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mulher
V.2.1.2023
MDO
Saúde da criança e da mulher
sumário
sumário......................................................................................................................................................................................................................3
Capítulo 1 - Apresentação..............................................................................................................................................................9
anotações............................................................................................................................................................................................................. 13
métodos de contracepção..........................................................................................................................................................20
atividades..............................................................................................................................................................................................................22
Sistema reprodutor..............................................................................................................................................................................23
Gametogênese................................................................................................................................................................................................28
Ovogênese ou oogênese..................................................................................................................................................................29
Espermatogênese......................................................................................................................................................................................30
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Saúde da criança e da mulher
Atividades..............................................................................................................................................................................................................38
Embriogênese..................................................................................................................................................................................................39
Embriogênese humana.......................................................................................................................................................................40
atividades...............................................................................................................................................................................................................51
Doenças obstétricas...........................................................................................................................................................................55
atividades..............................................................................................................................................................................................................65
parto cesárea................................................................................................................................................................................................68
parto humanizado.....................................................................................................................................................................................71
atividades..............................................................................................................................................................................................................73
atividades..............................................................................................................................................................................................................79
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Saúde da criança e da mulher
RN PREMATURO..................................................................................................................................................................................................82
pós maturo..........................................................................................................................................................................................................84
rn alto risco.....................................................................................................................................................................................................85
atividades..............................................................................................................................................................................................................86
atividades..............................................................................................................................................................................................................93
medidas antropométricas............................................................................................................................................................95
atividades.............................................................................................................................................................................................................105
alojamento conjunto......................................................................................................................................................................107
atividades.............................................................................................................................................................................................................116
atividades.............................................................................................................................................................................................................125
Capítulo 13 - IMUNIZAÇÃO..................................................................................................................................................................127
atividades.............................................................................................................................................................................................................134
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Saúde da criança e da mulher
atividades.............................................................................................................................................................................................................142
atividades.............................................................................................................................................................................................................149
atividades.............................................................................................................................................................................................................156
atividades.............................................................................................................................................................................................................162
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saúde da criança
e da mulher
Saúde da criança e da mulher
Capítulo 1 - Apresentação
EMENTA
COMPETÊNCIAS
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Saúde da criança e da mulher
HABILIDADES
BASES TECNOLÓGICAS
• Planejamento familiar;
• Diagnóstico de gravidez;
• Fisiologia da gravidez;
• Nomenclatura em neonatologia;
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Saúde da criança e da mulher
• Alojamento conjunto;
• Malformações fetais;
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Saúde da criança e da mulher
O gênero, como elemento constitutivo das relações sociais entre homens e mulheres,
é uma construção social e histórica. É construído e alimentado com base em símbolos,
normas e instituições que definem modelos de masculinidade e feminilidade e padrões de
comportamento aceitáveis ou não para homens e mulheres. O gênero delimita campos
de atuação para cada sexo, dá suporte à elaboração de leis e suas formas de aplicação.
Também está incluída no gênero a subjetividade de cada sujeito, sendo única sua forma de
reagir ao que lhe é oferecido em sociedade. O gênero é uma construção social sobreposta
a um corpo sexuado. É uma forma primeira de significação de poder (SCOTT, 1989).
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Saúde da criança e da mulher
Referência Bibliográfica
anotações
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
De um lado, a mulher escrava, da senzala, negra, vista como um objeto sexual que
tinha o dever de satisfazer os prazeres de seu senhor e não tinha liberdade. De outro lado,
mulheres de origem europeia, abastadas, que se casavam e tinham o dever de obedecer
a seu marido, ser-lhe fiel, cuidar dos filhos - ao menos teoricamente, já que essa função
era das escravas ou amas-de-leite - e não se intrometer nos negócios da família (COSTA,
1979).
Até mesmo quando uma mãe não podia amamentar seu filho, sentia-se culpada,
conforme menciona Costa (1979, p. 256):
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Saúde da criança e da mulher
Na história do Brasil, podem-se mencionar muitos casos que, por si só, já demonstram a
fragilidade da mulher em relação aos seus direitos e que desigualdades eram predominantes.
Nesse contexto, pode-se citar a figura do dote, tratando a mulher como objeto de troca; ou
lembrar que ainda que só se casava a moça que era virgem, pois a que não era virgem
não era digna de seu esposo. Ou, ainda, mencionar que os pais não deixavam suas filhas
estudarem, somente os homens, pois elas deviam aprender a cuidar do lar e se casarem
cedo, para ter filhos e cuidar de sua família.
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BOX 11
E “para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de
regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento
da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.” (BRASIL, 2005, p. 06).
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BOX 12
métodos de contracepção
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Referência Bibliográfica
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atividades
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Sistema reprodutor
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Fonte:www.brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez.
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• Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis e
serve de local de passagem para o sêmen e para a urina, sendo, portanto, um
canal comum ao sistema urinário e reprodutor
• Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção contém
enzimas anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozoide.
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• Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que se enche
de sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido erétil, no pênis é possível
observar a passagem da uretra, pela qual o sêmen passará durante a ejaculação.”
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Fonte:https://pt.gadget-info.com/difference-between-male
Gametogênese
Existem dois tipos de gametogênese: aquele que ocorre nos homens (es-
permatogênese) e aquela que ocorre em mulheres (ovogênese ou oogênese).
A espermatogênese dá origem aos espermatozoides e ocorre nos testículos, en-
quanto a ovogênese é responsável pela origem dos óvulos e ocorre no ovário.
Tanto a espermatogênese quanto a ovogênese envolvem processos de mi-
tose e meiose (processos de divisão celular). A meiose, processo que reduz a
quantidade de material genético, é fundamental para a manutenção da quantida-
de adequada de cromossomos da espécie. Como os gametas masculino e femini-
no fundem-se durante a fecundação, devem possuir a metade dos cromossomos
da espécie para garantir que a diploidia da espécie seja novamente reestabelecida.
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Ovogênese ou oogênese
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Espermatogênese
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• Redução do citoplasma.
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A mulher passa por muitas alterações fisiológicas durante à vida. Em muitos aspectos
a mulher se diferencia do homem. Observe o quadro a seguir:
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EVENTOS PUBERAIS
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ESTIRÃO DE CRESCIMENTO:
O estirão de crescimento, período em que se ganha 20% da estatura final, tem idade
de início e velocidade das mudanças variadas entre os indivíduos. Nas meninas, ocorre no
início da puberdade e, nos meninos, na fase intermediária.
