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Uso de probióticos na produção de suínos: revisão

Chapter · December 2021


DOI: 10.53934/9786599539633-71

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5 authors, including:

Alexandre B. Mariani Camila Lopes Carvalho


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Ghent University
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Gabriela Miotto Galli Ines Andretta


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https://doi.org/10.53934/9786599539633-71

Capítulo 71

USO DE PROBIÓTICOS NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS: REVISÃO

Caroline Romeiro de Oliveira1; Alexandre Bonadiman Mariani²; Camila Lopes


Carvalho³; Gabriela Miotto Galli4; Ines Andretta5

Granduanda em Zootecnia – Faculdade de Agronomia (FAGRO) – Universidade Federal


1

do Rio Grande do Sul (UFRGS), E-mail: caroline_romeiro@outlook.com;


2
Mestrando em Zootecnia - FAGRO- UFRGS, E-mail:
alexandre.bonadiman.abm@gmail.com;
3
Mestranda em Zootecnia - FAGRO- UFRGS, E-mail: camila.lps.carvalho@gmail.com;
4
Doutoranda em Zootecnia - FAGRO - UFRGS, E-mail: gabi-gmg@hotmail.com;
5
Docente do Depto. de Zootecnia – FAGRO - UFRGS, E-mail: ines.andretta@ufrgs.br.

RESUMO: Uma microbiota equilibrada é indispensável para um intestino saudável, e


consequentemente, para a melhor absorção dos nutrientes advindos da dieta. Diferente dos
antibióticos, que não são seletivos e atingem tanto as bactérias patogênicas como as
bactérias benéficas, os probióticos são microrganismos vivos que promovem um aumento
da concentração de bactérias benéficas em detrimento das patogênicas. Eles são utilizados
como modificadores nutricionais e fonte de abastecimento da microbiota intestinal,
atuando na recuperação do sistema imunológico dos animais e conferindo melhor
desempenho de produção. Além disso, atuam tanto na redução de toxinas quanto na
redução de diarreia em leitões pós-desmamados, beneficiando o crescimento dos suínos.
Portanto, a utilização de probióticos se faz presente como um possível substituto da
utilização de antibióticos compensando eventuais malefícios que estes tenham causado ao
longo de sua utilização, apoiando desta forma, a produção de suínos de forma lucrativa e
sustentável. Nesta revisão, microrganismos probióticos e produtos comerciais utilizados na
nutrição de suínos são discutidos, visando fornecer um conhecimento atualizado e
abrangente para nutricionistas e produtores de suínos.

Palavras–chave: aditivos, leitões, nutrição; desempenho; microbiota

INTRODUÇÃO
A alimentação é um dos maiores custos dentro da produção de suínos,
representando mais de dois terços do custo total de operação. Assim, a obtenção de uma
melhor eficiência alimentar dos animais, ou seja, uma melhor absorção de nutrientes da
dieta para conversão em produto final é um ponto crítico para a lucratividade do produtor
(1), e para isso, se faz necessário um intestino com uma microbiota saudável (2). O trato
gastrointestinal (TGI) dos suínos auxilia a função imunológica, pois o intestino é a primeira
barreira imunológica dos animais contra a ação microbiana (3). Somente um TGI saudável
permite que o animal se desenvolva sem adoecer e com bons índices de produção (4).
Antibióticos têm sido amplamente utilizados para prevenir a diarreia pós-desmame
em leitões e para aumentar a produtividade (5). Entretanto, o uso indiscriminado destes

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produtos leva a um desequilíbrio na microbiota intestinal e pode levar ao surgimento de
genes de resistência (6). A demanda dos consumidores por uma carne segura e sem resíduos
aumentou, e com isso, surgiram buscas por suplementos naturais e seguros que tragam
benefícios aos animais (7). Em alternativa ao uso dos antibióticos, surgiram os aditivos
probióticos (8), que produzem efeitos benéficos ao hospedeiro, estimulando respostas
imunológicas contra patógenos (9). Muitas espécies presentes na microbiota do TGI são
benéficas, como as bactérias láticas Lactobacillus e Bifidobacterium, as quais são capazes
de resistir ao ambiente gastrointestinal (10). Desta forma, uma classificação sobre os
mecanismos de ação dos probióticos na saúde dos animais é necessária para que se utilize
probióticos específicos, conforme o objetivo.

