Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Enfermagem
Componente Curricular: Clínica Médica e Cirúrgica
Módulo I
Identificar as alterações
2 2 fisiológicas e possíveis Dietas específicas nas patologias.
complicações no pós-
operatório.
Cuidados de enfermagem no pré
Relacionar os cuidados de e pós-operatório imediato,
enfermagem nas mediato e tardio
complicações pós-operatória
Localização
Deve ser localizada em área de fácil acesso, próximo a elevadores e rampas.
Materiais e equipamentos
Tipos de Unidades: unidades médicas, cirúrgica, pediatria, isolamento, tratamento
intensivo, etc.
Unidade do paciente
É o conjunto de espaços e moveis destinados a cada paciente, Componentes Diferem
de hospital para hospital, mas basicamente, consta de: cama com colchão, mesa de
cabeceira equipada com os pertences do paciente, uma cadeira, campainha, mesa de
6
refeições, escadinha. oxigênio. A disposição dos móveis, deverão ser de maneira que
permita boa circulação ao redor (TIMBY,2001).
7
PORTARIA Nº 2.616, DE 12 DE MAIO DE1998
ORGANIZAÇÃO
2.5.1. Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior
da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga
horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os
demais profissionais.
2.5.1.1. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.
2.5.1.2. A carga horária diária, dos membros executores, deverá ser calculada na base
da proporcionalidade de leitos indicado no número 2.5.1.
2.5.1.3. Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser
acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros
executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez)
leitos ou fração;
2.5.1.3.1. Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos:
2.5.1.3.1.1. pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal);
2.5.1.3.1.2. pacientes de berçário de alto risco; 2.5.1.3.1.3. pacientes queimados;
2.5.1.3.1.4. pacientes submetidos a transplantes de órgãos;
2.5.1.3.1.5. pacientes hemato-oncológicos;
2.5.1.3.1.6. pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
2.5.1.4. Admite-se, no caso do número 2.5.1.3., o aumento do número de profissionais
executores na CCIH, ou a relativa adequação de carga horária de trabalho da equipe
original expressa no número 2.5.1;
2.5.1.5. Em hospitais com regime exclusivo de internação tipo paciente-dia, deve-se
atender aos números 2.1, 2.2 e 2.3, e com relação ao número 2.5.1, a carga de
trabalho dos profissionais será de 2 (duas) horas diárias para o enfermeiro e 1 (uma)
hora para os demais profissionais, independentemente do número de leitos da
instituição.
2.5.1.6. Os hospitais poderão consorciar-se no sentido da utilização recíproca de
recursos técnicos, materiais e humanos, com vistas à implantação e manutenção do
Programa de Controle da Infecção Hospitalar.
8
2.5.1.7. Os hospitais consorciados deverão constituir CCIH própria, conforme os
números 2 e 2.1, com relação aos membros consultores, e prover todos os recursos
necessários à sua atuação.
2.5.1.8. O consórcio deve ser formalizado entre os hospitais componentes. Os
membros executores, no consórcio, devem atender aos números 2.5.1, 2.5.1.1,
2.5.1.2, 2.5.1.3 e 2.5.1.4.
COMPETÊNCIAS
3. A CCIH do hospital deverá:
3.1. elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção
hospitalar, adequado às características e necessidades da instituição, contemplando,
no mínimo, ações relativas a:
3.1.1. implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções
Hospitalares, de acordo com o Anexo III;
3.1.2. adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-
operacionais, visando à prevenção e controle das infecções hospitalares;
3.1.3. capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz
respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares;
3.1.4. uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares;
3.2. avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de
Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de
controle propostas pelos membros executores da CCIH;
3.3. realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e
implantar medidas imediatas de controle;
3.4. elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e C estaduais/distrital e municipais
de atuação, na prevenção e controle das infecções hospitalares;
5.11. estabelecer sistema nacional de informações sobre infecção hospitalar na área
de vigilância epidemiológica;
5.12. estabelecer sistema de avaliação e divulgação nacional dos indicadores da
magnitude e gravidade das infecções hospitalares e da qualidade das ações de seu
controle;
5.13. planejar ações estratégicas em cooperação técnica com os Estados, Distrito
Federal e os Municípios;
9
5.14. acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de infecção
hospitalar.
6. Às Coordenações Estaduais e Distrital de Controle de Infecção Hospitalar, compete:
6.1. definir diretrizes de ação estadual/distrital, baseadas na política nacional de
controle de infecção hospitalar;
6.2. estabelecer normas, em caráter suplementar, para a prevenção e controle de
infecção hospitalar;
6.3. descentralizar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar dos
Municípios;
6.4. prestar apoio técnico, financeiro e político aos municípios, executando,
supletivamente, ações e serviços de saúde, caso necessário; 6.5. coordenar,
acompanhar, controlar e avaliar as ações de prevenção e controle de infecção
hospitalar do Estado e Distrito Federal;
6.6. acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de infecção
hospitalar;
6.7. informar, sistematicamente, à Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar,
do Ministério da Saúde, a partir da rede distrital, municipal e hospitalar, os indicadores
de infecção hospitalar estabelecidos.
7. Às Coordenações Municipais de Controle de Infecção Hospitalar, compete:
7.1. coordenar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar na rede
hospitalar do Município;
7.2. participar do planejamento, da programação e da organização da rede
regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação com a Coordenação Estadual
de controle de infecção hospitalar;
7.3. colaborar e acompanhar os hospitais na execução das ações de controle de
infecção hospitalar;
7.4. prestar apoio técnico às CCIH dos hospitais;
7.5. informar, sistematicamente, à Coordenação Estadual de controle de infecção
hospitalar do seu Estado, a partir da rede hospitalar, os indicadores de infecção
hospitalar estabelecidos. Programa de Controle de Infecção Hospitalar.
10
MÓDULO 1 – SISTEMA OSTEOARTICULARES
Doenças Sistema Osteoarticulares
Artrite Reumatoide
Função do Sistema da Articulação
Reumatismo
Doenças difusas do tecido conjuntivo, envolvendo a desintegração dos componentes
proteicos do colágeno do tecido conjuntivo.
Causas
Como trata-se de uma doença degenerativa, comumente aparece com o
envelhecimento, mas existe casos que aparecem em pacientes jovens e com o
envelhecimento, acentuam os sintomas.
11
Diagnóstico
• Exames físico detalhado.
• Anamnese.
• Exames laboratoriais (hemograma, VHS).
• RX.
Tratamento
O tratamento tem como finalidade a supressão da inflamação e da resposta auto-
imune, alívio da dor, manutenção e melhora da atividade articular.
Cuidados de enfermagem
• Promover o alívio da dor (aplicação de frio e calor).
• Promover o alívio da fadiga através da orientação quanto á importância de
repouso.
• Orientar o paciente quanto á importância da posição e postura para aumentar
a mobilidade articular.
• Orientar quanto a importância da autoestima.
• Administrar as medicações prescritas.
• Orientar quanto ao uso de dispositivo para ajudar na sustentação (tipoias,
talas, bengalas).
12
MÓDULO 2 – SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO
Doenças do Sistema Músculo Esquelético
Função do Sistema Músculo Esquelético
13
Fratura
É a perda da continuidade óssea. Elas podem ser classificadas em geral (completa,
incompleta, aberta ou exposta e fechada). Específica (galho verde, transversa,
obliqua e espiral, cominutiva, impactada, compressiva e patológica).
Sinais e sintomas
Dor intensa, edema, deformidade, impotência funcional, crepitação óssea,
hematoma devido a lesão de vasos sanguíneos.
Complicações
Infecção da ferida, infecção óssea (Osteomielite), lesão vasculares, retardo ou falta
de consolidação do osso fraturado, choque hemorrágico ou lesão nervosa
(paraplegia e tetraplegia).
Tratamento
Ocorre em três fases:
• Redução (colocar o osso em posição anatômica).
• Imobilização (através de ataduras, gesso ou tração, cuja função é manter o
osso em posição anatômica).
• Reabilitação (restabelecimento da função óssea).
14
Tipos de Traumatismo
Contusão
Lesão dos tecidos moles devido a: socos,
pontapés e quedas.
Sinais e sintomas
Dor, edema de equimose (decorrente de
ruptura dos pequenos vasos sanguíneos).
Cuidados de enfermagem
• Elevar a área comprometida.
• Colocar compressas frias (vasoconstrição e diminuição do edema).
• Colocar compressas quentes na região após 6 horas (auxiliar na absorção).
• Dar apoio psicológico.
Entorse
Lesão traumática que afeta a estrutura dos
ligamentos que circundam as articulações. São
causadas por trações violentas ou torcedores.
Sinais e sintomas
Edema rápido devido ao extravasamento de
sangue dentro do tecido, dor no movimento articular.
Cuidados de enfermagem
• Acompanhar o paciente ao RX.
• Elevar e manter em repouso a área afetada.
• Aplicar compressas frias ou bolsas de gelo (12 a 36 horas).
• Aplicar compressas quentes após este período.
• Enfaixar compressivamente, se houver indicação.
• Preparo para cirurgia, quando houver indicação.
• Dar apoio psicológico.
15
Luxações
Ocorre quando a superfície articular do osso perde seu contato anatômico. O osso
fica fora da articulação. As luxações podem ser congênitas, patológicas ou
espontânea e traumáticas.
Sinais e sintomas
Dor e alterações no contorno articular, perda da movimentação normal e alteração no
comprimento da extremidade.
Está afecção é mais comum do sistema músculo esquelético
16
Osteomielite
Patologia
Osteomielite Hematogênica. Osteomielite por
fratura exposta.
Sinais e sintomas
Febre, alteração de sensibilidade do osso, dor, calor, abcesso flutuante nas partes
moles, articulação vizinha edemaciada.
Complicações
Septicemia, Artrite Piogênica, dano de cartilagem, evolução para ostemielite crônica.
Cuidados de enfermagem
• Orientar o paciente sobre a necessidade de repouso no leito.
• Administração de analgésico e antibiótico conforme prescrição médica.
• Preparo para drenagem do abcesso.
• Cuidado com goteira de imobilização.
• Manuseio cuidadoso.
• Isolar o paciente evitar infecção cruzada. (Precauções padrão)
• Medidas de conforto e prevenção de deformidades e lesões, com alinhamento
correto no leito.
• Controle rigoroso de temperatura.
• Apoio psicológico.
• Curativo da fístula.
17
MÓDULO 3 – SISTEMA GASTRINTESTINAL
Doenças do sistema Gastrintestinal
Função do Sistema Gastrintestinal
Estomatite
Conceito
São úlceras rasas encontradas nas membras mucosas da boca, mais frequentemente
no lado interno dos lábios e gengivas. Podem aparecer em qualquer lugar da boca,
inclusive sobre a língua. São conhecidas
vulgarmente como afta.
18
• Baixa resistência orgânica, especialmente em pacientes acamados e após o
uso de determinados tipos de drogas como por exemplo os quimioterápicos.
Sinais e Sintomas
Dor que se acentua com a alimentação, principalmente com alimentos ácidos e
quentes.
Mucosas avermelhadas, podendo aparecer regiões ulceradas.
Diagnóstico
• Por meio de inspeção da cavidade oral.
• Por meio das queixas do paciente.
• Por meio da coleta de material da cavidade oral.
• Para cultura e determinação dos microrganismos, se houver suspeita de
contaminação (infecção).
Tratamento
Normalmente do PH da cavidade oral por meio de medicamentos específicos. Higiene
oral, várias vezes ao dia, com substâncias alcalinas (bicarbonato de sódio) e
principalmente após as refeições.
Alimentação adequado: alimentos não muito quentes, pouco tempero, evitar frutas
cítricas.
Cuidados de enfermagem
▪ Orientar o paciente em relação ao tratamento medicamentoso.
▪ Cumprir o tratamento médico prescrito.
▪ Orientar quanto á higiene oral e fazê-la, se o paciente não tiver condições.
▪ Orientar quanto á dieta.
▪ Observar, orientar e anotar a evolução das lesões.
Complicações
Além do desconforto que causa ao paciente poderá ocorrer disseminação da infecção,
pelo trato digestivo, ao esôfago, estômago e intestino.
