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Índice
2 | INEM
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
INEM | 3
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Considerar a informação obtida no acionamento para a ocorrência
Saco de 1ª abordagem
Garrafa portátil de O2
Aspirador
DAE ou monitor de sinais vitais com DAE
Saco de trauma X X
Kit de parto X X
2
– Garantir precauções universais
Máscara de
Luvas Óculos de
Tarefa Bata e avental proteção
descartáveis proteção
facial
Controlo de hemorragia
Assistência ao parto
Criação de acessos vasculares X X X
Transporte ou lavagem de
equipamentos contaminados
Avaliação da temperatura X X X X
4 | INEM
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
3
– Avaliar e garantir as condições de segurança
4
– Determinar mecanismo de lesão / natureza da doença
5
– Determinar o número de vítimas
6
– Pedir de meios de socorro adicionais
Assim que chegar ao local em situações óbvias como a queda de um poste de alta tensão, a
existência de um incêndio ou agressões em curso
Em qualquer momento da avaliação da vítima, ou seja, assim que identifica sinais de gravidade e
se apercebe que a sua intervenção não permite a adequada resolução dos problemas encontrados
ou não lhe é permitido intervir em segurança.
o Ambulâncias;
o Autoridade policial;
o Autoridades técnicas específicas (eletricidade, gás, águas, concessionárias de auto estradas,
entre outras);
o Bombeiros;
o HEM – Helicóptero de Emergência Médica;
o MEM – Motociclo de Emergência Médica;
o VIC – Viatura de Intervenção em Catástrofe / PMA – Posto Médico Avançado;
o VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação;
o UMIPE – Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência.
6 | INEM
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
7
– Obter uma impressão geral do estado da vítima
Considerar o género, a idade, a aparência, a postura, lesões evidentes, odores, coloração da pele, estado
da roupa, ambiente envolvente, queixa principal, pistas específicas que nos conduzam à determinação da
gravidade da situação e compromissos imediatos de vida como uma obstrução da via aérea ou uma
hemorragia grave. Na vítima pediátrica aplica-se também o TAP – Triângulo de Avaliação Pediátrica.
Responda ás seguintes perguntas: “Esta pessoa está verdadeiramente doente?” Se sim, “qual é a
gravidade?”. ”Esta pessoa está ferida?”. Se sim, “qual é a gravidade dos ferimentos?”.
8
– Considerar estabilização manual da cabeça
Em determinadas ocorrências de trauma, deve considerar estabilizar a cabeça da vítima para prevenir o
agravamento de lesões cervicais.
9
– Avaliar o estado de consciência
Sem resposta 1
10
– A (via aérea)
Avaliar
• Sangue
• Vómito
• Secreções
Existência de obstrução mecânica
• Corpos estranhos
• Dentes partidos
• Próteses dentárias soltas
INEM | 7
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Avaliar (continuação)
Procedimentos
Atuar de acordo com o Protocolo Desobstrução da Via Aérea, o que inclui os seguintes procedimentos:
Protocolos aplicáveis
11
– B (ventilação)
Avaliar
8 | INEM
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Avaliar (continuação)
Procedimentos
Administrar O2 perante sinais de esforço respiratório ou sinais que possam levar a uma ventilação
inadequada
Atuar de acordo com o Protocolo de Dispneia caso a vítima refira dispneia o que inclui os seguintes
procedimentos:
o Suspender o contacto com o alergénio, caso haja
o Colocar a vítima na posição de sentada ou semissentada se não houver traumatismo impeditivo
o Não permitir esforço físico
o Administrar O2 para obter SpO2 ≥ 95% ou 88-92% se DPOC ou ≥ 97% se grávida
o Se a dispneia for devido a Asma, DPOC ou se existir pieira, proceder à terapia farmacológica de
acordo com o protocolo
Atuar de acordo com o Protocolo de Traumatismos caso a vítima tenha um traumatismo torácico o que
inclui os seguintes procedimentos:
o Colocar a vítima em posição antálgica, se não houver lesões impeditivas
o Tapar de imediato feridas aspirativas do tórax com a mão protegida pela luva e efetuar logo que
possível um penso com efeito valvular – fechado em apenas três lados
o Punção torácica no pneumotórax hipertensivo
Atuar de acordo com os Protocolos de Reanimação Cardiorrespiratória:
o Efetuar ventilação assistida caso a vítima:
o Não ventile mas apresente inequivocamente pulso carotídeo palpável
o Tenha uma FR < 10cpm ou > 35cpm (adulto)
o Apresente sinais de falência respiratória como dispneia associada a quadro de alteração do estado
de consciência, exaustão física, expansão do tórax reduzida, bradicardia e bradipneia
Monitorizar a vítima com DAE e iniciar os demais procedimentos de RCR caso a vítima não apresente sinais
de circulação ou exista uma ventilação agónica (“gasping”)
INEM | 9
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
12
– C (circulação)
Avaliar
Inspecionar e palpar:
- Temperatura
Estado da pele
- Coloração
- Humidade
Procedimentos
Protocolos aplicáveis
Protocolo de Traumatismos
Protocolo de Choque e Reposição de Fluidos
10 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
13
– Determinar vítima crítica / não crítica
Se identificar vítima crítica, informa de imediato o CODU para ativação de apoio médico
Se a intervenção do TEPH não for suficiente para evitar o agravamento do estado da vítima
No momento em que for identificada vítima crítica
No momento definido nos protocolos de atuação específica.
