Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Enfermagem em Clínica
Médica I
Barcarena-Pará
2013
1
Apostila de Enfermagem em Clínica Médica I
www.iepam.com.br
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO:
1. Enfermagem em Clínica Médica............................................................................................4.
2. O Papel da Enfermagem em Clínica Médica...........................................................................4.
UNIDADE I - INTRODUÇÃO À ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CLÍNICO
1. Considerações Gerais Sobre Saúde X Doença.........................................................................4.
2. Objetivos Do Serviço De Enfermagem Em Clínica Médica.....................................................5.
3. Direitos Do Paciente.............................................................................................................5.
UNIDADE II - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
1. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).......................................................................7.
2. Bronquite.............................................................................................................................8.
3. Enfisema Pulmonar..............................................................................................................9.
4. Asma...................................................................................................................................9.
5. Pneumonia..........................................................................................................................10.
6. Insuficiência Respiratória.....................................................................................................11.
7. Edema Agudo De Pulmão....................................................................................................12.
8. Derrame Pleural...................................................................................................................12.
9. Embolia Pulmonar...............................................................................................................13.
UNIDADE III - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
1. Insuficiência Cardíaca Congestiva.........................................................................................14.
2. Angina.................................................................................................................................15.
3. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)....................................................................................17.
4. Infarto Agudo Do Miocárdio................................................................................................. 19.
5. Arritmias Cardíacas...............................................................................................................20.
6. Varizes, Flebite E Trombose..................................................................................................21.
UNIDADE IV - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AFECÇÕES DO SISTEMA HEMATOLÓGICO
1. Anemia.................................................................................................................................21.
2. Hemofilia..............................................................................................................................24.
3. Leucemia..............................................................................................................................25.
4. Transfusão Sanguínea............................................................................................................27.
UNIDADE V - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO
1. Gastrite.................................................................................................................................28.
2. Úlcera Péptica.......................................................................................................................29.
3. Hemorragia Digestiva............................................................................................................31.
4. Pancreatite............................................................................................................................31.
5. Estomatite............................................................................................................................32.
6. Esofagite...............................................................................................................................32.
7. Megaesôfago Ou Acalasia......................................................................................................33.
8. Colelitíase.............................................................................................................................33.
9. Colecistite.............................................................................................................................33.
2
Apostila de Enfermagem em Clínica Médica I
www.iepam.com.br
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
3
Apostila de Enfermagem em Clínica Médica I
www.iepam.com.br
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
4
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
5
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
6
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ser portador de HIV / AIDS ou doenças 33. O paciente tem direito à dignidade e
infecto- contagiosas. respeito, mesmo após a morte. Os
24. O paciente tem direito de ser familiares ou responsáveis devem ser
resguardado de seus segredos, através avisados imediatamente após o óbito.
da manutenção do sigilo profissional, 34. O paciente tem o direito de não ter
desde que não acarrete riscos a nenhum órgão retirado de seu corpo
terceiros ou à saúde pública. Os sem sua prévia aprovação.
segredos do paciente correspondem a 35. O paciente tem direito a órgão jurídico
tudo aquilo que, mesmo desconhecido de direito específico da saúde, sem
pelo próprio cliente, possa o ônus e de fácil acesso.
profissional de saúde ter acesso e (Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de
compreender através das informações 26/10/93- art.8º e nº74 de 04/05/94).
obtidas no histórico do paciente,
exames laboratoriais e radiológicos.
25. O paciente tem direito a manter sua UNIDADE II - ASSISTÊNCIA DE
privacidade para satisfazer suas ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO
necessidades fisiológicas, inclusive SISTEMA RESPIRATÓRIO:
alimentação adequada e higiênica, quer
quando atendido no leito, ou no
ambiente onde está internado ou
aguardando atendimento.
26. O paciente tem direito a acompanhante,
se desejar, tanto nas consultas, como
nas internações. As visitas de parentes
e amigos devem ser disciplinadas em
horários compatíveis, desde que não
comprometam as atividades
médico/sanitárias. Em caso de parto, a
parturiente poderá solicitar a presença
do pai.
27. O paciente tem direito de exigir que a
maternidade, além dos profissionais
comumente necessários, mantenha a
presença de um neonatologista, por Anatomia: É formado por um conjunto de
ocasião do parto. órgãos responsáveis pela absorção de oxigênio
28. O paciente tem direito de exigir que a do meio ambiente e a eliminação de dióxido
maternidade realize o "teste do de carbono para o meio ambiente.
pezinho" para detectar a fenilcetonúria Órgãos do sistema respiratório:
nos recém- nascidos. Vias aéreas superiores: fossas
29. O paciente tem direito à indenização nasais, boca, faringe.
pecuniária no caso de qualquer Vias aéreas inferiores: laringe,
complicação em suas condições de traquéia, brônquios, pulmões.
saúde motivadas por imprudência,
negligência ou imperícia dos
profissionais de saúde. 1. Doença Pulmonar Obstrutiva
30. O paciente tem direito à assistência Crônica (Dpoc):
adequada, mesmo em períodos Estado de doença pulmonar no qual
festivos, feriados ou durante greves o fluxo de ar está obstruído. É constituída pela
profissionais. bronquite crônica, enfisema, asma. Acelera as
31. O paciente tem direito de receber ou alterações fisiológicas da função pulmonar que
recusar assistência moral, psicológica, são causadas pelo envelhecimento. A obstrução
social e religiosa. do ar pode ser reversível ou irreversível.
