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ATIVIDADE DE LITERATURA: ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL
Professora: Denise Giarola Maia Semestre/ano: 2º/2022
Curso/turma: Licenciatura em Pedagogia/4º período Data: ______/12
Nome do estudante:

QUESTÃO 1. (1,5). Na abordagem proposta por Coelho (1984, p.28), a escolha do livro infantil-
juvenil é feita a partir de cinco categorias de leitor. Que critérios são levados em consideração na
definição dessas categorias?

Começamos com o pré-leitor (dos 15/17 meses aos 3 anos), ela abrange duas fases, a primeira
infância e a segunda infância. Na primeira infância, a criança inicia o reconhecimento da realidade,
e daquilo que a rodeia. É influenciada pelo tato, e pela afetividade. Fase chamada de “invenção de
mão”, pois ela sente o impulso básico de pegar em tudo que se encontre ao seu alcance. Gravuras de
animais, ou objetos familiares a criança, devem ser incluídos entre os seus brinquedos, (ursos de
pelúcia, matérias macios e de fácil manipulação). Nessa fase, é muito importante a participação do
adulto, manipulando e nomeando as gravuras e animais. O mundo natural e o cultural (o da linguagem
nomeadora), começam a se misturar nessa fase, modificando a percepção que a criança tem de espaço
e mundo. Na segunda infância( a partir dos 3 anos) começa o predomínio de valores vitais (saúde)
e sensoriais (prazer ou carências afetivas). Início da fase egocêntricas...crescente interesse pela
comunicação verbal. Aprofunda-se a descoberta do mundo concreto e do mundo das linguagens,
através de atividades lúdicas. Os livros adequados para essa fase devem prover vivencias radicadas
do cotidiano familiar, e apresentar determinadas características:
*Predomínio absoluto da imagem, sem texto escrito ou com textos breves e diretos, que podem ser
lidos pelo adulto. Nomeação das gravuras é o mais ideal nessa fase, para levar a percepção dessa
ligação entre o lúdico e o mundo real.
*As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança.
*A graça, o humor, um certo clima de Expectativa ou mistério.
*A técnica de repetição ou reintegração de elementos é das mais favoráveis para manter a atenção e
o interesse desse difícil leitor a ser conquistado.
O leitor iniciante ( a partir dos 6/7 anos) fase da aprendizagem da leitura, na qual a criança já
reconhece, com facilidade, as letras do alfabeto e reconhece a formação das silabas simples e
complexas. Início do processo de socialização e de racionalização da realidade. Nessa fase, as
histórias devem ser lineares; o texto deve apresentar frases curtas e as personagens devem possuir
traços nítidos.
*A imagem deve prevalecer sob o texto.
*A narrativa deve desenvolver uma situação.
Leitor em processo (a partir dos 8/9 anos) Fase em que a criança já tem facilidade para dominar a
leitura e expor seu interesse pelo conhecimento e por desafios. Os textos devem apresentar uma
narrativa linear, em torno de uma situação central, com frases simples, em ordem direta.
*Presença das imagens em diálogo com texto.
* Textos escritos em frases simples, em ordem direta e de comunicação imediata e objetiva.
*A narrativa deve girar em torno de uma situação central, um problema, um conflito.
*A efabulação (concatenação dos momentos narrativos), deve obedecer uma ordem linear.
Leitor fluente. ( a partir dos 10/11 anos). A criança possui o total domínio da leitura, a capacidade
de concentração e de reflexão é bem maior. Fase de desenvolvimento do pensamento crítico. Faz-se
necessário uma introdução a elementos básicos da Teoria Literária para que o texto literário extrapole
a mera fruição de prazer ou emoção e provoque o leitor a penetrar no mecanismo da leitura.
*As imagens já não são indispensáveis.
*As personagens mais atraentes são da linhagem dos heróis, ou heroínas.
*A linguagem tende a ser mais elaborada.
*Os gêneros narrativos que mais interessam são os contos, as crônicas ou os gibis.
Leitor crítico (a partir dos 12/13 anos). Fase da pré-adolescência, período de amadurecimento do
domínio da leitura. A criança tem grande capacidade de concentração e de reflexão, permitindo a
percepção de mundo. Os livros devem ser diversificados e o texto deve apresentar uma linguagem
mais elaborada.