COMPOSIÇÃO CORPORAL:
HORMÔNIOS:
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Saúde da criança e da mulher
ÓRGÃOS E TECIDOS:
A maioria dos órgãos duplica de tamanho durante a puberdade. O tecido linfoide sofre
uma involução nesse período.
MATURAÇÃO SEXUAL:
• A menarca ocorre dois a cinco anos após a telarca, e os primeiros ciclos menstruais
costumam ser irregulares, frequentemente anovulatórios e mais prolongados.
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Saúde da criança e da mulher
O ciclo menstrual é caracterizado por muitas alterações que ocorrem no útero, ovários,
vagina e mamas, e na secreção de hormônios pela adeno-hipófise. Geralmente, essas
alterações do ciclo menstrual ocorrem com regularidade durante todos os anos reprodutivos
(THIBODEAU e PATTON, 2002)
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Saúde da criança e da mulher
A fase secretória do ciclo menstrual começa na ovulação e dura até o início da próxima
menstruação. É durante essa fase do ciclo menstrual que o revestimento interno do útero
atinge sua maior espessura e o ovário secreta seus níveis mais elevados de progesterona.
Fonte: https://br.clearblue.com/como-engravidar/duracao-ciclo-menstrual
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Referência Bibliográfica
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Sistema reprodutor”; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor.htm. Acesso em 24 de outubro
de 202, Princípios e Diretrizes.
Atividades
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Saúde da criança e da mulher
Embriogênese
O que é embriogênese?
Se você lembrou da palavra embrião ao ler o título deste texto, fique sabendo que
acertou em cheio. Para quem não sabe, embriogênese é simplesmente o desenvolvimento
de uma nova vida a partir do zigoto, ou seja, trata-se do desenvolvimento embrionário.
• clivagem;
• gastrulação;
• organogênese.
Clivagem
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Gastrulação
Organogênese
Esse processo é responsável por diferenciar todos os tecidos e órgãos que vão compor
o organismo adulto a partir dos três folhetos germinativos.
Embriogênese humana
Aqueles que possuem citoplasma com uma quantidade baixa desse material (ovos
oligolécitos, ou isolécitos), como o dos humanos e dos mamíferos em geral, apresentam
processos de clivagem em toda a sua superfície, originando blastômeros praticamente do
mesmo tamanho.
Fases da embriogênese
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Mórula
Blástula
Ovos de aves e répteis, conhecidos como telolécitos, apresentam uma blástula que
consiste em um pequena camada celular presente na superfície da gema, o blastodisco.
Essa camada é originada a partir do disco germinativo.
Gástrula
Arquêntero
A migração de partículas para o interior do feto faz com que a blastocela desapareça,
dando lugar a uma nova cavidade, a gastrocela ou arquêntero, do grego archeos (primitivo),
e enteron (intestino). Essa cavidade, como o próprio nome diz, é o esboço do tubo digestório
do organismo que está para nascer.
Blastóporo
A última estrutura comunica-se com o exterior da gástrula por uma fissura denominada
blastóporo.
Nos animais vertebrados e demais cordados, tanto como nos equinodermos, essa é
origem do ânus; a formação da boca ocorre posteriormente do lado oposto. Por esse motivo,
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Saúde da criança e da mulher
esses seres vivos são conhecidos como deuterostômios, do grego deuteros (segundo,
posterior), e stoma (boca).
A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso, sua evolução se dá, na maior parte
dos casos, sem intercorrências.Apesar desse fato, existe parcela pequena de gestantes
que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algumagravo ou desenvolverem
problemas, apresentam mais probabilidade de evolução desfavorável – seja para o feto
como para a mãe.
A gravidez é uma experiência que envolve, além da expectativa pela chegada do bebê,
a transformação do corpo feminino sob a influência de oscilações hormonais durante as
diferentes fases do ciclo gestacional. Nesse processo podem ocorrer alterações de humor
e do apetite, sonolência e uma certa indisposição. Tais sintomas são mais acentuados,
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Saúde da criança e da mulher
em geral, até o terceiro mês, fase em que os níveis de hormônios reprodutivos estão
mais elevados. A partir daí, a gestação tende a ser mais tranquila para a mulher. Buscar
preparar-se física e psicologicamente é importante para que os nove meses transcorram
bem. Programas estéticos e atividades físicas de alto impacto devem ser deixados de lado
nesse período. Mas você pode procurar ajuda de fisioterapeutas ou outros profissionais
especializados no preparo físico para ter um parto tranquilo e boa disposição para cuidar do
bebê após o nascimento. Leia a seguir sobre as fases da gestação, a ação dos hormônios
no corpo e nas emoções no começo da gravidez, os principais sintomas e como o bebê vai
se desenvolvendo.
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Saúde da criança e da mulher
CALENDÁRIO DE CONSULTAS
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Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a
data eprovável,
Saúde da criança da mulher a gestante deverá ter consulta médica assegurada, ou ser
referida para serviço de maior complexidade.
CONSULTAS
3.3. CONSULTAS
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Saúde da criança e da mulher
− anemia;
− transfusões de sangue;
− doenças neuropsíquicas;
− viroses (rubéola e herpes);
− cirurgia (tipo e data);
− alergias;
− hanseníase;
− tuberculose.
• Antecedentes ginecológicos:
− ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade);
− uso de métodos anticoncepcionais (quais, por quanto tempo
e motivo do abandono);
− infertilidade e esterilidade (tratamento);
− doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos
realizados, inclusive do parceiro);
− cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
− mamas (alteração e tratamento);
− última colpocitologia oncótica (Papanicolaou ou
"preventivo", data e resultado).
• Sexualidade:
− início da atividade sexual (idade da primeira relação);
− desejo sexual (libido);
− orgasmo (prazer);
− dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual);
− prática sexual nesta gestação ou em gestações anteriores;
− número de parceiros.
