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1. MORFOLOGIA:
a) Estrutura e formação de palavras
b) Substantivo
c) Adjetivo
d) Pronome
e) Artigo
f) Numeral
g) Verbo
h) Preposição
i) Conjunção
j) Advérbio
k) Interjeição

2. SINTAXE:
a) de oração
b) de período
c) de concordância
d) de regência
e) emprego do acento grave
f) de colocação
g) pontuação

Caracterização do substantivo:

1ª → É uma classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada por determinantes.
Logo...
Uma classe morfológica acompanhada por determinantes é um substantivo ou uma palavra substantivada.

Cuidado!!!! Não confunda!!!

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Exemplos:
* Havia dois entrevistadores engraçados que faziam umas perguntas bobas.
* Alguns homens nunca conseguirão implementar mais que três ideias ao longo da vida.
* Não aguentava mais os teus ais, as tuas lamúrias, os teus ‘não-sei-pra-que-isso’.
* Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas.
* As casas da fazenda foram invadidas pelos ratos de um canavial próximo.

3. Assinale a alternativa em que o termo indicado seja classificado como advérbio.

A) mais (L.124) ➔ “...que dispõem de mais recursos e mais informações?”


B) conforme (L.12) ➔ “...A despeito de sua natureza relativamente controversa, a ética tributária, ao menos
conforme admite o senso comum, vincula-se à concepção e à prática de regras justas e razoáveis em matéria
tributária.
C) nenhum (L.41) ➔ “...Não causa estranheza o empresário afirmar, sem nenhum sentimento de culpa,...”
D) Nada (L.4) ➔ “...Nada diferente do que ocorre em relação à acepção da ética em outros domínios da política e
da economia.”
E) demais (L.51) ➔ “A mais conhecida é o propósito ilícito de auferir vantagens em relação aos demais
contribuintes.”

4. Dentre as alternativas a seguir, uma não exerce papel adjetivo no texto I. Assinale-a.

A) de periferia (L.1)
B) de barro (L.1) “Pense num bairro de periferia, numa rua ainda de barro,numa pré-escola de terra batida...”
C) segunda (L.7) “...onde foi inaugurada a segunda Casa de Leitura da capital.”
D) com Internet (L.29) “Uma sala com Internet convida os jovens a outras leituras, com CDs, música e plástica.”
E) Convidados (L. 36) O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa se misturavam
para ouvir histórias, receber a bênção e acompanhar os brevíssimos discursos.

2ª → É uma classe de palavras variáveis, que exerce privativamente o núcleo das seguintes funções sintáticas:
SUJEITO, OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO, COMPLEMENTO NOMINAL, AGENTE DA PASSIVA,
APOSTO, PREDICATIVO E VOCATIVO.

Logo...
Uma palavra que exerce o núcleo de uma dessas funções sintáticas é um substantivo ou uma palavra
substantivada.

1. Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana.

A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva:

A) Vencer constitui emprego do infinitivo como substantivo, emprego também exemplificado por “Recordar é
viver”, que equivale a “A recordação é vida”.

02. A forma destacada que apresenta o processo verbal em potência, aproximando-se, assim, do substantivo, é:

A) “... que eram, à época, o núcleo do capitalismo mundial.”


B) “Definir a diferença entre partes avançadas e atrasadas...”
C) Creio ser razoável perguntar...
D) Há uma passagem...
E) “Os historiadores quebram a cabeça procurando a melhor maneira de formular...”

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ESTUDO DO ADJETIVO

Adjetivos simples e locuções adjetivas:

* água serrana ➔ água da serra


* casas urbanas ➔ casas da cidade
* homem inescrupuloso ➔ homem sem escrúpulos
* calor infernal ➔ calor dos infernos

Adjetivos oracionais (oração adjetiva):


* água da serra → água que vem da serra
* aluno estudioso → aluno que estuda
* homem traiçoeiro → homem que trai

Observação importante: O adjetivo em forma de oração (oração adjetiva desenvolvida) sempre é introduzido por
um pronome relativo.

Exemplos (pronome relativo – introdução de oração adjetiva):


* Meu pai resistiu a todas as tentações que o cargo propiciava.
* O teor dos processos que entulhavam a maleta era-me completamente alheio.
* O que impele os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel.
* Nem mesmo o despeito exagerado que há em todos eles deve estimular em nós qualquer reação negativa.
* Aos que não submete a força imperiosa das experiências passadas estende-se a possibilidade de abrir novos
tempos.

(CUIDADO!! CUIDADO!!)

Adjetivos adverbializados → há muitos adjetivos que podem ser usados como advérbios.

Regra:
Quando empregados em função adverbial, os adjetivos tornam-se invariáveis, ou seja, ficam no masculino e no
singular.

ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS

Exemplos:
* Vamos falar sério.
* A justiça rápido se corrompe.
* Ouvimos músicas puro clássicas.
* Elas torciam forte.
* As portas raro se abriam.

Flexões de grau

I – O grau comparativo

1. De inferioridade (menos... que ou do que...)


* Os argumentos orais apresentados eram menos consistentes do que a defesa escrita que fizera no início do
processo.

2. De igualdade (tão... quanto, quão ou como...)

* Todos os cavalos eram tão saudáveis quanto as éguas que tínhamos comprado no mês passado.

3. De superioridade (mais... que ou do que...)

* O castelo era mais alto que a casa daquele empresário.

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a) O grau comparativo se faz, como se percebeu, de forma analítica. Alguns adjetivos, entretanto, oriundos
do latim, apresentam forma sintética para o comparativo. São eles:

Adjetivo Forma comparativa sintética


Bom melhor
mau pior
grande maior
Pequeno menor

Observação: Quando se comparam, no entanto, características de um mesmo ser, usam-se as formas analíticas
destes mesmos adjetivos. Veja:

* A casa era mais grande do que arejada.


* Ele era mais bom do que atencioso.

11. A redação correta é:

B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que
lhe pesem os excessivos maus humores da jovem.

Observação:
Nas estruturas comparativas, é comum o verbo da oração comparativa vir oculto, elíptico pelo fato de ser o
mesmo verbo da oração anteposta.
* Ela fala como um papagaio.
* Ele age como se fosse o dono do negócio.

II – O grau superlativo
Aqui os adjetivos expressam o grau mais elevado da característica atribuída ao substantivo. Divide-se em:

1. Superlativo absoluto → aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao
máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras:

a) De forma analítica (superlativo absoluto analítico) → é obtido com o emprego de um advérbio de


intensidade anteposto ao adjetivo. Geralmente se empregam os advérbios “muito, mui, bastante, muitíssimo,
excessivamente, exageradamente”.
* A questão era demasiadamente difícil.
* Todos ficaram bastante perplexos.

b) De forma sintética (superlativo absoluto sintético) → é obtido com o emprego dos sufixos “-íssimo”, “-imo”
ou “-érrimo” ao adjetivo.
* Ele sempre demonstrou atitudes benevolentíssimas.
* Era um objeto sacratíssimo.

2. Superlativo relativo → aqui o adjetivo atribuído ao substantivo é intensificado para mais ou para menos e
posto numa relação comparativa com outro ser. Pode ser:

a) Superlativo relativo de superioridade → é obtido com o emprego dos elementos “o mais... de... (ou
dentre...)”.

Exemplos:
* “Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala.” (Chico Buarque)
* Ele sempre foi o mais inteligente dentre todos os alunos de sua escola.

b) Superlativo relativo de inferioridade → é obtido com o emprego dos elementos “o menos... de... (ou
dentre...)”.

* Os rapazes observados pelo detetive eram os menos informados de todos os que ele já investigou.
* Aquela menina deveria ser a menos sábia dentre seus coleguinhas da sala por causa do problema neurológico.

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Morfologia pronominal

CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES:

Informações essenciais:

I – Dentro dos pronomes pessoais, há pronomes átonos e pronomes tônicos.


II – O fato de o pronome ser átono ou tônico interfere no emprego deste pronome.
III – Todo pronome átono possui um correspondente tônico.

IV – Os pronomes tônicos só podem ser usados quando antecedidos por uma preposição.
* Não saia sem mim.
* Sempre houve harmonia entre mim e ti.
* Deixou todos os bens para nós dois.

V – Os pronomes átonos da 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os
pronomes “ele, ela, eles, elas” precedidos por preposição.
* Jamais lhe obedecerei.
* Jamais obedecerei a ele.

7. A afirmação correta é:

E) (linhas 53 e 54) Em “lembrá-los das palavras de Nietzche”, o pronome empregado é exigido pela regência do
verbo, não havendo possibilidade de o padrão culto aceitar outra formulação, como, por exemplo " lembrar a eles".

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Informações essenciais:

I – O pronome relativo QUE é denominado de relativo universal, pois pode ser tanto usado para pessoas quanto
para coisas, tanto para o singular quanto para o plural, tanto para o feminino quanto para o masculino.
II – O pronome relativo QUEM é denominado de relativo personativo, pois só pode ser usado em substituição a
um ser personativo.
III – O pronome relativo ONDE só pode ser usado em relação a um lugar. Equivale a “em que” e variações.