19
Gastrite
Conceito
Inflamação aguda ou crônica da mucosa
do estômago.
Gastrite Aguda
A membrana mucosa gástrica torna-se
edemaciada e hiperemiada e sofre erosão superficial, ela secreta uma pequena
quantidade de suco gástrico, contendo muito pouco ácido, porém muito muco.
Gastrite Crônica
É uma forma mais grave de gastrite de gastrite aguda, causada pela ingestão de
ácidos ou álcool fortes. A mucosa pode tornar-se gangrenosa ou perfurada.
Causas
• Distúrbios emocionais.
• Erros alimentares (alimentos muito quentes, excesso de condimentos mal
mastigados, jejum prolongado).
• Medicamentos derivados do AAS, corticoides, fenilbutazona, entre outros.
• Abuso de fumo e álcool.
• Uremia, infecções sistêmicas.
• Refrigerantes gasosos, principalmente.
• Radioterapia.
Sinais e sintomas
• Desconforto abdominal com cefaleia.
• Anorexia.
• Náuseas e vômitos.
• Pirose.
• Diarreia.
• Cólicas.
• Soluços.
20
• Gosto amargo na boca.
Diagnóstico
• Anamnese completa.
• Gastroscopia
• Prova de acidez gástrica.
• Endoscopia.
Tratamento
Medicamentoso, segundo os sintomas do paciente: analgésicos, antiespasmódico,
antiácidos e sedativos.
Dieta fracionada.
Repouso físico; mental e controle emocional.
Cuidados de enfermagem
Cumprir o tratamento medicamentos prescrito.
Proporcionar ambiente calmo e limpo ao paciente.
Orientar a importância da dieta e mastigação; devendo o paciente evitar condimentos,
Orientar a importância de se abolirem fumo e o álcool.
Fazer controle hídrico.
Complicações
A mucosa gástrica é capaz de recuperar-se espontaneamente após um episódio
gástrico, se não houver intensificação do quadro clínico e evolução para uma
ulceração gástrica.
21
Gastrite Esofagite
Sinais e sintomas
• Dor epigástrica maior após
as refeições.
• Sensação de peso.
• Cólicas gástricas.
• Náuseas.
• Vômitos.
• Pirose. Esôfago mede aproximadamente 25 cm variando de
• Anorexia. acordo com tórax.
• Sialorreia.
• Hematêmese e melena em casos de úlcera sangrante.
• Diarreia.
Tratamento
• Repouso físico e mental.
• Dieta equilibrada e fracionada.
• Evitar fumo, álcool, café, chá e refrigerantes.
• Antiácidos nos intervalos das refeições.
• Ansiolíticos.
• Tratamento medicamentoso sintomático.
• Psicoterapia.
• Congelamento gástrico por SNG e introdução de solução fisiológica gelada,
para auxiliar na hemostasia, quando existir hemorragia gástrica.
22
Gastroenterite
Conceito
Infecção simultânea do estômago e intestino.
Sinais e sintomas
Náuseas, vômitos, dores abdominais tipo cólicas.
Febre acompanhada de calafrios.
Evacuações líquidas, fétidas e frequentes podendo ser acompanhadas de muco e
sangue.
Diagnóstico
Exames de fezes (parasitológico, cultura)
Exames radiológicos.
Exames de sangue.
Tratamento
Antibioticoterapia, fungicida, virucida, conforme etiológico.
Tratamento medicamentoso conforme a sintomatologia.
Hidratação parietal SNG (parenteral e/ ou VO).
Dieta zero enquanto os vômitos estiverem presentes, passando para líquida, conforme
evolução.
Cuidados de enfermagem
Controlar evacuações e anotar.
Fazer balanço hídricos.
Manter cuidados higiênicos gerais.
Controlar os sinais vitais.
Observar sinais de choque.
Controle de peso e diurese.
23
Manter ambiente limpo.
Preparar e auxiliar na coleta de material para exames.
Proporcionar repouso.
Observar o aspecto da pele em geral, para observar sinais precoces de desidratação
e edema.
Complicações
Desidratação.
Choque hipovolêmico.
Insuficiência Renal Aguda.
Desnutrição.
Caquexia.
Óbitos (principalmente em crianças menores de 1 ano)
Colite Ulcerativa
Conceito
Inflamação com ulceração das mucosas do cólon e reto.
Causas
A causas exata é desconhecida. O fator emocional é de considerável importância,
sendo considerada por vários autores como uma doença psicossomática.
Sinais e sintomas
• Dor abdominal.
• Diarreia intensa.
• Fezes muco sanguinolento com pus e com tenesmo.
• Perda de peso.
• Febre.
• Cólicas abdominais baixas
• Mal-estar fraqueza.
• Anorexia.
• Dor á palpação abdominal.
• Náuseas, vômitos.
24
Incidência
Maior em adultos jovens, mas poderá aparecer em qualquer grupo etário.
Diagnóstico
Anamnese, exame físico.
Exames de fezes.
Retossigmoidoscopia.
Clister opaco.
Tratamento
Repouso na fase aguda da doença.
Hidratação.
Antidiarreicos, antiespasmódicos, antitérmicos.
Dieta leve, sem resíduos, rica em ferro e proteínas, fracionada.
Ansiolíticos.
Psicoterapia.
Tratamento Cirúrgico
Colectomia
Ileostomia
Cuidados de enfermagem
Controlar evacuações.
Controle de vômitos
Fazer balanço hídrico
Controle de diurese.
Prestar cuidados higiênicos.
Controlar sinais vitais e observar sinais de choque.
Manter ambiente limpo e calmo.
Preparar e auxiliar na coleta de material para exames.
Proporcionar repouso.
observar o aspecto da pele em geral para sinais precoces de desidratação e edema.
25
Complicações
Desidratação.
Choque.
Anemia.
Caquexia.
Perfuração intestinal, hemorragia, abcessos.
Recidiva das crises diarreicas.
Degeneração maligna.
Estenose de cólon e reto.
26
Pancreatite
Conceito
É inflamação do pâncreas, pode ser aguda ou crônicas.
Causas
É desencadeada pela “digestão” do órgão pelas enzimas que ele produz,
principalmente a tripsina.
Infecciosa: pode ocorrer como complicação das infecções virais ou bacterianas, como
exemplo da viral com o vírus da caxumba.
Por ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
Trauma abdominal, uso incorreto de medicamentos.
Função do Pâncreas
Tratamento
Sintomático.
Jejum oral e nutrição parenteral.
Antibioticoterapia S/N.
Insulinoterapia S/N (casos de hiperglicemia)
Oxigenoterapia S/N.
Cuidados de enfermagem
Alívio da dor e desconforto.
Administrar o tratamento prescrito.
Balanço hídrico e condição nutricional.
Dieta hipo gordurosa.
Manter leito Semi-Fowler.
Auxiliar na melhora da função respiratória
Educação do paciente e cuidados domiciliares.
Complicações
Pancreatite crônica (necrose celular).
Cistos pancreáticos.
Tumores das ilhotas pancreáticas.
Hiperinsulinismo.
28
Colecistite
Conceito
Consiste na inflamação da vesícula e vias biliares que interfere com a drenagem
anormal da bile para dentro do duodeno.
Classificação
1. Calculosa: um cálculo vesicular obstrui o fluxo anterógrado da bile.
2. Acalculosa: inflamação aguda da biliar na ausência de obstrução por cálculos
vesiculares.
Ocorre após grandes procedimentos cirúrgicos, traumatismo reversos e
queimaduras.
Causas
Inflamação e retenção de bile, colesterol ácido e sais.
Anemia hemolítica que leva à formação excessiva de bilirrubina.
Sinais e sintomas
• Cólicas biliar.
• Náuseas
• Vômitos.
29
• Anorexia.
• Icterícia.
• Acolia (fezes esbranquiçadas).
• Urina escura (cor de coca cola) devido os sais biliares.
• Dor intensa no hipocôndrio direito, principalmente à palpação.
• Intolerância a alimentos gordurosos.
• Febre.
• Massa abdominal.
Diagnóstico
• Exame clínico e anamnese.
• Palpação do fígado.
• Inspeção da pele e mucosas.
• Dosagem da bilirrubina.
• Colecistografia.
• RX da vesícula (simples ou contrastado).
• USG.
Tratamento Clínico
Medicamento, conforme sintomatologia.
Dieta leve, pobre em gorduras.
Cuidados de enfermagem
Observar referências de dor em hipocôndrio direito.
Observar eliminações urinária e intestinais (acolia e urina escura).
Observar e relatar icterícia
Orientar para cumprir o tratamento medicamentoso.
Orientar a dieta, informando o paciente para evitar alimentos com condimentos,
temperos, chocolates, bebidas alcoólicas.
Evitar alimentos que aumentam os gases como couve, couve-flor, feijão, e lentilha,
repolhos.
Complicações
Abcessos.
Perfuração da vesícula e derrame de bile no peritônio.
30
Hepatite
Conceito
Inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias ou substâncias
tóxicas.
Classificação
• Infecciosa: vírus tipo A e vírus tipo B.
• Tóxica induzida por medicamentos.
Função do fígado
Tratamento
Não existe tratamento específico para a hepatite viral, mas o fígado tem um grande
poder de regeneração, desde que não haja complicações.
O tratamento, portanto, é feito com repouso no leito, absoluto, na fase aguda e,
relativo, conforme a regressão dos sintomas.
31
A dieta deve ser hipercalórica (rica em açúcar) e hipogordurosa, evitando os excessos
de gorduras, condimentos e substâncias artificiais.
Na hepatite tóxica o repouso deverá ser absoluto e o tratamento voltado para a
hidratação. A dietas hipercalórica e hipoproteica.
A possibilidade de recuperação dos casos graves é mínima, quanto ocorre;
geralmente os pacientes desenvolvem cirrose hepática.
Cuidados de enfermagem
Precauções nas, hepatite A e B (uso de avental, máscara, luvas para executar
cuidados de higiene).
Comadres e papagaios de uso exclusivo dos pacientes.
Proporcionar repouso no leito.
Estimular a ingestão da dieta e hidratação.
Observar as eliminações e fazer controle hídrico.
Manter as unhas curtas e limpas e orientar para que não se coce, para evitar infecção
na pele.
Observar sinais de complicação como hematêmese, melena, equimose e distensão
abdominal.
Educação e cuidados domiciliares de saúde.
Profilaxia da hepatite
Higiene e saneamento básico.
Evitar banhos em águas poluídas.
Triagem dos doadores de sangue.
Esterilização correta de materiais.
Exames dos indivíduos que entraram em contato com o portador.
Notificação dos órgãos de Saúde Pública, todos os casos de hepatite viral.
Aplicação correta das técnicas pelo pessoal de enfermagem nos cuidados com
pacientes e materiais contaminados.
32
Cirrose Hepática
Conceito
Refere-se a fibrose (cicatrização) do fígado. São considerados três tipos:
1. Portal de Laennec (alcoólica, nutricional): o tecido cicatricial as áreas portais
devido ao Alcoolismo crônico.
2. Pós necrótico: existem largas faixas de tecido cicatricial, como resultado
tardio e Hepatite viral aguda prévia.
3. Biliar: resultado de uma obstrução biliar crônica com infecção.
Incidência
Maior em homens e, principalmente, em alcoólatras crônicos entre 40 a 60 anos de
idade.
Sinais e sintomas
A doença geralmente tem evolução lenta, podendo levar vários anos até que se
manifestem todos os sintomas.
Febre, icterícia, náuseas, vômitos, flatulência, distúrbios intestinais, hepatomegalia,
astenia, aumento do baço, ascite, hipertensão, edema, equimoses, púrpura, anemia,
hemorroidas, hematêmese, tremores, delírios, convulsões e coma.
Diagnóstico
• Provas de função hepática.
• Exame físico.
• Anamnese.
• Biópsia hepática.
• USG
33
Tratamento
• Repouso
• Dieta hiperprotéica,
hipossódica, quando o
paciente apresenta edema
e ou ascite.
• Proibição da ingestão de
bebidas alcoólicas.
• Hepatoprotetores
(aminoácidos essenciais).
• Tratamento sintomático.
Cuidados de enfermagem
• Dar apoio emocional.
• Estimular o paciente para a alimentação, orientando quanto a importância da
dieta.