• Antecedentes obstétricos:
− número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez
ectópica, mola hidatiforme);
− número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais
espontâneos, fórceps, cesáreas - indicações);
− número de abortamentos (espontâneos, provocados,
complicados por infecções, curetagem pós-abortamento);
− número de filhos vivos;
− idade na primeira gestação;
− intervalo entre as gestações (em meses);
− número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de
gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de
gestação);
− número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500 g) e
com mais de 4.000 g;
− mortes neonatais precoces - até sete dias de vida (número e
motivos dos óbitos);
− mortes neonatais tardias - entre sete e 28 dias de vida (número e
motivo dos óbitos);
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Ações
• Complementares
referência para atendimento odontológico;
− referência para atendimento odontológico;
• referência para
− referência para vacinação antitetânica,
vacinação quando
antitetânica, a gestante
quando não estiver
a gestante nãoimunizada;
estiver imunizada;
• referência para
− referência paraserviços
serviçosespecializados
especializados nana
mesma
mesmaunidade ou unidade
unidade ou de maior
unidade de maior
complexidade, complexidade,
quando indicado; quando indicado;
− agendamento de consult as subseqüentes.
• agendamento de consultas subseqüentes.
Roteiro das Consultas Subseqüentes
Roteiro das Consultas Subseqüentes
− revisão da ficha perinatal e anamnese atual;
− cálculo e anotação da idade gestacional;
• revisão da ficha perinatal e anamnese atual;
− controle do calendário de vacinação;
− exame físico geral e gineco-obstétrico:
• •cálculo e anotaçãodo
determinação da peso;
idade gestacional;
• calcular o ganho de peso – anotar no gráfico e observar o sentido
• controle
da curvado calendário de vacinação;
para avaliação do estado nutricional;
• medida da pressão arterial;
• •exame físico da
inspeção geral e gineco-obstétrico:
pele e das mucosas;
• inspeção das mamas;
• •determinação do peso; e medida da altura uterina – anotar no
palpação obstétrica
gráfico e observar o sentido da curva para avaliação do
• calcular o ganhofetal;
crescimento de peso – anotar no gráfico e observar o sentido da curva para
ausculta
•avaliação dodos batimentos
estado cardiofetais;
nutricional;
• pesquisa de edema;
toqueda
• •medida vaginal,
pressãoexame
arterial;especular e outros, se necessários. –
interpretação de exames laboratoriais e solicitação de outros, se
necessários;
− acompanhamento das condutas adotadas em serviços clínicos
especializados;
− realização de ações e práticas educativas (individuais e em grupos);
− agendamento de consultas subseqüentes.
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Saúde da criança e da mulher
• inspeçãodas mamas;
• pesquisa de edema;
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Saúde da criança e da mulher
Desde sua criação, alguns estudos avaliaram a posse da CG por ocasião do ingresso
da parturiente na maternidade. Esta posse variou de 72% a 99%.
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Toda gestação traz em si mesma risco para a mãe ou para o feto. No entanto, em
pequeno número delas esse risco está muito aumentado e é então incluído entre as
chamadas gestações de alto risco. Desta forma, pode-se conceituar gravidez de alto risco
“aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido, têm
maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”
(Caldeyro-Barcia, 1973).
O interesse pela gestação de alto risco data da década de sessenta e, como seria
de se esperar, despertou a atenção de inúmeros estudiosos, no mundo inteiro. Para a
generalização dos conhecimentos, o primeiro passo era a identificação, em determinada
população, daquelas que tivessem fatores de risco. Assim, surgiram inúmeras tabelas e
escores na literatura mundial, diferentes entre si, por relatarem realidades de países, ou
mesmo regiões diferentes.
4. Intercorrências clínicas.
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Saúde da criança e da mulher
• Baixa escolaridade
• Abortamento habitual
• Esterilidade/infertilidade
• Nuliparidade e Multiparidade
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Saúde da criança e da mulher
• Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
• Diabetes gestacional
• Amniorrexe prematura
• Hemorragias da gestação
• Aloimunização
• Óbito fetal
4. Intercorrências clínicas
• Hipertensão arterial
• Cardiopatias
• Pneumopatias
• Nefropatias
• Endrocrinopatias
• Hemopatias
• Epilepsia
• Doenças infecciosas
• Doenças autoimunes
• Ginecopatias
Doenças obstétricas
Diabetes gestacional
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Saúde da criança e da mulher
critério da Organização Mundial da Saúde), 94% dos casos apresentando apenas tolerância
diminuída à glicose e 6%, hiperglicemia no nível de diabetes fora da gravidez.
DIAGNÓSTICO
Deve-se iniciar pelo rastreamento dos fatores de risco, conforme esquema a seguir:
ANAMNESE:
• História pessoal
• Antecedentes obstétricos:
• Macrossomia
• Polidrâmnio
• Malformações
• Polidrâmnio
• Exame físico:
• Baixa estatura
• Hipertensão arterial
Mulheres que apresentam diabetes gestacional devem ser encaminhadas para centros
de atenção secundária. Na impossibilidade desse encaminhamento, podem ser adotadas
algumas das recomendações de entidades oficiais;
• Controle glicêmico;
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Saúde da criança e da mulher
DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
Dentro das síndromes hipertensivas gestacionais deve-se dar uma atenção especial
a pré-eclampsia ou doença hipertensiva específica da gravidez que ocorre como forma
isolada ou associada à hipertensão arterial crônica e está associada aos piores resultados,
maternos e perinatais.
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Saúde da criança e da mulher
Pode ocorrer hipertonia uterina com sangramento oculto, uma vez que a instabilidade
hemodinâmica pode ocorrer mesmo sem a exteriorização do sangramento. O DPP ocorre
em aproximadamente 1 a 2% das gestações. É das piores complicações obstétricas,
com aumento muito importante da morbimortalidade materna, por maior incidência de
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Saúde da criança e da mulher
A hipertensão é responsável por até 50% dos casos de DPP não traumáticos. Tanto a
pré-eclâmpsia quanto a hipertensão arterial crônica são fatores de risco importantes para
o DPP.
Quadro clínico
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Saúde da criança e da mulher
• Hemorragia exteriorizada;
• Hemoâmnio;
• Sangramento retroplacentário.
Até 20% dos sangramentos no DPP são ocultos, com formação de coágulo
retroplacentário e infiltração sanguínea intramiometrial. Esse sangramento é responsável
pela apoplexia útero-placentária ou “útero de Couvelaire” que ocasiona déficit contrátil,
sendo importante causa de hemorragia pós-parto.