32. O paciente tem direito a uma morte 1.1 Fisiologia:
digna e serena, podendo optar ele Obstrução aérea que reduz o fluxo de
próprio (desde que lúcido), a família ou ar varia conforme a doença adjacente.
responsável, por local ou Bronquite crônica: o acúmulo
acompanhamento e ainda se quer ou excessivo de secreções bloqueia as vias
não o uso de tratamentos dolorosos e respiratórias;
extraordinários para prolongar a vida. Enfisema: a troca gasosa
comprometida (oxigênio, carbono)
7
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
8
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
9
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
10
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
11
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
12
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
8.2 Sintomas e Diagnóstico: os sintomas mais a) Uma boa amostra de escarro é o que
comuns, independente do tipo de líquido provém da árvore brônquica, obtida
presente no espaço pleural ou de sua causa, são após esforço de tosse, e não a que se
a dificuldade respiratória e a dor torácica. No obtém da faringe ou por aspiração de
entanto, muitos indivíduos com derrame pleural secreções nasais, nem tampouco a que
não apresentam qualquer sintoma. Uma contém somente saliva;
radiografia torácica mostrando a presença de b) O volume ideal está compreendido
líquido é geralmente o primeiro passo para o entre 3 a 10ml;
estabelecimento do diagnóstico. A tomografia c) Não é necessário estar em jejum,
computadorizada (TC) mostra mais nitidamente porém é importante que a boca esteja
o pulmão e o líquido, e pode revelar a presença limpa, sem resíduos alimentares.Isto é
de uma pneumonia, de um abscesso pulmonar conseguido através de um simples
ou de tumor. bochecho com água;
8.3 Tratamento: os derrames pleurais pequenos d) Não escovar os dentes nem usar
podem necessitar apenas do tratamento da causa antisséptico oral;
subjacente. Os derrames maiores, especialmente e) Devem ser coletadas pelo menos 2
aqueles que produzem dificuldade respiratória, amostras:
podem exigir a retirada do líquido (drenagem). Primeira amostra: coletada quanto o
Normalmente, a drenagem alivia paciente sintomático respiratório
significativamente a dificuldade respiratória. procura o atendimento na unidade de
Freqüentemente, o líquido pode ser drenado saúde, para aproveitar a presença dele e
através de uma toracocentese, procedimento no garantir a realização do exame
qual uma pequena agulha (ou um cateter) é laboratorial ou nas buscas ativas
inserida no espaço pleural. Embora ela realizadas nos domicílios, nas
comumente seja realizada com objetivos delegacias de polícia, nos albergues,
diagnósticos, a toracocentese permite a remoção etc, em qualquer momento do dia. Não
de até 1,5 litro de líquido de cada vez. é necessário estar em jejum, a amostra
deve ser coletada em local aberto ao ar
9. Embolia Pulmonar: livre ou em sala bem arejada.
9.1 Definição: é uma complicação das doenças Segunda Amostra: coletada na manhã
cardiopulmonares. A causa mais freqüente é o do dia seguinte, assim que o paciente
despreendimento de um “trombo” que viaja despertar. Essa amostra, em geral, tem
através da circulação, obstruindo a circulação uma quantidade maior de bacilos
pulmonar. porque é composta da secreção
9.2 Principais Causas: bolhas de ar, gotas de acumulada na árvore brônquica por
gordura e fragmentos de tumor, e ainda toda à noite.
imobilidade no leito estão associados a esta f) Orientações ao paciente:
doença. Forças mecânicas,como movimentos Recipiente coletor: entregar ao
musculares súbitos,mudanças de velocidade do paciente: pote com tampa rosqueável já
fluxo sanguíneo, podem ocasionar a devidamente identificado ( nome do
desintegração e o desprendimento de trombos paciente no copo do paciente);
das paredes dos vasos sanguíneos.Esses Procedimento de coleta: orientar o
êmbolos são então, transportados pela corrente paciente para ao despertar de manhã,
sanguínea, atravessam o coração e atingem o lavar a boca, sem escovar os dentes e
leito vascular pulmonar até se alojarem em um escarrar após forçar a tosse. Repetir
vaso que não lhes permite passagem. O efeito essa operação até obter três
final depende do tamanho e do número de eliminações de escarro, evitando que
êmbolos. esse escorra pela parede externa do
pote;
Orientações A Um Paciente Para As amostras devem ser coletadas em
Coleta De Escarro: locais abertos e ao ar livre ou salas bem
arejadas;
13
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Informar que o pote deve ser tampado bombeada pelo coração a cada minuto (débito
e colocado em um saco plástico com a cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas
tampa para cima, cuidando para que normais de oxigênio e de nutrientes do
permaneça nessa posição; organismo.
Orientar para lavar as mãos após esse 1.2 Causas: A insuficiência cardíaca tem muitas
procedimento. causas, incluindo várias doenças. Ela é muito
mais comum entre os idosos, pelo fato deles
UNIDADE III - ASSISTÊNCIA DE apresentarem maior probabilidade de apresentar
ENFERMAGEM EM AFECÇÕES DO alguma doença que a desencadeie. Apesar de o
SISTEMA CARDIOVASCULAR quadro apresentar um agravamento no decorrer
O coração é um órgão muscular oco do tempo, os indivíduos com insuficiência
localizado no centro do tórax. Os lados direito e cardíaca podem viver muitos anos. Qualquer
esquerdo do coração possuem uma câmara doença que afete o coração e interfira na
superior (átrio), que coleta o sangue, e uma circulação pode levar à insuficiência cardíaca, a
câmara inferior (ventrículo), que o ejeta. Para exemplo da hipertensão arterial, arteriosclerose,
assegurar que o sangue flua em uma só direção, infarto do miocárdio, miocardite, endocardite
os ventrículos possuem uma válvula de entrada reumática, insuficiência aórtica, hipervolemia,
e uma de saída. anemia, deficiência alimentar prolongada e
As principais funções do coração são: insuficiência renal.
