movimento retilíneo retardado, pois a força
gravítica e o deslocamento têm sentidos contrários, e como consequência ∥v∥ diminui.

Já a força gravítica é diretamente proporcional a massa, por isso quanto maior à massa,
maior será a força gravítica, como se pode deduzir pela fórmula:

Fg= mg

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v g
g
v

Figura 3: Representação dos vetores de velocidade e aceleração na subida e na descida respetivamente,


no movimento de queda livre

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Materiais

● Duas células fotoelétricas


● Cronómetro digital (-+0,01) ms
● 3 esferas com diferentes massas
● Balança digital (+- 0,01) g
● Craveira (+- 0,01) cm
● Suporte universal

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Procedimentos

1 – Primeiramente, analisou-se as devidas instruções tanto fornecidas pela professora,


como as lidas no manual, na página 69;
2 – Fez se a montagem de todo o plano vertical, alinhando as células 1 e 2, de modo a
que a esfera, quando deixada cair junto da célula 1, passe pela célula 2 sem colidir com a
mesma.
3 – Ligar as células fotoelétricas ao cronómetro.
4 – Medir o diâmetro de cada esfera com uma craveira.
5 – Identificar a massa de cada esfera.
6 – Ligar apenas a célula 2, ou célula inferior ao cronómetro, deixando uma das esferas
cair em queda livre junto à célula 1, para que esta tenha velocidade inicial nula.
7 – Ler no cronómetro, o tempo de passagem da esfera pela célula 2.
8 – Registar o valor lido, assim como a sua incerteza de leitura.
9 – Repetir o procedimento mais 4 vezes.
10 – Ligar o cronómetro a ambas as células, ou seja, tanto a 1 como a 2 estão ativadas.
11 – Colocar a esfera junto da célula 1 e larga-la em queda livre.
12 – Ler novamente no cronómetro, o intervalo de tempo de queda entre ambas as
células.
13 – Registar esse valor obtido assim com a sua incerteza de leitura
14 – Repetir o procedimento novamente mais 4 vezes.
15 – Realizar todos os procedimentos anterior, com a esfera 2 e 3, de massa e diâmetro
distintos.
16 – Construir uma tabela, para registar todos os dados experimentais obtido.

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Apresentação dos dados:

∆ t de queda entre
Diâmetro da Massa da ∆ t de passagem
Esfera as duas células
esfera (m) esfera (kg) na Célula 2 (ms)
(ms)
3,28
257,10
4,18
257,17
1 0,0128 0,00902 3,30
256,89
3,80
261,08
3,47

6,57 258,77
6,55 230,20
2 0,0190 0,0361 6,67 227,51
6,66 240,07
6,41 246,13

6,81 243,95
6,07 248,56
3 0,0247 0,06703 6,23 259,94
6,67 256,38
6,57 261,08

Tabela I – Registo de informações relativamente à atividade experimental

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Cálculos

- Esfera 1

1º - Cálculo do tempo médio de passagem e de queda para as 5 repetições do procedimento:

3,28 + 4,18 + 3,30 + 3,80 + 3,47


∆ t médio de passagem= =
5
= 3,626 ms = 0,003626 s

257,10 + 257,17 + 256,89 + 261,08


∆ t médio de queda = =
4
= 258,06 ms = 0,25806 s

2º - Cálculo da velocidade para a esfera 1, sabendo que o deslocamento é dado pelo


diâmetro da esfera e o intervalo de tempo, pelo tempo de passagem.

diâmetro 0,0128
V final = =
∆ t médiode passagem 0,003626

= 3,53 ms-1

3º - Com a velocidade, é possível saber a aceleração, que é dada pela velocidade


calculada anteriormente e pelo tempo de queda.
∆v 3,53 - 0
α = =
∆t médio de queda 0,25806

= 13,7 ms-2

4º - Calcular a percentagem de erro, relativamente ao valor tabelado, neste caso o valor


da aceleração gravítica (9,8 m/s-2)
Valor experimental - valor tabelado 13,7-9,8
Erro (%) = × 100 = × 100 = 39,80 %
valor tabelado 9,8

5º - Com a aceleração calculada, é possível saber a força resultante, uma vez que temos
a aceleração e a massa do corpo.

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F aplicada = ma = 0,00902 × 13,7 = 0,1236 N

6º - Repetir os mesmos cálculos, mas com os valores relativos à esfera 2.

- Esfera 2
6 ,57 + 6,55 + 6,67 + 6,66 + 6,41
∆ t m é dio de passagem=¿ =
5
= 6,572 ms = 0,006572 s

258,77 + 230,20 + 227,51 + 240,07 + 246,13


∆ t m é dio dequeda = =
5
= 240,54 ms = 0,24054 s

diâmetro 0,0190
V final = = = 2,89 ms-1
∆ t médiode passagem 0,006572

∆v 2,89 - 0
α = = = 12,01 ms -2
∆t médio de queda 0,24054

Valor experimental - valor tabelado 12,01-9,8


Erro (%) = × 100 = × 100 = 22,55 %
valor tabelado 9,8

F aplicada = ma = 0,0361× 12,01 = 0,4336 N

7º - Repetir os mesmos cálculos, mas com os valores relativos à esfera 2

- Esfera 3
6 ,81+ 6,07 + 6,23 + 6,67 + 6,54
∆ t m é dio de passagem=¿ =
5
= 6,464 ms = 0,006464 s