O sangramento que se inicia na rotura das membranas deve ser diferenciado da rotura
de vasa prévia. Ao investigar a história, deve-se pesquisar antecedentes de hipertensão,
ocorrência de trauma (incluindo violência física), abuso de drogas ou álcool e a presença
de outros fatores de risco associados.
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Saúde da criança e da mulher
Placenta prévia
A placenta prévia ocorre em 1 a cada 200 gestações que chegam ao terceiro trimestre,
porém é um achado ultrassonográfico frequente em exames realizados entre 16 e 20
semanas de gestação. Contudo, até 90% desses achados normalizarão até o termo, devido
à teoria da “migração” placentária. Isso ocorre devido à combinação entre o crescimento
placentário em direção ao fundo uterino, que é mais bem vascularizado, com a degeneração
das vilosidades periféricas que receberão menor suprimento sanguíneo, conferindo uma
implantação placentária adequada.
O principal fator de risco para placenta prévia é a cicatriz uterina anterior, e entre elas a
principal é a cesariana anterior. Entre outras causas estão as intervenções uterinas prévias
como a miomectomia e curetagem. Multiparidade, idade materna avançada, tabagismo e
gemelaridade também são fatores associados.
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Saúde da criança e da mulher
A chance de ter uma placenta prévia numa gravidez futura aumenta significativamente
para aquelas mulheres que possuem uma cicatriz uterina. Com uma cesariana anterior,
o risco de placenta prévia pode ser de 4,5 vezes maior; com duas cesáreaspode ser 7,4
vezes; com três 6,5 vezes e com quatro ou mais chega a 45 vezes maior. Se o risco de
hemorragia com placenta prévia por si só é importante, a combinação com uma ou mais
cesarianas prévias pode tornar este risco consideravelmente maior, com resultados às
vezes catastróficos.
Ademais, a placenta com implantação anormal tem maior probabilidade de estar aderida
anormalmente ao útero, ou seja, de ser placenta acreta, o que também amplia de forma
exponencial o risco de hemorragias graves e outras complicações associadas, podendo
a gestante necessitar uma histerectomia. No Brasil, onde a incidência de cesarianas foi
de 45% em 2007, sendo que em algumas instituições chegou a 100%, esse é um grande
problema que pode levar a graves complicações no futuro.
Por esse motivo, entre outros, deve-se cada vez mais reunir esforços para diminuir os
índices de cesáreas como medida de redução da morbimortalidade materna.
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Saúde da criança e da mulher
Obesidade Gestacional
O que é obesidade?
Uma mulher grávida é considerada obesa quando apresenta índice de massa corporal
(IMC), que é a divisão da massa (em quilogramas) do indivíduo pelo quadrado de sua altura
(em metros), pré-gestacional superior a 30 kg/m2.
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Saúde da criança e da mulher
O ideal é que a futura mãe já tenha cuidados com a alimentação anteriores à gestação,
ou seja, condição nutricional pré-gestacional adequada, pois a gestação pode atuar como
desencadeante da obesidade, ou como agravante, quando aquela for pré-existente.
Orientação nutricional é parte fundamental. A mulher deve manter hábitos alimentares
saudáveis, seguir uma ingestão calórica apropriada, evitando alimentos ricos em gordura e
açúcares e praticar, se possível, atividade física.
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Saúde da criança e da mulher
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Parto Natural
O que costumamos chamar de “parto normal” é aquele que ocorre por via vaginal,
ou seja, não é uma cesariana. Já o parto natural, além de ser “normal” ou “vaginal”, ele
ocorre sem intervenções médicas. Ou seja, é essa a diferença entre parto normal e natural.
Assim, no parto natural, o bebê nasce sem que a mãe tenha recebido medicações para
analgesia ou que aumentem as contrações. Mas é importante entender que o parto natural
é um “subtipo” do parto normal. Uma vez que ele não deixa de ser por via vaginal, continua
sendo um parto normal.
O parto natural se encaixa bem no perfil de mulheres que preferem ter controle sobre
seu corpo e suas sensações, sem uso de monitoramento eletrônico, por exemplo. Dessa
forma, ela pode participar ao máximo do trabalho de parto, sem tantas limitações como fios
de aparelhos e acessos venosos para introdução de medicamentos. No entanto, é preciso
entender que nesse tipo de parto existe grande possibilidade de sentir dor ou desconforto
nesse processo. Para minimizar essas sensações, ser acompanhado por bons profissionais,
com apoio adequado, pode proporcionar bem-estar e sensação de superação.
Mínima possibilidade de efeitos colaterais para a mãe e para o bebê, uma vez que as
técnicas de parto natural não são invasivas;
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Saúde da criança e da mulher
• Controle a participação mais ativa quando chegar a hora de fazer força para o
bebê nascer.
parto cesárea
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Saúde da criança e da mulher
Esse tipo de parto pode ser programado pelo obstetra com antecedência caso seja o
desejo da mulher ou se houver risco de complicações para a mulher ou o bebê, como nos
casos da diabetes gestacional ou trabalho de parto prolongado e sem dilatação completa,
mas também pode ser feito em situações emergenciais como ruptura uterina ou infecção
da placenta, por exemplo.
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Saúde da criança e da mulher
• A parte final da cirurgia é o fechamento do corte. Neste ponto o médico irá costurar
todas as camadas de tecido cortada para o parto, o que pode demorar em média
30 minutos.
A realização da cesariana deve ser discutida juntamente com o médico, pois assim é
possível que seja feita uma avaliação geral do estado geral de saúde da mulher e do bebê.
Além disso, a realização de exames de rotina com o médico são importantes para verificar
a saúde ao longo da gestação e o desenvolvimento de complicações, como eclâmpsia,
diabetes gestacional e alterações na placenta, por exemplo.
Apesar de ser muitas vezes indicada quando são verificados riscos para a mãe ou
para o bebê associados à realização do parto normal, a cesariana pode ser realizada
independentemente da presença de complicações, desde que seja o desejo da mulher.
Possíveis riscos
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Saúde da criança e da mulher
• Desenvolvimento de infecção;
• Hemorragias;
• Trombose;
• Formação de queloide;
• Dificuldade na amamentação;
• Placenta acreta, que é quando a placenta fica presa ao útero após o parto;
• Placenta prévia;
• Endometriose.