o fornecimento de oxigênio ao organismo e a 1.3 Manifestações Clínicas: As pessoas com
eliminação de produtos metabólicos (dióxido de insuficiência cardíaca descompensada
carbono) do organismo. Em resumo, o coração apresentam cansaço e fraqueza aocompensada, a
realiza essas funções através da coleta do adrenalina e a noradrenalina fazem com que o
sangue com baixa concentração de oxigênio do coração trabalhe mais vigorosamente, ajudando-
organismo e do seu bombeamento para os o a aumentar o débito sangüíneo e, até certo
pulmões, onde ele capta oxigênio e elimina o ponto, compensando o problema de
dióxido de carbono. Em seguida, o coração bombeamento. O débito cardíaco pode retornar
recebe o sangue rico em oxigênio dos pulmões e ao normal, embora, geralmente, à custa de um
o bombeia para os tecidos do organismo. aumento da freqüência cardíaca e de um
Um Olhar Dentro do Coração batimento cardíaco mais forte. Outro
A incidência em secção transversal do coração mecanismo corretivo consiste na retenção de sal
mostra a direção do fluxo sangüíneo normal. (sódio) pelos rins. Para manter constante a
concentração de sódio no sangue, o organismo
retém água concomitantemente. Essa água
adicional aumenta o volume sangüíneo
circulante e, a princípio, melhora o desempenho
cardíaco.
A insuficiência cardíaca direita tende
a produzir acúmulo de sangue que flui para o
lado direito do coração. Esse acúmulo acarreta
edema dos pés, tornozelos, pernas, fígado e
abdômen. A insuficiência cardíaca esquerda
acarreta um acúmulo de líquido nos pulmões
(edema pulmonar), causando uma dificuldade
respiratória intensa. Inicialmente, a falta de ar
ocorre durante a realização de um esforço, mas,
com a evolução da doença, ela também ocorre
em repouso. Algumas vezes, a dificuldade
1. Insuficiência Cardíaca Congestiva: respiratória manifesta-se à noite, quando a
1.1 Definição: A insuficiência cardíaca pessoa está deitada, em decorrência do
(insuficiência cardíaca congestiva) é uma deslocamento do líquido para o interior dos
condição grave na qual a quantidade de sangue pulmões.
14
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
15
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
16
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
18
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
19
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
20
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
21
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
22
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
23
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
24
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
25
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Leucemia Linfóide: leva a um número sintomas, mas raramente a cura. Tão importante
aumentado de células linfóides. quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção
Alterações a nível de DNA. dada aos aspectos sociais Do indivíduo, uma
3.4 Diagnóstico: A suspeita do diagnóstico é vez que o paciente deve receber atenção
reforçada pelo exame físico. O paciente pode integral, inseridos no seu contexto familiar. A
apresentar palidez, febre, aumento do baço cura não deve se basear somente na recuperação
(esplenomegalia) e sinais decorrentes da biológica, mas também no bem-estar e na
trombocitopenia, tais como epistaxe qualidade de vida do paciente. Neste sentido,
(sangramento nasal), hemorragias conjuntivais, não deve faltar ao paciente e à sua família,
sangramentos gengivais, petéquias (pontos desde o início do tratamento, o suporte
violáceos na pele) e equimoses (manchas roxas psicossocial necessário, o que envolve o
na pele). Na análise laboratorial, o hemograma comprometimento de uma equipe
estará alterado, porém, o diagnóstico é multiprofissional e a relação com diferentes
confirmado no exame da medula óssea setores da sociedade, envolvidos no apoio às
(mielograma). famílias e à saúde do doente.
3.5 Tratamento: Como geralmente não se 3.6 Cuidados de enfermagem
conhece a causa da leucemia, o tratamento tem Justificar as técnicas de lavagem das
o objetivo de destruir as células leucêmicas, mãos para qualquer pessoa que entre
para que a medula óssea volte a produzir células em contato com o cliente.
normais. O grande progresso para obter cura Fazer uso de luvas e anti-sepsia
total da leucemia foi conseguido com a rigorosa da pele para instalar infusões.
associação de medicamentos Estabelecer uso de máscaras para
(poliquimoterapia), controle das complicações pessoas que prestam cuidados direto ao
infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou cliente.
combate da doença no sistema nervoso central Fazer e orientar higiene oral cuidadosa
(cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, 3 a 6 vezes ao dia.
é indicado o transplante de medula óssea. Ajudar o cliente no banho diário,
O tratamento é feito em várias fases. usando sabão bactericida.
A primeira tem a finalidade de atingir a Colocar o cliente em quarto individual
remissão completa, ou seja, um estado de e orientar para que evite o contato com
aparente normalidade que se obtém após a portadores de doenças contagiosas.
poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido Promover repouso no leito durante
entre um e dois meses após o início do episódios de sangramento.
tratamento (fase de indução de remissão),
Informar o cliente sobre a terapia,
quando os exames não mais evidenciam células
procedimentos diagnóstico e
leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de
terapêutico, explicando a finalidade e
sangue e da medula óssea (remissão
importância de cada um, antecipando
morfológica) e o exame físico (remissão clínica)
possíveis reações e efeitos colaterais.
não demonstram mais anormalidades.