• Proporcionar repouso, manter o ambiente calmo.
• Controlar peso diariamente.
• Fazer controle de diurese.
• Medir circunferência abdominal dos pacientes portadores de ascite.
• Observar as eliminações intestinal, em busca de sinais de sangramento e
distúrbios como diarreia ou obstipação.
• Controlar sinais vitais.
• Fazer profilaxia de hemorragias e executar técnicas de hemostasia, caso se
faça necessário.
• Estar atento para alterações mentais e saber aplicar técnicas de contenção em
pacientes agitados.
• Observação rigorosa do estado do paciente e anotar qualquer alteração.
• Cuidados especiais com a sonda de Blakemore em casos de hemorragias
esofagianas.
• Cuidados na administração de hemoterapia.
• Cuidados preventivos de lesões por pressão.
• Educação do paciente e cuidados domiciliares de saúde.
34
MÓDULO 4 – SISTEMA CARDIOVASCULAR
Doenças Sistema Cardiovascular
Função do Sistema Circulatório
35
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Conceito
Processo pelo qual o tecido miocárdio é destruído em regiões desprovidas do
suprimento sanguíneo, devido à redução no fluxo, causado pelo estreitamento da
artéria coronária.
Causas
• Arteriosclerose coronária (95% dos casos).
• Trombose coronária e embolia
• Diminuição do fluxo sanguíneo por choque ou hemorragia.
Sintomas
• Dor pré cordial intensa, construtiva (em garra), de localização retro externa,
podendo irradiar para o ombro, pescoço, braço e abdômen, que não passa com
o repouso ou pela medicação.
• Sudorese intensa, pele úmida e pegajosa, cianos das extremidades, ansiedade
e angústia, queda de pressão arterial, dispneia, náuseas e vômitos, confusão
mental.
Tratamento clínico
• Visa corrigir o choque, melhorar a dor, promover repouso miocárdio.
36
• Analgésicos: dolantina, demerol, coronário dilatadores (isordil sublingual).
Proporciona também vasodilatação cerebral, induzindo a cefaleia, aumento da
frequência cardíaca. Às vezes pode dar hipotensão.
• Anticoagulantes: liquimine ou heparina. Existe corrente a favor e contra
• Vasopressores para aumentar a pressão sanguínea: isuprel, alupente, etc.
• Soro Glicose 10% + insulina para diminuir as arritmias e a área de necrose (uso
discutido).
• Oxigênio
• Repouso absoluto
Assistência de enfermagem
• O paciente infartado pode desenvolver complicações gravíssimas nas
primeiras 24 e 48 horas e deve ter uma assistência rigorosa. A morte sobrevém,
sempre por arritmia, insuficiência cardíaca e choque.
• Deve-se observar o seguinte.
• Repouso no leito 72 horas, aumentando atividade gradativamente de acordo
com ordem médica. Executar imediatamente a prescrição médica e segui-la
rigorosamente.
• Controle rigoroso dos sinais vitais.
• Observação rigorosa dos sinais de choque :hipotensão, palidez, sudorese, pele
úmida, dor, oligúria.
• Controle hídrico, principalmente diurese.
• Dieta hipossódica inicialmente líquida e depois branda.
• Visitas devem ser de curta duração e evitar assuntos que preocupem o
paciente.
• Assistência espiritual: deve ser oferecida de acordo com a crença do paciente.
• Educação do paciente.
37
Angina Pectóris
Causas principais
• Geralmente, 90 % dos casos deve-se a arteriosclerose das coronárias.
• Espasmo da coronária (mecanismo desconhecido). Pode aparecer após uma
refeição pesada sobrecarregando o trabalho do coração: consequentemente
a forte emoção, dor, cólera, alergia, preocupação.
• Distúrbios hemodinâmicos (hipotensão, choques).
• Sistema de alteração no transporte de oxigênio (hipóxia, anemia, etc).
• Esforço físico.
• Exposição ao frio.
Sintomas
• A Angina Pectóris ou síndrome intermediária manifesta-se de diversas formas:
• Dor precordial (sintoma mais característico): dor em aperto, melhora com o
repouso, pode ser acompanhada de sudorese e palidez.
• Arritmias.
• Hipotensão.
• Ansiedade, fraqueza.
• Sensação de morte iminente.
Tratamento cirúrgico
Quando o paciente apresenta insuficiência coronariana ou síndrome intermediária é
indicado a cinecororianariografia para estudo do comprometimento vascular das
38
artérias coronárias. Havendo indicação cirúrgica ele é submetido a uma cirurgia
denominada: Ponte de Safena ou Revascularização do miocárdio.
Fisiopatologia
Na ICC, o coração é incapaz de bombear uma quantidade suficiente de sangue para
satisfazer as necessidades de oxigênio e nutrientes dos tecidos.
39
O mecanismo básico da ICC envolve uma alteração nas propriedades contráteis do
coração, a qual determina um débito cardíaco menos que o normal.
Lembre-se que o débito cardíaco é uma função da frequência cardíaca multiplicada
pelo volume de ejeção. = (DC= FC x VE)
A ICC caracteriza-se por manifestações que estão relacionadas basicamente com a
retenção de líquidos nos pulmões ou tecido periférico.
Etiologia
• Arteriosclerose coronariana;
• Hipertensão arterial;
• Doença muscular inflamatória ou degenerativa;
• Infarto do miocárdio;
• Hipertensão sistêmica ou pulmonar;
• Estenose de válvulas semilunar;
• Tamponamento pericárdio;
• Pericardite constritiva;
• Estenose de válvulas átrio ventriculares;
• Insuficiência das válvulas átrio ventriculares;
• Hipóxia, anemia;
• Acidose respiratória ou metabólica.
Sinais e sintomas
• Angústia e desconforto respiratório;
• Dispneia aos pequenos esforços, associada a taquipneia;
• Ortopnéia é quando o paciente respira melhor sentado;
• Dispneia paroxítica noturna – um surto de angústia respiratória imediata, tendo ao
sufocamento;
• Edema pulmonar agudo (estertores em base bilateral);
• Escarro cor de ferrugem;
• Respiração Cheyne Stokes;
• Palidez;
• Sudorese;
• Extremidades frias;
40
• Frequência cardíaca rápida;
• Aumento do tamanho do coração;
• Astenia;
• Distensão venosa sistêmica;
• Fígado aumentado (hepatomegalia)
• Edema generalizado(anasarca)
• Cefaleia, insônia;
• Oligúria;
• Ansiedade;
• Estase jugular;
• Edema de MMII, que depois se generaliza em anasarca.
Avaliação diagnóstica
• Histórico do paciente.
• Exame Físico;
• Raio X de tórax;
• ECG;
• Cateter arterial pulmonar.
Complicações
• Pneumonia;
• Edema agudo de pulmão;
• Coma hepático;
• Insuficiência renal.
Tratamento
Promover o repouso para reduzir a carga de trabalho do coração.
Administrar agentes farmacológicos para aumentar a força e a eficiência da contração
miocárdica e diminuir a frequência cardíaca. EX: cedilanide, digoxina, etc.
Diuréticos para diminuir o líquido acumulado nos tecidos e órgãos(edema),
aumentando a sua eliminação. EX.: lasix, edecrin, aldactone, etc.
Sedativos para manter o paciente calmo.
Antibióticos para afastar infecções que podem agravar o estado do paciente.
Dieta hipossódica.
41
Assistência de enfermagem
Paciente em repouso na posição Fowler, com a finalidade de reduzir o trabalho
cardíaco.
As vezes o paciente prefere ficar sentado com as pernas pendentes.
Banho no leito, se necessário e exercícios nos membros inferiores para evitar
embolias.
Mudanças de decúbito: paciente com edema tem mais tendências a lesão por
pressão.
Oxigênio úmido, cateter nasal.
Controle rigoroso de pressão arterial, pulso e diurese.
Observar cianose, dor, dispneia e sinais de intoxicação digitálica:
Náuseas, vômitos, cefaleia, fraqueza, sonolência, bradicardia.
Dieta leve e hipossódica para facilitar a digestão e evitar retenção de líquidos.
Observar aceitação pelo paciente.
Reeducação da ansiedade.
Educação do paciente.
Pericardite
Conceito
Inflamação do pericárdio, ou saco membranoso que envolve o coração.
Causas
• Etiologia idiopática ou • Doença do sono;
inespecíficas; • IAM;
• Infecções bacteriana, viral e • Aneurisma;
micótica; • Pneumonia;
• Lúpus eritematoso sistêmico; • Doença neoplásica;
• Febre reumática; • Radioterapia;
• Artrite reumatoide; • Trauma;
• Poliartrite; • Tuberculose.
• Reações imunológicas e
farmacológicas;
Sinais e sintomas
Dor sob a clavícula, pescoço e região da escapular esquerda.
Dispneia.
Febre.
Diagnostico
História Clínica, exame físico e ECG.
Tratamento
Antibióticos de acordo com a sensibilidade da cepa, antitérmico, repouso no leito,
administrar agentes farmacológicos específico para reverter a causa.
Assistência de enfermagem
Repouso no leito ou cadeira para alívio da dor.
Controle dos sinais vitais.
Controle rigoroso da pressão arterial para prevenção do derrame pericárdio.
Educação do paciente para autocuidados.
43
Endocardite Infecciosa
Conceito
Infecção da válvulas e superfície endotelial do coração, causada pela invasão direta
por bactérias ou outros microrganismos levando a deformação dois folhetos
valvulares.
Causas
• Pacientes com história de cardiopatia valvular reumática ou prolapso da válvula
mitral, mas comum em pessoas idosas;
• Tosse;
• Dores articulares e lombar;
• Febre;
• Hemorragias sob unhas dos dedos da mão e pés;
• Petéquias em conjuntiva e mucosa;
• Cefaleia.
Tratamento
Antimicrobiano adequado, antitérmico e cirurgia.
Diagnóstico
Exame físico, anamnese, hemocultura.
Complicações
ICC, estenose ou regurgitação valvular e embolias sépticas ou assépticas.
44
Assistência de enfermagem
• Estar familiarizado com os sinais e sintomas da faringite estreptocócica.
• Administrar no horário as medicações prescritas.
• Estimular a ingestão hídrica e alimentar.
Hipertensão Arterial
Níveis persistentes de pressão arterial em que a pressão sistólica está acima de
145mmhg e a pressão diastólica acima de 95 mmhg.
Sinais e sintomas
• Cefaleia intensa; • Diminuição da força;
• Distúrbio da visão; • Hemiparesia;
• Náuseas, vômitos; • Alteração da retina com
• Confusão mental; hemorragia e exsudato;
• Sonolência; • Edema de pupila.
Diagnóstico
Exame físico, anamnese, aferição da pressão arterial, exames laboratoriais, ECG.
Tratamento
• Redução de peso.
• Restrição de álcool, sódio e tabaco.
• Exercícios e relaxamento.
• Abordagem farmacológica: diurético, beta- bloqueadores, antagonistas do
cálcio e inibidores da enzima conversora da angiotensina
• Mudança de estilo de vida.
Assistência de enfermagem
• Educação do paciente para mudar estilo de vida e hábitos alimentares;
• Incentivar a participação em grupos de hipertensos;
• Controle rigoroso da pressão arterial;
• Administrar corretamente as medicações;
• Observar e anotar controle da diurese;
• Orientar em relação a dieta.
45
MÓDULO 5 – SISTEMA RESPIRATÓRIO
Doenças do sistema Respiratório
Definição
É um processo inflamatório do parênquima pulmonar, causado por agentes
infecciosos.
É classificada de acordo com o agente causal: bacteriana, vírus, fúngica ou química
(inalação de gases irritantes).
Pneumonia lobar: quando a inflamação atinge apenas um dos lobos pulmonares.
Pneumonia dupla: quando atinge os dois pulmões difusamente.
Peso de 700 gramas
Função do pulmão
Pulmão humano. Os pulmões do ser humano são órgãos do sistema respiratório,
responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. Sua principal função
é oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono do corpo. Cada pulmão adulto
tem em média cerca 25cm de altura e 16 cm de profundidade, sensivelmente 10 cm
de pulmão é pesa em média 700 g.