Estas complicações são mais frequentes em mulheres que fizeram 2 ou mais cesáreas,
pois a repetição do procedimento aumenta as chances de complicações no parto e de
problemas de fertilidade.
parto humanizado
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Saúde da criança e da mulher
Durante o parto humanizado, o obstetra e a sua equipe está presente para garantir
a segurança da mãe e do bebê mesmo quando a grávida deseja pouca ou nenhuma
intervenção médica no momento do parto, e para intercorrências em que a assistência
médica seja indispensável.
Durante o processo de nascer no parto humanizado, o bebê não passa por situações
que antes eram comuns como sala gelada, afastamento da mãe nos primeiros segundos
de vida e ruídos altos desnecessariamente. Isso faz com que este bebê sinta menos dor e
desconforto, o que reduz a frequência de choro.
3. Aleitamento prolongado
Além do bem estar físico e psicológico da mulher, o laço afetivo entre mãe e bebê é
o principal pilar para que a amamentação ocorra, isso acontece pela presença do bebê e
pela da sucção da mama no contato pele a pele feito no momento do nascimento. Confira
o guia de amamentação para inciantes.
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Saúde da criança e da mulher
Durante todo o trabalho de parto o corpo da mulher libera hormônios, que serão
essenciais para a relação que será construída entre a mulher e a criança, e é pelo contato
pele a pele feito imediatamente após o nascimento, seja por parto vaginal ou cesária, que
este laço afetivo fortalece e se consolida.
Uma das características do parto humanizado é o contato pele a pele com o bebê no
mesmo instante do nascimento e é neste momento que ocorre a primeira mamada. O que
o bebê consome na primeira mamada é o colostro que juntamente com o contato com a
microbiota natural da pele da mãe, ajuda a fortalecer o sisteme imune do bebê, diminuindo
o risco de infecções.
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
- Escolar: 7 a 10 anos.
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• A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e obrigatória, pelo
menos no grau primário;
• A criança gozará de proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial,
religiosa ou de qualquer outra natureza ( ONU, 1959).
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Saúde da criança e da mulher
• Art 13º. Os casos de suspeita ou maus tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade.
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Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Idade Gestacional:
Peso Ao Nascer
• A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5
a 4 kg – entre percentis 10 e 90.
• P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou
inferior a 2,5 kg, abaixo do percentil 10.
• G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou
superior a 4 kg – acima do percentil 10.
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Saúde da criança e da mulher
RN PREMATURO
CONCEITO
É toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37 semanas e 6 dias, com peso
igual ou inferior a 2,5 kg e estatura igual ou inferior a 45 cm.
CLASSIFICAÇÃO:
ETIOLOGIA:
INCIDÊNCIA:
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS
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Saúde da criança e da mulher
• Fontanelas: amplas
• PC: 25/32 cm
• PT: 23/30 cm
Características Gerais:
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Saúde da criança e da mulher
pós maturo
CONCEITO
É toda criança nascida de uma gestação com mais de 42 semanas.
CAUSAS
A maioria desconhecida, porém se atribui a:
• Hereditariedade
• Primiparidade com mais de 28 anos
• Repouso excessivo
• Distúrbio endócrino
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Peso: O RN pode nascer com perda de peso. A placenta ao envelhecer perde sua
função, não conseguindo manter os nutrientes para o feto.
Tecido adiposo diminuído, depleção da gordura subcutânea, aspecto físico
comprometido, refletindo o desprovimento intrauterino, apresentando um aspecto
delgado e alongado.
• Estatura: cerca de 3 a 4 cm maior que o normal.
• Pele: macerada, enrugada, sem lanugem, sem vernix caseoso, apresentando
dobras, rachaduras, manchas enegridas, apergaminhada
• Unhas: ultrapassam a polpa digital, sujas de mecônio.Sulcos palmares profundos.
• Mãos: secas e descamadas.
COMPLICAÇÕES:
Aspiração de mecônio: provocada pela hipóxia intrauterina, associada com a acidose.
RN aspira o líquido amniótico que contém mecônio. (A hipóxia provoca relaxamento o
esfíncter anal).
Hipoglicemia: provocada pelo estoque de gordura. O glicogênio do fígado é logo
escasseado, necessitando, portanto de reservas energéticas.
Policitemia: aumento dos eritrócitos, elevando a viscosidade do sangue. A circulação
se torna lenta e é obstruída sobretudo nos capilares, assim o sangue não chega a circulação
periférica.
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rn alto risco
CONCEITO
CLASSIFICAÇÃO
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Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
cuidados imediatos ao RN
Objetivos:
• Impedir anóxia.
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Saúde da criança e da mulher
Na mesa cirúrgica
Recepção do RN
Logo após, deve-se trocar o campo molhado por um seco. A temperatura ideal do
berço de recepção é de 30 a 32ºC.
Para Segre (1991), Veiga & Monetti (1989) e Ramos (1978) a perda de
calor do recém-nascido pode ser evitada sendo assistido em sala sem corrente
de ar, recepção em campo estéril e aquecido, em superfície aquecida também
durante o transporte; a manutenção do calor corporal do recém-nascido é um
dos aspectos da assistência de enfermagem.
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Saúde da criança e da mulher
Introduzir a sonda de aspiração desligada para não provocar lesões nos tecidos das
vias aéreas e tracioná-la lentamente, aspirando de forma intermitente. Todo procedimento
de aspiração deve ser monitorizado por meio da ausculta cardíaca. Aspiração do conteúdo
gástrico: realiza-se após a aspiração das vias aéreas superiores, quando os movimentos
respiratórios estão regulares.
Pode ser realizado por via oral ou nasal. No caso de a criança ter deglutido sangue
ou mecônio a aspiração do conteúdo gástrico terá especial importância na profilaxia da
irritação da mucosa gástrica, evitando a ocorrência de vômito nas primeiras horas de vida.
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Saúde da criança e da mulher
Conforme Taralli (1989) e Ramos et al. (1978), a falta de eliminação do mecônio não
deve ultrapassar as 24 horas de vida. A não ocorrência dessa eliminação nesse período
pode sugerir existência de doenças do trânsito intestinal, tais como atresia e paralisia. Para
verificação de imperfuração anal, o ânus é obrigatoriamente examinado no primeiro exame
do recém-nascido.