Informar antecipadamente ao cliente, a
Entretanto, as pesquisas comprovam
possível ocorrência da perda do cabelo
que ainda restam no organismo muitas células
com a quimioterapia. Explicar, que a
leucêmicas (doença residual), o que obriga a
alopécia é temporária;
continuação do tratamento para não haver
recaída da doença. Nas etapas seguintes, o Procurar incluir familiares e pessoas
tratamento varia de acordo com o tipo de significativas na atenção e cuidados ao
leucemia (linfóide ou mielóide), podendo durar cliente.
mais de dois anos nas linfóides e menos de um Adotar cuidados especiais, quando for
ano nas mielóides. São três fases: consolidação necessário a administração de
(tratamento intensivo com substâncias não medicamentos por via IM e EV, e
empregadas anteriormente); reindução sondas;
(repetição dos medicamentos usados na fase de Oferecer dieta hipercalórica e
indução da remissão) e manutenção (o hiperprotéica em intervalos regulares;
tratamento é mais brando e contínuo por vários Estimular ingesta hídrica;
meses). Por ser uma poliquimioterapia Adotar cuidados especiais na
agressiva, pode ser necessária a internação do realização de tricotomias, lavagens
paciente nos casos de infecção decorrente da intestinais, aplicação de calor;
queda dos glóbulos brancos normais pelo Observar e relatar freqüência e
próprio tratamento. características das eliminações
O tratamento para leucemia crônica gastrintestinais e vesicais, atentando
pode freqüentemente controlar a doença e seus para presença de sangue;
26
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
27
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
28
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
29
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
2.1 Definição: É uma ferida bem definida, ingestão de leite, de alimentos ou de antiácidos
circular ou oval, causada por o revestimento do normalmente alivia-a, mas costuma voltar duas
estômago ou do duodeno ter sofrido lesão ou ou três horas depois.
simples erosão pelos ácidos gástricos ou pelos Os sintomas das úlceras gástricas
sucos duodenais. Quando a úlcera é pouco não seguem muitas vezes os mesmos padrões
profunda, denomina-se erosão. que as úlceras duodenais, visto que o comer
A pepsina é uma enzima que trabalha pode desencadear ou aumentar a dor mais do
juntamente com o ácido clorídrico produzido que aliviá-la. As úlceras gástricas são mais
pela mucosa gástrica para digerir os alimentos, propensas a provocar edema da porção do
sobretudo as proteínas. A úlcera péptica forma- estômago que se abre para o duodeno, o que
se no revestimento do trato gastrointestinal pode impedir que a comida saia adequadamente
exposto ao ácido e às enzimas digestivos do estômago. Isto pode provocar distensão do
(principalmente do estômago e do duodeno). Os abdome, náuseas ou vômitos depois das
nomes das úlceras identificam a sua localização refeições.
anatômica ou as circunstâncias em que se Quando surgem complicações das
desenvolvem. úlceras pépticas, como a hemorragia ou a
A úlcera duodenal, o tipo mais perfuração, os sintomas agravam-se.
comum de úlcera péptica, surge no duodeno (os 2.4 Diagnóstico: Deve-se suspeitar da presença
primeiros centímetros de intestino delgado duma úlcera quando a pessoa sente uma dor
imediatamente a seguir ao estômago). As característica no estômago. Pode ser necessário
úlceras gástricas, que são as menos freqüentes, fazer exames para confirmar o diagnóstico, Para
normalmente situam-se na parte alta da facilitar o diagnóstico das úlceras e identificar a
curvatura do estômago. Se for extirpada sua origem, o médico pode fazer uso dum
cirurgicamente parte do estômago, podem endoscópio, requerer radiografias com
desenvolver-se úlceras marginais na zona em contraste, analisar o suco gástrico e fazer
que o estômago remanescente voltou a ligar-se análises ao sangue.
ao intestino. A repetida regurgitação de ácido A endoscopia é um procedimento
procedente do estômago para o segmento ambulatório em que se introduz, através da
inferior do esôfago pode provocar inflamação boca, um tubo flexível de visualização
(esofagite) e úlceras esofágicas. As úlceras que (endoscópio) que permite observar diretamente
aparecem como conseqüência do stress derivado o interior do estômago.Com um endoscópio,
duma doença grave, queimaduras ou pode ser feita uma biopsia (obter uma amostra
traumatismos, denominam-se úlceras de stress. de tecido para ser examinada ao microscópio)
2.2 Causas: Uma úlcera desenvolve-se quando para determinar se uma úlcera gástrica é
se alteram os mecanismos de defesa que cancerosa.
protegem o estômago ou o duodeno do suco 2.5 Tratamento: Um dos aspectos do
gástrico (por exemplo, quando se altera a tratamento das úlceras duodenais ou gástricas é
produção da quantidade de muco). Não se o de neutralizar ou diminuir a acidez. Este
conhecem as causas de tais alterações. processo é iniciado com a eliminação de
Praticamente todas as pessoas produzem ácido possíveis agentes irritantes do estômago, como
no estômago, mas só entre 1 % e 10 % os medicamentos antiinflamatórios não
desenvolvem úlceras. esteróides, o álcool e a nicotina. Embora a dieta
2.3 Sintomas: A úlcera típica tende a curar-se e mole possa ocupar um lugar no tratamento da
a recidivar. Os sintomas podem variar conforme úlcera, não existem evidências definitivas que
a localização e a idade do indivíduo. As crianças apóiem a opinião de que tais dietas acelerem a
e as pessoas de idade avançada podem não cura ou evitem as recidivas. No entanto, deverá
apresentar os sintomas habituais ou até nenhum evitar as comidas que possam piorar a dor e a
tipo de sintoma. Nestas circunstâncias, as distensão.