QUESTÃO 2. (1,0) De acordo com a abordagem de Coelho (1984), identifique as categorias de leitor
descritas nos trechos a seguir, enumerando-os.

1. Pré-leitor Leitor crítico. Fase da pré-adolescência, período de amadurecimento do


domínio da leitura. A criança tem grande capacidade de concentração e
de reflexão, permitindo a percepção de mundo. Os livros devem ser
diversificados e o texto deve apresentar uma linguagem mais elaborada.

2. Leitor iniciante Leitor fluente. A criança possui o total domínio da leitura, a capacidade
de concentração e de reflexão é bem maior. Fase de desenvolvimento do
pensamento crítico. Faz-se necessário uma introdução a elementos
básicos da Teoria Literária para que o texto literário extrapole a mera
fruição de prazer ou emoção e provoque o leitor a penetrar no mecanismo
da leitura.

3. Leitor em processo Pré-leitor. Momento em que a criança tem a sua atenção voltada para o
que é familiar (como, por exemplo, a família, os animais domésticos, etc.)
e seu pensamento não acompanha grandes enredos. Portanto, as histórias
devem ser curtas e com poucas personagens.
4. Eu Leitor fluente Leitor em processo. Fase em que a criança já tem facilidade para dominar
a leitura e expor seu interesse pelo conhecimento e por desafios. Os textos
devem apresentar uma narrativa linear, em torno de uma situação central,
com frases simples, em ordem direta.

5. Leitor crítico Leitor iniciante. Período de aprendizagem da leitura; os signos escritos


ganham espaço. Nessa fase, as histórias devem ser lineares; o texto deve
apresentar frases curtas e as personagens devem possuir traços nítidos.

QUESTÃO 3. (1,5) Por que a autora considera as características descritas nos trechos da questão
anterior como “princípios orientadores que podem ser úteis para a escolha de livros adequados a cada
categoria de leitor” (COELHO, 1984, p. 28)?

A inclusão do leitor em determinada categoria depende não apenas de sua faixa etária, mas
principalmente da inter-relação existente entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento
biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio do mecanismo da leitura.
Daí que as indicações de livros para determinadas “faixas etárias” sejam sempre aproximadas.

QUESTÃO 4. (3,0) A partir do filme nacional “Narradores de Javé” de Eliane Caffé (2004), explique
a opinião de Affonso Romano de Sant’Anna, apresentada em seu texto “Contação de história: vida e
realidade”, de que a narratividade é o que define o homem, e de Carlos Aldemar Farias, em seu texto
“Contar histórias é alimentar a humanidade da humanidade”, de que contar histórias é uma arte
milenar exclusiva das sociedades humanas.

Assim como Affonso Romano cita, "a narratividade e a memória passaram a ser a barragem
imaginária contra a destruição", pois no filme isto acontece explicitamente aos moradores colocarem
suas memórias em um papel para salvarem o lugar onde moram, podemos ver que ele mantém
colocando o homem como o grande criador de sua história, pois sempre está contando sua história
com a própria perspectiva, aumentando ou diminuindo. Vemos isso em diversas culturas, onde as
histórias são passadas de forma hierárquica , mas sempre ganhando um certo tom pessoal, uma
mudança singular feita por cada contador. Sem contar que a contação de histórias melhora o convívio
e aproxima as pessoas em suas culturas e vivências passadas, oque mostra no filme, a sociedade se
juntando para um benefício em conjunto.

QUESTÃO 5. (0,8) Na obra As aventuras de Hans Staden de Monteiro Lobato, identifica-se com
grande intensidade a figura do contador de histórias na personagem D. Benta. Leia, abaixo, um
fragmento desse texto literário.
Dona Benta sentou-se em sua velha cadeirinha de pernas serradas e principiou:
- Hans Staden era um moço natural de Homberg, pequena cidade de Hesse, na Alemanha.
- De S? – exclamou Pedrinho, dando uma risada. Que engraçado!
- Não atrapalhe – disse Narizinho. Assim como em São Paulo há freguesia de Nossa Senhora do O’, bem pode haver o
estado de S na Alemanha. Em que o O é melhor que o S?
- Não digam tolices – interrompeu Dona Benta. Êsse estado da Alemanha escreve-se em português H-E-S-S-E, diz-se
Hessen em Alemão. Nada tem a ver com a Letra S. Depois dessa lição Dona Benta continuou:
(LOBATO, Monteiro. As aventuras de Hans Staden. 1º Ed.; Cia editora nacional, Rio de Janeiro, 1927p. 01)

Esse trecho inicial da obra de Lobato exemplifica que característica(s) da contação de história e/ou
do contador de histórias. Marque (X) nas opções corretas.