Material necessário:
• Bandeja contendo sonda nasogástrica número 4 ou 6;
• Seringa de 10 ml;
• Esparadrapo;
• Água destilada ou soro fisiológico 20 ml;
• Estetoscópio;
• Luvas de procedimento.
Sequência do Procedimento:
• Lavar as mãos e calçar as luvas;
• Cuidar os movimentos da criança;
• Medir o comprimento da sonda a ser introduzida, dimensão que vai do lóbulo da
orelha até a narina, acrescido da que vai da narina até o apêndice xifoide, marcar
com esparadrapo;
• Fixar a sonda;
90
Saúde da criança e da mulher
• Para lavar introduz-se 5 ml de água destilada ou soro fisiológico de cada vez até
que o retorno seja límpido.
Pode ser realizada utilizando-se anel duplo de borracha ou clamp comercial de plástico.
A ligadura se faz a partir de 4 cm da parede abdominal, seccionando-se distalmente o
cordão a 1 cm do clamp, com tesoura ou bisturi estéril. Observar durante esse procedimento
a presença normal de duas artérias e uma veia. A superfície do coto deve ser higienizada
com álcool 70%. A ligadura definitiva do cordão umbilical pode ser realizada na hora do
nascimento.
Casanova (1991) afirma que o coto umbilical do recém-nascido deve ser inspecionado,
verificando a possibilidade de artéria única, caso isto ocorra é importante compreender que,
além disso, o recém-nascido poderá apresentar outras malformações, muitas vezes, não
evidentes na hora do nascimento.
Material necessário:
Sequência do procedimento:
• Lavar as mãos;
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Saúde da criança e da mulher
• Aplicar álcool 70% direto ou com cotonetes em toda extensão do coto, evitar que
escorra pela pele abdominal. Repetir o procedimento quantas vezes for necessário
para remover secreções ou sujidades;
• Lavar as mãos.
Colocação de pulseiras
Onde consta o nome completo da mãe, registro hospitalar, número do quarto e leito,
sexo do RN e hora e dia de nascimento. As pulseiras idênticas são colocadas na mãe e
no RN e a mesma deverá ser informada sobre esse procedimento para, com isso, sentir-
se segura a respeito da identificação do filho e que a pulseira deve ser mantida até a alta
hospitalar.
Por se tratar de documento legal da maior importância, deve ser realizado com cuidado,
já que borrões de tinta impedem a clara visualização das linhas plantares, inutilizando a
identificação. O ideal é utilizar tinta própria de base oleosa para impressão digital, a mesma
utilizada oficialmente para registro geral das pessoas. Deve-se realizar a limpeza prévia das
92
Saúde da criança e da mulher
plantas dos pés com gaze umedecida com água, removendo secreções e vérnix e depois
tomar cuidado para retirar totalmente a tinta após o procedimento, a fim de que a mesma
não seja absorvida.
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
medidas antropométricas
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Saúde da criança e da mulher
Verificação do peso
Vamos começar o estudo das medidas antropométricas pelo peso do bebê.A primeira
coisa a se fazer é desligar o ar-condicionado ou o ventilador e fechar todas as janelas
da sala. Sabe por quê? Porque precisaremos tirar todaa roupa do bebê, que pode então
acabar se resfriando sob ar frio. Evitandoque o bebê tome ar frio, você está humanizando
o atendimento.
E por que tirar as suas roupas? Porque queremos apenas o peso do corpo do bebê.
Teríamos uma informação errada se comparássemos o peso do bebêem um dia em que
estiver usando shorts, camiseta e sandálias com outro diaem que estiver usando tênis,
calça e casaco.
Coloque o bebê (já sem roupas) na cuba da balança forrada, mantendo a mão sempre
perto para evitar que ele caia. Mas cuidado! Sua mão não pode fazer peso na balança
porque queremos só o peso do bebê. Você vai perceber que à medida que o bebê se
mexe na balança, o valor do peso vai mudando também. Então, considere o peso que
aparecer no momento em que o bebê estiver mais quietinho, ou seja, fazendo o mínimo
de movimentos. Anote o valor do peso – em gramas – no papel apropriado. Terminamos o
processo de pesagem.
A verificação do peso deve ser realizada diariamente e no mesmo horário. Por que
pesar no mesmo horário? Imagine se um dia o recém-nascido for pesado de manhã, em
jejum, e no dia seguinte for pesado após umas boas mamadas. Será que a comparação dos
dois valores estará correta? Não. É mais acertado comparar valores de pesagens feitas no
mesmo horário. Além da medida do peso, as medidas dos perímetros abdominal e cefálico
também são feitas com o recém-nascido despido. Portanto, você pode tirar as medidas de
peso, perímetro cefálico e perímetro abdominal com o recémnascido despido, após pesálo.
E depois, então, coloque a roupa dele e tire a medida da altura e do perímetro cefálico.
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Saúde da criança e da mulher
Verificação da altura
Para verificar a estatura ou altura do recém-nascido, você vai precisar de uma régua
especialmente feita para isso – a régua antropométrica. Esta régua tem uma parte fixa
e uma parte móvel. Para realizar a medição, coloque o neonato em posição de decúbito
dorsal (deitado de barriga para cima) em uma superfície plana.
Observe a régua na Figura 4.4. Repare que ela tem a escala de 0 a 1 metro. A parte
fixa está no zero e deve ficar posicionada na cabeça do bebê. A parte móvel deve ser então
deslocada até o calcanhar do bebê, em direção ao marco de 1 metro. Mas atenção: estique
bem as pernas do bebê, segurando seus joelhos e mantenha a régua bem posicionada. Só
então faça a leitura e anote em papel apropriado.
Figura 4.4: Medindo a altura do bebê: a parte fixa da régua fica na cabeça do bebê e a parte
móvel se desloca até o calcanhar, de onde então se tira a medida.
A fita métrica é aquela muito usada pelas costureiras para medir tecidos. Elas a usam
também para medir o corpo da pessoa para quem vão costurar. Também pode ser usada
por pedreiros, engenheiros e outros profissionais.