úlceras descobrem-se só quando surgem 1- Antiácidos: Os antiácidos aliviam os
complicações. sintomas, facilitam a cura e diminuem o número
Apenas cerca de metade dos afetados de recidivas das úlceras. A maioria dos
com úlceras duodenais apresentam sintomas antiácidos pode ser adquirida sem receita
típicos: dor, ardor, corrosão, sensação de vazio e médica.
fome. A dor tende a aparecer quando o 2- Medicamentos antiulcerosos: As úlceras
estômago se encontra vazio. A úlcera são normalmente tratadas durante 6 semanas, no
normalmente não dói ao acordar, mas a dor mínimo, com fármacos que reduzam o meio
normalmente começa pelo meio da manhã. A ácido do estômago e do duodeno. Qualquer dos
dor é constante, de intensidade ligeira ou medicamentos antiulcerosos pode neutralizar ou
moderada e localiza-se numa área definida, reduzir o ácido do estômago e aliviar os
quase sempre mesmo abaixo do esterno. A sintomas, geralmente em poucos dias.
30
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Habitualmente, se estes não forem aliviados por Não raro, o sangramento digestivo
completo ou se reaparecerem quando se suprime alto se expressa através da enterorragia –
o fármaco, fazem-se outros exames. (sangramento “vivo” pelo ânus, isolado ou
3- Cirurgia: Só raramente é necessária a misturado com as fezes). Relacionados
cirurgia para as úlceras, se tiver em conta que o diretamente com a perda sangüínea, destacam-
tratamento médico é muito eficaz. A cirurgia é se: taquicardia, dispnéia, hipotensão, pele fria e
reservada principalmente para tratar as até choque hipovolêmico.
complicações duma úlcera péptica, como uma 3.3 Diagnóstico: O objetivo do diagnóstico é
perfuração, uma obstrução que não responde ao identificar e estancar com rapidez o
tratamento farmacológico ou que recidiva, sangramento. Geralmente é realizado pelo
perante duas ou mais crises significativas de exame de endoscopia. A hemorragia do sistema
hemorragia, ou quando existe a suspeita de que digestório é um sinal de problemas digestivos, e
a úlcera é cancerosa e perante recidivas não uma doença em si. Endoscopia - É o
freqüentes e graves duma úlcera péptica. método de escolha para a avaliação do trato
Complicações: Penetração, perfuração, digestivo superior. Permite determinar a
sangramento, obstrução. presença de sangramento ativo ou recente.
2.6 Cuidados de enfermagem 3.4 Assistência Clínica:
O mesmo da gastrite. A cirurgia de urgência é indicada nos
casos em que: a hemorragia é grave e não
3. Hemorragia Digestiva: responde às medidas rápidas de reposição
3.1 Definição: É a perda de sangue maciça e volêmica; não é possível realizar a hemostasia
rápida devido a algum trauma. A maioria das pelo endoscópio, se um novo sangramento
causas relaciona-se a afecções que podem ser ocorrer após o tratamento inicial. É importante
curadas ou controladas, podendo não ser grave, que a equipe de enfermagem: avalie a
mas é importante localizar a fonte do quantidade de perda sangüínea nas fezes e
sangramento que pode ser proveniente de através dos vômitos; realize a lavagem gástrica
qualquer área do trato digestório. com solução fisiológica gelada, objetivando a
Sangramento do Estômago: hemostasia; administre os medicamentos
O estômago é ponto mais freqüente prescritos e monitorize os sinais vitais.
de hemorragia causada por úlceras. O álcool e
medicamentos contendo ácido acetilsalicílico 4. Pancreatite:
podem desenvolver a úlcera gástrica que, ao 4.1 Definição: A pancreatite aguda é definida
aumentar de volume, faz uma erosão em um como um processo inflamatório agudo do
vaso, levando à hemorragia. Pessoas que sofrem pâncreas. Suas causas são: pedras da vesícula
queimaduras, traumatismos cranianos, ou ainda que se deslocam e impedem o escoamento das
aquelas que são submetidas à cirurgia extensa, substâncias produzidas pelo pâncreas; ingestão
podem desenvolver úlceras de estresse. Isso abusiva de álcool e de alguns medicamentos
acontece, devido ao aumento da produção de como corticóides e imunodepressores; tumores
suco gástrico, alterando as paredes do estômago. que obstruem os canalículos do pâncreas;
No trato digestivo baixo, o intestino grosso e o traumatismo pancreático; níveis elevados de
reto são locais freqüentes de hemorragia colesterol e triglicérides e fatores genéticos.
(sangue vivo). O pâncreas é um dos órgãos
A causa mais comum são as acessórios do sistema digestório. Encontra-se
hemorróidas, mas fissuras anais, inflamações, situado no abdômen, atrás do estômago. Ele é
infecções, tumores ou pólipos podem também responsável pela produção do suco pancreático
ser fatores causadores de hemorragias. A que ajuda na digestão e pela produção de
hemorragia pode ainda ser proveniente de hormônios como insulina e glucagon.
tumores benignos ou câncer. Finalmente, à 4.2 Fisiopatologia: um cálculo impede o fluxo
medida que se fica mais velho, anormalidades da bile e de suco pancreático para o duodeno,
nos vasos do intestino grosso podem ser favorecendo na penetração de elementos
desenvolvidas, resultando em sangramento irritantes para o tecido pancreático, que
recorrente. desenvolve uma resposta inflamatória.
3.2 Manifestações clínicas: dor epigástrica, 4.3 Manifestações clínicas: Primeiramente
náuseas,vômitos, febre, ascite, hematêmese podemos destacar a dor severa que se inicia
(vômito com sangra-mento, podendo ser subitamente na região epigástrica, após excesso
vermelho brilhante ou cor de “borra de café” de ingestão alimentar ou de bebida alcoólica.