46
Broncopneumonia
Definição
Quando processo pneumônico está distribuído em placas, originando-se em uma ou
mais áreas localizadas dentro dos brônquios e se estende para o parênquima
pulmonar.
Diagnóstico
• Anamnese (história).
• Exame física.
• Raio X de tórax
• Cultura de escarro.
• Hemocultura.
Sinais e sintomas
• Febre,
• Dor em pontadas no tórax, que aumenta com a respiração e a tosse.
• Taquipneia e ou dispneia.
• Batimentos de asa de nariz.
• Cianose de extremidades.
• Pulso rápido e cheio.
• Sudorese.
• Escarro purulento e, às vezes, sanguinolento.
Tratamento
• Antibioticoterapia apropriado
• Antitérmicos e analgésicos, quando necessário.
• Repouso no leito.
• Boa hidratação e alimentação.
• Oxigênio quando necessário.
• Fisioterapia respiratória.
• Broncodilatadores.
47
Cuidados de enfermagem
• Controle dos sinais vitais, principalmente temperatura e frequência respiratória.
• Assegurar uma boa hidratação e nutrição.
• Orientar quando a importância do repouso.
• Cuidados com oxigenoterapia: troca de cateter nasal diariamente, fluxo de
oxigênio prescrito administração de oxigênio umidificado, etc.
• Administração dos medicamentos prescritos nos devidos horários: antibióticos,
antitérmicos e analgésicos quando necessário.
• Drenagem postural: evitar deitar o paciente sobre o lado afetado.
• Atenção a complicações: piora do padrão respiratório, alteração do nível de
consciência.
• Alteração do aspecto da secreção expectorada.
• Educação do paciente.
Complicações
• Derrame pleural
• Hipóxia
• Parada respiratória.
Bronquite
Definição
Inflamação do tecido que recobre internamente os brônquios: caracteriza-se por
excessiva secreção mucosa, tosse e dispneia, associadas a infecções recorrentes do
trato respiratório inferior e a reduzida capacidade de ventilar os pulmões.
Causas
• Inalação de substâncias irritantes.
• (poluição do ambiente; fumaça de cigarros, etc.).
• Exposição ao frio.
• Alergias.
• Fatores hereditários.
• Infecções virais e bacterianas.
48
Prevenção
Evitar fumar.
Tratamento precoce das infecções respiratórias altas (ex. gripe) para que se evite
desencadear crises bronquíticas.
Vacinas contra gripes.
Evitar fatores alérgicos – Ex. presença de animais domésticos, poeira, móveis e
utensílios domésticos que retenham(carpetes), cortinas, brinquedos de pelúcia, etc.
Sinais e sintomas
• Tosse forte dolorosa.
• Expectoração escassa no início, torna-se abundante com a evolução da
afecção.
• Febre.
• Dispneia.
• Respiração ruidosa.
• Cianose de extremidades.
Diagnóstico
Principalmente exame físico, raio x, cultura de escarro.
Complicações
• Bronquiolite (extensão do processo infeccioso aos bronquíolos).
• Pneumonia. Atelectasia (obstrução de brônquios e bronquíolos inflamado,
impedindo que os alvéolos sejam ventilados).
Tratamento
• Boa alimentação.
• Repouso.
• Oxigenoterapia (inalação e nebulizações)
• Analgésicos e antitérmicos.
• Expectorantes.
• Antibióticos.
• Broncodilatadores.
49
• Anti-histamínicos (anatialérgicos0.
• Para alguns pacientes, é recomendado modificar os seus hábitos de vida, local
de trabalho e clima.
Cuidados de enfermagem
• Proporcionar ambiente livre de qualquer fator irritante (incluindo o emocional).
• Orientar e estimular exercícios respiratórios.
• Observar e anotar dados sobre a expectoração (coloração, aspecto e
quantidade).
• Estimular a ingestão hídrica e a dieta.
• Controlar sinais vitais.
• Administrar medicamentos conforme a prescrição médica e observar efeitos
colaterais.
• Cuidados específicos com broncodiladores.
• Administração lenta e diluída, se a via for EV.
• Aferir os sinais vitais.
• Observar sinais como: taquicardia, dispneia, tremores, cianose, hipotensão.
Sinais e sintomas
Dispneia intensa, cianose, ansiedade, agitação, tosse com expectoração espumosa,
tingida de sangue, sudorese fria, veias do pescoço distendidas, taquicardia.
Causas
Insuficiência mitral ou insuficiência cardíaca, esquerda e excesso de administração de
líquido por via venosa(sobrecarga).
Tratamento
Deve ser imediato e consiste em melhorar a oxigenação, reduzindo a quantidade de
sangue nos pulmões e melhorando a função cardíaca.
50
Assistência de enfermagem
• Administrar oxigênio para evitar e prevenir hipóxia e dispneia.
• Aspirar secreções se necessário para manter as vias aéreas permeáveis;
• Promover diminuição do retorno venoso sentando o doente à beira da cama
com as pernas pendentes,
• Posicionar em Fowler alto;
• Administrar diuréticos para promover a diurese imediata;
• Preparar os materiais para sondar o paciente para controlar débito urinário;
• Vigiar sinais de hipovolemia;
• Colher sangue para avaliar o potássio sérico;
• Administrar bronco dilatador (conforme Prescrição Médica);
• Avaliar sinais vitais (SSVV);
• Viabilizar acesso venoso;
• Auxiliar na intubação oro traqueal, caso seja necessário e aspiração;
• Manter carrinho de urgência próximo ao leito do paciente;
• Observar diurese e oferecer material para drenagem urinária (papagaio,
comadre) após administração do diurético;
• Fornece apoio psicológico: permanecendo ao lado do paciente para diminuir a
ansiedade.
51
Enfisema Pulmonar
Conceito
Padrão não uniforme de distensão permanente e anormal dos espaços aéreos, distal
aos bronquíolos com destruição dos septos alveolares.
Causas
• Inflamação e edema dos brônquios.
• Produção excessiva de muco.
• Perda da elasticidade das vias aéreas.
• Colapso dos bronquíolos e redistribuição dos alvéolos funcionais.
• Fumo.
• Hereditariedade.
Sinais e sintomas
Dispneia. Fadiga.
Tosse crônica. Anorexia.
Sibilos. Perda de peso.
Taquipneia. Fraqueza.
“tórax em barril”
Tratamento
Fisioterapia respiratória, bronco dilatadores, corticosteroides, oxigenoterapia e boa
alimentação.
Cuidados de enfermagem
• Administrar corretamente a oxigenoterapia.
• Prevenir infecção.
• Repouso.
• Manter paciente confortável.
• Proporcionar ambiente tranquilo e apropriado para facilitar a respiração.
• Apoio psicológico.
• Educação e reabilitação do paciente.
52
Asma Brônquica
Definição
É uma doença de origem múltipla caracterizada por uma resposta da traqueia e dos
brônquios a estímulos de diversas origens.
Esta resposta aumentada é responsável pela tríade clássica da asma edema da
mucosa, hipersecreção de muco e espasmo da musculatura brônquica.
Principais fatores, que podem causar crise asmática: alergias, fatores emocionais,
alterações climáticas, infecções respiratórias, fatores constitucionais hereditariedade
e outros.
Manifestações clínicas
• Ansiedade depressão ou irritabilidade.
• Coriza, cianose, tosse, vômitos, febre, anorexia, sudorese, dispneia, sibilos,
taquicardia.
• Dores torácica e abdominal, tórax abaulado.
• Olheiras (resultantes do cansaço).
Cuidados de enfermagem
Orientar o paciente e a família sobre os cuidados relativas a doença e estimular sua
participação.
Dar apoio ao paciente, tentando tranquilizá-lo.
Manter o paciente em decúbito elevado
Verificar sinais vitais, frequentemente, atentando para frequência respiratória e
pulso.
Evitar uso de roupas apertadas.
Tratamento
• Broncodilatadores.
• Fluidificantes de secreções.
• Antibióticos.
• Corticosteroides.
• Reposição calórica.
• Aspiração das secreções.
53
• Manutenção das vias aéreas livres.
• Fisioterapia respiratória.
• Oxigenoterapia.
• Manter a permeabilidade das vias aéreas superiores (VAS), por meio de
fluidificação de secreção e aspiração das mesmas.
• Administrar nebulização e oxigenoterapia de acordo com a prescrição médica.
• Manter acesso venoso.
• Manter hidratação adequada.
• Manter NPP e passar SNG na fase aguda.
• Oferecer cautelosamente líquidos e alimentos (VO E SNG) na fase aguda
(quando houver indicação).
• Manter repouso no leito durante a fase aguda.
• Vigiar atentamente o paciente, atentando para sinais de insuficiência
respiratória.
• Esclarecer o paciente e a família sobre efeitos colaterais do uso de
medicamentos, principalmente dos corticoides.
• Orientar o paciente e a família sobre o acompanhamento ambulatorial
sistemático.
54
MÓDULO 6 – SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
Doenças do sistema hematopoiético
Anemia
Conceito
Anemia é uma condição na qual o conteúdo de hemoglobina ou glóbulos vermelhos
no sangue está abaixo do normal, devido à carência de um ou mais nutrientes
essenciais, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.
Função do sangue
55
Causas
• Deficiência de ferro, Vitamina B 12e ácido fólico.
• Supressão da medula óssea (tumores ou drogas)
• Doença renal crônica (falta ou deficiência da eritropoetina)
• Destruição em massa das hemácias.
• Produção de hemácias anormais (anemia falciforme).
• Grandes perdas de sangue.
Sinais e sintomas
• Fadiga.
• Tendências hemorrágicas.
• Lesões ulceradas de língua, gengivas ou membranas mucosas.
• Dispneia.
• Dores ósseas e articulares.
• Hipotermia.
• Palidez de mucosa e membranas.
Classificação
a) Quanto a etiologia
Hemorrágica – quando ocorre perda sanguínea.
Hemolítica – quando há uma destruição maciça das hemácias.
Aplástica – quando há uma deficiência na medula óssea.
Ferropriva – deficiência de ferro.
Falciforme – doença congênita onde há um defeito na forma das hemácias (forma de
foice).
Perniciosa – deficiência do fator intrínseco do estômago que metaboliza a vitamina
B12.
Megaloblástica – deficiência do ácido fólico.
b) Quanto á morfologia
Macro cita – hemácias anormalmente grandes.
Normocíticas – hemácias com tamanho normal.
Microcítica – hemácias com tamanho reduzido e hemoglobina normal.
Microcítica hipocrômica – hemácias pequenas com hemoglobina reduzida.
56
Diagnóstico
• Anamnese completa.
• Exame físico.
• Hemoglobina completo.
• Biópsia da medula óssea.
Tratamento
• Visa a reversão da causa e a reposição do sangue perdido.
• Dieta hipossódica, rica em ferro.
• Repouso.
• Transplante nas anemias aplásticas.
Cuidados de enfermagem
• Conservar energia emocional.
• Repouso frequente.
• Elevar a cabeceira do leito e os travesseiros para apoio.
• Controle dos sinais vitais.
• Observar retenção de líquidos.
• Dieta balanceada.
• Orientar família.
• Educação do paciente.
57
Leucemia
Conceito
É a proliferação ou o acúmulo desregulado de leucócitos na medula óssea, que
substitui os elementos normais medulares: Também há proliferação no fígado baço,
linfonodos, entre outros.
Causas
A causa exata ainda é desconhecida, mas existe alguma evidência de influência
genética e da patologia viral, exposição à radiação ou substâncias químicas
(benzeno).
Classificação
1) Conforme a linhagem celular afetada:
a. Linfócitos.
b. Mielocíticas.
2) Segundo a maturidade das células malignas:
a. Agudas- células imaturas (maior incidência em crianças e jovens)
b. Crônicas- células diferenciadas (maior incidência em adultos e idosos)
Sinais e sintomas
Febre alta, dor devido ao aumento do fígado e baço, cefaleia, vômitos,
emagrecimento, apatia, tonturas, palidez, petéquias, equimose, sangramentos nasais,
gengivais, e vaginais, linfoadenopatia, infecções secundárias, principalmente do trato
respiratório e urinário, fraqueza e fadiga.
58
Diagnóstico
• Exame físico.
• Hemograma- aparecimento de anemia e trombocitopenia, leucócitos.