Mediante a informação recebida o CODU decide se envia apoio médico ou se deve ser realizado o
transporte para o SU.
O quadro seguinte apresenta alterações para as quais deve estar especialmente alerta ao longo da
avaliação e estabilização da vítima pois são alterações que estão frequentemente associadas a vítimas
críticas, ou potencialmente críticas, apesar de nem todas as situações possíveis estarem, obviamente,
aqui representadas.
Não determinam por si só o pedido de apoio médico mas devem conduzi-lo a uma avaliação rigorosa e
contínua da vítima, para além de determinarem que o tempo de permanência no local não deve exceder
os 10 minutos.
Avaliação e estabilização
Alteração
inicial
Todos os eventos traumáticos associados a:
− Mecanismo de lesão significativo
− História clínica grave (insuficiência cardíaca, DPOC, hipocoagulação)
− Idade superior a 55 anos
− Hipotermia
− Queimaduras
− Gravidez
Mecanismo de lesão / Traumatismo penetrante na cabeça, no pescoço, no tórax ou no abdómen
natureza da doença
Fratura pélvica
(queixa principal)
Fratura bilateral dos fémures
Dor supra púbica na grávida
Trabalho de parto em gravidez de risco
Acidente de submersão
Eletrocussão com média ou alta tensão (MT/AT) ou arco voltaico
Intoxicações graves
I N E M | 11
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
GCS ≤ 8
Estado de consciência Síncope, especialmente se não recuperada
Convulsões com duração> 5 minutos (prolongada)
12 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
14
– CHAMU (recolha de informação)
CHAMU
Queixa principal
Circunstâncias
Contexto de início de sinais e sintomas
C que motivaram o
pedido de socorro Em trauma ter especial atenção ao mecanismo de lesão, à hipotermia e às
queimaduras
I N E M | 13
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
15
– Exame físico associado à queixa principal
Este exame tem como objetivo direcionar a intervenção do TEPH para a queixa ou queixas principais em
situações de doença (vítima consciente) ou de trauma (mecanismo de lesão não significativo, sem AEC).
Pressupõe o recurso aos métodos de palpação e inspeção e a utilização da mnemónica TILIDAS para
caracterizar a dor.
TILIDAS
Itens de avaliação da
Considerações Exemplos de questões
dor
Sinais e Determinar sinais e sintomas associados, O que sente de diferente para além da
S sintomas
incluindo lesões dor?
associados
14 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Intensidade Significado
0 Sem dor
9 – 10 Dor máxima
16
– Exame físico rápido (geral)
Região
Vítima de doença súbita Vítima de trauma
anatómica
Inspecionar e palpar o crânio, procurando
alterações ao nível dos tecidos moles,
crepitações e depressões
Inspecionar e palpar o crânio, Inspecionar a existência de hemorragias
procurando alterações cutâneas e
Inspecionar boca e palpar o nariz, o maxilar e
eventuais sinais de trauma
a mandíbula
Inspecionar simetria da face Inspecionar a zona interior e posterior das
Crânio e face
orelhas, procurando por equimoses, sangue
Inspecionar as pupilas, avaliando: ou líquido cefalorraquidiano
o Tamanho
Inspecionar as pupilas avaliando:
o Simetria
o Tamanho
o Reatividade
o Simetria
o Reatividade
Palpar rapidamente as órbitas
I N E M | 15
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Região
Vítima de doença súbita Vítima de trauma
anatómica
Palpar as clavículas desde a região
Inspecionar, procurando: supraesternal até aos ombros
o Retrações das cavidades supra Inspecionar e palpar o tórax, procurando:
esternais, dos espaços intercostais,
o Feridas aspirativas
dos espaços supra claviculares e
da área subcostal o Integridade do externo e da grade costal
Tórax
o Cicatrizes o Movimentos paradoxais da grade costal ou
segmentos costais instáveis
o Medicamentos transdérmicos
o Enfisema subcutâneo
o Pacemaker
o Hemorragias
o Cardio Desfibrilhador Implantado
– CDI o Equimoses
o Abrasões
Inspecionar e palpar os quatro Inspecionar e palpar os quatro quadrantes,
quadrantes, deixando o mais deixando o mais doloroso para último,
doloroso para último, procurando: procurando:
o Cicatrizes o Distensão
Abdómen o Distensão o Rigidez
o Rigidez o Sensibilidade
o Sensibilidade o Evisceração
o Alterações cutâneas o Hemorragias externas
o Ascite o Equimoses
16 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
17
– Monitorização
Sinais vitais
Valores de referência
Ventilação (cpm) 12 – 20
PA diastólica (mmHg) 60 – 90
< 35 ºC – hipotermia
35,5 ºC a 37,4 ºC – normotermia
Temperatura
37,5 ºC a 38ºC – hipertermia (estado subfebril se associado a processo
(axilar)
infecioso)
> 38ºC – hipertermia (febre se associada a processo infecioso)
Outros sinais
Valores de referência
95 – 100
SpO2 (%) 88 – 92 se DPOC
≥ 97 se grávida
I N E M | 17
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Vítimas inconscientes ou com AEC (alteração presente ou que tenha motivado o pedido de
socorro)
Bradicardia ou taquicardia
3 derivações Pulso irregular
Pulso difícil de avaliar
Administração de fármacos bloqueadores beta adrenérgicos (por exemplo, adrenalina e
salbutamol)
18
– Início transporte para o SU
19
– Exame físico detalhado
É um exame minucioso da cabeça aos pés, que segue a orientação do exame físico rápido, mas que tem
como objetivo procurar qualquer evidência não detetada anteriormente.