(quando a hemoglobina sofreu alteração no Irradia para o rebordo costal, piorando ao andar
estômago); melena ( fezes com sangue, de cor e deitar. Melhora quando o cliente senta ou se
enegrecida e fétida). inclina para frente. Ocorrem vômitos, náuseas,
febre, icterícia, ascite. Os casos mais graves
31
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
podem apresentar manifestações clínicas de parte de uma doença sistêmica, da mucosa oral,
choque: taquicardia, hipotensão, desorientação, podendo afetá-la totalmente ou em parte.
extremidades frias e sudorese. 5.2 Tipos:
4.4 Diagnóstico: É indispensável a realização a) Estomatite herpética: causada pelo
de exames complementares, como o exame de herpes vírus;
sangue, onde é avaliada a dosagem da enzima b) Estomatite aftosa: causa desconhecida
amilase sérica, leucocitose e a glicemia. Os e pode estar associada ao estresse,
exames radiográficos mais solicitados são: RX fadiga, ansiedade, estados febris,
do abdômen e do tórax; ultra-som abdominal; exposição excessiva ao sol, deficiência
tomografias computadorizadas. de vitaminas.
4.5 Tratamento: O tratamento inicial da 5.3 Sinais e Sintomas: queimação, tumefação,
pancreatite aguda é basicamente clínico. É halitose, sensação de ardência, dor durante a
indicada a manutenção do jejum para inibir a alimentação (disfagia), gengivas sensíveis e
estimulação e secreção de enzimas pancreáticas. com sangramento, febre.
Caso seja necessário, o aporte calórico será 5.4 Diagnóstico: Anamnese e exame físico e
mantido pela nutrição parenteral total (NPT). A exame laboratorial ( esfregaço do exsudato e
sonda nasogástrica aberta objetiva aliviar culturas virais).
náuseas e vômitos. Medicamentos, como 5.5 Tratamento: Drogas tranquilizantes, dietas
analgésicos, antibióticos e antiácidos, são leves e pastosas, antibióticos, antifúngicos,
administrados conforme prescrição. Deve-se corticóides tópicos, bochechos.
administrar insulina, caso seja preciso. O 5.6 Cuidados de Enfermagem:
tratamento cirúrgico consiste em remover total Administrar a medicação prescrita;
ou parcialmente o pâncreas. É indicado, entre Observar o paciente para detectar
outros, em casos de necrose ou de grave sinais e sintomas de infecção;
infecção bacteriana. Oferecer ao paciente dieta leve e
A equipe de enfermagem tem um pastosa para reduzir a dor;
papel fundamental no tratamento do cliente com Fazer higiene oral, para evitar a
pancreatite aguda. A manifestação mais visível halitose;
é através das fezes, que se apresentam Anotar os cuidados prestados ao
esbranquiçadas, fétidas e volumosas. paciente;
4.6 Assistência de Enfermagem: Checar as medicações administradas.
Administrar analgésico, conforme
prescrição, para o alívio da dor; 6. Esofagite:
Explicar a finalidade e importância do 6.1 Definição: é a inflamação da mucosa do
jejum; esôfago, provocada pela ação de substâncias
Manter a hidratação hídrica e de irritantes.
eletrólitos, prevenindo a desidratação 6.2 Fisiopatologia: O esôfago é a porção do
decorrente de vômitos ou diarréias; tubo digestivo que conecta a garganta (faringe)
Manter aberta e pérvia a sonda ao estômago.
nasogástrica; As paredes do esôfago impulsionam
Realizar higiene oral, mantendo os o alimento até o interior do estômago com
lábios umidificados; ondas rítmicas de contrações musculares
Orientar a necessidade do repouso no denominadas peristaltismo. Próximo à junção da
leito; garganta com o esôfago, existe uma faixa
Medir a circunferência abdominal, muscular denominada esfíncter esofágico
atentando para alterações; pesar superior. Logo acima da junção do esôfago com
diariamente; o estômago, existe uma outra faixa muscular
Monitorizar os sinais vitais; denominada esfíncter esofágico inferior.
Controlar glicemia capilar; Quando o esôfago está em repouso, esses
Realizar balanço hídrico; esfíncteres contraem e impedem o refluxo de
Encaminhar o cliente a um grupo de alimento de alimento e de ácido gástrico do
apoio de alcoólicos anônimos ou de estômago para a boca.
autocuidado para Diabetes Mellitus; Durante a deglutição, os esfíncteres
Orientar a auto-aplicação de insulina, relaxam e, conseqüentemente, o alimento pode
quando indicada. passar para o interior do estômago. Quando
então o esfíncter esofagiano não está
5. Estomatite: funcionando fisiologicamente bem e há
5.1 Definição: É um processo inflamatório, repetidamente retorno de alimentos de alimentos
comum que pode ocorrer isoladamente ou como e suco gástrico do estômago para o esôfago, o
32
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
33
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
8.3 Sintomas: A maioria dos cálculos biliares 9.2 Causas: Hereditariedade, obesidade e
permanece assintomática durante longos calculose biliar. Pode ocorrer após grandes
períodos, principalmente quando eles procedimentos cirúrgicos, traumatismos,
permanecem na vesícula biliar. Raramente, no queimaduras (porque causam desequilíbrio
entanto, os cálculos biliares grandes podem hidroeletrolítico e queda do suprimento
provocar erosão gradativa da parede da vesícula sanguíneo visceral)
biliar e podem penetrar no intestino delgado ou 9.3 Sinais e Sintomas:
no intestino grosso, onde podem causar uma Dor em quadrante superior direito;
obstrução intestinal (oclusão ileobiliar ou íleo Rigidez abdominal;
paralítico por cálculo biliar). Náuseas;
Muito mais freqüentemente, os Vômito;
cálculos biliares deixam a vesícula biliar e Icterícia;
alojam-se nas vias biliares. Eles podem circular Acolia;
por esses condutos e atingir o intestino delgado Colúria;
sem qualquer incidente ou podem permanecer Intolerância a alimentos gordurosos;
nos condutos sem obstruir o fluxo biliar ou Fezes cinzentas.
causar sintomas. Quando os cálculos biliares 9.4 Tratamento:
causam obstrução parcial ou temporária de um Medicamentos (dissolvem os cálculos
ducto biliar, o indivíduo apresenta dor. formados pelo colesterol);
A dor tende a aumentar e diminuir de Litotripsia;
intensidade (cólica). Geralmente, essa dor Colecistectomia;
aumenta lentamente até atingir um platô e, em Dieta hipolipídica, hipercalórica e
seguida, diminui gradualmente. A dor pode ser hiperproteica (imediatamente após a
aguda e intermitente, durando até algumas cirurgia).
horas.