• Biópsia da medula óssea.
• Biópsia de gânglios linfáticos.
Tratamento
Geralmente são utilizados recursos quimioterápicos, corticoides, antibiótico,
transfusão sanguínea, oxigenoterapia, recurso antitérmico, analgésico, complexos
vitamínicos.
Evita-se a administração de aspirina e ASS ou injeções intramusculares, A higiene
oral deve ser realizada com muito cuidado para evitar sangramento.
As talas e outros dispositivos ortopédicos são muito úteis em pacientes com
sangramento articular e muscular.
Cuidados de enfermagem
• Controlar e reduzir os níveis álgicos.
• Obter a manutenção da perfusão tecidual adequada.
• Manter medidas de controle de sangramentos.
• Proporcionar conforto físico e emocional.
• Ajudar o paciente a manter vida normal.
• Evitar traumatismo e orientar o paciente neste sentido.
• Orientar quanto á importância de uma higiene oral adequada.
• Orientar para que o paciente utilize um cartão de identificação de hemolítico,
contendo grupo sanguíneo, fator RH, nome e telefone do médico e telefone e
nome da pessoa a ser avisada em caso de urgência.
59
Hemoterapia
60
Durante a coleta de sangue, o doador deve ficar deitado em decúbito trendelenburg e
deve-se os sinais vitais.
Após a coleta, o doador deve ficar deitado mais 5 a 10 minutos, verifica-se novamente
os sinais vitais e que o mesmo deve permanecer no local por mais 30 minutos (período
em ocorre as complicações). O mesmo é orientado para que não realize exercícios
físicos, beba bastante líquido e alimenta-se adequadamente.
61
Complicações da Transfusões
1. Febre elevação da temperatura corpórea, acompanhada ou não de calafrios,
surge geralmente, na primeira hora de transfusão. Pode ocorrer devido a
presença de pirógeno
bacteriano, sensibilidade a leucócitos ou plaquetas, reações hemolíticas e
outros fatores ainda desconhecido.
2. Reações alérgicas podem aparecer sob a forma de urticária, prurido,
dificuldade respiratória ou anafilaxia. A causa exata desse tipo de reação é
totalmente desconhecida, mas acredita-se que possa ser decorrente de
anticorpos presentes no plasma do doador, que reagem com algum antígeno
ao qual o receptor esteja exposto.
3. Reações hemolíticas ou de incompatibilidade sanguínea: caracterizam-se pelo
surgimento súbito de calafrios, dor lombar, cefaleia, ansiedade, dispneia,
cianose, febre, náuseas, vômitos, hematúria, hipotensão arterial, seguidos de
choque. Aparecem, geralmente, nos primeiros 30 minutos de transfusão e são
devidos a incompatibilidade sanguínea.
Nestes casos, os anticorpos presentes no plasma do receptor combinam-se
rapidamente com os eritrócitos do doador, ocorrendo destruição maciça das
hemácias, tanto as da circulação, quantos as sistema reticulo endotelial,
podendo levar o paciente a complicações renais graves ou a óbito em pouco
tempo. É uma das complicações mais séria das transfusões e as
consequências, geralmente, são proporcionais as quantidades de sangue
transfundido.
4. Sobrecarga circulatória aumento brusco do volume circulante, manifesta-se por
dispneia intensa, ortopnéia, cianose, ansiedade, tosse, e escarro róseo e
espumoso. Ocorre devido ao gotejamento muito rápido ou em pacientes que
apresentam volume circulante normal ou aumentado, ou ainda nos portadores
de insuficiência renal ou cardíaca.
Tardias
1. Hepatite sérica pode manifestar-se 2 até 6 meses após a transfusão,
apresentando os sinais e sintomas clássicos da doença. Ocorre devido a
presença do vírus no sangue do doador.
62
2. Malária surge, geralmente, algumas semanas após a transfusão com os
pacientes apresentando febre alta, cefaleia. Também é decorrente
contaminação do sangue do doador muitos dos quais são portadores.
3. Sífilis atualmente é uma complicação rara devido aos testes sorológicos
empregados em todos os bancos de sangue, e porque o microrganismo não
resiste a refrigeração.
63
MÓDULO 7 – SISTEMA LINFÁTICO
Doenças do sistema Linfático
Função do sistema linfático
Linfedema
Linfedema é o inchaço causado pelo acúmulo de fluido linfático, que pode ocorrer se
o sistema linfático está danificado ou tem malformação. Geralmente afeta os membros
superiores e inferiores, embora o rosto, pescoço e abdômen também possam ser
afetados. Estima-se que 170 milhões de pessoas desenvolvem linfedema, que
progride em três etapas:
Etapa 1: Ao pressionar o membro inchado, surge uma depressão (buraco) que tarda
um tempo para encher novamente. Isso acontece porque há pouca fibrose
(endurecimento), frequentemente é reversível. A elevação do membro reduz o inchaço
parcial ou completamente.
64
Etapa 2: A pressão sobre o membro não deixar uma depressão. A elevação do
membro não ajuda. Se não for tratado, o membro torna-se fibrótico.
Etapa 3: Esta etapa de linfedema é chamada elefantíase.
Causa
Mais comum é uma doença parasitária conhecida como filariose linfática.
O linfangiossarcoma é um tumor maligno dos tecidos moles (sarcoma dos tecidos
moles), enquanto o linfangioma é um tumor benigno, que ocorre frequentemente em
associação com a Síndrome de Turner. A linfangioleiomiomatose é um tumor benigno
do músculo liso dos vasos linfáticos que ocorre no pulmão. Sarcoma de kaposi.
65
MÓDULO 8 – SISTEMA IMUNOLÓGICO
Doenças do Sistema Imunológico
Função do Sistema Imunológico
O que é Imunologia?
Podemos entender a imunologia como o estudo da imunidade, e de uma maneira mais
ampla, como os eventos celulares e moleculares quando o nosso organismo entra em
contato com microrganismos e outras moléculas consideradas estranhas a ele.
O que é Imunidade?
O termo imunidade surgiu da palavra latina immunitas (liberação ou isenção) e se
referia à proteção contra os processos que os senadores romanos possuíam durante
o mandato deles.
organismo contra uma infecção que foi chamada de “peste”. Mas é possível que o
conceito de
imunidade já existisse
bem antes disso, por
exemplo na China,
com o hábito de
estimular a imunidade
das crianças contra a
varíola.
Para nós da área da
saúde, imunidade
quer dizer proteção
contra doenças,
principalmente as
66
doenças
infecciosas.
Existem diferentes
tipos de imunidade,
como a imunidade
natural e a
imunidade
adquirida, mas
sobre isso
conversamos em
outra
oportunidade, ok?
67
O que é sistema imunológico? E como ele funciona?
Como vimos no tópico anterior, o nosso organismo reage a todo momento contra o
ataque de microrganismo, como bactérias, fungos, vírus etc. E essa defesa é
extremamente complexa, formando uma grande barreira, que é desempenhada por
milhões de moléculas e vários tipos diferentes de células e com diversas funções.
Essas moléculas e células são as grandes responsáveis que por garantir a verdadeira
68
defesa do nosso organismo e manter nosso corpo funcionando livre de várias
doenças. A todo esse sistema complexo de interação entre milhões de moléculas e
células para nos proteger contra microrganismos, damos o nome de sistema
imunológico.
69
Órgãos linfoides primários
Medula óssea e timo, uma glândula situada acima do coração e atrás do esterno são
chamados de órgãos linfoides primários. A medula óssea produz células de defesa,
como os linfócitos do tipo T. Algumas dessas células se diferenciam no timo, sendo
capazes de reconhecer proteínas estranhas ao nosso organismo. A essas proteínas
chamamos de antígenos
70
Medula Óssea
A medula óssea é um tecido esponjoso situado dentro da maioria dos ossos. A maioria
das células de defesa é produzida e se multiplica nesse local. Então elas migram para
a corrente sanguínea e alcançam órgãos e tecidos, nos quais as células maturam e
se especializam.
Quando nascemos, a maioria dos nossos ossos contêm um tipo de medula óssea
vermelha que continuamente produz células de defesa, mas durante o curso da vida,
cada vez mais medula óssea vermelha é substituída por tecido adiposo, restando
apenas em alguns ossos, como costelas, esterno, e osso da pelve.
Timo
O timo somente está totalmente desenvolvido nas crianças, e a partir da adolescência,
ele é gradativamente transformado em tecido adiposo. Ele se situa atrás do esterno,
acima do coração. Certas células de defesa, como os linfócitos do tipo T, são
diferenciadas no timo, sendo responsáveis pela coordenação do sistema imune inato
e adquirida.
Essas células se movem pelo corpo e constantemente checam a superfície de todas
as células procurando modificações. Para estarem aptas a realizar essa função, elas
aprendem no timo quais estruturas na superfície das células são do nosso próprio
organismo e quais não são estranhas. Quando elas entram em contato com corpos
estranhos, elas disparam e regulam diferentes reações de defesa. Na infância o timo
também produz dois hormônios, a timosina e a timopoietina, que regulam a maturação
de células de defesa nos linfonodos.
Linfonodos
O sistema linfático, composto por linfonodos e vasos linfáticos, é muito importante
para troca constante de substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo. Os vasos
71
linfáticos formam uma rede bem fina de vasos que constantemente drenam fluidos
dos diferentes tecidos do corpo. Os linfonodos filtram e limpam o fluido linfático (linfa)
e encaminham para a veia cava superior, entrando na corrente sanguínea.
Os linfonodos trabalham como estações de tratamento biológico, contendo diferentes
células de defesa. Essas células aprisionam patógenos e ativam a produção de
anticorpos específicos no sangue. Algumas vezes os linfonodos ficam inchados,
dolorosos ou endurecidos. Isso pode ser um sinal de uma reação de defesa ativa, por
exemplo uma infecção.
Baço
O baço se situa na parte superior esquerda do abdômen, logo abaixo do diafragma, e
desempenha uma variedade de tarefas no sistema de defesa.
Antes do nascimento, o baço basicamente produz células sanguíneas e de defesa. Já
após o nascimento, ele é sobretudo, responsável pela remoção das células
sanguíneas e por algumas funções de defesa específicas, como: o armazenamento
de células de defesa para serem liberadas quando necessárias (macrófagos que
podem atacar substâncias estranhas e patógenos diretamente; linfócitos T que
inspecionam a superfície das células e ajudam a controlar a defesa) e também podem
destruir diretamente as células que forem reconhecidas como não próprias, como
patógenos; linfócitos B que produzem anticorpos.
O baço também é responsável pela remoção de células vermelhas envelhecidas
(eritrócitos), e pelo armazenamento e remoção das plaquetas (ou trombócitos), que
participam da coagulação sanguínea.
Tonsilas
As tonsilas também pertencem ao sistema de defesa. Elas têm uma localização
especial na garganta e no palato. Então suas células de defesa entram em contato
com patógenos rapidamente. E podem ativar o sistema imunológico imediatamente.
Seus tecidos são compostos primariamente por linfócitos. Além das tonsilas palatinas
do lado direito e esquerdo, também existem as adenoides. Elas se situam na parte
mais superior da garganta, acima do palato. Também existem as tonsilas linguais na
base da língua. E mais tecidos linfáticos nos lados da garganta.
72
Tecido linfático no intestino e em outras membranas mucosas no
corpo
O intestino desempenha um papel central na defesa do organismo contra os
patógenos. Mais da metade das células que produzem anticorpos são encontradas
nas paredes do intestino. Em especial na última parte do intestino delgado e no
apêndice.
Essas células reconhecem patógenos e outras substâncias estranhas, as marcam e
destroem. O intestino grosso também contém bactérias que pertencem ao nosso
organismo, a tão conhecida microbiota intestinal. Essas bactérias dificultam a entrada
e desenvolvimento de outras bactérias no corpo.
Outras partes do corpo por onde patógenos podem entrar também podem conter
tecido linfático nas membranas mucosas. Todo esse tecido em conjunto é
denominado tecido linfoide associado a mucosa (MALT). Os patógenos também
podem entrar no organismo pelas vias aéreas ou pelo trato urinário. Assim, tecidos
linfáticos podem ser encontrados nos brônquios e nas membranas mucosas do nariz,
73
da bexiga urinária e da vagina. Esses tecidos podem conter células de defesa que
podem prevenir o ataque de bactérias e vírus.