O QUE SÃO PROBIÓTICOS


De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) (11), probióticos são
definidos como microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades
adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro, e melhoram seu equilíbrio
microbiano intestinal (12).
Estes aditivos foram incorporados à nutrição animal na década de 1970, com o
objetivo de aumentar o desempenho, o sistema imunológico e o combate a doenças (13).
Entretanto, somente em 1980 a implementação dos probióticos se tornou uma solução
comprovada para o desempenho da produção (14) e para a saúde intestinal dos animais (3).
Os probióticos podem ser produzidos a partir de culturas bacterianas, células de levedura
ou ambos compostos. Também podem ser classificados como aditivos tecnológicos, na
área de estabilizadores e melhoradores da microbiota do sistema digestivo (15), pois os
microrganismos utilizados nestes aditivos são capazes de modificar a composição do TGI
(13).

MECANISMOS DE AÇÃO
Quando os probióticos são administrados em suínos, eles causam efeitos
principalmente no cólon e no ceco onde encontram-se diversos grupos de microrganismos
de forma abundante (16). De maneira oposta aos antibióticos, os probióticos atuam na
saúde animal aumentando principalmente a população de microrganismos desejáveis no
intestino (17).
Existem 5 principais mecanismos de ação dos probióticos que contribuem com a
saúde do hospedeiro e melhoram os índices de produção. A modulação da microbiota
intestinal é uma forma de prevenir o desequilíbrio através da alteração da composição da
população microbiana intestinal (3), a introdução de microrganismos desejáveis pode
auxiliar quando existem deficiências de microrganismos benéficos (12). A exclusão
competitiva, que é definida como uma ação normal que protege o organismo contra o
estabelecimento de patógenos, diminui o risco de infecções e pode evitar a disbiose em
suínos (18), ela ocorre, por exemplo, ao inibir a fixação de E. Coli no epitélio do intestino
delgado através da suplementação de probiótico que contém E. faecium e Colicina à base
de E. coli (19). Neste caso os microrganismos probióticos competem com os patogênicos
no intestino por locais de adesão e substratos, e assim evitam danos ao hospedeiro (20),
uma vez que as bactérias prejudiciais precisam estar anexadas às paredes do TGI para
exercer efeitos lesivos (13). Além disso, alguns microrganismos probióticos, quando
estabelecidos, produzem substâncias bactericidas ou bacteriostáticas que suprimem
patógenos (21).

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A modulação das respostas imunes do hospedeiro é outra forma de ação dos
probióticos, que mantém a composição da microbiota equilibrada através da recuperação
do sistema imunológico do hospedeiro pelas respostas imunes inatas e adquiridas (22). A
mucosa do TGI em conjunto com as células epiteliais formam uma barreira seletivamente
permeável entre os tecidos internos e o lúmen. Este obstáculo é a primeira linha de defesa
contra microrganismos nocivos, porém, em condições de estresse ou outras doenças, esta
pode ser rompida (23). Alguns probióticos são capazes de influenciar as interações
celulares da mucosa intestinal e consequentemente a estabilidade das células, eles
aumentam a função da barreira por meio da modulação da fosforilação das proteínas do
citoesqueleto e das proteínas de junção (23). Contudo, a microbiota intestinal pode
funcionar como imunomodulador para suporte de defesa do animal contra patógenos ao
estimular a resposta imune, e auxiliar o desenvolvimento do sistema imunológico do
hospedeiro por meio do estímulo de produção de anticorpos e aumento da atividade
fagocítica (13).
A eficácia de alguns probióticos na redução da incidência de diarreia em leitões se
deve à sua capacidade de proteger o animal contra toxinas provindas de bactérias, isto
porque os microrganismos probióticos neutralizam enterotoxinas produzidas por bactérias
patogênicas (13). Eles também impedem a síntese de amina de alguns patógenos (21),
impedindo a proliferação de coliformes (20).
A modulação da digestibilidade de nutrientes é também um dos mecanismos de
ação dos probióticos, já que eles aumentam a produção e a atividade de enzimas digestivas
no intestino. Ademais, possuem alta capacidade fermentativa e produzem uma melhora na
digestibilidade de nutrientes dietéticos em suínos (24). Podemos tomar como exemplo os
Lactobacillus spp., que são amplamente conhecidos por produzirem ácido lático e enzimas
proteolíticas que atuam na digestão de nutrientes no TGI (25). Além disso, afetam as
atividades de absorção e secreção, como no transporte de L-glutamina e na secreção de
íons (12), porque auxiliam no comprimento das vilosidades intestinais, ampliando a
superfície de absorção de nutrientes. Por fim, os probióticos são capazes de produzir
antioxidantes, eliminar radicais livres e diminuir o estresse oxidativo do hospedeiro (13).
É importante destacar que diferentes tipos de probióticos podem divergir quanto aos modos
de ação (24).