Emprego do pronome relativo ONDE

1. Até agora não sei ___________ vou passar as minhas férias.


2. Até agora não sei ___________ devo ir em minhas férias.
3. Chegamos a uma região ___________ havia muitos imigrantes italianos.
4. No capítulo dois, __________ há uma descrição mais detalhada sobre o assunto, o autor...
5. “_________ você mora? _________ você foi morar?”
6. “E por falar em saudade, ________ anda você? ________ andam esses olhos...?
7. “________ você estiver, não se esqueça de mim?”
9. São ideias de uma época, ________ os valores tendiam ao absoluto, ao contrário da nossa, ________ tudo é
relativo.
10. O Clube dos Oficiais, _________ o presidente é João da Silva, passará por uma reforma.

Informações essenciais:

IV – Os pronomes relativos CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS são denominados de relativos possessivos, pois são
usados para substituir termos que transmitem a noção de posse.

Equivalem a “do qual, da qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas”. O CUJO e
flexões rejeitam a posposição de artigos.

“...; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na
medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné.”

3. (FCC – Fiscal de Rendas/SP) A expressão “a cujo conjunto os gregos deram o nome de techné” está
corretamente reformulada, mantendo o sentido original, em:

A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de “techné”.


B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como “techné”.
C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “techné”.
D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”.
E) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”.

VERBO: EMPREGO E FLEXÕES

Verbo (definição): Palavra que apresenta o maior número de flexões:

FLEXÕES:

1. Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo)


2. Tempo (presente, pretérito e futuro)
3. Pessoa (1ª, 2ª e 3ª)
4. Número (singular e plural)
5. Voz (ativa, passiva e reflexiva)

Flexões de modo:

I – INDICATIVO
O modo indicativo é o modo da realidade: serve para enunciar um fato ou um estado verdadeiros ou
supostos verdadeiros, em orações independentes ou dependentes,

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declarativas, interrogativas ou exclamativas, quer afirmando, quer negando.

II – SUBJUNTIVO
O modo subjuntivo (antigo "modo conjuntivo") é o modo próprio da incerteza, da possibilidade, da
dúvida, da futuridade, da vontade, do desejo, da esperança, da suposição, da concessão.

III – IMPERATIVO
O modo imperativo serve para expressar uma ordem, um preceito, um conselho, uma exortação, um
pedido, um convite.

Flexões de tempo:
* Presente do indicativo → falo, bebo, parto.
* Pretérito perfeito do indicativo → falei, bebi, parti.
* Pretérito imperfeito do indicativo →falava, bebia, partia.
* Pretérito mais-que-perfeito do indicativo → falara, bebera, partira.
* Futuro do presente do indicativo → falarei, beberei, partirei.
* Futuro do pretérito do indicativo → falaria, beberia, partiria.
* Presente do subjuntivo → fale, beba, parta.
* Pretérito imperfeito do subjuntivo → falasse, bebesse, partisse.
* Futuro do subjuntivo → partir, beber, partir.
* Infinitivo pessoal → falarem, beberem, partirem
* Gerúndio → falando, bebendo, partindo.
* Particípio → falado, bebido, partido.

19. (Fiscal de Rendas/SP) A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:

A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professor visitante diz que medeia as
sessões.

Emprego dos tempos e modos verbais:

1. Presente

Emprega-se o presente do indicativo para indicar um fato que se realiza no momento em que se fala:
* Ele estuda Português. A lição não é fácil.

Nem sempre, porém, indica fato ou ação contemporânea ao momento em que se fala. Pode-se ainda empregá-
lo para:

1. Presente

a) descrever um fato ou estado permanente: O Sol aquece a Terra. Maria é mãe de Jesus. As leis do Universo
são imutáveis.
b) indicar ação habitual ou que se pratica constantemente: Maria fuma demais. Vou ao cinema todos os
domingos.
c) dar realismo a fatos passados: Cabral descobre o Brasil em 1500. Os bandeirantes abrem o sertão brasileiro e
conquistam a terra.
d) indicar futuro próximo (nesse caso, é geralmente acompanhado de um adjunto adverbial): Terminei meus
negócios e sigo amanhã para Nova Iorque.
e) substituir o imperativo, quando se deseja denotar mais um pedido do que uma ordem: Você me faz isso
amanhã (= faça-me isso amanhã) .

2. Pretérito imperfeito

O pretérito imperfeito indica uma ação que se iniciou no passado e se prolongou (continuidade) dentro do
passado.

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Emprega-se também o pretérito imperfeito para:

a) descrever fatos frequentes ou repetidos no passado: Quando era criança, ia sempre à casa de vovó, onde
brincava com Maria.
b) designar fatos indicando continuidade no passado: As diversas tribos que habitavam o continente americano
eram de cultura diferente; algumas caçavam e pescavam, ao passo que outras já tinham conhecimento de
agricultura.
c) descrever pessoas, fatos ou coisas no passado: Ela parecia inteligente. O rio fazia uma pequena curva antes de
cair em catarata.
d) indicar época ou tempo no passado: Era época da seca quando José deixou o Nordeste. Eram seis horas da
tarde quando Ana telefonou.
e) indicar, entre duas ou mais ações simultâneas, qual estava ocorrendo quando sobreveio a outra (nesse caso, o
segundo verbo é geralmente usado no pretérito perfeito simples): Pedro entrava quando eu saí. Conversávamos
quando a criança caiu.
f) expressar frequência, repetição, causa e consequência (nesse caso, os verbos vêm ambos no pretérito
imperfeito): Eu saía quando ele entrava.
g) descrever ação planejada e não realizada: Eu ia passear, mas começou a chover e desisti. Pretendíamos falar
com ele, mas não tivemos tempo.
h) narrar fábulas, lendas ou contos, situando-os no passado (nesse caso, usa-se o pretérito imperfeito do verbo
ser): Era uma vez um príncipe.
i) indicar um só fato preciso no passado, quando a época ou a data em que ocorreu a ação vem claramente
mencionada: Duas horas depois de receber o telegrama, Geraldo partia do aeroporto de Congonhas. Passado o
tempo exigido por lei, João se naturalizava.

3. Pretérito perfeito simples

O pretérito perfeito simples indica uma ação, geralmente não habitual, concluída antes do ato de falar; o fato
começou e terminou no passado, seja passado remoto ou próximo: Fui ao mercado hoje de manhã. Estive com
ele em 1980.

6. (FCC) Há 40 anos, a mais célebre crítica de cinema dos Estados Unidos, Pauline Kael (1919-2001), publicava
seu artigo mais famoso.

Considerado o acima transcrito, é correto afirmar:

E) A forma verbal publicava foi empregada para denotar uma ação passada habitual ou repetida.

4. Pretérito perfeito composto

O pretérito perfeito composto indica a repetição ou a continuidade de um fato iniciado no passado e que ainda se
realiza no presente, vindo acompanhado de adjuntos adverbiais como desde, ultimamente, esses dias etc.:
* Tenho feito tudo por ele desde que quebrou o braço. Não temos tido sorte ultimamente.

5. Pretérito mais-que-perfeito simples

O pretérito mais-que-perfeito simples expressa um fato já concluído antes de outro também no passado.
a) em situações formais na língua escrita: Viera especialmente para o concerto.
b) para substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo: Comportou-se como se fora (= fosse) senhora das terras.
c) em certas frases exclamativas: Quem me dera ser rico!
O pretérito mais-que-perfeito composto é empregado, como o simples, para expressar um fato já concluído antes
de outro também no passado. É usado na língua falada e, em geral, também na escrita:
* Tinha vindo especialmente para o concerto.

6. Futuro do presente simples

O futuro do presente simples é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala: Irei à
praia neste fim de semana. Emprega-se também para:

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a) indicar fatos de realização provável, pois estão mediante certa condição: Se ele vier, falarei com ele.
b) indicar incerteza, dúvida, suposição: Será possível uma coisa dessas? Estarei eu aqui pela providência divina?

Observação
O futuro do presente simples é comumente substituído, na língua falada, por locuções verbais (conjunto
inseparável formado de um verbo auxiliar e de um principal usado no infinitivo, no particípio ou no gerúndio),
como, por exemplo:

→ O presente do indicativo do verbo haver, mais preposição de, mais infinitivo impessoal do verbo principal para
exprimir intenção:
* Hei de falar com ele antes do fim do mês.

8. Futuro do presente composto

O futuro do presente composto indica:

a) ação futura consumada antes de outra também futura:


* Já teremos terminado o trabalho quando eles chegarem.

b) possibilidade de uma ação já ter se consumado:


* Já terão saído?

9. Futuro do pretérito simples

Usa-se o futuro do pretérito simples:


a) para indicar um fato futuro em relação a um fato passado: Ele prometeu a Maria que chegaria antes das seis.
b) quando a oração subordinada revela um fato não realizado ou que talvez não se realize: Iríamos se ele
permitisse.
c) para exprimir incerteza ou dúvida sobre fatos passados: Quem estaria lá? Ele teria uns vinte anos quando se
casou.
d) em certas orações exclamativas ou interrogativas que denotam surpresa ou indignação: Nunca agiríamos
dessa maneira! Seria possível uma calúnia dessas?
e) em tom polido, denotando desejo presente: Gostariam de ir conosco? Poderia emprestar-me esse livro?

10. Futuro do pretérito composto

Emprega-se o futuro do pretérito composto para:


a) indicar que um fato teria acontecido no passado mediante certa condição: Se Roberto estudasse teria tido boa
nota.
b) exprimir incerteza sobre fatos passados em orações interrogativas: Quando teriam visto o fugitivo?

II – MODO SUBJUNTIVO

1. Presente

O presente do subjuntivo indica presente ou futuro, dependendo do conteúdo semântico do verbo:


* É pena que elas estejam doentes (presente).
* Espero que eles venham (futuro).