Sinais e sintomas
Artralgias, artrite, comprometimento cutâneo (erupção na forma de borboleta que
atinge as bochechas e ponta do nariz), ulceração na mucosa bucal e no palato duro,
pericardite, inflamação de arteríolas, linfadenopatia, comprometimento renal.
Diagnóstico
• Anamnese detalhada
• Exames laboratoriais
• Exame físico
74
Tratamento
O tratamento visa o controle da doença na fase aguda e na crônica, são usados
antimaláricos, corticosteroides, imunossupressores, analgésicos e antitérmicos.
Cuidados de Enfermagem
• Cuidar da manutenção da integridade cutânea.
• Proporcionar medidas de conforto para diminuir a fadiga.
• Dar orientações sobre técnicas de controle da dor.
• Promover a auto estima positiva.
• Encorajar o envolvimento de entes queridos.
• Administrar medicação conforme prescrição médica.
• Fornecer informações sobre a doença ao paciente ao paciente e família.
Causas
A tireoidite de Hashimoto é causada quando o organismo fabrica anticorpos contra a
tireoide. O nosso sistema imunológico é uma máquina programada para ser eficiente.
Ele é programado para reconhecer, identificar e atacar os invasores do nosso corpo.
Estamos cercados por vírus, parasitas e bactérias. Quando somos "atacados" existem
células de defesa que vão fazer uma leitura do invasor - como se o escanceasse por
inteiro - e vão levar as informações para o sistema imunológico. A partir daí o sistema
imune vai então dizer o que precisa ser feito: atacar ou não, produzir anticorpos ou
enviar células de destruição ao local onde o invasor se encontra.
Em algumas pessoas, o sistema imunológico acaba recebendo algumas informações
incorretas ou faz uma análise incorreta ou trocada das informações que recebeu. O
75
resultado é a produção de anticorpos que vão atacar algumas regiões do próprio
corpo, chamados auto anticorpos. Dessa forma, é possível que uma pessoa que tenha
o sistema imunológico alterado, produza auto anticorpos contra a tireoide - fazendo
hipertireoidismo - que chamamos de Doença de Basedow Graves, ou hipotireoidismo
- que é a tireoidite de Hashimoto. Na tireoidite de Hashimoto, o ataque dos anticorpos
na tireoide causa a dificuldade de funcionamento e uma inflamação crônica, conhecida
como tireoidite linfocítica crônica.
Fatores de risco
Existem alguns fatores que aumentam as chances de ter a Tireoidite de Hashimoto,
como:
1) Sexo feminino: As mulheres são muito mais propensas a desenvolver a
doença de Hashimoto.
2) Meia idade: A doença de Hashimoto pode ocorrer em qualquer idade, mas
mais comumente ocorre durante a meia idade.
3) Genética: Casos de hipotireoidismo ou hipertireoidismo na família, ou outras
doenças autoimunes como: Artrite reumatoide, Lúpus Eritematoso Sistêmico
ou Vitiligo podem determinar que o paciente esteja em maior risco para a
doença de Hashimoto.
4) Ter outra doença autoimune: Quadros como como artrite reumatoide,
Diabetes tipo 1 ou Lúpus Eritematoso Sistêmico - aumenta o risco de
desenvolver a doença de Hashimoto.
5) Exposição à radiação: As pessoas expostas a níveis excessivos de radiação
76
MÓDULO 9 – SISTEMA ENDÓCRINO
Doenças do Sistema Endócrino
Função do sistema endócrino
Funções
• Controlam a função de órgãos inteiros
• Controlam o crescimento e o desenvolvimento, a reprodução e as
características sexuais.
• Influenciam a maneira como o organismo utiliza e armazena a energia.
• Controlam o volume de líquido e as concentrações de sal e de açúcar no
sangue.
• Alguns hormônios afetam somente um ou dois órgãos, enquanto outros
afetam todo o organismo.
77
78
Complicações Hipotireoidismo Complicações Hipertireoidismo
Cardíacas (infarto, insuficiência Desnutrição, emagrecimento excessivo;
cardíaca); Exoftalmia progressiva com ulceração
Diminuição da resistência orgânica; de córnea;
Predispondo a infecções; Cegueira;
Psicose orgânica com delírios Complicações cardíacas que podem
paranoides; levar a óbito.
Coma.
79
Cuidados de enfermagem Cuidados de enfermagem
Hipotireoidismo Hipertireoidismo
Controlar líquidos ingeridos e Proporcionar ambiente agradável,
eliminados. calmo e arejado.
Controlar peso diário. Evitar tudo que possa irritar o paciente.
Manter p ambiente aquecido. Controlar peso diariamente.
Controlar sinais vitais. Controlar líquidos ingeridos e
Administrar medicamentos, conforme eliminados.
prescrição médica. Controlar sinais vitais.
Orientar sobre os cuidados com a pele. Observar que a dieta supre as
Incentivar a movimentação. necessidades do paciente, que
Proporcionar recreação ao paciente. normalmente apresenta apetite
Observar funcionamento intestinal. aumentado
Observar e anotar sinais de Administrar medicação conforme
complicações, bem como qualquer prescrição médica.
modificação no comportamento do Proteção dos olhos em pacientes com
paciente. exoftalmia acentuada para evitar lesões
Cuidados especiais na administração de córnea.
de sedativos e hipnóticos. Estes Orientar o paciente para evitar o café e
pacientes são extremamente sensíveis, qualquer outro alimento estimulante.
tais medicamentos, mesmo em O fumo e álcool também devem ser
pequenas doses, podem induzir ao evitados.
sono profundo e produzir depressão Observar o funcionamento intestinal.
respiratória.
Educação do paciente.
Diabetes Mellitus
Conceito
É um distúrbio do metabolismo dos hidratos de carbono ou carboidratos, devido a
uma insuficiência ou ausência de produção de insulina pelo pâncreas.
80
Tipos de diabetes
Infanta Juvenil ou tipo I: que se instala no período do crescimento, caracteriza-se por
falta de produção de insulina.
Do ponto de vista clínico, é o mais grave, também chamado de insulinodependentes.
Do adulto ou tipo II: que surge no período da maturidade (mais ou menos por volta
dos 40 anos) e de maneira geral, caracterizava-se por uma diminuição da produção
de insulina pelo pâncreas.
É controlado usualmente apertas com dieta e hipoglicemiantes orais. Um dos mais
importantes processos metabólicos do organismo é a conversão de alimentos em
energia e calor dentro do corpo. Os alimentos são constituídos de três nutrientes:
• Carboidratos – (digestão).
• Glicose (açúcar do sangue).
• Proteínas – (digestão) – aminoácidos
• Gorduras – (digestão).
Ácidos Graxos
Podemos retirar energia de qualquer uma das três categorias, mas os carboidratos
são especialmente importantes, porque eles são rapidamente convertidos em glicose
quando precisamos rapidamente de energia. Entre as refeições, o fígado libera a
glicose estocada para a corrente sanguínea. Assim, mantém normais os níveis de
glicose de sangue.
Para ajudar a penetração do suprimento de açúcar em cada célula do corpo, o
pâncreas envia insulina para a corrente sanguínea, fazendo com que o hormônio
chegue aos receptores de insulina na superfície destas células. Só quando a insulina
se liga a superfície das células é que elas podem absorver a glicose da corrente
sanguínea. Quando o nível de glicemia (açúcar no sangue) aumenta após uma
refeição, a quantidade de insulina (chamada de insulina na hora da refeição) também
aumenta para que este excesso de glicose possa ser rapidamente absorvido pelas
células.
O fígado para de secretar glicose e passa a estocar glicose do sangue para usá-la
posteriormente.
Quando a insulina termina seu trabalho, ela se degrada. O corpo, assim, tem de
renovar constantemente seu estoque de insulina.
81
As enzimas produzidas pelos pâncreas ajudam a separar nutrientes como o açúcar
dos alimentos que estão nos intestinos. Os nutrientes, então, passam para a corrente
sanguínea que os leva até as células do corpo. Com o auxílio da insulina do pâncreas
a glicose é absorvida pelas células do corpo e usada para produzir energia.
Diabetes tipo I
82
• Perda de peso.
• Polifagia (aumento do apetite).
• Fadiga.
• Poliúria (muita urina).
• Sede excessiva (polidipsia).
Uma pessoa com estes sintomas pronunciados, pode ser facilmente diagnosticada
como portadora do diabetes tipo I. Os portadores do Diabetes tipo I apresentam
diversos níveis de gravidade e sintomas, e podem passar por um período (até de
muitos anos) onde não se suspeitará do diabetes.
Diabetes tipo II
Embora não se saiba o que causa o diabetes tipo II, sabe-se que, neste caso, o fator
hereditário tem uma importância bem maior do que no Diabetes tipo I. Também existe
uma conexão entre a obesidade e o Diabetes tipo II. O Diabetes tipo II é um distúrbio
comum, afetando 2 a 10 % da população. Todos os diabéticos tipo II produzem
insulina quando diagnosticados e, e a maioria, continuará produzindo insulina pelo
resto de suas vidas. O principal motivo, que faz com que os níveis de glicose no
sangue permaneçam altos, está na incapacidade das células musculares e adiposas
de usarem toda a insulina secretada pelo pâncreas. Assim muito pouco da glicose
presente no sangue é aproveitado por estas células.
Esta ação produzida de insulina é chamada de “resistência insulínica”.
Sintomas
Os sintomas do Diabetes tipo II são menos pronunciados e esta é a razão para
considerar este tipo de diabetes mais “brando “que tipo I.
O Diabetes Tipo II deve ser levado a sério; embora seus sintomas possam permanecer
despercebidos por muito tempo, pondo em risco a saúde do indivíduo. Os diabéticos
tipo II produzem um pouco de insulina natural, mas por muitas razões suas células
não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sanguínea.
83
Diabetes Gestacional
A importância do tratamento
Os diabéticos, que raramente monitoram seus níveis de glicose no sangue, podem
estar controlando muito mal o distúrbio sem darem conta disso, porque os sintomas
não são sempre óbvios. Porém, muitos diabéticos sentem-se melhor, quando
monitoram o nível de glicose no sangue. Não é fácil definir exatamente qual é o nível
ideal de glicose para todos os diabéticos. Naturalmente, o nível normal de glicose no
sangue é de 70 a 110mg/l.
Existem indicações fortes que um bom controle da glicose no sangue retarda ou
prevenirá o desenvolvimento das posteriores complicações do diabetes. Estas
complicações, que podem levar anos para aparecerem, incluem:
1) Aumento dos riscos de um ataque cardíaco.
2) Circulação sanguínea deficiente e a perda de sensibilidade nas pernas e pés.
3) Olho diabético e doenças renais.
Dieta
Aqui estão algumas regras gerais que devem ser lembradas:
• Coma de 4 a 6 pequenas refeições e lanches por dia;
85
• Mantenha horários rígidos para as refeições não “pule” refeições;
• Não coma além da conta; coma as quantidades recomendadas pelo seu
médico, nutricionista e/ ou educador em diabetes;
• Coma pães de fibras ou de grãos inteiros – evite pão branco;
• Coma verduras e legumes diariamente;
• Evite as gorduras, açúcares e álcool.
Exercícios
Os exercícios aumentam a sensibilidade do corpo à insulina e, portando, tende a
diminuir o nível de glicose no sangue. Para o diabético, qualquer tipo de atividade
física (trabalho em casa, caminhar, correr) deve ser considerado como exercício.
Exercícios regulares e programados são melhores porque impactos súbitos de
exercícios mais intensos podem trazer problemas para o controle da glicose no
sangue.
86
Escolha bem os locais de aplicação
Muitos diabéticos erram na escolha dos locais de aplicação de insulina.
Outros nem fazem o rodízio dos pontos de aplicação. Isso pode provocar problemas
no futuro.
Por isso se deve conhecer os melhores locais para aplicar a injeção de insulina. Assim,
as aplicações serão mais fáceis, seguras e confortáveis.
87
Selecione e reveze os locais de aplicação
Como você viu, diabetes e seu tratamento não tem mistério.