8.4 Diagnóstico: A ultra-sonografia é o melhor 10. Considerações Gerais Das Demais
método para se diagnosticar a presença de Afecções Digestórias:
cálculos na vesícula biliar. A colecistografia 10.1 Hemorróidas: São tecidos edemaciados
também é eficaz. que contêm veias e que estão localizados nas
8.5 Tratamento: Quando cálculos na vesícula paredes do reto e do ânus. As hemorróidas
biliar causam episódios recorrentes de dor podem inflamar desenvolver um coágulo
apesar das alterações da dieta, o médico pode sangüíneo (trombo), sangrar ou podem tornar-se
recomendar a remoção da vesícula biliar dilatadas e protuberantes. As hemorróidas que
(colecistectomia). A colecistectomia não permanecem no ânus são denominadas
acarreta deficiências nutricionais e não são hemorróidas internas e aquelas que se projetam
exigidas restrições alimentares após a cirurgia. para fora do ânus são denominadas hemorróidas
Aproximadamente 1 a 5 indivíduos externas. Elas podem ser decorrentes do esforço
em cada 1.000 submetidos à colecistectomia repetido para evacuar e a constipação pode fazer
morrem. Durante a cirurgia, o médico pode com que o esforço seja maior. As hepatopatias
investigar a possibilidade de cálculos nas vias (doenças do fígado) aumentam a pressão
biliares. A colecistectomia laparoscópica foi sangüínea na veia porta e, algumas vezes,
introduzida em 1990 e, em um período acarretam a formação de hemorróidas.
surpreendentemente curto, revolucionou a Tratamento: Normalmente, as
prática cirúrgica. hemorróidas não exigem tratamento,
8.6 Assistência de Enfermagem: exceto quando produzem sintomas. O
Proporcionar ambiente calmo e uso de emolientes fecais ou de psílio
tranqüilo; (medicamento homeopático) pode
Observar, comunicar e anotar aceitação aliviar a constipação e o esforço para
de dieta; evacuar que a acompanha. As
Observar, comunicar e anotar evolução hemorróidas sangrantes são tratadas
de sinais e sintomas; com uma injeção de uma substância
Cuidados pré-operatórios, se que produz obstrução das veias com
necessário. tecido cicatricial. Este procedimento é
denominado escleroterapia. As
9. Colecistite: hemorróidas internas de grande volume
9.1 Definição: A colecistite aguda é a e as que não respondem à
inflamação da parede da vesícula biliar, escleroterapia são ligadas com faixas
comumente decorrente de um cálculo biliar elásticas.
localizado no ducto cístico, que causa um 10.2 Doença Pilonidal/Cisto Pilonidal: A
episódio de dor súbita de forte intensidade. doença pilonidal é uma infecção causada por um
34
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
pêlo que lesa a pele da região superior do sulco (exame do cólon sigmóide usando um tubo de
interglúteo (divisão entre as nádegas). O visualização flexível). Algumas vezes, é
abscesso pilonidal é o acúmulo de pus no local necessária a realização de outros exames,
da infecção. O cisto pilonidal é uma ferida com inclusive um exame da função dos nervos e dos
drenagem crônica de pus nesse local. músculos da pelve.
Normalmente, a doença pilonidal ocorre em O primeiro passo na correção da
homens brancos jovens e hirsutos. Para incontinência fecal é a tentativa de estabelecer
diferenciá-la de outras infecções, o médico um padrão regular de evacuações que produza
verifica a presença de depressões (pequenos fezes bem formadas. As alterações dietéticas,
orifícios na área infectada ou próximos a ela). incluindo a adição de uma pequena quantidade
Um cisto pilonidal pode causar dor e edema. de fibras freqüentemente são úteis. Se tais
Geralmente, um abscesso pilonidal deve ser alterações não surtirem efeito, um medicamento
seccionado e drenado por um médico. que retarda a evacuação (p.ex., loperamida)
Normalmente, o cisto pilonidal deve ser pode ser útil. O exercício dos músculos anais
removido cirurgicamente. (esfíncteres) aumenta seu tônus e força e ajuda a
10.3 Prolapso Retal: O prolapso retal é uma evitar a saída do material fecal. Com o uso do
protrusão do reto através do ânus. O prolapso biofeedback, o indivíduo pode re-treinar os
retal produz inversão do reto, de modo que o esfíncteres e aumentar a sensibilidade retal à
revestimento interno torna-se visível como uma presença de fezes. Cerca de 70% dos indivíduos
projeção digitiforme vermelho escura e úmida, com boa motivação são beneficiados pelo
projetando-se através do ânus. Freqüentemente, biofeedback.
lactentes normais apresentam um prolapso 10.5 Obstrução Mecânica Do Intestino: A
temporário somente do revestimento do ânus obstrução mecânica do intestino é a presença de
(mucosa), provavelmente quando ele faz força um bloqueio que interrompe completamente ou
para evacuar e raramente ele é grave. Nos compromete seriamente o trânsito do conteúdo
adultos, o prolapso do revestimento do reto intestinal. A obstrução pode ocorrer em
tende a persistir e pode piorar, de modo que qualquer segmento do intestino. A parte acima
uma maior parte do reto protui. da obstrução continua funcionando. À medida
Ela ocorre mais freqüentemente em que o intestino vai se enchendo de alimento,
mulheres com mais de sessenta anos de idade. líquidos, secreções digestivas e gás, ele dilata
Para determinar a extensão de um prolapso, o progressivamente, como uma mangueira macia.