2. Pretérito imperfeito do subjuntivo

O pretérito imperfeito do subjuntivo indica uma ação simultânea ou futura em relação ao tempo do verbo da
oração principal (que pode ser o pretérito perfeito simples, o pretérito imperfeito ou o futuro do pretérito do
indicativo):
* Duvidei que ele terminasse o trabalho.
* Eu queria que ela fosse logo.

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3. Futuro do subjuntivo

O futuro simples do subjuntivo indica eventualidade no futuro, sendo que o verbo da oração principal pode estar
no presente ou no futuro do presente do indicativo:
* Posso levar o que quiser.
* Poderei levar o que quiser.

Principais correlações entre tempos e modos verbais

Correlações/articulações entre tempos e modos verbais (exemplos):

1. Sempre haverá quem preferirá omitir-se diante da violência de que venha a ser vítima.
2. Houve sempre quem preferiu omitir-se diante da violência de que foi vítima.
3. Há sempre quem prefere se omitir diante da violência de que foi vítima.

Alguns exemplos:

1. Caso fiquemos muito tempo no zapping, estaríamos demonstrando certa agitação íntima que caracterizasse
nosso estado de insatisfação.
Alguns exemplos:
2. Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos aprisionarmos em nossa sala de TV fosse o responsável pela
nossa predisposição a que cometêramos atos violentos.
3. Enquanto os animais continuam regulando-se pela “lei da selva”, os homens estariam sempre se esforçando
para tê-la superado
4. É muito difícil que viesse a ocorrer uma reversão no sistema nacional de transportes, pela qual se possa
reabilitar o prestígio que os trens já teriam alcançado.

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Verbo: paradigmas de conjugação

Conjugação de verbos derivados

Regra:

A conjugação do verbo derivado segue a conjugação do seu verbo primitivo.


Conjugação dos verbos terminados nos hiatos -air → sair, cair, abstrair
-oer → roer, moer, doer
-uir → possuir, constituir, restituir

A 3ª pessoa do singular do presente do indicativo apresenta a desinência “i” e jamais “e”.


Conjugação dos verbos terminados no hiato
“-ear” → frear, pentear, veranear, passear, homenagear, arrear, saborear

Intercalam, por motivos fonéticos, um “i” intervocálico em sua desinência nas formas rizotônicas.
Conjugação dos verbos terminados no hiato
“-iar” → variar, estagiar, abreviar, adiar, conciliar, copiar, desviar, guiar

Seguem o paradigma de conjugação dos verbos da 1ª conjugação, isto é, conjugam-se normalmente à exceção
de M-A-R-I-O.

Verbo ANSIAR (presente do indicativo)


EU ANSEIO
TU ANSEIAS
ELE ANSEIA
NÓS ANSIAMOS
VÓS ANSIAIS
ELES ANSEIAM

Verbo MEDIAR (presente do subjuntivo)


Que...
EU MEDEIE
TU MEDEIES
ELE MEDEIE
NÓS MEDIEMOS
VÓS MEDIEIS
ELES MEDEIEM

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Conjugação de verbos terminados nos hiatos “-oar” e “-uar” → abençoar, voar, leiloar, continuar, suar,
atenuar

Regra:

Apresentam a letra “E” em todas as formas do presente do subjuntivo

Verbo ABENÇOAR (presente do subjuntivo)


Que...
EU ABENÇOE
TU ABENÇOES
ELE ABENÇOE
NÓS ABENÇOEMOS
VÓS ABENÇOEIS
ELES ABENÇOEM

Conjugação dos verbos “ver” e “vir” no futuro do subjuntivo

VIR ≠ VER
EU VIER EU VIR
TU VIERES TU VIRES
ELE VIER ELE VIR
NÓS VIERMOS NÓS VIRMOS
VÓS VIERDES VÓS VIRDES
ELES VIEREM ELES VIREM

Conjugação de verbos defectivos:

1º GRUPO → Verbos que não possuem a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.


abolir, colorir, delinquir, demolir, exaurir (esgotar, acabar), extorquir, soer (costumar, acontecer com frequência),
urgir (ser urgente), tinir (soar)”.

2º GRUPO → Verbos que, no presente do indicativo, só possuem as pessoas “nós” e “vós”.


reaver, precaver, aguerrir, adequar, empedernir (petrificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), falir, embair
(iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicionar), renhir (disputar, pleitear)

INTRODUÇÃO À SINTAXE

Estudo do período simples – sintaxe da oração


Hierarquia dos termos

I - Termos essenciais da oração:


▪ SUJEITO
▪ PREDICADO

II – Termos integrantes da oração:


▪ OBJETO DIRETO
▪ OBJETO INDIRETO
▪ COMPLEMENTO NOMINAL
▪ AGENTE DA PASSIVA

III – Termos acessórios da oração:


▪ ADJUNTO ADNOMINAL
▪ ADJUNTO ADVERBIAL
▪ APOSTO

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SUJEITO

Classificação (clássica):
a) Simples → um só núcleo
b) Composto → mais de um núcleo
c) Oculto, elíptico ou desinencial → presente da desinência verbal
d) Indeterminado
e) Oração sem sujeito

Identificação do sujeito

Características do sujeito:

a) Por ser um termo regente, não se deixa reger por preposição.


Logo...
Um termo regido por preposição não exercerá a função de núcleo de um sujeito.

1. Sobraram na fala goiana algumas expressões africanas, como Inhô, Inhá, Inhora, Sus Cristo.
2. Cabem a cada um dos usuários de uma língua as escolhas vocabulares que mais lhes parecem convenientes.
3. Para as pessoas mais sensatas, .............................. (implicar) sérios riscos a drástica divisão entre pessimistas
e otimistas.
4. A qualquer pessoa .................................. (poder) ocorrer, neste tempo de radicalismos, argumentos em favor da
mais pessimista expectativa histórica.
5. Se a cada um de nós efetivamente ............................... (afetar) os que agem mal, a violência seria insuportável.

Cuidado!!
O sujeito não se deixa reger por preposição, pois é o termo regente da estrutura.

6. (TCE/SP) “Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democracia ocidental com
seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um valor fundamental: a suspeita de si.”

Considerada a frase acima, em seu contexto, o ÚNICO comentário que o texto NÃO legitima é o seguinte:

E) Está em conformidade com o padrão culto escrito esta redação alternativa à do segmento destacado: "o motivo
dos gregos legarem-nos apenas um valor fundamental".

Cuidado!!
Em muitas situações, a banca do concurso faz uso do pronome relativo na função de sujeito. Nesse caso,
é preciso ficar muito atento ao termo que o pronome relativo está retomando.

Exemplos:

1. “De acordo com o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Galeno Amorim, “o Prêmio Camões é
uma possibilidade para que se mostre ao mundo a literatura de grande qualidade que se .............................. em
nossos países”. (PRODUZIR)

2. Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o oponente, numa polêmica, que demandem
uma consulta ao dicionário.

PREDICAÇÃO (TRANSITIVIDADE) VERBAL

Transitar significa literalmente passar adiante, ir e vir, deslocar-se. Para a Gramática Normativa, o “passar adiante”
significa a necessidade de um verbo ou de um nome exigir um complemento, uma complementação. Se o verbo
não necessita de complemento, diz-se que ele é de predicação completa, caso contrário será classificado como
de predicação incompleta. Quanto à predicação, os verbos classificam-se em: intransitivos, transitivos e de
ligação. Os verbos transitivos se dividem em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.

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1.2.2.1 Predicação (transitividade) verbal

CUIDADO!! ALERTA!!
Antes de fazer a classificação da predicação de um verbo, procure saber qual é o termo que exerce a função de
sujeito.

Portanto, para que fique bem claro, só classifique a predicação do verbo depois que encontrar e classificar o
sujeito.

1.2.2.1 Predicação (transitividade) verbal

I – INTRANSITIVOS

II – TRANSITIVOS:
A) DIRETOS
B) INDIRETOS
C) DIRETOS E INDIRETOS (BITRANSITIVOS)
D) RELATIVOS
E) CIRCUNSTÂNCIAIS/ADVERBIALIZADOS
F) TRANSOBJETIVOS

III – DE LIGAÇÃO/COPULATIVOS/RELACIONAIS

I – Verbos intransitivos

São todos os verbos que, sozinhos, são capazes de transmitir a noção predicativa. Em outras palavras, são
verbos que dispensam uma complementação.

Exemplos:
1) No último encontro, ocorreram fatos dignos de notícia.
2) A chuva estiou na região sul.
3) Quando nervoso, ele cospe compulsivamente.
4) Cessaram de uma vez por todas as dores que ele sentia.
5) João dorme na rede.

II – Verbos transitivos

São aqueles que precisam de um termo que os complemente para que


o sentido se perfaça, para que a compreensão da estrutura seja possível. Dividem-se em:

a) Transitivos diretos: são os verbos que exigem termo complementar sem a obrigatoriedade de uma preposição
necessária, ou seja, pedem um complemento desprovido de preposição. O complemento desses verbos
denomina-se “objeto direto”.

Exemplos:
1) Nunca mais ele angariou fundos para aquela ONG.
2) Muitas lojas do centro da cidade vão baratear os preços neste final de semana.
3) Ela gostou das frutas que eu comprei.
4) Ele não disse o que ela esperava que ele dissesse.

b) Transitivos indiretos: são os verbos que exigem termo complementar regido (introduzido) por uma preposição
necessária, obrigatória. O complemento desses verbos é denominado de “objeto indireto”.