Para um conforto total, selecione e reserve os locais de aplicação.
Assim, você evita que os locais aplicados apresentem caroços, inchaços e propicia
uma melhor absorção da insulina pelo organismo. E nunca se esqueça da assepsia.
88
Locais para aplicações da insulina
89
Preparando para aplicação da insulina
90
• Granulação;
• Não coloque a insulina em prateleira ou armário;
• Em viagens não coloque insulina em bagagens.
Abcessos
A incidência de abcessos ocorre quando
não são tomados os devidos cuidados de
assepsia durante o preparo e a aplicação da
injeção da injeção. Algumas dicas podem
ajudá-lo a evitar o seu aparecimento:
• Lave bem as mãos antes de preparar
o material;
• Desinfeta a tampa de borracha do frasco de insulina;
• Ao manipular o material, não encoste os dedos nem objetos na agulha;
• Faça a assepsia do local da aplicação;
• Ao introduzir a agulha, verifique se algum vaso sanguíneo foi atingido;
• Nunca aproveite seringa ou agulhas descartáveis.
92
Modulo 10 – SISTEMA NEFRO URINÁRIO
Sistema Doenças do Sistema Renal
Função do sistema nefro urinário
93
Bexiga é o órgão humano no qual a sua principal função é de armazenada a urina,
que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade.
À bexiga segue-se a uretra, o ducto que exterioriza a urina produzida pelo organismo.
A capacidade média da bexiga de um adulto é de 700 a 800 ml.
Uretra
A uretra é o único órgão que é diferente entre os sexos, isso porque a uretra masculina
participa dos sistemas urinários e genitais, ou seja, serve tanto para a eliminação da
urina quanto para a ejaculação, enquanto nas mulheres, a uretra tem função exclusiva
de eliminar a urina.
Na mulher, a uretra se inicia no interior da bexiga, atravessa o meio esfíncter (controla
a micção) e se abre no pudendo através do óstio externo da uretra, mede cerca 5
centímetros.
Já nos homens a uretra se inicia no interior da bexiga, atravessa a próstata, o meio
esfíncter e todo o corpo esponjoso do pênis, abrindo-se no óstio externo da uretra
localizado na glande do pênis, pode chegar a medir 25 centímetros.
94
95
Insuficiência Renal
Definição
Síndrome caracterizada pela redução da velocidade de filtração glomerular, limitando
a capacidade renal de manutenção do ambiente interno do organismo.
A insuficiência renal ocorre quando os rins são incapazes de remover a água,
eletrólitos e escórias metabólicas do organismo. Consequentemente, essas
substâncias acumulam-se nos líquidos corporais, prejudicando as funções do
organismo.
Podendo ser a insuficiência renal aguda ou crônica, elas distinguem-se apenas pelos
períodos evolutivos da doença.
Causas
• Choque hipovolêmico pela deficiência na circulação renal (diminuição do
líquido circulante).
• Substância nefrotóxicas- substâncias que são tóxicas ao rim. EX: Arsênico,
veneno de cobra.
96
• Transfusão de sangue incompatível- neste caso ocorre destruição demasiada
de hemácias.
• Processos infecciosos – sepse
• Destruição extensa do tecido renal.
Sinais e sintomas
• Pele seca
• Hipertensão;
• Edema
• Anúria;
• Oligúria;
• Intoxicação por substâncias tóxicas;
• Hipovolemia;
• Náuseas persistentes;
• Letargia;
• Vômito;
• Diarreia;
• Cefaleia.
A I.R.A. é reversível, quando tratada adequadamente, a mesma passa por três fases:
Fase oligúrica: corresponde ao surgimento dos sintomas e caracteriza-se pela
oligúria.
Fase de Diurese: após dias ou até 6 semanas, o paciente supera a fase inicia-se a
fase diurética, significando que o os nefros estão se recuperando. Inicia-se lentamente
e vai aumentando até a normalização da excreção.
Fase de convalescência: conforme condições do paciente, esta fase pode durar de
6 a 12 meses até que a função renal normalize.
Tratamento
O rim é um órgão que tem rara recuperação, portanto, quanto mais rápido o tratamento
for realizado, mais probabilidade de recuperação haverá na função renal.
• Diálise peritoneal ou hemodiálise.
• Repouso.
97
• Tratamento etiologia, conforme a causa base.
• Peso corporal.
Complicações
Insuficiência Cardíaca Congestiva.
Intoxicação pelo potássio.
Infecções.
Insuficiência renal Crônica.
Assistência de Enfermagem
• Realizar balanço hídrico nas 24 horas.
• Controle diário rigoroso do peso.
• Proporcionar conforto, higienização, tendo cuidados especiais com a pele seca
e com a mucosa oral.
• Prevenir infecções, uso rigoroso das técnicas assépticas nos cuidados com
paciente.
• Orientar o paciente e a família quanto a dieta específica.
• Controlar sinais vitais.
• Preparar para atendê-lo durante a sessão de diálise.
• Observar estado psíquico do paciente.
• Repouso se necessário.
Conceito
É uma doença em que ocorre uma deterioração progressiva e da função renal, de
progressão lenta e geralmente fatal.
Causas
• Glomerulonefrite;
• Pielonefrite;
• Hipertensão não controlada;
• Lesões hereditárias;
98
• Distúrbios vasculares;
• Obstrução do trato urinário;
• Doença renal secundária e sistêmica;
• Infecções;
• Medicamentos;
• Agentes tóxicos.
Sinais e sintomas
• Fadiga, letargia, sede.
• Cefaleia.
• Sonolência.
• Náuseas.
• Nervosismo.
• Mau hálito.
• Palidez de pele e mucosa.
• Anorexia.
• Edema.
• Dificuldade respiratória.
• Gelo urêmico.
• Hipertensão arterial.
• Diarreia.
Tratamento
Não há tratamento específico, o tratamento apenas visa manter os níveis do sangue,
o mais próximo do normal por meio de:
• Dieta
• Diálise
• Transfusões
• Diurético e anti-hipertensivo.
99
Complicações
As complicações dependem de como são controladas as manifestações clínicas e da
terapêutica, instituída. O curso clínico e o prognóstico variam muito. A sobrevivência
depende da causa desencadeamento, da idade, de problemas clínico associados e
de haver ou não infecções concomitantes.
Assistência de enfermagem
A assistência de enfermagem é a mesma utilizada para o paciente portador de
insuficiência renal aguda.
Conceito
Síndrome caracterizada por inflamação glomerular, que resulta de efeitos colaterais
do mecanismo de defesa do organismo. Acredita-se numa reação antígeno-anticorpo,
após uma infecção a distância que leva a uma lesão difusa do glomérulo renal e atinge
ambos os rins.
Causas
A glomerulonefrite difusa aguda, geralmente, surge como complicações de infecções
a distância, principalmente aquelas causadas por estreptococos (amigdalite, faringite).
Sinais e sintomas
• Dor a palpação;
• Palidez;
• Cefaleia;
• Náuseas;
• Edema de pálpebra e facial;
• Hematúria;
• Hipertensão arterial;
• Dispneia;
• Febre.
100
Tratamento
Os objetivos do tratamento são: protege os rins que funcionam mal, reconhecer e
tratar imediatamente as complicações. O tratamento é realizado com:
• Medicamentos.
• Antibióticos.
• Anti-hipertensivo.
• Diuréticos.
• Repouso – indicado na fase aguda, em que se apresenta hipertensão e
retenção de água e sódio, favorecendo a diurese, o aumento da atividade física
pode aumentar a proteinúria, (Proteinúria é a perda exacerbada de proteína
pela urina, especialmente a albumina. Esta é uma proteína presente no plasma
sanguíneo, fabricada pelo fígado) e hematúria (Hematúria é definida como a
presença anormal de eritrócitos (glóbulos vermelhos) na urina.
Dieta
• Restrição rigorosa de sal.
• Restrição de proteínas, se houver evidência de insuficiência renal e ureia
elevada.
• Restrição hídrica, em função do débito urinário e outras perdas.
Complicações
• Anemia.
• Insuficiência cardíaca.
• Hipertensão arterial.
• Evolução da doença para cronicidade.
Assistência de enfermagem
• Controlar rigorosamente líquidos ingeridos e eliminados nas 24 horas.
• Controlar o peso rigorosamente.
• Proporcionar repouso e higiene.
• Cuidados com a pele.
• Prevenir infecções.
• Orientar e esclarecer ao paciente e familiares, quanto a dieta.
101
• Controlar sinais vitais, registrar qualquer anormalidade.
• Observar o estado psíquico do paciente.
A assistência de enfermagem, além das explicações que devem dados ao paciente e
a família, inclui esquema rigoroso de avaliação da pressão arterial e dos exames de
urina e sangue, além de observação das complicações.
Diálise Peritoneal
Processo para depuração do sangue do sangue em que utiliza o peritônio como uma
membrana dialisadora, realizando-se por meio dele as trocas entre o sangue e uma
solução dialisadora.
Materiais necessário
Conjunto de polietileno em “Y” (equipamento para dialise).
Bolsas contendo solução dialisadora.
Frascos ou bolsas de drenagem graduado para o líquido dialisado.
Dispositivo apropriado para aquecer os frascos de solução.
Solução antisséptica.
Complicações
• Peritonite.
• Choque.
• Perdas de proteínas.
102
• Perfuração vesico intestinal.
• Alteração da imagem corporal e sexualidade.
Assistência de enfermagem:
Cuidados antes da diálise
• Preparar a unidade e o material.
• Preparar psicologicamente o paciente.
• Possibilizar o esvaziamento da bexiga espontaneamente.
• Verificar o peso do paciente.
• Executar a tricotomia da região abdominal e antissepsia da aérea.
• Controlar os dados vitais.
• Coletar materiais para exames se necessário.
• Posicionar o paciente, em DDH.
• Auxiliar na colocação do cateter e na instalação da diálise.
• Preparar os banhos dialisantes, conforme prescrição.
103
Anotar rigorosamente, a cada banho, início, duração, volume infundido e volume
drenado;
Controlar rigorosamente, durante cada banho, sinais vitais, diurese, cor e aspecto do
líquido drenado;
Observar e comunicar sinais de dor, hemorragia, hipotensão, edema, dificuldade
respiratória;
Assegurar um ambiente tranquilo, informal e descontraído;
Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
Estimular alimentação;
Possibilitar com terapia ocupacional.
Hemodiálise
104
• Infecções – devido a contaminação da máquina ou por falta de cuidados
antissépticos durante a punção arteriovenoso.
• Hipotensão arterial- devido a retirada brusca da pressão líquida do paciente,
podendo levar ao choque.
• Síndrome do desequilíbrio- pela filtração excessiva de eletrólitos.
• Hemorragia- devido ao uso de anticoagulante que é adicionado ao sangue do
paciente, para evitar que o sangue coagule no percurso da máquina.
• Câimbras – provocadas pela perda de sódio ou de cálcio excessivas.
• Alterações emocionais – devido a depressão que a doença causa ao
organismo.
• Doenças cardiovascular arteriosclerótica.
105
Assistência de enfermagem
• Montar o sistema conforme rotina.
• Pesar o paciente.
• Possibilitar o esvaziamento da bexiga,
• Acomodar o paciente confortavelmente.
• Controlar os sinais vitais.
• Proceder a antissepsia rigorosa no local da fístula com solução antisséptica.
• Se necessário coletar material para exame de laboratório.
106
Prestar os cuidados para a limpeza e a desinfecção da máquina.
A assistência de enfermagem ao paciente submetido à hemodiálise deve abranger
aspectos gerais, o atendimento ao paciente, assim como aos familiares é muito
importante, fazendo com que o paciente sinta apoiado e que a família compreenda
que os sentimentos de raiva e desânimo são reações emocionais esperadas no
paciente.
107
Cálculo Renal
Conceito
O cálculo renal forma-se no trato urinário, pela deposição de substâncias cristalinas
(fosfato de cálcio oxalato, ácido, úrico) excretado pela urina. O aspecto apresentado
pelo cálculo está ligado a sua composição química.
Etiologia
Ingestão excessiva de leite, vitamina D;
Infecções;
Gota.
Sinais e sintomas
• Calafrios;
• Febre;
• Disúria;
• Dor intensa e desconforto;
• Piúria;
• Cólica renal com diarreia.