MICRORGANISMOS PROBIÓTICOS E PRODUTOS COMERCIAIS


Uma grande variedade de microrganismos tem sido estudada como agentes
probióticos, levando à promoção e venda de muitos produtos comerciais como aditivos
alimentares para animais (26). As cepas probióticas disponíveis comercialmente são
isoladas da microbiota intestinal de usuários potenciais e selecionados com base nos
critérios de resistência à ácidos estomacais, sais biliares, capacidade de colonização do
intestino ou antagonizar microrganismos patogênicos (24). As bactérias frequentemente
utilizadas são Bacillus, Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Pediococcus e
Treptococcus (13). O que é comumente referido como Bactérias Ácido Láticas (LAB) que
são bactérias gram-positivas, tolerantes a ácidos, que possuem esporos na forma de bacilos
ou esféricos (13), o que inclui vários gêneros em sua composição, como os Lactobacillus,
Bifidobacterium, Lactococcus, Lactococcus faera, Leuconostoc, Melissococcus,
Oenococcus, Pediococcus, Streptococcus, Enterococcus.
A maioria dos produtos comerciais contém várias espécies em sua composição,
embora os resultados destas diferentes combinações ainda não sejam perfeitamente claros
e precisos (27). Devido aos diferentes mecanismos de ação, origem e características,

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existem diferenças significativas entre os diferentes produtos (13). Na Tabela 1 estão
listados alguns dos microrganismos com propriedades probióticas utilizados na nutrição
animal. Para facilitar o entendimento, os microrganismos comumente usados podem ser
divididos em diferentes grupos de acordo com os critérios (28).

Tabela 1 - Microrganismos com propriedades probióticas utilizados na nutrição animal


Outras bactérias Bactérias não ácido
Lactobacillus Bifidobacterium
ácido lácticas láticas
Enterococcus Bacillus cereus var.
L. acidophilus B. adolescentis
faecalis toyoi
Enterococcus Escherichia coli
L. amylovorus B. animalis
faecium cepa nissle
Propionibacterium
L. casei B. bifidum Lactococcus lactis
freudenreichii
Leuconstoc Saccharomyces
L. crispatus B. breve
mesenteroides cerevisiae
L. delbrueckii Pediococcus Saccharomyces
B. infantis
subsp. bulgarius acidilactici boulardii
Sporolactobacillus
L. gallinarum B. lactis
acidilactici
Streptococcus
L. gasseri B. longum
thermophilus
L. johnssonii
L. paracasei
L. plantarum
L. reuteri
L. rhamnosus
Fonte: Adaptado de HOLZAPFEL et al. (2001) (29)

USO DE PROBIÓTICOS E SEU EFEITO NO DESEMPENHO DE SUÍNOS


Os probióticos têm o potencial de melhorar a utilização de proteínas na dieta e o
desempenho animal. Isso pode estar relacionado à melhor digestibilidade da proteína e
energia bruta, integridade intestinal e perfil microbiano (30), assim como o sistema
imunológico de suínos (31). Além disso, eles melhoram a resistência dos animais a
doenças, que consequentemente demonstram melhores índices de desempenho (12).
Em leitões recém desmamados, o fornecimento de 100 mg/kg de probiótico a base
de Clostridium butyricum, Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis, provocou alteração na
morfologia intestinal, ao melhorar a integridade das vilosidades do íleo e a apoptose do íleo
e jejuno. É sabido que o desmame causa alterações na microbiota, e são induzidas por
citocinas pró inflamatórias como IL-1β, IL-6 e TNFα, as quais por ação do probiótico
foram diminuídas, o que demonstra um efeito anti-inflamatório e, com isso, menor gasto
energético com o recrutamento de células do sistema imune (32). Além disso, determinados
aditivos probióticos evitam danos causados no jejuno pela E. Coli k88 (30), além de
diminuírem Clostridium, E. coli e Enterobacterium spp. no intestino (28), assim, os
probióticos protegem a integridade do tecido da mucosa e reduzem a resposta inflamatória
(31). Não obstante, quando desafiados com E. Coli F18+, houve diminuição do TNFα, o
que reduziu malondialdeído, tal fato indica a redução do estresse causado pelo desmame e
o desafio bacteriano (33).