A vítima apresentar alterações ou queixas que não foram identificadas ou percebidas durante
todo o processo de abordagem, avaliação e estabilização
Estarem excluídas todas as condições que coloquem em risco a vida da vítima
Não se sobrepor a intervenções prioritárias
Ser realizado durante o transporte para o SU (pelo que em transportes de curta duração pode não
haver tempo para a realização do mesmo).
18 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
20
– Avaliação durante o transporte
Efetuar:
21
– Transferência da vítima no SU
Referir essencialmente os seguintes aspetos:
Motivo da chamada
Mecanismo de lesão/natureza da doença
Queixa/lesão principal
Alterações significativas na via aérea, ventilação ou circulação
Alterações físicas significativas encontradas
CHAMU
Alterações significativas nos sinais vitais, glicemia capilar ou saturação periférica de O2
Todos os cuidados prestados
Evolução do estado da vítima desde o primeiro contacto até ao momento.
I N E M | 19
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Mesmo que a obstrução seja resolvida, dada a possibilidade de complicações futuras associadas a
hipóxia, a infeções e às próprias manobras de desobstrução, todas as vítimas de OVA mecânica devem
ser observadas no SU.
20 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Sinais de OVA
Presença de corpos estranhos (OVACE – OVA por corpo estranho), sangue, vómito, secreções, dentes
partidos, próteses dentárias soltas, edema, queimaduras, tosse, dificuldade em falar, dispneia, rouquidão,
estridor, ressonar, gorgolejo.
2
– Sinais de OVA patológica
Com base na recolha de informação (CHAMU), nomeadamente nas situações de dispneia de início súbito
após ingestão de comida, medicação ou picada de inseto, alteração do estado de consciência (desde a
agitação ao coma), associada a edema da língua e/ou pescoço, hipersudorese, rash cutâneo, petéquias,
prurido, náuseas, dor abdominal, incapacidade de urinar e hipotensão.
3
– No lactente colocar a cabeça em posição neutra.
4
– Avaliar a gravidade da obstrução
5
– Substituir por compressões torácicas em:
Vítimas pediátrica até 1ano de idade
Grávidas
Vítimas obesas (nas quais não se consegue abraçar o perímetro abdominal)
6
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
22 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Ventilação ausente ou ineficaz ou sinais de falência respiratória
Ventilação ausente pressupõe, neste contexto, a existência inequívoca de pulso carotídeo
palpável.
Ventilação ineficaz inclui:
o FR < 10cpm
o FR > 35cpm
Sinais de falência respiratória incluem dispneia associada a quadro de alteração do estado de
consciência, exaustão física, expansão do tórax reduzida, bradicardia e bradipneia.
2
– Ausência de sinais de circulação (PCR)
São sinais de circulação a existência de pulso palpável, ventilação eficaz, movimentos e tosse.
Na dúvida, o TEPH deve presumir que a vítima não apresenta sinais de circulação
3
– Ventilação assistida / insuflações
Cada insuflação deve ter a duração de 1 segundo seguida de uma pausa de 5 segundos entre duas
insuflações.
4
– Sinais de recuperação
No contexto de PCR, O TEPH só deve suspender as manobras para reavaliar (VOSP) se a vítima apresentar
inequivocamente um dos seguintes sinais: ventilação espontânea eficaz, tosse ou movimento.
Após retorno de circulação espontânea realizar ECG de 12 derivações, tratar a causa e efetuar controlo
da temperatura.
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Garantir qualidade das CT realizando 30 CT em cada ciclo a uma frequência de 100 por minuto
(sem exceder 120), comprimindo o esterno entre 5 a 6 cm, com iguais períodos de compressão e
descompressão
Planear ações antes de interromper CT
Permeabilizar a VA com recurso ao tubo laríngeo sem interromper CT
Após aplicação do tubo laríngeo, manter CT continuamente (100-120 por minuto), efetuando
ventilação a uma frequência de 10 insuflações por minuto.