Exemplos:
1) Eles dependem agora da sorte para que o produto de que precisam chegue a tempo.
2) Durante muito tempo aquele povo guerreou contra os costumes do Ocidente.
3) Não convém aos iniciantes na carreira diplomática portar-se de maneira inadequada.

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c) Transitivos diretos e indiretos: são verbos que exigem dois tipos de complemento: um sem a preposição e
outro com o auxílio de uma preposição. São denominados também de “biobjetivos” ou “bitransitivos”.

Exemplos:
1) Ensinaram-lhe todos os preceitos de nossos antepassados?
2) O diretor atribuiu o insucesso do grupo à inércia de alguns integrantes.
3) O Oficial de Justiça certamente notificará amanhã o comerciante sobre a ação interposta contra ele.

III – Verbos de ligação

Denominados também de “verbos copulativos” ou “verbos de relação”,


são aqueles que, desprovidos de significação, servem como “ponte” entre o sujeito e uma determinada qualidade,
denominada de “predicativo”. Geralmente funcionam como “de ligação” os verbos “ser, estar, ficar, parecer,
continuar e permanecer.”

Exemplos:
1) Eles estavam extremamente atrasados para a festa.
2) O Governo Federal deve estar atento às necessidades da população.
3) Pareciam todos preocupados com o problema da menina.
4) Muitos andam tristes pela ausência de perspectivas na vida.
5) Durante a reunião, nossa proposta saiu vitoriosa.
6) Maria anda preocupada com a situação financeira da família.

Cuidado!! Cuidado!! Cuidado!! Cuidado!!

a) Aconteceram vários imprevistos na festa.


b) Se ocorrerem problemas, chamaremos a polícia,
c) Ainda existem pessoas honestas no Brasil.
d) Explodiu nova crise no Oriente Médio.
e) Surgiram, ontem à noite, novos problemas no sistema.
f) Caíam, de cima da casa, gotas frescas da fina chuva.

Estudo do sujeito passivo

As vozes verbais

Estudo do sujeito passivo

Observações fundamentais:

1. Só se convertem para a voz passiva os verbos transitivos diretos e os verbos transitivos diretos e indiretos.
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2. Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e os verbos de ligação são insusceptíveis de conversão para a
voz passiva.

1. NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção:

A) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada.


B) Uma revolução na orientação do ensino brasileiro depende de uma combinação de múltiplas iniciativas.
C) A leitura responsável de um texto sempre considerará a possibilidade de seus múltiplos sentidos.
D) A maioria dos professores considera tão somente uma solução única para cada problema.
E) O método dialético estimula, acima de qualquer certeza dogmática, a valorização das contradições.

02. (ISS/SP) É correta a seguinte afirmação:

B) A sintaxe da frase “quando um pássaro pousou sobre ela (linha 20)” propicia que seja transposta para a voz
passiva.

Exemplos:

1. Soldados, vossos chefes vos elogiaram hoje?


Conversão para a voz passiva...
Soldados, vós fostes elogiados por vossos chefes hoje?

2. Ao analisar o balanço, o auditor pôde constatar várias irregularidades.


Conversão para a voz passiva...
Ao ser analisado o balanço, o várias irregularidades puderam ser constatadas pelo auditor.

3. Todos deveriam te louvar por causa das teses que tu vens defendendo na Universidade.
Conversão para a voz passiva...
Tu deverias ser louvado por todos por causa das teses que vêm sendo defendidas por ti na Universidade.

4. Eu queria comprar um carro


Conversão para a voz passiva...
Eu queria que um carro fosse comprado por mim.

5. Um livro foi comprado por João.


Conversão para a voz ativa...
João comprou um livro.

6. Um livro foi comprado pela internet.


Conversão para a voz ativa...
Compraram um livro pela internet.

Distinção importante:

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Exemplos:

1. Já quase não se .................. (ver), numa viagem de ônibus, passageiros ensimesmados, olhando vagamente
pela janela.
2. Já não se oferece ao nosso paladar, com a facilidade de antigamente, os prazeres das frutas frescas,
apanhadas no pé.
3. Apresentaram-se ao autor, na coleção de jornais velhos, para muito além de uma vaga lembrança, as cenas
vivas de sua infância.
4. Não se impute aos homens que desobedecem as leis impostas o qualificativo de rebeldes, ou o de
irresponsáveis.
5. ........................... (tratar) – se de pessoas que não possuem compromisso com a área social do governo.
6. Já não mais se ..................... (RECORRER) a confiscos de bens no Brasil.
7. Todos os recursos dos quais se ........................ (NECESSITAR) até agora, foram insuficientes para a contenção
da doença.

Estruturas com verbos impessoais

Orações sem sujeito

Exemplos iniciais:

1. Aconteceram problemas na festa.


Mas...
Houve problemas na festa.

2. Ainda que ocorram imprevistos, nós iremos ao baile.


Mas...
Ainda que haja imprevistos, nós iremos ao baile.

3. Realizar-se-ão eventos para se debater o crescimento do Brasil no mundo.


Mas...
Haverá eventos para se debater o crescimento do Brasil no mundo.

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4. Se existissem menos atos de violência, a vida seria mais agradável.
Mas...
Se houvesse menos atos de violência, a vida seria mais agradável.

Cuidado!! Cuidado!!

Em muitas situações, o verbo HAVER é empregado em locuções verbais. Nesse caso, teremos duas
situações possíveis:

Emprego do verbo HAVER em locuções verbais (situações possíveis):

1ª situação:

2ª situação:

Exemplos iniciais:

1. Devem existir ratos no porão.


Mas...
Deve haver ratos no porão.

2. Costumam ocorrer manifestações a favor da legalização da maconha.


Mas...
Costuma haver manifestações a favor da legalização da maconha.

3. Seria fundamental que pudessem acontecer mais aulas sobre direção defensiva.
Mas...
Seria fundamental que pudesse haver mais aulas sobre direção defensiva.

Cuidado!! Não erre mais!!


* Ainda hão de existir pessoas dispostas a dar a vida pelo social.
* Aqueles pesquisadores haviam de descobrir novas formas de cura para aquela doença.
* Chegamos à região onde haveriam de acontecer as oblações e os louvores.

18. (FCC – MRE) A frase estruturada de maneira clara e em total conformidade com o padrão culto escrito é:

Não tinham sequer levantado hipótese de que fosse feito, e pelo coordenador, reparos ao texto definitivo, e ainda
mais extemporaneamente, inclusive porque tinham havido já muitos comentários positivos para o grupo, vindos de
renomado especialista.

Em qualquer notícia que provenha do nosso íntimo não mais ................... (haver) de se ocultar as verdades que
fingimos desconhecer.

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Outros exemplos:

* Quando se pensam nas linguagens e nos ofícios, é comum considerar que devam haver entre eles marcas
estilísticas de alta especialização.
* Ainda que houvessem variações genéticas, elas seriam mínimas para almejarem a configuração de efetivas
diferenças raciais entre os homens.
* Por mais que queiramos negar envolvimento dos menores no distúrbio, podem haver fatos que desconhecemos,
por isso acataremos as orientações que advierem do episódio.

Estruturas oracionais “sem sujeito”

Outros casos

➔ Com verbos que exprimem fenômenos da natureza como “chover, ventar, nevar, coriscar, trovejar,
relampejar, chuviscar etc”:
* Ventou muito ontem naquela pequena cidade do interior.
* Neva nas Serras Gaúchas durante os meses de inverno.

➔ Com os verbos “ser, estar, fazer, haver” usados com referência a tempo:
* Já faz três anos que do Norte saímos.
* Havia dez anos que o Governo Federal prometera a construção de uma nova ponte.
*Vai para uns dois meses que ele iniciou o tratamento e, até agora, nenhum resultado adveio.

Sintaxe de Concordância Verbal

Tipos de concordância

1. Gramatical ou nuclear → feita com o núcleo do termo.


2. Atrativa ou semântica → feita com o termo semântico mais próximo.
3. Ideológica ou siléptica → feita com a ideia transmitida pelo termo.

Regra geral

O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito.


* As mulheres subnutridas geram crianças com problemas.
* Participarão do evento muitos professores.

Quando o sujeito é formado por expressões partitivas ( uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande
número de, uma porção de, a maioria de etc) o verbo deverá concordar, no singular, com o núcleo dessas
expressões ou com o termo da expressão explicativa ou especificativa que as acompanha.
* Boa parte dos inscritos no último concurso irá / irão realizar a prova no centro da cidade.
* Grande número de automóveis circula / circulam nas principais capitais brasileiras.

Quando o sujeito é formado por um substantivo coletivo seguido de uma especificação, o verbo poderá concordar
tanto o coletivo quanto com a especificação.
* Um bando de aves selvagens SOBREVOAVA/SOBREVOAVAM a cidade naquele instante.
* Um grupo de arruaceiros INVADIU/INVADIRAM o clube durante a apresentação da banda.

Quando o sujeito é formado por numerais percentuais ou fracionários seguidos de uma especificação, o verbo
poderá concordar tanto com o numeral quanto com a expressão especificativa.
* 32% de todo o dinheiro arrecadado será doado / serão doados para instituições de caridade.

Quando o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de,
menos de, coisa de, obra de, passante de etc) seguidas de um numeral, o verbo concordará com este numeral
que acompanha as expressões.
* Perto de quinze manifestantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto.