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Além disso, Wang et al. (2019) (31) demonstraram um aumento na relação
vilo:cripta, que é extremamente favorável à absorção de nutrientes e ao desempenho
animal, devido ao aumento da área de contato da mucosa do intestino. Neste estudo ainda
se evidenciou a redução nas enzimas hepáticas AST e ALT. O aumento da abundância de
RNA mensageiro da mucina 2 (MUC2) e de proteínas de junções na mucosa jejunal foi
constatado, ocorrendo redução dos danos intestinais causado pelo desmame, além de
diminuir a entrada de agentes patogênicos pelo aumento da expressão de proteínas das
junções (34). Na dieta de leitões, se observou melhora nos fatores de crescimento,
diferenciação e proliferação do epitélio intestinal, dada a ação positiva do Peptídeo-2
Semelhante ao Glucagon (GLP-2) e a expressão do gene Fator de Crescimento Semelhante
à Insulina tipo 1 (IGF1R) (30). Já no que se refere ao sistema imune dos animais, se relata
o aumento dos níveis de IgM, e após 14 dias, houve também incremento de IgG, IgM e
IgA, sendo que IgA participa da imunidade da mucosa intestinal (31)
A diarreia é um dos pontos críticos na produção de leitões, ela ocorre
principalmente nas primeiras semanas pós-desmame, e representa grandes perdas
econômicas ao produtor (35). No entanto, 80% dos estudos relatam benefícios no uso de
probióticos quando à diarreia, sendo este efeito independente do microrganismo utilizado
(36). A utilização de probióticos também melhora o escore fecal dos animais (37), e
provoca redução na mortalidade geral pré-desmame (38). Leitões submetidos ao estresse
por altas temperaturas ambientais, obtiveram uma incidência de diarreia significativamente
reduzida através da suplementação com probióticos (39).
No estudo de Robles-Huaynate et al. (2013) (40), foi observado que suínos nas fases
de crescimento e terminação tiveram melhorias de 10 a 15% no ganho de peso e na
conversão alimentar quando suplementados com probióticos. Tal fato está relacionado com
as bactérias benéficas que são favorecidas pela diminuição do pH e pela modulação da flora
intestinal. No mesmo estudo foi observado aumento na qualidade de carne, melhora na
digestibilidade, redução da contaminação por conta da diminuição de NH3 e N fecais,
redução da mortalidade devido à baixa incidência de doenças, aumento do ganho de peso
e melhora na saúde intestinal. Por fim, porcas obtiveram aumento no consumo de ração
durante o período final da gestação e lactação, aumento nas condições corporais no período
final da lactação, redução no intervalo do desmame e cio, aumento na qualidade e
quantidade de colostro e leite, modulação da imunidade e aumento do tamanho da leitegada
(41).

CONCLUSÃO
A suplementação de probióticos na nutrição animal tem avançado muito nos
últimos anos e a busca por maiores informações tendem a avançar. Eles são utilizados para
diversas finalidades como a melhora do desempenho, mitigação de doenças e até mesmo
para aumento da qualidade do produto final, de forma a favorecer o meio ambiente, e
reduzir os poluentes ambientais. Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos
contribuiu para o aumento da resistência de agentes patogênicos à alguns medicamentos,
tornando-os ineficazes, e uma das alternativas que competem com eles na produção suína
são os probióticos, visto que são uma alternativa natural apoiada positivamente pela
pressão dos consumidores e da legislação.
Contudo, ao levar em consideração a capacidades destes microrganismos de
modularem a microbiota e o sistema imune dos animais, são muitos os fatores favoráveis
a utilização. Embora estes aditivos estejam no mercado há alguns anos, maiores pesquisas

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são necessárias para geração de conhecimento a fim de projetar terapias robustas e reduzir
os inconsistentes resultados do uso tradicional de probióticos.

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