Complicações
• Hidronefrose. (dilatação da pelve e cálices renais).
• Insuficiência renal.
• Infecções que não respondem ao tratamento.
• Recidiva dos cálculos.
108
Tratamento clínico
Litotripsia – fragmentação do cálculo pelo ultrassom, para sua posterior remoção.
Tratamento cirúrgico
É indicado quando o tratamento clínico não surtiu resultado satisfatórios.
Assistência de enfermagem
Pré-operatório
• Tricotomia da área correspondente ao acesso cirúrgico
(toracoabdominoperineal).
• Administrar medicação.
• Estimular a ingestão líquidas para aumentar o débito urinário e reduzir a
concentração da urina.
• Pesquisar a presença de resíduos urinários em cada micção para detectar a
eliminação de cálculos.
Pós-operatório
• Colocar o paciente em decúbito lateralizado.
• Observar e anotar a drenagem e a permeabilidade das sondas.
• Observar alterações no aspecto da urina drenada.
109
• Proceder a troca frequente dos curativos, sempre que necessário.
• Observar rigorosamente a higienização do paciente e do ambiente.
• Tomar os demais cuidados pertinentes ao pós-operatório geral.
Tipos
Os diabetes insípidos podem ser subdivididos de acordo com a origem do problema
em:
1. Diabetes Insípidus Central
O diabetes insípidus central tem origem no sistema nervoso central. O hipotálamo e a
hipófise (glândulas localizadas na base do cérebro) são responsáveis pela produção
do hormônio antidiurético, abreviado por ADH e também chamado de vasopressina.
Este hormônio age nos rins estimulando a reabsorção de água e impedindo que
percamos este item pela urina. Quando acontece alguma lesão nestas estruturas, de
modo a comprometer a produção e/ou liberação do ADH, ocorre a queda das
concentrações deste hormônio no sangue e assim os rins perdem a capacidade de
reter a água filtrada, que escapa através da urina em grandes quantidades.
Causas
As principais causas de diabetes insípidus central são tumores que acometem a
região hipotalâmica hipofisária, como por exemplo:
• Germinomas
• Craniofaringioma
110
• Metástases de outros tumores fora do sistema nervoso (pulmão e mama).
Diabetes insípidus central também pode ser causado por doenças inflamatórias do
sistema nervoso central, como sarcoidose, histiocitose e por doenças autoimunes
como as hipofisites. O trauma do sistema nervoso central após acidentes também
pode causar DI. Outras causas menos comuns são:
Infecções: toxoplasmose, meningite, encefalite;Doenças autoimune: infundibulite,
Lupus;Toxinas: veneno de cobra, tetrodotoxina;Alterações vasculares: Síndrome de
Sheehan, encefalopatia hipóxica;Doenças genéticas, como por exemplo: Síndrome
de Wolfram, mutações no gene do ADH, displasia septo-ótica, etc.; Idiopática (causa
desconhecida).
Causas
O diabetes insípidus nefrogênico pode ser causado principalmente por uso de
medicamentos tóxicos aos rins, como por exemplo em pacientes que usam Lítio,
anfotericina B, demeclociclina dentre outros medicamentos. Também pode ocorrer em
crianças, devido mutações genéticas que alteram o receptor do ADH ou proteínas
relacionadas a sua função. Causas menos comuns de ADH estão listadas abaixo:
Causas genéticas
Mutação recessivo ligado ao X (receptor V2); Mutação no gene da Aquaporina 2
(Autossômica recessiva); Mutação no gene da Aquaporina 2 (Autossômica
dominante).
Fatores de risco
Os fatores de risco conhecidos são: a presença de alguma destas doenças, listadas
anteriormente no paciente ou o uso de medicamentos que possam danificar o rim. Em
pacientes com histórico de doenças genéticas na família, pode haver risco aumentado
de diabetes insípidus.
112
MÓDULO 11 – SISTEMA NEUROLÓGICO
Sistema Neurológico
Doenças do sistema neurológico
113
Acidente Vascular Cerebral (A.V.C.)
Definição
É a perda súbita de uma parte das funções do cérebro. É resultante de uma
interrupção no suprimento sanguíneo do cérebro, que causa perda temporária ou
permanente de movimento, pensamento, fala ou sensação.
Causas
• Trombose – um coágulo de sangue dentro de um vaso sanguíneo cerebral.
• Embolia Cerebral – um coágulo do sangue ou outro material transportado até
o cérebro, vindo de outra parte do corpo.
• Isquemia cerebral.
• Hemorragia cerebral- ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. Também pode
ser extradural, subdural, subaracnóidea, intracerebral.
• Uso de anticoncepcionais.
• Alcoolismo.
Fatores predisponente
• Idade avançada.
• Hipertensão arterial.
• Doença cardíaca.
• Diabetes.
• Alta taxa de colesterol.
114
• Queda da pressão arterial por tempo prolongado.
• Tabagismo.
• Obesidade.
• Uso de drogas.
• Hereditariedade
Sinais e sintomas
• Hemiparesia ou hemiplegia.
• Disartria (dificuldade para pronúncia) e ou disfagia (dificuldade para deglutir).
• Afasia (perda da fala).
• Perda do controle do esfíncter urinário e intestinal.
• Perda de parte do campo visual (acuidade visual).
• Diminuição da capacidade de aprendizado e memória.
• Confusão mental.
• Depressão.
Diagnóstico
• Exame físico.
• Tomografia computadorizada do crânio.
Classificação
A. Isquêmico: por falta de circulação na aérea afetada a aérea afetada não irrigada
é necrosada por falta de nutrientes.
Etiologia trombose, arteriosclerose, HAS, choque, diabetes mellitus descompensada.
B. Hemorrágico: Etiologia: PIC, aneurisma, trombose, TCE, HAS.
Manifestações clínica
• Perda motora – nível de consciência.
• Perda da comunicação – desvio de rima labial.
• Perda do campo visual.
• Perda sensitiva.
• Alteração da bexiga.
• Deterioração da atividade mental e efeitos psicológico.
115
Avaliação diagnóstica
• Histórico – doenças de base.
• Tomografia.
• Angioplastia carotídea.
• Punção de líquor – com hemácias.
116
OBS: A adrenalina é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais e prepara
o organismo para realizar atividades físicas e esforços físicos. A adrenalina, ou
epinefrina é um hormônio e um neurotransmissor, pois atua no sistema nervoso
simpático.
Tratamento cirúrgico
• No pré-operatório; idem para craniotomia.
• No pós-operatório – a atividade motora deve ser avaliada na parte afetada.
• Fisioterapia.
• Não deitar o paciente do lado afetado.
• ECG.
• Encaminhar o paciente para o centro de reabilitação.
118
119
Doença de Parkinson
Definição
É uma alteração neurológica progressiva que afeta os centros cerebrais que são
responsáveis pelo controle e regulação do movimento. É caracterizada por lentidão
do movimento, tremor e rigidez muscular (bradicinesia).
Incidência
Acomete com mais frequência pessoas entre 50 anos e 60anos.
Sinais e sintomas
• Ausência de reflexos postura.
• Movimentos prejudicados.
• Rigidez muscular na execução de todos os movimentos
• Depressão.
120
• Às vezes, confusão mental.
• Constipação intestinal.
• Tremores generalizado.
• Dislalia.
• Cabeça curva para frente.
• Desmineralização óssea.
• Perda de peso.
• Excesso de salivação.
Tratamento
• Anticolinérgicos.
• Levodopa.
• Antidepressivos.
• Intervenção cirúrgica.
• Fisioterapia.
• Educação do paciente e família.
Cuidados de enfermagem
• Estimular exercícios diários.
• Banhos quentes e exercícios passivos.
• Orientação ao paciente para evitar quedas e ou outros acidentes.
• Orientação ao paciente durante as dietas, para evitar bronco aspiração de
alimentos.
• Tratamento medicamentoso.
• Reabilitação.
121
Epilepsia
Etiologia
A etiologia da epilepsia é ampla e variada, sendo as principais; hipertermia, infecções
do SNC, hemorragia intracraniana, tumores cerebrais, distúrbios metabólicos,
hipoglicemia, calcemia, hiponatremia, intoxicações, exógenas (chumbo), edema
cerebral, sequelas cerebrais, disfunção cardiovascular, infecções, distúrbios
emocionais e tensões ambientais.
122
Manifestações clínicas
• Olhar fixo e perdido.
• Confusão mental.
• Apatia.
• Flacidez ou rigidez.
• Movimentos tônicos-clônicos generalizados ou focais.
• Contraturas musculares.
• Hipertonia.
• Presença de movimentos mastigatórios.
• Sialorreia abundante.
• Cianose.
• Perda de consciência.
Diagnóstico
Eletroencefalograma (EEG) fornece uma prova de diagnóstico e classificação.
Ressonância magnética (RNM) mostra a aérea da lesão que causa a crise convulsiva.
História do desenvolvimento.
Tratamento
Controle de eletroencefalograma.
Uso das principais drogas anticonvulsivantes.
Carbamazepina, fenitóina, (hidantal), primidona, etosuximida, valpoato.
Cuidados de enfermagem
• Permanecer ao lado do paciente durante a crise.
• Proteger o paciente durante a crise de traumatismo e queda.
• Usar cânula de guedel caso esteja apresentando mordeduras ou retração da
língua.
• Manter oxigenoterapia.
• Manter permeabilidade das vias aéreas superiores, aspiração de secreções.
• Manter acesso venoso para facilitar a administração.
• Controle dos sinais vitais.
• Controlar e anotar o tipo de crise, sua duração e frequência.
123
• Conhecer as vias de administração das drogas usadas e os cuidados especiais
durante a sua administração.
• Manter os materiais de intubação disponível.
• Oferecer apoio emocional ao paciente e a sua família, orientando-os sobre o
ocorrido.
• Reforçar com a família a importância de um acompanhamento ambulatorial
sistemático.
Miastenia “GRAVIS”
Conceito
Distúrbio que afeta a transmissão neuromuscular dos músculos voluntários corporais,
caracterizada por excessiva debilidade e fatigabilidade, principalmente dos músculos
voluntários e dos que são inervados por função dos nervos cranianos.
Causa
Considerada doença autoimune, a qual acomete principalmente as mulheres.
Sinais e sintomas
• Extrema fraqueza muscular;
• Fácil fatigabilidade;
• Cansaço com leve esforço;
• Diplopia (visão dupla);
• Ptose (queda da pálpebra);
• Expressão sonolenta e do tipo máscara;
• Distonia (alteração ou física que resulta no impedimento);
124
Diagnóstico
Exame físico, anamnese – uso de edofrónio e eletromiografia.
OBS: Endrofónio ou cloreto de edrofónio, uma droga que atua como um drogas
colinérgicas, ou inibidor da acetilcolinesterase. Isto impede que a enzima
colinesterase de degradação ou hidrólise do neurotransmissor acetilcolina, ou de
compostos químicos.
Tratamento
Anticolinesterase, terapia imunossupressora, plasmaferese e timectomia.
Assistência de enfermagem
• Manter vias aéreas permeáveis;
• Evitar emoções, garantindo o apoio psicológico ao paciente;
• Técnicas assépticas para prevenção de infecção;
• Repouso do paciente, ouvi-lo;
• Cuidados oculares;
• Posicionar para dieta mantendo o decúbito elevado;
• Orientar quanto ao autocuidado;
• Administrar as drogas no horário das refeições.
125
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Castro, Yone de Souza – são Paulo, Editora Guanabara, 3ª divisão Manual de enfermagem
em CTI . Ed. Cultura médica.
https://pt.slideshare.net/juliocesarmatias/miastenia-grave-45532995
https://www.bing.com/images/search?q=imagem+do+miocardio&qpvt=imagem+do+miocardi
o&FORM=IGRE
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/traqueia/
https://biosom.com.br/blog/saude/artrite/
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/pneumologia/bronquite/
blogaodefisio.blogspot.com/2013/04/tipos-de-fraturas.html
lukareissinger.blogspot.com/2013/01/avci-avch.html
https://www.researchgate.net/figure/Figura-A2-Anatomia-do-sistema-imunologico-
biologico_fig29_319162885
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/tecido-nervoso/
126