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Quando o sujeito é o pronome relativo “QUE”, o verbo concordará com o termo antecedente.
* De repente, apareceram muitos companheiros que apoiaram de imediato o protesto.

Quando o sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido no plural (Quais, Quantos, Alguns,
Poucos, Muitos, Quaisquer etc), seguido de uma das expressões “de nós” ou “de vós”, o verbo poderá
concordar tanto com o pronome interrogativo, indefinido ou demonstrativo quanto com os pronomes “nós” ou
“vós”.
* Certamente muitos de vós PROPORÃO / PROPOREIS mudanças para a nossa administração.
* Eles perceberam que quaisquer de nós PODERIAM / PODERÍAMOS resolver aquela situação.

Observação importante:

a) Se o pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido estiver no singular (Qual, Algum, Qualquer etc), o
verbo obrigatoriamente ficará no singular.

* Quem de nós, na mesma situação, não agiria daquele jeito?

O pronome apassivador “SE” exige que o verbo (transitivo direto ou transitivo direto e indireto) concorde
com o seu sujeito passivo.
* Transmitiram-se-lhe novas informações sobre o caso investigado pela Polícia Federal.

Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e os de ligação associados a um pronome “SE” ficam na


terceira pessoa do singular. O “SE” funcionará como “índice de indeterminação do sujeito”.
* Nunca mais se falou do esfacelamento do império russo.

Quando o sujeito é formado por nomes próprios que só existem no plural (Estados Unidos, Andes, Patos,
Minas Gerais, Alagoas, por exemplo), o verbo ficará no singular se estes nomes não vierem precedidos de
artigo ou se o artigo estiver no singular. Caso apareça um artigo no plural, a concordância será feita no
plural.
* Estados Unidos ainda não encontrou uma saída para o Iraque.

Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, é lícito que se concorde com o núcleo mais próximo
desse sujeito ou, como nos orienta a regra geral, com ambos os núcleos.
* Das indagações do novo funcionário adveio / advieram uma nova ideia para a equipe e uma nova forma de
pensar a empresa
* Não convém / convêm aos iniciantes na carreira advocatícia nem a liberalidade dos anarquistas nem a
seriedade dos monges.
* Saí eu e o síndico para resolver o problema.

6. As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase:

C) Incluem-se entre as tantas vantagens que proporciona o trabalho assalariado a pensão para os que se
acidentam e o seguro para os que perdem o emprego.

Quando o sujeito é formado por pessoas gramaticais diferentes, obedece-se à seguinte lei de prevalência:

* 1ª pessoa + 2ª pessoa = 1ª pessoa do plural (a primeira prevalece sobre a segunda) → NÓS


* 1ª pessoa + 3ª pessoa = 1ª pessoa do plural (a primeira prevalece sobre a terceira) → NÓS
* 2ª pessoa + 3ª pessoa = 2ª pessoa do plural (a segunda prevalece sobre a terceira) → VÓS

Exemplos:

* O Ministro dos Esportes e eu, na próxima semana, inauguraremos um novo estádio de futebol.
* Vossa tia e tu, quando toda a comitiva chegar, devíeis providenciar imediatamente um local para descanso.

Quando os núcleos do sujeito são infinitivos não precedidos de determinante, o verbo concordará na
terceira pessoa do singular.
* Fazer exercícios regulares e dormir oito horas diárias faz bem à saúde.

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* Fumar e beber em ambiente de trabalho é terminantemente proibido.

(FCC - TRE/MT – Analista) A concordância verbal está plenamente respeitada na frase:

D) Construir prédios escolares não implicam mais do que acréscimos de espaço material para as atividades de
ensino.
E) Admitir as imprecisões e as ambiguidades de forma alguma constituem, para o autor, qualquer entrave para os
caminhos de raciocínio.

Quando o sujeito é formado pelas expressões “Um e outro” ou “Nem um nem outro”, embora haja uma
preferência para o plural, a concordância poderá ser feita tanto no singular quanto no plural.
* Não adianta correr, pois nem um nem outro escapará / escaparão.
* Um e outro participante da maratona alegou / alegaram que houve fraude na competição.

Quando os núcleos do sujeito são unidos por “Nem... nem...”, o verbo da concordância poderá ficar tanto no
singular quanto no plural.
* Nem o Sport nem o Náutico ganhará / ganharão o torneio este ano.

Quando os núcleos do sujeito são unidos pela preposição “COM”, o verbo da concordância poderá ficar no
singular ou no plural.
* O amigo com os seus melhores colegas foi / foram tomar satisfações com o outro grupo em virtude do ocorrido.

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regra geral

Exemplos:

a) Ele é um menino alto, que fala muito alto.


b) A biblioteca continha livros raros, por isso raro se abriam as suas portas.
c) Ele analisou o bairro próximo e percebeu que mora próximo da namorada.
d) Ela se agarrou forte ao cavalo porque era um animal forte.

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e) Por favor, fale baixo porque o teto da sala é baixo e sua voz está alta.

1. Com os adjetivos compostos, somente o último elemento varia para concordar com o substantivo a que
se refere.

* Ele fez duas intervenções médico-cirúrgicas.


* Firmaram dois grandes acordos sino-franco-lusitanos.

2. O adjetivo, na função de adjunto adnominal, refere-se a mais de um substantivo:

a) Se o adjetivo vier anteposto, concordará obrigatoriamente com o substantivo mais próximo:

* Ele possuía monstruosas mãos e braços.


* O bufê servia maravilhosas tortas e salgados.

b) Se o adjetivo vier posposto, poderá concordar tanto com o substantivo mais próximo quanto com os dois
substantivos no plural:

* Após o tsunami, caminhou pelos becos e pelas ruas DESTRUÍDAS / DESTRUÍDOS pela força das águas.
* Em um canto da sala, deixaram um sapato e uma sandália VELHA / VELHOS.

3. Quando, por outro lado, dois ou mais adjetivos estiverem se referindo a um único substantivo, admitem-
se três possibilidades de concordância:

* Sempre estudou profundamente


- as línguas inglesa, francesa e italiana.
- a língua inglesa, a francesa e a italiana.
- a língua inglesa, francesa e italiana.

4. Quando o adjetivo estiver na função de predicativo de um sujeito composto, há duas possibilidades de


concordância:

a) Se vier posposto, o adjetivo concordará obrigatoriamente no plural, prevalecendo o masculino se os gêneros


dos substantivos forem diferentes:

* A ideia e o pensamento tornaram-se obsoletos em virtude dos novos paradigmas.

b) Se vier anteposto, o predicativo do sujeito poderá concordar com ambos os núcleos ou com o mais próximo.

* Jogadas ao vento estavam as cartas e todos os documentos do escritório.


OU
* Jogados ao vento estavam as cartas e todos os documentos do escritório.

(FCC) Julgue os itens abaixo de acordo com a correção gramatical.

C) No campo dos benefícios dos transgênicos está a maior produtividade e o menor uso de defensivos agrícolas.
Por outro lado, passível de discussão e pendente de provas científicas estão os malefícios ao meio ambiente e à
saúde do homem.

5. Quando o sujeito estiver na função de predicativo do objeto, devem-se observar as seguintes


orientações:

a) O adjetivo predicativo concordará normalmente em gênero e número com o objeto quando este for simples:
* Encontraram todos os documentos do escritório revirados pelos bandidos.

b) Quando posposto, o adjetivo predicativo concordará no plural e no gênero prevalente com o objeto formado por
mais de um núcleo.
* Achou o monarca e a sua esposa simpáticos.

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c) Quando anteposto, o adjetivo predicativo do objeto poderá concordar tanto com o núcleo mais próximo
quanto com todos os núcleos do objeto direto.
* Ao sair, deixe bem FECHADOS / FECHADA a porta do quarto e os postigos da sala.

1. As palavras “MESMO, PRÓPRIO, LESO, QUITE, OBRIGADO, INCLUSO, ANEXO, QUALQUER”


concordam com a palavra a que se referem.

* Elas próprias irão resolver o conflito.


* As flores, elas mesmas desabrocham para si próprias.

2. As palavras “MEIO, BASTANTE, CARO, BARATO, MUITO, POUCO, LONGE” ora funcionam como advérbios
– invariáveis, portanto -, ora funcionam como adjetivos, numeral – no caso da palavra ‘meio’ – ou pronomes
adjetivos, concordando com o termo a que se referem.

* Paris é uma cidade muito cara para quem dispõe de poucos recursos.
* Havia bastantes questões bastante difíceis na prova de Português.

3. A palavra “SÓ” ora funciona como advérbio – invariável – na acepção de “somente, apenas”, ora funciona como
adjetivo, significando “sozinho”. Como adjetivo, concorda com o termo a que se refere.

* Todos permaneceram sós na sala iluminada.


* Pelo que nós sabemos, ela só vai se for de carro.

4. EXPRESSÕES FORMADAS DE VERBO “SER” + ADJETIVO:

a) Quando o substantivo está empregado em sentido geral, abstrato, não-específico – sempre aparece sem artigo,
sem determinante – a expressão formada pelo verbo “ser” seguido de um adjetivo permanecerá invariável.
• Para quem gosta de cinema, é necessário presença de filmes nacionais.
* Salsa, segundo os cozinheiros, é bom pra tempero.

b) Quando o substantivo vem acompanhado por artigo ou por qualquer outro determinante, empregado em sentido
específico, não-geral, o adjetivo predicativo concordará com o seu sujeito.
* São necessárias as novas alterações no contrato.
* É proibida a permanência de pessoas neste local.