97
Saúde da criança e da mulher
Se você ainda não conhece uma fita métrica, cabe aqui uma explicação importante:
ela tem dois lados. Um lado oferece a medida em centímetros.
Bom, agora que você está especialista em usar a fita métrica, mãos à obra! Coloque o
neonato em decúbito lateral (deitado para o lado esquerdo ou direito) e passe a fita métrica
a partir da maior saliência da cabeça, o osso occipital e acima das sobrancelhas (Figura
4.6). Segure o zero da fita métrica com o dedo polegar na altura do osso occipital. Segure
a fita métrica com a outra mão e dê a volta pela cabeça do bebê, acima das sobrancelhas,
até encontrar o polegar da outra mão no osso occipital. Agora, veja o número e anote. Essa
é a medida do perímetro cefálico do bebê.
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Banho do RN
Você, técnico em enfermagem, é muito importante nesse momento porque pode estar
ao lado das novas mamães, ensinando e encorajando-as (Figura 4.9). Fazendo isso,
você estará humanizando o cuidado mediato.
• banheira • fralda
• sabonete líquido neutro • roupa
• toalha macia • algodão
• haste flexível (cotonete) • óleo vegetal
• escova de cabelo • pomada antiassadura
O ambiente deve estar fechado, sem vento, para que o recém-nascido não se resfrie.
Ar-condicionado e ventiladores devem ser desligados pelo mesmo motivo. Isso significa
humanizar os cuidados mediatos. A seguir, você deve verificar a temperatura da água, que
deverá estar entre 36 e 37°C. Para isso, você pode usar um termômetro apropriado, ou
colocar a parte inferior do antebraço ou cotovelo na água.
100
verificar a temperatura da água, que deverá estar entre 36 e 37°C. Para isso,
você pode usar um termômetro apropriado, ou colocar a parte inferior do
Saúde da criançaantebraço
e da mulher ou cotovelo na água.
Veja
Vejaoopasso
passoa apasso
passoa seguir, que
a seguir, explica
que como
explica dardar
como o banho nono
o banho bebê.
bebê.
Atividade 3
Atende ao Objetivo 3 e à Competência 1
103
Vamos dar banho no bebê?
Saúde da criança e da mulher
Importante se lembrar
À Enfermagem cabe:
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
alojamento conjunto
Conceito
Vantagens
A permanência do recém-nascido sadio com sua mãe, com a prática de ações que
configuramo sistema conhecido como “Alojamento Conjunto”, tem por vantagens:
107
Saúde da criança e da mulher
h) facilitar o encontro da mãe com o pediatra por ocasião das visitas médicas para o
exame do recém-nascido, possibilitando troca de informações entre ambos;
i) desativar o berçário para recém-nascidos normais, cuja área poderá ser utilizada de
acordo com outras necessidades do hospital.
atenção no poerpério
Objetivos:
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido;
• Orientar e apoiar a família para a amamentação;
• Orientar os cuidados básicos com o recém-nascido;
• Avaliar interação da mãe com o recém-nascido;
• Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las;
• Orientar o planejamento familiar.
Uma vez que boa parte das situações de morbidade e mortalidade materna e neonatal
acontecem na primeira semana após o parto, o retorno da mulher e do recém-nascido ao
serviço de saúde deve acontecer logo nesse período. Os profissionais e os serviços devem
estar atentos e preparados para aproveitar a oportunidade de contato com a mulher e o
recém-nascido na primeira semana após o parto para instituir todo o cuidado previsto para
a “Primeira Semana de Saúde Integral”.
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Saúde da criança e da mulher
Anamnese
• Condições da gestação;
109
Saúde da criança e da mulher
Avaliação clínico-ginecológica:
• Observar estado geral: pele, mucosas, presença de edema, cicatriz (parto normal
com episiotomia ou laceração/cesárea) e membros inferiores;
Orientar sobre:
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Saúde da criança e da mulher
– se a mulher não deseja, ou não pode, usar a LAM, ajudar na escolha de outro
método;
– disponibilização do método escolhido pela mulher com instruções para o uso, o que
deve ser feito se este apresentar efeitos adversos e instruções para o seguimento.
Primeiros Dias do RN
111
Saúde da criança e da mulher
– O exame físico deve ser realizado com a criança despida, mas em condições técnicas
satisfatórias.
EXAME NEUROLÓGICO:
Nome popular para a Triagem Neonatal, o teste do pezinho é gratuito e deve ser feito
a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Por ser uma parte
do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido em uma única punção,
rápida e quase indolor para o bebê. No teste, o sangue da criança é coletado em papel
filtro especial.
112
Saúde da criança e da mulher
Em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de
70 para identificar duas doenças (chamadas pelos especialistas de “anomalias congênitas”,
porque se apresentam no nascimento): a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Ambas, se não
tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental.
Por meio de lei federal, o teste se tornou obrigatório em todo o País, em 1992, embora
ainda não alcance a totalidade dos recém-nascidos. A portaria de número 822, de 6 de
junho de 2001, assinada pelo ex-ministro José Serra, criou o Programa Nacional de Triagem
Neonatal (PNTN) com o objetivo de atender a todos os recém-natos em território brasileiro.
Atualmente, já existe uma versão ampliada, que permite identificar mais de 30 doenças
antes que seus sintomas se manifestem. Trata-se, no entanto, de um recurso sofisticado e
ainda bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.
DOENÇAS DIAGNOSTICADAS
113
Saúde da criança e da mulher
Conseqüências
• Deficiência mental irreversível.
• Convulsões, problemas de pele e cabelo.
• Problemas de urina e até invalidez permanente.
Tratamento: Controle alimentar com dieta especial à base de leite e alimentos que
não contenham fenilalanina, sob rigorosa orientação médica, para que o bebê fique bom e
leve uma vida normal.
Conseqüências
Tratamento
Administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê
fique bom e tenha uma vida normal.
MÉTODO DE COLETA:
114
Saúde da criança e da mulher
• Usar uma lanceta fina e puncionar a face lateral do calcanhar, com movimento
firme e único, seguido por movimento de rotação bilateral
• Formar uma gota grande e encostar o papel filtro deixando saturar os círculos até
Embora ainda não seja um programa nacional, muitos estados brasileiros já realizam
a Triagem Auditiva Neonatal (TAN). Esse teste é feito para saber se o recém-nascido tem
algum tipo de problema auditivo que dificulte sua audição.