Se 2 elementos nas manobras de reanimação- Estabelecer acesso IO (1 tentativa)
Se mais que 2 elementos nas manobras de reanimação, nomeadamente elementos: TEPH, TAS,
TAT, profissional de saúde com formação SBV ou elemento inserido em PNDAE que realizem
compressões torácicas e ventilação assistida - Estabelecer acesso EV (1 tentativa), se não
conseguido, estabelecer acesso IO (1 tentativa)
Administrar 1mg de Adrenalina via EV ou IO:
o Em contexto de choque não recomendado – logo que possível
o Em contexto de choque recomendado imediatamente após o 3º choque
o Repetir administração a cada 3-5 min. (em ciclos alternados - ciclo sim - ciclo não)
Administrar 300 mg Amiodarona diluídos em 20 cc de glicose a 5%, se ritmo desfibrilhável
refratário (Após o 3º choque consecutivo) e se o ritmo desfibrilhável se mantiver, repetir a mesma
dose imediatamente a seguir ao 5º choque
Corrigir causas reversíveis e considerar as situações especiais
CAUSAS REVERSÍVEIS
Hipovolémia
• Administrar 250ml de Cristalóides, preferencialmente aquecidos via EV/IO, se necessário
repetir mais 250ml – Exige prévia validação médica
• Retirar roupas frias ou molhadas, cobrir, colocar em local abrigado e aquecer o ambiente
Pneumotórax • Realizar punção torácica para drenagem do pneumotórax hipertensivo - Exige prévia
hipertensivo validação médica
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Quatro (4) ciclos de 2 min. de RCR após “choque não recomendado” ou em todas as crianças com
idade < a 1 ano
• Dez (10) ciclos de 2 min. de “choque recomendado” ou se indicação de choque alternar entre
“recomendado” e “não recomendado”
• Decisão médica
• Sinais de recuperação de circulação espontânea (avaliar VOSP)
• Exaustão física da equipa de reanimação
• Transferência da responsabilidade dos cuidados para uma equipa SAV
• Existência de riscos não controláveis para a equipa ou terceiros
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Nas situações em que o TEPH se encontrar sozinho, como por exemplo no Motociclo de Emergência
Médica, o objetivo é assegurar a utilização do DAE, as compressões torácicas e as insuflações. Assim,
só poderá aplicar o tubo laríngeo e proceder à administração de fármacos após ter junto de si,
nomeadamente: TEPH, TAS, TAT, profissional de saúde com formação SBV ou elemento inserido em
PNDAE, que realize compressões torácicas e ventilação assistida.
Na presença de uma equipa médica INEM no local, o TEPH (ou a equipa) deve atuar de acordo com as
indicações médicas.
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
TEPH 1 TEPH 2
• Introduz o tubo laríngeo (máximo 1 tentativa) • Vai buscar equipamento à ambulância (por
e adapta o insuflador manual conectado a exemplo, o plano duro) e cria as condições
fonte de O2 a 15L/min logo que o TEPH 2 possíveis para evitar perdas de tempo
assuma as manobras desnecessárias na deslocação da vítima do
local até à ambulância
• Aplica tubo orofaríngeo no caso de não ter
conseguido introduzir o tubo laríngeo
• Zela permanentemente pela segurança
• Estabelece acesso vascular e administra
fármacos EV/IO (nomeadamente adrenalina)
se asseguradas compressões e ventilações • Conduz a ambulância
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
28 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Sinais de hipoperfusão:
Alteração do estado de consciência (ansiedade, agitação, confusão, prostração ou inconsciência)
Taquipneia
Taquicardia
Palidez e hipersudorese
Aumento do tempo de preenchimento capilar.
2
– SCQ
3
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
4
– Obter acesso EV / acesso vascular
5
– Administração de fluido
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Sinais de falência respiratória ou ventilação ineficaz
Sinais de ventilação ineficaz incluem dispneia associada a quadro de alteração do estado de
consciência, exaustão física, sudorese, expansão do tórax reduzida, bradicardia ou taquicardia e
bradipneia ou taquipneia.
2
– Sinais de esforço respiratório
Sinais de esforço respiratório ou sinais que fazem suspeitar de uma ventilação inadequada:
• Cianose
• Retração das cavidades supra esternais, dos espaços intercostais, dos espaços supra claviculares
e da área subcostal
• Uso excessivo dos músculos abdominais
I N E M | 31
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Administrar:
Validação
médica
32 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
Pressupõe que tenha sido efetuada a recolha de informação (CHAMU), o exame físico (incluindo a
caracterização da dor, caso exista, de acordo com a mnemónica TILIDAS) e a monitorização dos sinais
vitais.
Considerar como dor torácica de provável origem cardíaca (compatível com SCA) as seguintes situações:
Desconforto ou dor torácica de origem não traumática;
Desconforto ou dor abdominal de origem não traumática localizada acima do umbigo;
Dispneia e/ou mal-estar inespecífico em vítimas com fatores de risco para a SCA, nomeadamente,
antecedentes de patologia cardíaca, fatores hereditários de doença cardíaca, DM, HTA,
dislipidemia, obesidade, sedentarismo e/ou tabagismo;
Apresentações atípicas: desconforto ou dor dorsal (entre omoplatas) ou cervical (até à
mandibula) ou membros superiores.
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
No caso de se tratar de uma SCA, o médico do CODU poderá validar a administração de todos ou apenas
de alguns dos fármacos previstos neste protocolo.
Caso não tenha ocorrido anteriormente, o médico do CODU pode decidir acionar apoio médico.
Além de toda a informação recolhida, o TEPH deve informar especificamente o médico do CODU da
medicação tomada pela vítima nas últimas 24 horas.