Sintaxe de Regência

Predicação Verbal (transitividade)

Classificação dos verbos:

I – Intransitivos

II – Transitivos:
a) diretos
b) indiretos
c) diretos e indiretos (britransitivos)

III – De ligação (relacionais ou copulativos)

I – Intransitivos
São todos os verbos que, sozinhos, são capazes de transmitir a noção predicativa. Em outras palavras, são
verbos que dispensam uma complementação.

* No último encontro, ocorreram fatos dignos de notícia.


* A chuva estiou na região sul.
* O imigrante se dirigiu à embaixada dos Estados Unidos.

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I – Intransitivos (CUIDADO!! CUIDADO!! CUIDADO!!)
* Ocorreram problemas na empresa.
* Jamais aconteceriam aqueles contratempos se ela estivesse aqui.
* Surgiu uma nova ideia na reunião.
* Ainda existem pessoas honestas no Brasil.

II – Transitivos Diretos
São aqueles que precisam de um termo que os complemente para que o sentido se perfaça, para que a
compreensão da estrutura seja possível. Dividem-se em:

São os verbos que exigem termo complementar sem a obrigatoriedade de uma preposição necessária, ou seja,
pedem um complemento desprovido de preposição. O complemento desses verbos denomina-se “objeto direto”.

* Nunca mais ele angariou fundos para aquela ONG.


* Muitas lojas do centro da cidade vão baratear os preços neste final de semana.
*Nunca mais eles viram os quadros a óleo que compraram na Europa.

II – Transitivos Indiretos
São os verbos que exigem termo complementar regido (introduzido) por uma preposição necessária, obrigatória.
O complemento desses verbos é denominado de “objeto indireto”.

* Eles dependem agora da sorte para que o produto de que precisam chegue a tempo.
*Durante muito tempo aquele povo guerreou contra os costumes do Ocidente.
* Não convém aos iniciantes na carreira diplomática portar-se de maneira inadequada.

II – Transitivos Diretos e Indiretos


São verbos que exigem dois tipos de complemento: um sem a preposição e outro com o auxílio de uma
preposição. São denominados também de “biobjetivos” ou “bitransitivos”.

*Ensinaram-lhe todos os preceitos de nossos antepassados?


*O diretor atribuiu o insucesso do grupo à inércia de alguns integrantes.

III – Verbos de ligação


Denominados também de “verbos copulativos” ou “verbos de relação”, são aqueles que, desprovidos de
significação, servem como “ponte” entre o sujeito e uma determinada qualidade, denominada de “predicativo”.
Geralmente funcionam como “de ligação” os verbos “ser, estar, ficar, parecer, continuar e permanecer.”

*Eles estavam extremamente atrasados para a festa.


*O Governo Federal deve estar atento às necessidades da população.

Observação:
Lembre-se de que a predicação verbal deve ser sempre avaliada levando-se em conta o CONTEXTO em
que o verbo se encontra.

Veja:
a) Minha proposta saiu vitoriosa da reunião.
b) O carro virou na esquina com a rua Augusta.
c) O carro virou, ao capotar, uma banca de revistas.
d) O carro virou, após a capotagem, um monte de ferros retorcidos.
e) Não convêm essas atitudes.
f) Não convêm aos estudantes essas atitudes.
g) Já entregamos o relatório.
h) Já entregamos o relatório ao diretor.

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1. (DPE/SP) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza.


B) ... eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí...
E) ... em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador...

2. (TRE/SP) ... procurava incorporar à escrita o ritmo da fala...


O verbo empregado no texto com a mesma regência do grifado acima está em:

A) ... os modernistas promoveram uma valorização diferente do léxico...


B) ... consagrar literariamente o vocabulário usual.
C) ... dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
D) No Brasil, ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos...
E) ... que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.

3. (Sergipe Gás) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

A) ... astros que ficam tão distantes ...


B) ... que a astronomia é uma das ciências ...
C) ... que nos proporcionou um espírito ...
D) ... cuja importância ninguém ignora ...
E) ... onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

Observações importantes:

a) Os pronomes oblíquos “me, te, se, nos, vos” podem exercer as funções sintáticas de “objeto direto” e de “objeto
indireto”.

Ex.:
* Eu quero dizer-te tantas coisas.
* Eu não te vi ontem no shopping.

b) Os pronomes oblíquos “o, a, os, as” substituem o objeto direto da 3ª pessoa.

Ex.:
* Vou comprar o livro. → Vou comprá-lo.
* Entregaram o documento? → Entregaram-no?

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c) Os pronomes oblíquos “lhe, lhes”, quando completam verbos, exercem a função de “objeto indireto” para verbos
transitivos indiretos e verbos transitivos diretos e indiretos.

Ex.:
* Obedeça a seu pai. → Obedeça-lhe.
* Entregaram o documento à secretária? → Entregaram-lhe o documento.

d) Os pronomes oblíquos da 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os
pronomes “ele, ela, eles elas” precedidos de preposição.

Ex.:
* Obedeça a seu pai. → Obedeça-lhe. → Obedeça a ele.
* Entregaram o documento à secretária? → Entregaram-lhe o documento. → Entregaram a ela o documento.

(TCE/SP) 7. A afirmação correta é:

E) (linhas 53 e 54) Em “lembrá-los das palavras de Nietzche”, o pronome empregado é exigido pela regência do
verbo, não havendo possibilidade de o padrão culto aceitar outra formulação, como, por exemplo " lembrar a eles".

d) Há verbos transitivos indiretos que não aceitam os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Exigem as
formas tônicas preposicionadas “a ele, a ela, a eles, a elas”.

Ex.:
a) Eles anuíram ao pacto. → Eles anuíram a ele.
b) Eles assistiram ao show. → Eles assistiram a ele.

ASSISTIR

Apresenta quatro regências distintas:

a) É verbo transitivo indireto na acepção de “ver, presenciar, estar atento a”.


b) No sentido de “ajudar, prestar assistência, auxiliar, socorrer” é indistintamente verbo transitivo direto ou verbo
transitivo indireto. Como transitivo indireto exige a preposição “a”.
c) Na acepção de “caber, pertencer direito ou obrigação” é um verbo transitivo indireto e exige a preposição “a”.

CHEGAR, IR e DIRIGIR-SE

Esses verbos possuem regências idênticas:

No sentido de “atingir um determinado lugar, deslocar-se para” são, no padrão formal da língua, verbos
intransitivos. Exigem a presença de um adjunto adverbial de lugar introduzido, obrigatoriamente, pela preposição
“a”.

ESQUECER / LEMBRAR

a) Os verbos “esquecer” e “lembrar” são transitivos diretos na acepção de “sair da lembrança ou vir à lembrança”
respectivamente. Nessa acepção, também podem aparecer como transitivos indiretos pronominais (esquecer-se,
lembrar-se). O objeto indireto será precedido da preposição “de”.

INFORMAR (ALERTAR*, NOTIFICAR*, AVISAR*, CIENTIFICAR* ANUNCIAR*)

* Seguem a mesma regência do verbo informar.

a) No sentido de “comunicar, dar esclarecimento” é geralmente usado como verbo transitivo direto e indireto.

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OBEDECER / DESOBEDECER

a) Consolidaram-se em nossa Língua Portuguesa como verbos transitivos indiretos. O objeto indireto requer a
preposição “a”.

PAGAR e PERDOAR

Esses verbos possuem uma regência bastante interessante:

a) São transitivos diretos quando o objeto direto é representado por “coisa”.


b) São transitivos indiretos, exigindo a preposição “a” para o objeto indireto, quando este é representado por
“pessoa”.

VISAR

c) Já no sentido de “desejar, pretender, ter em vista” é largamente usado como transitivo indireto, exigindo a
preposição “a”. Como transitivo indireto, rejeita os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Aceita apenas as
formas analíticas tônicas “a ele, a ela, a eles, a elas”. Entretanto, nesse sentido (“desejar, pretender, ter em vista”)
também pode ser empregado como transitivo direto, embora poucas referências se façam a esta última regência.

CESPE/UNB - STJ
A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os
grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político.

Mantendo-se as ideias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o complemento
da forma verbal “visam” (L.8) poderia ser introduzido pela preposição “a”: ao controle.

FGV – SEFAZ/RJ
16. A respeito da análise do texto, não é correto afirmar que:

C) no trecho “que vise a minorar as desigualdades” (L.58-59), a regência do verbo VISAR está de acordo com a
norma culta, muito embora atualmente bons autores tenham avalizado o uso do verbo como transitivo direto,
nesse mesmo sentido.

1. (FCC) Está correto o emprego de ambos os pronomes sublinhados na frase:

A) Não basta pensar na prevenção; exercer-lhe é o dever que nos compete.


B) Se a violência é indiscriminada, devemos repudiá-la, submetendo-a à execração pública.
C) Quem aceita a barbárie, legitima-lhe; quem lhe rejeita, pede a punição do responsável.
D) Diante das autoridades, devemos cobrá-las as providências para, nos casos de iminente violência, prevenir-
lhes.
E) Se te prevines, não precisarás preocupar-se com as situações sem remédio.

2. (TRT/12ª) . ... que merecia o primeiro lugar...

O tempo haveria de corrigir esse equívoco...


... deve ter ultrapassado a capacidade de apreciação do
júri...