médico examina a área com o paciente em pé ou Em recém nascidos e lactentes, a obstrução
agachado e enquanto ela faz esforço como se intestinal é comumente causada por um defeito
fosse evacuar. Palpando o esfíncter anal com congênito, por uma massa endurecida de
um dedo enluvado, o médico comumente conteúdo intestinal (mecônio) ou por uma
detecta uma redução do tônus muscular. A torção do próprio intestino (volvo).
sigmoidoscopia e o estudo radiológico do Em adultos, uma obstrução duodenal
intestino grosso com enema baritado podem pode ser causada por um câncer do pâncreas,
revelar a doença subjacente como, por exemplo, por cicatrizes (de uma úlcera, de uma cirurgia
uma doença que afeta os nervos que inervam o prévia ou da doença de Crohn) ou por
esfíncter. aderências, nas quais uma faixa fibrosa de
10.4 Incontinência Fecal: A incontinência tecido conjuntivo encarcera o intestino. Além
fecal é a perda do controle das evacuações. A disso, pode ocorrer uma obstrução quando uma
incontinência fecal pode ocorrer por um curto parte do intestino dilata por meio de uma
período durante episódios de diarréia ou quando abertura anormal (hérnia), como uma área
fezes endurecidas ficam alojadas no reto enfraquecida da musculatura abdominal, e
(impactação fecal). Os indivíduos com lesões torna-se encarcerada. Raramente, a obstrução é
anais ou medulares, prolapso retal (protrusão do causada por um cálculo biliar, uma massa de
revestimento do reto através do ânus), alimento não digerido ou um bolo de vermes.
demência, lesão neurológica causada pelo Sintomas e Diagnóstico: Os sintomas
diabetes, tumores do ânus ou lesões pélvicas da obstrução intestinal incluem a dor
ocorridas durante o parto podem desenvolver abdominal tipo cólica, acompanhada
uma incontinência fecal persistente. por distensão abdominal. A dor pode
O médico examina o indivíduo, tornar se intensa e constante. Em
verificando a existência de qualquer comparação com a obstrução do
anormalidade estrutural ou neurológica que intestino delgado, o vômito, um
possa estar causando a incontinência fecal. Isto sintoma comum, ocorre mais tarde na
envolve o exame do ânus e do reto, verificando obstrução do intestino grosso. A
a extensão da sensibilidade em torno do ânus. obstrução completa provoca uma
Geralmente, é realizada uma sigmoidoscopia constipação grave, enquanto que a
35
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
36
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
37
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
38
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
39
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
40
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
41
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
42
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
43
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
44
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
rebaixados
3.6 SIMs:
Lado direito: deitar o paciente sobre o lado Paciente se mantém ajoelhado e com o
direito flexionando-lhe as pernas, ficando a direita peito descansando na cama, os joelhos devem
semiflexionada e a esquerda mais flexionada, ficar ligeiramente afastados.
chegando próxima ao abdômen. Para o lado Finalidades: Posição usada
esquerdo, basta inverter o lado e a posição das para exames vaginais, retais
pernas. .Manter o braço de “baixo” lateralizado na e cirurgias.
porção posterior das costas/dorsal e o braço 3.10 Posição ginecológica:
de “cima” flexionado com a mão próxima Manter a paciente deitada em
a cabeça. decúbito dorsal, membros inferiores flexionados
Finalidades: Usada como alternativa e afastados, a planta dos pés sobre o colchão.
para pacientes acamados (prevenir Finalidades:Realização de e
úlceras de pressão), para repouso xames ginecológicos,
e realização de exames e procedimentos sondagem vesical feminina,
toque retal.
(enema, verificação de temperatura retal,
3.11 Litotomia:
lavagem intestinal e toque.)
3.7 Abaixado:
Abaixar ou tocar com as mãos
as pontas dos dedos do pé.
Finalidades: observar se não há
nenhum desvio muscular, seqüelas de
A paciente é colocada em decúbito dorsal,
queimaduras, ossos mal formados, as coxas são bem afastadas uma das outras e
ossos quebrados, mal ligados, esticar flexionadas sobre o abdôme; para manter
os braços e pernas observando se não as pernas nesta posição usam-se suportes para
há nenhum tipo de lesão.Avaliação as pernas (perneiras).
lombar. Finalidades: Realização de
3.8 Sentado: exames e cirurgias vaginais
Manter as costas eretas e recostadas e anorretais, parto,
sobre o encosto da cadeira, com os pés apoiados cateterismo vesical feminino
e protegidos e os membros superiores são 3.12 Trendelemburg:
apoiados na altura dos cotovelos.
Finalidades:Proporcionar c
onforto ao paciente.pode-se
também verificar sinais
vitais como P.A,
temperatura, freqüência
cardíaca e O paciente fica em decúbito dorsal, com as
respiratória.Também para o pernas e pé acima do nível da cabeça.
transporte do paciente. Finalidades: Usado em
3.9 Genupeitoral: paciente com hipotensão
severa,vasculopatias periféri
cas,edemas de membros
inferiores (para auxiliar o
retorno venoso) e para
a realização de algumas
cirurgias
(abdominais,varizes).
3.13 Ereta ou Ortostática:
45
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O paciente
permanece em pé com
o chão
forrado com um lenço
Finalidades:
Posição usada
para exames
neurológicos e
certas
anormalidades
ortopédicas.
BIBLIOGRAFIA
46