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JUNHO 06, 2022

DIREITO E

MORAL
Uma análise a partir de sua relação
História
POR QUE EXISTE A DISCUSSÃO?
A MORAL E O DIREITO POSSUEM CONTEÚDOS
ÉTICOS, ISTO É, O SENTIDO DE AGIR. A AÇÃO, OU
MAIS AMPLAMENTE A CONDUTA, PODE SER
ÉTICA OU JURÍDICA. COM MUITA FREQUÊNCIA,
AÇÃO AMOLDA-SE OU CONTRARIA TANTO A
MORAL COMO O DIREITO. MORAL E DIREITO
POSSUEM, POR CONSEGUINTE, UM FUNDAMENTO
ÉTICO COMUM, TANTO QUE NO ANTIGO DIREITO
ROMANO OS DOIS CONFUNDIAM-SE.

FILOSOFIA JURÍDICA

ABRANGE A QUESTÃO DA RELAÇÃO ENTRE O


DIREITO E A MORAL, PERMITINDO UMA INFINITA
DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA ACERCA DO ASSUNTO.
Características
Moral é individual, interna, pertence à conduta
individual da pessoa, ao seu consciente ou
inconsciente, ao seu íntimo, enquanto o Direito
representa sempre uma alteridade, uma
relação jurídica, uma norma de agir dotada de
sanção e coerção, projetando-se, portanto,
externamente.

As regras morais objetivam o aperfeiçoamento do

indivíduo; as regras jurídicas apenas facilitam o convívio

social, procurando prevenir e solucionar conflitos.


Coação e Coercibilidade
Para os adeptos da primeira teoria, o Direito

seria dotado sempre e invariavelmente de um

elemento coercitivo, sem o qual não haveria

Direito; para os da segunda, a coação seria

elemento externo do Direito, o qual se

distinguiria apenas pela possibilidade de

interferência da força.

A teoria da coação ou da coercitividade é a

doutrina que entende que Direito e coação não

podem estar desacompanhados, norma e

coação seriam ingredientes inseparáveis de

todo fenômeno jurídico.


Teoria do Mínimo Ético

Tal teoria classifica o direito como uma parte da


moral, ou seja, os valores jurídicos seriam, antes de
tudo, valores morais. O direito não seria nada mais
que um conjunto de normas morais consideradas
essenciais para a sobrevivência da sociedade.

“A TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO CONSISTE EM DIZER QUE O

DIREITO REPRESENTA APENAS O MÍNIMO DE MORAL

DECLARADO OBRIGATÓRIO PARA QUE A SOCIEDADE

POSSA SOBREVIER." REALE, 2013. P.42


Jeremy Betham
Teoria dos círculos
Teoria dos círculos separados
concêntricos Hans Kelsen

Moral
Direito Moral
Direito

Teoria do mínimo ético Teoria dos círculos secantes

Direito
Direito
Direito Moral
Moral

Georg Jellinek Miguel Reale


Direito e heteronomia
No Direito, a heteronomia é a característica da
norma jurídica que se estabelece e se impõe
independente da vontade do destinatário. Todos
são obrigados a se sujeitarem ao cumprimento da
lei, independentemente da sua identificação com o
teor da mesma. Texto do seu parágrafo

Há também a diferença entre a heteronomia e a

autonomia, pois o as normas do Direito nos são

impostas sem que pudéssemos questioná-las sendo

no caso de não cumprimento de tais regras somos

coagidos ao seu cumprimento, diferentemente da

Moral que é cumprida de forma espontânea.


Bilateralidade Atributiva

A Doutrina passou a entender que a força não é elemento


essencial do Direito e sim potencial, ou seja, entenderam
que no Direito há a possibilidade de coação, sendo este
apenas um elemento garantidor para o cumprimento da
norma.

"Há bilateralidade atributiva quando duas ou mais pessoas se

relacionam segundo uma proporção objetiva que as autoriza a

pretender ou a fazer garantidamente algo." REALE, 2013


Conclusão
Embora o direito seja parte da moral ou ainda que os
dois possuam uma faixa de competência em comum, é
certo que se o direito e a moral fossem uníssonos quem
ganharia seríamos todos nós, pois teríamos uma
sociedade mais justa e livre da perversidade e por
conseguinte a procura pelo Poder Judiciário seria menor
visando que a solução de conflitos de crimes ínfimos
seria quase que inexistente.

Ambos os campos podem coexistir, cabendo ao operador do

direito buscar um equilíbrio entre ambos sendo as diferenças

pequenas. Resta aos juristas aplicarem devidamente

parâmetros legislativos e morais, sem que um invada a

concepção do outro.
Coercibilidade Atributividade Bilateralidade Heteronomia

Moral - - + -
Direito + + + +
Costume - + + -

Podemos resumir as notas distintivas dos

campos que acabamos de analisar, desta

forma:

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