A substituição dos elementos sublinhados pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi efetuada
de modo correto, respectivamente, em:

A) que lhe merecia − O tempo haveria de corrigi-lo − deve ter-lhe ultrapassado


B) que o merecia − O tempo haveria de corrigi-lo − deve
tê-la ultrapassado
C) que merecia-o − O tempo haveria de corrigir-lhe − deve ter-lhe ultrapassado
D) que merecia-lhe − O tempo haveria de o corrigir − deve ter ultrapassado-a

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E) que o merecia − O tempo haveria de lhe corrigir − deve ter ultrapassado-na

3. (FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Se há iniciativa e astúcia na ação do homem injusto, não há
iniciativa e astúcia no bom cidadão que, apesar de indignado, não confere à iniciativa e à astúcia o mesmo valor
que o mau reconhece na iniciativa e na astúcia.

A) há elas - não as confere - reconhece nelas.


B) as há - não lhes confere - nelas reconhece.
C) as há - não confere-lhes - as reconhece.
D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece-lhes.
E) há estas - não as confere - nelas reconhece.

4. (TRT/9ª) ... tinham nascido para usar coroas.

Ele trouxe estabilidade e prosperidade a todos ... que inspirou as revoluções do século XIX ...

A substituição dos elementos sublinhados pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, tem como
resultado correto, na ordem dada:

A) tinham nascido para as usar − Ele lhes trouxe estabilidade e prosperidade − que lhes inspirou
B) tinham nascido para lhes usar − Ele trouxe-os estabilidade e prosperidade − que inspirou-as
C) tinham nascido para usá-las − Ele lhes trouxe estabilidade e prosperidade − que as inspirou
D) tinham nascido para usá-las − Ele os trouxe estabilidade e prosperidade − que lhes inspirou
E) tinham nascido para as usar − Ele trouxe-os estabilidade e prosperidade − que as inspirou

5. (TRT/18ª) “...tão gostoso pronunciar este nome – sentimento de quem abençoa a vida – Opõe à morte aleluias
festivas...”.

A substituição dos elementos grifados acima pelos pronomes correspondentes, com os necessários ajustes, foi
realizada corretamente em:

A) tão gostoso pronunciá-lo − sentimento de quem a abençoa − Opõe-lhe aleluias festivas


B) tão gostoso pronunciar-lhe − sentimento de quem abençoa-a − Lhe opõe aleluias festivas
C) tão gostoso pronunciá-lo − sentimento de quem abençoa-lhe − Opõe-na aleluias festivas
D) tão gostoso o pronunciar − sentimento de quem a abençoa − A opõe aleluias festivas
E) tão gostoso lhe pronunciar − sentimento de quem lhe abençoa − Opõe-na aleluias festivas

Emprego do acento grave – crase

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Conclusão

1. Só há crase diante de substantivos femininos explícitos ou implícitos.


2. Só há crase diante de substantivos determinados, especificados.

Perceba:
a) Maria gosta de comprar bombons a granel.
b) Temos almoço comercial a partir de R$ 10,00.
c) Ele realizou o projeto a contragosto.
d) O juiz não está a par do processo.
e) Ela faz tudo a bel-prazer.

Regras práticas para a verificação:

I – TROCAR O FEMININO POR UM MASCULINO CORRESPONDENTE


* Se aparecer O, OS → sem crase diante do feminino.
* Se aparecer AO, AOS → com crase diante do feminino.

II – TROCAR O VERBO REGENTE PELOS VERBOS “VIR” OU “ESTAR”:


* Se aparecer DE, EM → sem crase diante do feminino.
* Se aparecer DA, NA → com crase diante do feminino.

III – TROCAR O ARTIGO “A(S)” PELO ARTIGO “UMA(S):


* Se aparecer UMA, UMAS (apenas) → sem crase diante do feminino.
* Se aparecer A UMA, A UMAS → com crase diante do feminino.

Exemplos:
a) Estou com sono; prefiro a cama _____ sala.
b) O conhecimento dele está ligado ______ bondade da professora.
c) Ele falará tudo ______ professora.
d) Emitiremos notas fiscais correspondentes ______ duas últimas prestações.
e) Na aula, chegou _____ conclusão de que não valia levar adiante aquela experiência.
f) Em seus comentários, reportou-se _____ Roma dos césares.
g) Nas minhas férias, fui _______ Manaus.
h) Isso se aplica também ______ frase de Irene.

I — Casos obrigatórios

1. Recebe o acento grave o “a” inicial das locuções adverbiais (à noite, à tarde, à beça, à revelia, à deriva, à farta,
à vista, à primeira vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à toa, à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental,
às vezes, às escondidas, às avessas, às claras, às pressas, à vontade, às ocultas etc), prepositivas (à custa de, à
força de, à beira de, à espera de, à vista de, à guisa de, à semelhança de, à frente de, à razão de, à cata de, à
roda de, à mercê de, à base de, à moda de, à maneira de etc) e conjuntivas (à medida que, à proporção que),
formadas com palavras femininas.

Exemplos:

a) À medida que estuda, aprende mais.


b) Ele voltará à noite.
c) Não se deve sair às pressas de uma festa; é descortês.
d) Senhor taxista, por favor, vire à direita.
e) João enricou à custa alheia.

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2. Recebe o acento grave o “a” inicial dos pronomes demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo, a(s)” quando o
termo regente exigir a preposição “a”.

Exemplos:

a) Jamais irás àquele lugar.


b) O prefeito assistia àquilo sem reações.
c) Atribuiu àquela coordenadora os prejuízos que obteve naquele mês.

I — Casos facultativos

1. Diante de pronomes possessivos femininos no singular quando o termo regente exigir a preposição “a”.
* Ele desistiu de viajar devido A / À sua doença.
* Para explicar as mãos inchadas, menti A / À minha mãe.

Casos proibitivos

1. Diante de verbos.
2. Diante de palavras masculinas.
3. Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos e de tratamento, à exceção de “senhora, senhorita, dona e
madame.”
4. Diante de artigos indefinidos.
5. Diante dos pronomes indefinidos, dos interrogativos, dos demonstrativos “este, esta, estes, estas, esse,
essa, esses, essas e isso” e dos relativos, à exceção de “a qual e as quais”.
6. Diante de um “a” no singular o qual precede uma palavra no plural; palavra esta usada em sentido geral
e indeterminado.
7. Diante de substantivos femininos usados em sentido geral e indeterminado.
8. Diante de expressões formadas por palavras repetidas como, por exemplo, “gota a gota, ponta a ponta,
dia a dia, frente a frente, uma a uma, cara a cara, corpo a corpo, lado a lado etc”.

Casos proibitivos (exemplos):

* Começava ____ escurecer.


* Estamos dispostos ______ trabalhar.
* Isto cheira ____ vinho.
* Entrega _______ domicílio.
* Vim _____ mando de meu patrão.
* Não vai _____ festas nem _____ reuniões.
* Ele se dirigiu _____ pessoas estranhas.
* A quem se diriam palavras de amor tão belas?
* Escrevi ____ algumas colegas.
* Diariamente chegam turistas _____ esta cidade.
* O conflito levou o país _____ uma situação terrível.
* Solicito _____ Vossa Senhoria o obséquio de...
* Recorreram _____ mim.
* Tomou o remédio gota _____ gota.
* Dia ____ dia, a empresa foi crescendo.

PONTUAÇÃO

Emprego dos sinais de pontuação

Bases da pontuação:
1ª → Pontuar é uma necessidade sintática, ou seja, ocorre em função de termos e orações deslocados dentro da
estrutura oracional.

Ex.:
* O Código de Processo Civil, prevê em seu art. 273 a tutela antecipada...

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* O dispositivo constitucional acima transcrito, fortalece o artigo 543, §3º, da CLT, ...

2ª → Pontuar pode alterar o sentido e a função sintática de um termo ou de uma oração.

Ex.:
* Ninguém entende Maria.
* Ninguém entende, Maria
* Todos irão até o chefe.
* Todos irão, até o chefe.

Observação importante:

Os sinais de – pontuação seguintes podem ser geralmente trocados uns pelos outros sem que isso
provoque erro gramatical ou alteração semântica:
, ; : – ()
(Questão FCC) A alteração nos sinais de pontuação está incorreta na frase:

A) ...deve aumentar em uma década, conforme o IBGE, alcançando um índice semelhante ao dos japoneses...
- ...deve aumentar em uma década – conforme o IBGE –, alcançando um índice semelhante ao dos japoneses...

B) ...ao dos japoneses (que, por sua vez, terão atingido uma expectativa de 85 anos).
- ...ao dos japoneses que, por sua vez, terão atingido uma expectativa de 85 anos.

C) ...será produzida por um fenômeno muito mais complexo: o progresso da medicina em novos campos.
- ...será produzida por um fenômeno muito mais complexo – o progresso da medicina em novos campos.

D) ...nos próximos anos (numa contraposição ao “baby boom” pós-II Guerra Mundial)
- ...nos próximos anos – numa contraposição ao “baby boom” pós-II Guerra Mundial –

E) O Brasil deve alcançar a nona posição nesse ranking.


- O Brasil, deve alcançar a nona posição nesse ranking.

Emprega-se a vírgula entre termos:

1) Para separar termos coordenados assindéticos (sem ligação por conectivo), de mesma função sintática, que
formam, muitas vezes, enumerações.
* Deparamo-nos em nossa viagem com uma paisagem paradisíaca na qual se viam o sol, algumas nuvens, o mar
ao longe, alguns coqueiros e duas casas numa restinga.