I N E M | 33
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
5 – Ácido acetilsalicílico (AAS)
6 – Ticagrelor
5 mg (comprimido sublingual)
Dose
Administrar 1 comprimido a cada 5 minutos (máx: 3 comprimidos) para
alívio da dor se PA sistólica >110mmHg e FC > 50 bpm
34 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
I N E M | 35
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
36 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Suspeita de AVC
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
38 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
2
– Promover o arrefecimento corporal no caso de hipertermia
Retirar peças de roupa, colocar compressas húmidas nas axilas, virilhas, pescoço e região frontal do
crânio.
3
– Reduzir a estimulação tátil e sensorial
São exemplos: evitar o recurso excessivo a sirene, evitar iluminação intensa e movimentos bruscos e
repetitivos.
I N E M | 39
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
40 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Hipoglicemia (< 80mg/dl)
2
– Sinais e sintomas de hipoglicemia
Autonómicos Neuroglicopénicos
Sensação de fome Cefaleias, tonturas e visão turva
Irritabilidade Confusão
Tremores Astenia
Pele pálida e fria Discurso arrastado
Hipersudorese Comportamento agressivo
Taquipneia Défices motores e/ou sensitivos
Taquicardia Midríase
Hipertensão Convulsões
Coma
3
– Administrar Glucagom IM
4
– Hidratos de carbono de absorção lenta
5
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
6
– Iniciar transporte para SU
I N E M | 41
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
42 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Informar CODU / CIAV
2
– Recolha de informação específica:
3
– Carvão ativado
O carvão ativado só pode ser administrado se vítima consciente, colaborante e bebe espontaneamente.
4
– Benzodiazepinas
Exemplos de benzodiazepinas:
• Alprazolam (Xanax®, Unilan ®);
O Zolpidem (Stilnox ®), não sendo uma benzodiazepina, tem características farmacológicas e toxicológicas
sobreponíveis.
5
– Antidepressivos
Exemplos de antidepressivos
• Amitriptilina (Trofanil ®);
• Imipramina (Triptizol ®);
• Mianserina (Tolvon ®);
• Mirtazapina (Remeron ®).
6
– Bloqueadores beta adrenérgicos
7
– Organosfosforados
Exemplos de organosfosforados:
• Fosmete (Imidan ®);
• Dimetoato (Danadim progress ® e Dafenil progress ®);
• Clorpirifos (Ciclone 5G ® e Pyrinex ®).
8
– Carbamatos
Exemplos de carbamatos:
• Clorprofame (Batalex ®), Metomil (Lannate ®) e Hidrocloreto de propamocarbe (Previcur ®).
9
– Opióides
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
I N E M | 45
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Opióides
2
– Alteração do estado de consciência
Na intoxicação por opiódes além da alteração do estado de consciência podemos ter presente miose e
depressão respiratória.
3
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
Habitualmente estas vítimas não aceitam o transporte ao SU. Contudo, há situações em que deve ser
encorajado o transporte ao SU:
Se apesar de consciente, a vítima mantiver um quadro de prostração / desorientação
Se ocorreu crise convulsiva
Se persistir dificuldade ventilatória
Se existir suspeita de intoxicação medicamentosa ou outra associada
Se existir suspeita de outra patologia que justifique a observação em meio hospitalar
Se houver suspeita de TCE.
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
I N E M | 47
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Suspeita de reação anafilática
Perante reação sistémica grave na presença de pelo menos um dos seguintes critérios:
Início súbito (minutos a algumas horas) com envolvimento da pele e/ou mucosas (urticária,
eritema ou prurido generalizado / edema dos lábios, língua e/ou úvula) e pelo menos um dos
seguintes:
1
Sinais de compromisso respiratório – dispneia, pieira, estridor e/ou tosse forte;
Hipotensão, síncope e/ou incontinência.
Ocorrência de pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas após exposição a um alergénio
provável para a vítima, com início súbito (minutos a algumas horas):
2
– Alergénios frequentes (exemplos)
Alimentos: amendoim, crustáceos, frutos secos, leite, ovo, peixe, sésamo e alguns aditivos (por
exemplo, conservantes);
Medicamentos: AINE, anestésicos locais, antibióticos beta-lactâmicos (penicilina e derivados) e
opiáceos;
Veneno de insetos, como os de abelha e vespa;
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Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
I N E M | 49
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Aplicar torniquete
Aplicar um torniquete recomendado pelo INEM ou a manga do esfigmomanómetro insuflada pelo menos
a 100mmHg acima da PA sistólica medida antes de aplicar torniquete, em posição proximal, 5 a 10 cm
acima do local da hemorragia, apertando até que a hemorragia pare. Registar a hora exata (hh:mm) de
aplicação do procedimento e manter o torniquete visível.
2
– Pneumotórax aberto
Lesão identificada pela presença de ferida aspirativa. Suspeitar sempre perante feridas no tórax causadas
por objetos perfurantes (exp. arma branca)
3
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
2
– Pneumotórax hipertensivo
Lesão identificada pela dificuldade respiratória grave e assimetria da expansão torácica. O ingurgitamento
jugular e desvio da traqueia podem não ser evidentes.
5
– Suspeita de fratura da cintura pélvica
A suspeita de fratura pélvica é de acordo com o mecanismo de lesão, a instabilidade da cintura pélvica e
sinais de choque de instalação rápida sem hemorragia visível.
6
– Avaliar a extremidade
Deve ser avaliada a extremidade distal do membro tendo em conta: pulso distal, preenchimento capilar,
coloração sensibilidade e temperatura.