( ) Apresentação do autor da história que será contada.


(X) Atenção aos comentários e curiosidade dos ouvintes.
(X) Escolha de um ambiente confortável para o momento da história.
(X) Interação com os ouvintes, conversando e esclarecendo dúvidas.
( ) Uso de recursos para auxiliar a contação.
( ) Ausência de interrupções e de improvisos.
( ) Prática exclusiva do âmbito familiar.

QUESTÃO 6. (0,6) (IFRS, 2021) Para divertir a plateia, você escolheu o livro “E o dente ainda doía”,
de Ana Terra. Na história, um jacaré está com uma tremenda dor de dente. Para ajudá-lo, diferentes
animais dão conselhos: coelhos, corujas, tatus, patos, ratos, toupeiras, sapos, esquilos, passarinhos.
Para representar esses animais, você pode utilizar somente objetos alternativos, utilizados dentro de
sua casa. Usando sua criatividade, é possível imaginar que um grampo de roupa abre como a boca de
(um jacaré) uma rolha perfura como (toupeiras)e um pincel de maquiagem é suave como
(passarinhos) e assim por diante.

(a) toupeiras (b) passarinhos (c) jacaré

QUESTÃO 7. (0,4) (IFRS, 2021) O livro escolhido por você, para uma contação de histórias, foi
“Marilu”, de Eva Furnari. Marilu é uma menina aborrecida, que, “nos últimos tempos, achava tudo
chato. – As nuvens são bobas, dizia –, as montanhas são cinza e não têm graça”. Ela enxergava tudo
cinza até que, um dia, viu uma lanterna muito colorida. Para representar a menina, você poderia usar
seu corpo. Por exemplo, (cruzar os braços com força) e (bater os pés no chão) demonstram irritação
e impaciência.

(a) cruzar os braços com força (b) balançar suavemente os braços


(c) bater os pés no chão (d) rodopiar

QUESTÃO 8. (0,6) (IFRS, 2021) Imagine que você escolheu o livro “O domador de monstros”, de
Ana Maria Machado. Nele, um menino chamado Jorge sente medo, pois as sombras que as árvores
projetam na parede de seu quarto parecem um monstro. Para apresentar essa história, seria adequado
um (Teatro de sombras)

(a) teatro de marionetes. (b) teatro de fantoches. (c) teatro de sombras.

Nesse caso, seria essencial providenciar um ambiente (escuro)

(a) amplo (b) claro (c) escuro


e uma fonte de (luz)

(a) energia. (b) calor. (c) luz.

QUESTÃO 9. (0,3) (IFRS, 2021) Marque o recurso de contação de histórias que corresponde à
seguinte descrição: “Pode ser fabricado com uma caixa de papelão, onde se dispõe um rolo que, ao
ser girado, apresenta a ilustração de diferentes cenas da história que é contada”.

(a) Cineminha
(b) Gravura
(c) Fantoche
(d) Teatro de sombra

QUESTÃO 10. (0,3) (IFRS, 2021) Marque a alternativa INCORRETA a respeito da contação de
histórias.

(a) A contação de histórias requer a memorização do livro, por isso, é necessário que o contador faça
repetidas leituras até conseguir reproduzir todas as passagens da narrativa, tal qual foram escritas,
sem alteração das estruturas sintáticas e das escolhas do lexicais feitas pelo autor.

(b) O sucesso da contação de histórias inicia no planejamento da ação, no qual o contador optará pela
utilização ou não de recursos e pensará na organização do espaço da contação.

(c) O contador de histórias deve sempre observar seu público. O uso da voz é um recurso importante,
mas deve ser cauteloso para não causar sustos em crianças muito pequenas ou mais sensíveis,
como as autistas.

(d) O contador pode demarcar o início e o final da contação da história, o que pode ser feito por meio
de um sinal sonoro, de uma frase de efeito ou de um objeto, como um baú de histórias, por
exemplo.

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