Observação:

Quando o último elemento de uma série enumerativa vier precedido da conjunção “e”, a vírgula é dispensada.
* As mulheres voluntariosas, as soberanas poderosas e as artistas não encontravam espaço no show.

A esfera da ciência pode parecer hostil às metáforas. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da busca e da
representação do conhecimento, o que, para muitos, só pode ser literal: um remédio ou um tratamento médico são
coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma construção de verdade, do mundo real; do
mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas concretas que afetam diretamente a vida das
pessoas.

(CESPE/UNB)
A substituição do sinal de ponto e vírgula depois de “ingeridas” (L.5) e de “real” (L.6), por vírgulas preservaria as
regras de pontuação e a coerência, a clareza e a objetividade do texto.

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2) Para isolar vocativos:

* “Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to: eu não sei como hei de fazer para te dar conselhos.”

3) Para separar os adjuntos adverbiais locucionais deslocados dentro da estrutura oracional.

* “Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre (...) trabalhava.”
* Na história recente do Brasil, as grandes mudanças políticas têm sido grandes e graves.

Observações:
a) Os adjuntos adverbiais formados por um só vocábulo – e mesmo os adjuntos adverbiais locucionais, de
pequena extensão – dispensam a vírgula, salvo se se quiser conferir-lhes ênfase.
* Iremos hoje ao shopping.
* Todos em princípio discordam do que ele disse.

b) Os adjuntos adverbiais terminados no sufixo “-mente” seguem a regra de pontuação dos adjuntos adverbiais
simples: ou não se põe nenhuma vírgula, ou se isola o advérbio com vírgula(s) para conferir-lhe ênfase ou alterar-
lhe a semântica.
* No que eles estavam todos de acordo é que ela era extraordinariamente bela.

c) Os adjuntos adverbiais de longa extensão devem ser pontuados.


* Na história recente da realidade brasileira, todos os escândalos políticos ocorreram por vaidade ou por
ganância.

(TRT/18ª) Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto.

II. Não acredito que muitas pessoas sustentem nos dias de hoje uma versão tão forte da posição cartesiana... (3º
parágrafo)
Sem prejuízo para a correção e a clareza, o segmento em destaque poderia ser isolado por vírgulas.

(Sergipe/Gás) Atente para o que se afirma abaixo.

III. Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em 1877, existe gente ...
A vírgula colocada imediatamente após fonográfico poderia ser suprimida, sem prejuízo para a correção.

4) Para isolar apostos explicativos:

* “Vós fostes o aio e amigo de meu senhor... de meu primeiro marido, o Senhor D. João de Portugal...”
* “O Dr. Camargo, médico e velho amigo da casa, foi ter com Estácio.”

A vírgula entre orações (casos):

1) Para separar orações coordenadas assindéticas.

* “Entregou a espingarda a sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos...”
* “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se.”

2) Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadas sindéticas, exceto as introduzidas pelo conectivo
aditivo “e”.

* “... as duas janelas estavam cerradas, mas sentia-se fora o sol faiscar nas vidraças...”
* “Não frequentava botequins, nem fazia noitadas.”

Observação:
É obrigatório o emprego da vírgula antes do “e” aditivo quanto esta conjunção ligar orações que apresentam
sujeitos diferentes.

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* Sendo um dos mais preparados, se não o mais competente, começou dizendo que cada um dos que ali estavam
tinha condições de chegar aonde quisesse, e que as metas pessoais poderiam ser manifestadas dali a pouco.

3) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas:

* “Aquele olhar profundo, que parecia despedir os fogos surdos de uma labareda oculta, incutia nela um
desassossego íntimo.”

4) Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas quando antepostas à oração principal ou
intercaladas nela.

* “Logo que começou a revolver os papéis, a mão do médico tornou-se mais febril.”
* O conselheiro, embora não figurasse em nenhum grande cargo do Estado, ocupava elevado lugar na sociedade.

NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA

a) Entre o sujeito e o seu verbo quando juntos, ainda que um preceda ao outro.
b) Entre o verbo e o(s) seu(s) complemento(s) quando juntos, ainda que um preceda ao outro.
c) Entre o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) é o seu complemento quando estão juntos.
d) Entre o nome (substantivo) e o seu adjunto adnominal.
e) Entre o nome e a oração subordinada adjetiva restritiva.
f) Entre a oração principal e a oração subordinada substantiva, salvo a oração subordinada substantiva apositiva.

Sintaxe de período – noções essenciais:

1. Período simples → Uma só oração ➔ Oração absoluta


2. Período composto → Mais de uma oração

Processos sintáticos para a formação do período composto

1. COORDENAÇÃO
2. SUBORDINAÇÃO

Período composto – Noções essenciais

ORAÇÕES ADVERBIAIS (Exemplos)

a) Velho que é, evita lugares altos.


b) Como não liberaram o dinheiro, tiramos um empréstimo junto ao Banco do Brasil.
c) Visto que assim o desejas, assim o farei.
d) Não discute religião que não se exalte.
e) Chove que é um horror.
f) Fez todo o exercício sem que ninguém o ajudasse.
g) Por incrível que pareça, ele resolveu tudo sozinho.
h) O culpado deve ser punido quem quer que seja.

OBSERVAÇÕES SOBRE AS ORAÇÕES CONCESSIVAS:

1. As orações concessivas desenvolvidas exigem verbo no modo subjuntivo.

2. Há vários conectivos subordinativos bastante assemelhados. Portanto, não confunda:


a) PORQUANTO CONQUANTO

2. Há vários conectivos subordinativos bastante assemelhados. Portanto, não confunda:


b) JÁ QUE POSTO QUE
c) UMA VEZ QUE EM QUE PESE

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3. Há outros articuladores concessivos bastante cobrados pelas bancas de concursos públicos. Fique
atento a eles:
* Não obstante
* A despeito de
* Malgrado

j) À proporção que se estuda, aprende-se mais.


j) Se chegar cedo, faremos uma rápida reunião.
k) Estudai muito porque sejais logo aprovado em um concurso público.
l) Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.
m) Não há tirania pior que a dos vícios inveterados.
n) A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência tenha êxito.
o) Consoante opinam alguns, a História se repete.
p) As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar a minha viagem.
q) Quanto mais se tem, mais se deseja.
r) Mal chegamos à sala, todos aplaudiram.

CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO:

1. A + INFINITIVO ➔ CONDIÇÃO SE...


2. AO + INFINITIVO ➔ TEMPO QUANDO...
3. POR + INFINITIVO ➔ CAUSA PORQUE...
4. PARA + INFINITIVO ➔ FINALIDADE PARA QUE...

a) “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.”


b) Ao sair, feche a porta.
c) Por só sair à noite, acabou adoecendo.
d) Para conseguir um novo emprego, resolveu fazer um curso de pós-graduação.

ORAÇÕES ADJETIVAS

1. Função sintática desempenhada pela oração adjetiva → adjunto adnominal oracional.

2. Característica principal das orações adjetivas → São introduzidas por um pronome relativo.

3. São conhecidas também como orações relativas.

4. Classificação das orações adjetivas:

a) RESTRITIVAS
A informação prestada pela oração adjetiva restritiva não se aplica a todos os seres ou todas as coisas
pertencentes a um dado conjunto. O objetivo da oração é delimitar, é restringir o campo a que se refere a oração.
Dispensam pontuação.
(palavras-chave): APENAS, SÓ, SOMENTE
O homem que fuma diminui seus dias de vida.

a) Há pessoas cujo espírito é pobre.


b) Pedra que rola não cria limo.
c) Os animais que se alimentam de carne são chamados de carnívoros.
d) Há saudades que a gente nunca esquece.

5. Classificação das orações adjetivas:

a) EXPLICATIVAS
A informação prestada pela oração adjetiva explicativa se aplica a todos os seres ou todas as coisas pertencentes
a um dado conjunto ou se aplica a um ser ou coisa em sua totalidade. O objetivo da oração é envolver todos os
seres ou coisas de um conjunto. Exigem pontuação.

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EXPLICATIVAS (palavras-chave): TUDO, TODO(s), TODA(s)
O sol, que é o centro do nosso sistema, perdeu calor nas últimas décadas.

a) Deus, que é nosso pai, sempre nos ajuda nos momentos difíceis.
b) “Olhou a caatinga amarelada, que o poente avermelhava.”
c) A ave mais veloz do mundo é o avestruz, que chega a atingir uma velocidade de 120 km/h.
d) A Capela Sistina, onde foram realizadas todas as eleições papais nos últimos séculos, tem acomodações para
apenas 80 participantes.
e) Brasília, cuja fundação ocorreu em 1960, está hoje com um trânsito bastante complicado.

Orações adjetivas (análise semântica):

Observação:

Em muitas estruturas, a oração adjetiva pode ser tanto explicativa quanto restritiva. Nesse caso, a classificação e
consequentemente a pontuação dependerão do sentido que lhe queira dar o falante.

Exemplos:
a) A empresa possui 200 funcionários que moram em Olinda.
b) A empresa possui 200 funcionários, que moram em Olinda.
c) Os latifúndios que são improdutivos devem ser desapropriados.
d) Os latifúndios, que são improdutivos, devem ser desapropriados.
e) Os jovens de hoje, que vivem à custa dos pais, sofrem com problemas psicológicos.
f) Os jovens de hoje, que vivem à custa dos pais, sofrem com problemas psicológicos.

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