7
– Imobilizar
A imobilização dever ser realizada com talas, imobilizando a articulação antes e depois do foco de fratura
ou o osso antes e depois caso a lesão seja na articulação.
50 | I N E M
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
I N E M | 51
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Legenda
1
– Stop, drop and roll
Interrompa o processo de queimadura ordenando que a pessoa pare, se deite e role. Em seguida extinga
as chamas com água, com um extintor de CO2 ou com um cobertor.
2
– Pedir apoio médico
Pedir apoio médico nos casos de:
Alteração do estado de consciência
Suspeita de queimadura na via aérea (queimadura na face, pilosidade nasal queimada, fuligem,
tosse, estridor, rouquidão progressiva e pieira)
Dificuldade ventilatória por exposição a um incêndio em espaço fechado ou a explosão
Queimadura elétrica por corrente de média, alta tensão ou por relâmpago
Queimadura extensa (2º grau com SCQ ≥ 25% ou 3º ou 4º grau com SQC ≥ 10%)
Queimaduras circunferenciais do tórax
Necessidade de analgesia
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível
52 | I N E M
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I N E M | 53
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Legenda
1
– Dor com intensidade
Intensidade Significado
0 Sem dor
9 – 10 Dor máxima
2
– Tramadol
Administrar 1-2 mg/Kg de Tramadol em gotas pela via oral (PO) a vítimas com mais do que 1 ano de idade.
Tramadol Número de gotas Equivalência
Vítima
(mg) equivalentes (gotas) (ml)
Adulto 100 40 1
37,5 a 75 Kg 37,5 15 0,375
25 a 50 Kg 25 10 0,250
12 a 25 kg 12,5 5 0,124
3
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
4
– Fentanilo
Administrar 100mcg de Fentanilo intranasal (1 puff), apenas para vítimas com mais de 30 Kg. Monitorizar
ritmo cardíaco sempre que administrado Fentanilo.
Contra-indicações:
Hipersensibilidade ao Fentalino
Entupimento nasal bilateral
Epistaxis
Caso esteja contraindicado a administração de Fentanilo, considerar dor com intensidade intensa NRS 6-
8 para validar administração de Tramadol.
54 | I N E M
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I N E M | 55
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Legenda
1
– Mecanismo de lesão significativo
Os mais frequentes são:
2
– Lesão que desvie a atenção
Qualquer lesão que possa sobrepor-se à perceção de outras lesões mais graves como por exemplo
fraturas de ossos longos, evisceração, laceração extensa ou esmagamento, queimaduras extensas ou
qualquer outra lesão que produza alteração funcional aguda.
3
– Incapacidade de comunicar
Qualquer vítima que esteja incapaz de comunicar com clareza e que, por isso, não participe na avaliação.
Exemplos: distúrbios da fala ou da audição, alterações cognitivas (demência), vítimas que falam apenas
língua estrangeira não compreendida pela equipa e crianças que não tenham a fala ou a capacidade de
expressão desenvolvida.
4
– Imobilizar
A imobilização da coluna vertebral deve ser realizada de acordo com as técnicas e procedimentos
recomendados pelo INEM.
56 | I N E M
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Considerações
Na vítima pediátrica considere a elevação do tronco cerca de 2 a 3cm para garantir uma posição
neutra da cabeça
Na vítima geriátrica, com hipercifose, o espaço existente entre a cabeça e o dispositivo de
imobilização deve ser preenchido
Considerar colocar um apoio entre a cabeça e o plano duro se ocorrer hiperextensão na posição
supina
À exceção da existência de hipotensão, por uma questão de conforto, o transporte das vítimas
imobilizadas deve ser realizado com a maca na posição de proclive ligeiro.
Até prova em contrário, todas as vítimas de trauma inconscientes devem ser abordadas como
tendo TVM.
I N E M | 57
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58 | I N E M
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Legenda
1
– Sinais de parto iminente:
Contrações uterinas de forte intensidade e frequentes com intervalos inferiores a 7 minutos
Visualização da cabeça (coroamento) ou da extremidade pélvica do feto no canal do
nascimento
Sensação intensa para defecar.
2
– Assistir o parto – apresentação cefálica:
O nascimento súbito da cabeça provoca uma mudança rápida de pressão no interior do crânio do feto,
o que pode provocar roturas durais ou subdurais, bem como lacerações vaginais ou perineais.
I N E M | 59
Protocolos de Atuação
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(continuação)
A cabeça sairá pela vagina geralmente com a face voltada para baixo rodando depois para um dos
lados.
3
– Assistir o parto – apresentação pélvica:
60 | I N E M
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(continuação)
I N E M | 61
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4
– Cuidados após o nascimento:
Cuidados a prestar ao RN
62 | I N E M
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Cuidados a prestar ao RN (continuação)
Durante todo o parto devem-se fazer todos os esforços para respeitar o pudor da grávida.
I N E M | 63
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1.18. Protocolo de Avaliação Inicial e Reanimação Cardiorrespiratória
Recém-nascido
64 | I N E M
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Legenda
1
– Avaliar o RN
• Ventilação:
Verificar se o RN nascido ventila e, em caso afirmativo, avaliar as características da ventilação.