243,95 + 248,56 + 259,94 + 257,38 + 260,73


∆ t m é dio dequeda = =
5
= 254,112 ms = 0,254112 s

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diâmetro 0,0247
V final = = = 3,821 ms-1
∆ t médiode passagem 0,006464

∆v 3,821 - 0
α = = = 15,03 ms-2
∆t médio de queda 0,254112

Valor experimental - valor tabelado 15,03 - 9,8


Erro (%) = ×100 = × 100 = 53,37 %
valor tabelado 9,8

F aplicada = ma = 0,06703 × 15,03 = 1 N

- Tabela de resultados

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∆ t médio de ∆ t médio de Aceleração Força
Esfer Velocidade
passagem na queda entre as (ms -2 ) Erro (%) aplicada
a final (ms-1 )
Célula 2 (s) duas células (s) (N)

1 0,003626 0,25806 3,53 13,7 39,80 0,1236


2 0,006572 0,24054 2,89 12,01 22,55 0,4336
3 0,006464 0,254112 3,821 15,03 53,37 1

Tabela II – Resultados relativos aos cálculos efetuados

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Conclusão
Nesta atividade laboratorial, obtivemos valores de aceleração, um pouco dispares do
valor da aceleração gravítica, que tem como valor a superfície da terra de 9,8 . Esses
valores tiveram um desvio máximo de 53,37 % na esfera 3, pois durante toda a
atividade laboratoriais ocorreram erros sistemáticos e acidentais que leram a esse erro
de 53,37 % na esfera 3. Mas apesar destes
pequenos desvios conseguimos, atingir o nosso objetivo, que foi concluir que a
aceleração que o corpo em queda livre apresenta é completamente independente da
massa, isto é, a aceleração gravítica do corpo não depende das suas massas. Logo a
aceleração adquirida pelas 3 esferas de massas diferentes é a mesma, atingindo o
chão ao mesmo tempo. Já a força gravítica, é diretamente proporcional a massa, pois
a aceleração gravítica à superfície tem 9,8 .

Críticas

Com esta atividade prática, determinámos diferentes medições como o tempo e a altura
da queda das bolas, assim como os cálculos efetuados com as respetivas medições
(velocidade de queda) para as bolas com massas e diâmetros diferentes. Assim
conseguimos determinar a aceleração que estes graves atingiram com valores de 13,7

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m/s-2, 12,01 m/s -2 e 15,03 m/s-2., resultados que não ficam próximos do valor tabelado, ou
seja, do valor que era suposto ter sido obtido (9,8 m/s -2).
Estes resultados não ficam próximos do valor tabelado, ou seja, do valor que era suposto
ter sido obtido (9,8 m/s-2), pelo que apresentam um erro percentual de 39,80; 22,55 e
53,37 para as esferas 1, 2 e 3 respetivamente, o que se pode verificar que é uma
percentagem um pouco elevada.
Os erros obtidos devem-se a alguns erros sistemáticos, ou seja, erros que condicionam
sempre o resultado da atividade, neste caso não podemos desprezar a resistência do ar a
que as esferas estão sujeitas durante a queda e uma vez que esta atua como força de
atrito, ou seja força contrária ao movimento, irá sempre alterar o valor.
É necessário ter em consideração que distância entre o ponto de queda e a célula
fotoelétrica, a esfera caiu, pois quanto menor esta for, mais afastada ficará o valor da
velocidade comparativamente ao valor que era suposto ter sido obtido. Outro erro
importante que deve ter sido em conta e que pode ter sido cometido durante a experiência
é o facto de perceber que parte da esfera cortou o feixe de luz nas células fotossintéticas,
pois ao fazer este passo do procedimento é necessário ter cuidado para garantir de que é
o diâmetro da bola que interceta, pois se o diâmetro não estiver alinhado com o feixe de
luz e este for intercetado por uma parte menos da esfera e consequente o tempo de
interceção vai ser menos do que o espectado.
Um erro também cometido, deve-se à probabilidade da esfera não se encontrar com
velocidade inicial 0, uma vez que a pessoa que larga o corpo para o movimento de queda
livre, acaba sempre por exercer uma força, por muito pequena que seja, sobre o corpo.
Excluindo os erros realizados durante o procedimento, não podemos ignorar o facto de
que até mesmo os aparelhos de medida como o cronometro e a craveira, são alvo de
erros de leitura, afetando assim o resultado da atividade laboratorial

Webgrafia e bibliografia

 https://www.studocu.com/pt/document/ensino-secundario-portugal/fisica-e-quimica-a/relatorio-
fq-al-11/9572454

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 https://fisquisilva.files.wordpress.com/2018/10/relatc3b3rio-al-1-1-fqa11-queda-livre.pdf
 https://auladigital.leya.com/pt-PT/resources-player/bundles/e6f91d19-c2c5-43df-9597-
170df20df333/views/bce797af-29f2-4c06-87fe-c251bef4904b/resources/34d0c9f0-ef82-4eec-870f-
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