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interlocutores e o objetivo da mensagem são alguns dos fatores que influenciam a forma
como ela deverá ser usada. Ela também não deve ser classificada como certa ou errada,
mas como adequada ou inadequada.
A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se com a fala (língua oral), enquanto a
culta, com a escrita.
Ao optar por um determinado nível de língua, cada indivíduo está a adequar o seu discurso à
situação comunicativa em que se encontra. Desta forma, não será correcto falar de uma
hierarquia de níveis, pressupondo uma gradação ascendente ou descendente em relação à
considerada norma. Qualquer falante alterna a utilização dos vários níveis porque incorrecto
seria não adaptar a forma ao contexto situacional. Aliás, num mesmo discurso, o falante
pode flutuar entre vários níveis, o que demonstra a plasticidade da linguagem e das suas
infinitas combinações.
Tal como não é correcto falar de uma hierarquia de níveis, também não o é indicar a língua
escrita e a língua falada como condicionantes dos mesmos. É possível utilizar um nível culto
recorrendo à expressão escrita ou oral. O mesmo acontece com todos os outros níveis. A
ambiguidade da questão reside no facto de a expressão oral dispensar certos esclarecimentos
a que a escrita obriga, fruto da comunicação em ausência.