• Tónus:
Um RN hipotónico normalmente necessita de ventilação assistida.
A avaliação do RN tem como objetivo a sua classificação em três quadros clínicos distintos que
determinam o tipo de intervenção que necessita.
2
– Aspirar a VA se necessário
A aspiração apenas é necessária se a via aérea estiver obstruída e deve ser efetuada sob visualização
direta.
Uma aspiração agressiva da faringe pode provocar espasmo laríngeo, bradicardia vagal e atrasar o início
de respiração espontânea.
A presença de mecónio espesso num RN pouco reativo é a única indicação para considerar a aspiração
imediata da orofaringe.
3
– 5 insuflações iniciais
Nas insuflações iniciais deve manter-se uma pressão de insuflação durante 2-3 segundos para facilitar a
expansão pulmonar.
Pressupões a permeabilização da via aérea – colocar o RN em decúbito dorsal com a cabeça em posição
neutra. Pode ser útil a elevação da mandíbula ou a utilização de tubo orofaríngeo de tamanho adequado.
No caso do feto de termo, as insuflações devem ser realizadas com ar ambiente (sem O2 suplementar).
No caso do feto prematuro, as insuflações devem ser realizadas com fonte de O2 conectada ao insuflador
manual.
I N E M | 65
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4
– Pedir apoio médico
Se não existir apoio médico disponível, iniciar o transporte para o SU assim que possível.
5
– Insuflações
6
– Compressões torácicas (CT)
7
– Monitorização de SpO2
Valores aceitáveis de SpO2 pré-ductal (num dedo da mão direita) após o nascimento:
2º min: 60%
3º min: 70%
4º min: 80%
5º min: 85%
10º min: 90%.
66 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
8
– Índice de Apgar
Apesar de não haver correspondência direta entre a avaliação inicial e o índice de Apgar, sempre que
possível deve ser avaliado e registado o índice de Apgar ao 1º, ao 5º minutos após o nascimento.
Se a pontuação no 5º minuto for inferior a 7, deve a avaliar e registar o índice de Apgar ao 10º, ao 15º e
ao 20º minuto após o nascimento.
Índice de Apgar
Parâmetro 2 1 0
• Decisão médica
• Sinais de recuperação
• Exaustão física da equipa de reanimação
• Transferência da responsabilidade dos cuidados para uma equipa médica
• Existência de riscos não controláveis para a equipa ou terceiros
Na presença de uma equipa médica no local, o TEPH (ou a equipa) deve atuar de acordo com as
indicações médicas.
TEPH 1 TEPH 2
68 | I N E M
Protocolos de Atuação
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1.19. Protocolo de Reanimação Cardiorrespiratória da Vítima Pediátrica 1
Legenda
1
– Protocolo de Reanimação Cardiorrespiratória da Vítima Pediátrica
2
– Insuflações
Lactentes – Colocar a cabeça numa posição neutra, elevando a superfície de apoio ao nível do
tronco cerca de 2 a 3 cm através da colocação de, por exemplo, compressas ou toalhas;
Considerar aspiração de fluidos, remoção de corpos estranhos visíveis (se necessário com o
recurso à pinça de Magill) e o recurso a adjuvantes da via aérea.
Tal como no adulto, na vítima que foi sujeita a um mecanismo de lesão significativo ou que apresente
suspeita de lesão cervical, a manobra de elevação da mandíbula é aplicável no lugar da manipulação da
cabeça.
3
– Avaliar sinais de circulação
Pesquisar os seguintes sinais de circulação em 10 segundos:
Existência de pulso central palpável (braquial no lactente e carotídeo na criança com mais de 1
ano, ou femoral em ambos);
Ventilação eficaz;
Movimentos;
Tosse.
4
– Ventilação assistida / insuflações
Cada insuflação deve ter a duração de 1 segundo seguida de uma pausa de 2 segundos entre duas
insuflações.
70 | I N E M
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
5
– Compressões torácicas (CT)
Lactentes – técnica de compressões com os 2 polegares (se estiver apenas um TEPH a fazer
manobras) ou técnica do abraço (se estiverem os dois TEPH a fazer manobras)
Crianças – realizar compressões com uma mão ou com as duas, consoante a estatura da vítima
Comprimir cerca de 1/3 do diâmetro antero-posterior do tórax (cerca de 4cm no lactente e 5cm
na criança com mais de 1 ano) e descomprimir totalmente
6
– DAE
Sempre que possível, monitorizar as crianças até 8 anos com os elétrodos pediátricos. Na ausência
de elétrodos pediátricos, utilizar os elétrodos de adulto colocando um no centro da região
anterior do tórax e o outro ao centro da região posterior do tórax.
7
– Sinais de recuperação
No contexto de PCR, O TEPH só deve suspender as manobras para reavaliar (VOSP) se a vítima apresentar
inequivocamente um dos seguintes sinais: ventilação espontânea eficaz, tosse ou movimento.
I N E M | 71
Protocolos de Atuação
Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Garantir qualidade das CT realizando 15 CT em cada ciclo a uma frequência de 100 por minuto
(sem exceder 120), comprimindo o esterno 4 cm no lactente e 5cm na criança, com iguais períodos
de compressão e descompressão
Planear ações antes de interromper CT
Permeabilizar a VA com recurso tubo laríngeo sem interromper CT
Após aplicação do tubo laríngeo, manter CT continuamente (100-120 por minuto), efetuando
ventilação a uma frequência de 10 insuflações por minuto.
Se 2 elementos nas manobras de reanimação- Estabelecer acesso IO (1 tentativa)
Se mais que 2 elementos nas manobras de reanimação, nomeadamente elementos: TEPH, TAS,
TAT, profissional de saúde com formação SBV ou elemento inserido em PNDAE que realizem
compressões torácicas e ventilação assistida - Estabelecer acesso EV (1 tentativa), se não
conseguido, estabelecer acesso IO (1 tentativa)
Administrar 0,01mg/kg de Adrenalina (0,1ml/kg de uma solução de 1:10.000 – 1mg de adrenalina
diluído em 9ml de SF) via EV ou IO:
o Em contexto de choque não recomendado – logo que possível
o Em contexto de choque recomendado imediatamente após o 3º choque
o Repetir administração a cada 3-5 min. (em ciclos alternados - ciclo sim - ciclo não)
Administrar 5mg/Kg de Amiodarona diluídos em 10cc de glicose a 5%, se ritmo desfibrilhável
refratário (Após o 3º choque consecutivo) e se o ritmo desfibrilhável se mantiver, repetir a mesma
dose imediatamente a seguir ao 5º choque
Corrigir causas reversíveis e considerar as situações especiais
CAUSAS REVERSÍVEIS
Hipovolémia
• Administrar 20ml/Kg (sem nunca ultrapassar o limite do adulto) de Cristalóides,
preferencialmente aquecido via EV/IO - Exige prévia validação médica
• Retirar roupas frias ou molhadas, cobrir, colocar em local abrigado e aquecer o ambiente
Pneumotórax • Realizar punção torácica para drenagem do pneumotórax hipertensivo - Exige prévia
hipertensivo validação médica
72 | I N E M
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
• Recolher informação em relação ao tóxico, forma de apresentação, via de contacto,
quantidade e procurar por pistas como embalagens vazias, odores característicos,
seringas ou agulhas, lesões da pele, da boca e dos olhos
Alterações
tóxicas/fármacos • Na intoxicação por opióides:
o Administrar 0,01mg/Kg de Naloxona EV/IO ou IM se acesso vascular não conseguido
Exige prévia validação médica
o Se necessário repetir uma vez a dose - Exige prévia validação médica
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Lactente:
o Logo que possível
I N E M | 73
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
• Decisão médica
• Sinais de recuperação de circulação espontânea (avaliar VOSP)
• Exaustão física da equipa de reanimação
• Transferência da responsabilidade dos cuidados para uma equipa de SAV
• Existência de riscos não controláveis para a equipa ou terceiros
Nas situações em que o TEPH se encontrar sozinho, como por exemplo no Motociclo de Emergência
Médica, o objetivo é assegurar a utilização do DAE, as compressões torácicas e as insuflações. Assim,
só poderá aplicar o tubo laríngeo e proceder à administração de fármacos após ter junto de si,
nomeadamente: TEPH, TAS, TAT, profissional de saúde com formação SBV ou elemento inserido em
PNDAE, que realize compressões torácicas e ventilação assistida.
TEPH 1 TEPH 2
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
fonte de O2 a 15L/min logo que o TEPH 2 desnecessárias na deslocação da vítima do
assuma as manobras local até à ambulância
• Aplica tubo orofaríngeo no caso de não ter
conseguido introduzir o tubo laríngeo • Zela permanentemente pela segurança
I N E M | 75
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
1.20. Protocolo de Reposição de Fluidos na Vítima Pediátrica
76 | I N E M
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
Legenda
1
– Vítima com idade < 12 anos
Protocolo só pode ser ativado se não houver apoio médico disponível em tempo útil e validação do
médico regulador do CODU.
2
– Sinais de choque hipovolémico
Excluir choque de outras causas. Sinais de choque hipovolémico na vítima pediátrica incluem: alterações
da aparência (TICLS), pele pálida ou marmoreada e fria, taquicardia, pulso fino e tempo de preenchimento
capilar > 3seg.
Mnemónica TICLS
3
– Obter acesso vascular
Máximo de 1 tentativa no local para obter um acesso vascular preferencialmente acesso IO.
4
– Administração de fluido
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Técnico de Emergência Pré-Hospitalar
1.21. Protocolo de Triagem da Vítima Adulta em Situações de Exceção
78 | I N E M
Protocolos de Atuação
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1.22. Protocolo de Triagem da Vítima Pediátrica em Situações de
Exceção
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Protocolos de Atuação
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Legenda
1
– Método JumpSTART Pediatric MCI Triage
O JumpSTART é um protocolo de triagem para situações multivítimas com crianças de idade inferior a 8
anos ou menos de 45Kg.
Este protocolo de triagem é adaptado do protocolo original START (Simple Triage and Rapid Treatment),
atendendo à limitada capacidade de comunicação verbal e motora em algumas faixas etárias.
Comparando o protocolo START e o JumpSTART, torna-se difícil decidir qual aplicar num adolescente ou
numa criança mais crescida. Assim, a regra é a seguinte:
2
– Triagem secundária
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