O teste do olhinho é fácil, não dói, não precisa de colírio e é rápido (de dois a três
minutos, apenas). Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, tipo uma
“lanterninha”, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida
por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo.
115
Saúde da criança e da mulher
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
Introdução
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Saúde da criança e da mulher
• O leite da mãe é adequado, completo, equilibrado e suficiente para o seu filho. Ele
é um alimento ideal. Não existe leite fraco;
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Saúde da criança e da mulher
• Evita diarréia;
• Evita infecção respiratória;
• Diminui o risco de alergias;
• Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes;
• Reduz a chance de obesidade;
• Melhor nutrição;
• Efeito positivo na inteligência;
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal;
• Proteção contra câncer de mama;
• Evita nova gravidez (98% de eficácia, nos 6 primeiros meses de gravidez, desde
que a mãe esteja amamentando exclusiva ou predominantemente e ainda não tenha
menstruado);
• Menores custos financeiros;
• Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho;
• Melhor qualidade de vida.
Produção do leite materno
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Saúde da criança e da mulher
120
Saúde da criança e da mulher
Nos primeiros dias após o leite, a produção de leite é pequena, menos que 10ml/dia,
mas a partir do 4º dia a mãe é capaz de produzir, em média, 60ml de leite. A quantidade
de leite produzido irá variar de acordo com a frequência que a criança mama, quanto mais
a criança mamar, maior será a produção de leite. Por volta do 6º mês após o nascimento
do bebê, a mãe é capaz de produzir 800ml de leite por dia, a produção é maior do que a
quantidade necessária para o bebê por dia (BRASIL, 2009).
121
Saúde da criança e da mulher
A sucção do bebê
“O bebê bebe o leite tomando o mamilo bem posteriormente na sua boca e fechando
os lábios fortemente em torno do tecido mamário, comprimindo os seios lactíferos atrás da
área areolar para espremer o leite, sugando este e deglutindo-o” (ZIEGEL e GRANLEY,
1985, p. 542). A língua fica elevada e as bordas laterais e a ponta, formando uma concha
(canolamento) que leva o leite até a faringe posterior e esôfago e ativa o reflexo de
deglutição.
122
Saúde da criança e da mulher
Para que a mãe continue a produzir leite suficiente para o bebê é necessária a ingestão
de calorias e de líquidos além do que ela tem costume. Uma alimentação adequada durante
a amamentação também é importante, consumir dieta variada, incluindo pães e cereais,
frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes; consumir três ou mais porções de
derivados do leite por dia; consumir frutas e vegetais ricos em vitamina A; consumir com
moderação café e outros produtos cafeinados (BRASIL, 2009).
Ingurgitamento mamário
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Saúde da criança e da mulher
Mamilos doloridos
Mastite
Mastite: qualquer fator que interrompa o fluxo de leite pela mama pode resultar numa
mastite. Esses bloqueios podem ser ocasionados por mau posicionamento do bebê, ou
vigência de um obstáculo no trajeto de drenagem do leite em um setor da mama. Tais
obstáculos podem surgir por bloqueio do ducto, redução na frequência das mamas ou
compressão pelos dedos que seguram a mama, “a mastite se estabelece quando do
extravasamento de substâncias do leite, através das paredes celulares rotas, para o tecido
conjuntivo em volta, produzindo um processo inflamatório local” (CARVALHO e TAMEZ,
2005, p. 158).
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Saúde da criança e da mulher
Rachaduras e fissuras
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
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Saúde da criança e da mulher
Capítulo 13 - IMUNIZAÇÃO
As vacinas (cujo nome advém de vaccinia, o agente infeccioso da varíola bovina, que,
quando é injetado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano)
são substâncias tóxicas, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam
uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção
por um determinado agente patogênico, por forma a tornar o organismo imune a esse
agente (e às doenças por ele provocadas).São, geralmente, produzidas a partir de agentes
patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de venenos, previamente enfraquecidos. Por
inserir no organismo esse tipo de substâncias, os efeitos colaterais podem ser adversos,
correspondendo ao esforço que nosso corpo está fazendo para controlar as substâncias.
BCG
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Saúde da criança e da mulher
• Agulha: 13x3,8
HEPATITE B
• Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco. Eventos adversos:
dor no local da injeção e febre baixa. Contra-indicação: reação anafilática sistêmica
na dose anterior.
• Conservação:geladeira, +2+8ºC.
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Saúde da criança e da mulher
TETRAVALENTE
• Esquema: 3 doses de 0,5ml a partir dos 2 meses de idade, com intervalo entre as
doses de 60 dias e no mínimo 30 dias.
• Agulha: 20x5,5.
• OBS: Não administrar em crianças maiores de 1 ano. Caso, o esquema não esteja
completo, completar com DTP.
• Conservação: +2 +8ºC.
• Idade: 1º primeiro reforço aos 15 meses e o 2º reforço entre 4-6 anos. Idade
mínima aos 12 meses.
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Saúde da criança e da mulher
TRÍPLICE VIRAL
• Idade: a partir dos 12 meses de idade, recomenda-se aos 15 meses para coincidir
com o reforço da DTP e pólio.
• Agulha: 13x4,5 .
• Conservação: +2+8ºC.
FEBRE AMARELA
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Saúde da criança e da mulher
ROTAVÍRUS
VACINA PENTAVALENTE
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Saúde da criança e da mulher
VACINA MENINGOCÓCICA
Composição : A vacina inativada poliomielite (VIP) foi desenvolvida em 1955 pelo Dr.
Jonas Salk. Também chamado de “vacina Salk”, a VIP é constituída por cepas inativadas
(mortas) dos três tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos eles.
132
Saúde da criança e da mulher
deverá ser administrada aos 2 meses (1ª dose) e 4 meses (2ª dose) de idade, e a VOP aos
6 meses (3ª dose) e 15 meses de idade (reforço). A preferência para a administração da
VIP aos 2 e 4 meses de idade tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento
adverso pós-vacinação.
133
Saúde da criança e da mulher
Referência Bibliográfica
atividades
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Saúde da criança e da mulher
Introdução
Após o nascimento, o bebê pode apresentar vários problemas e para evitar que se
agravem é necessário que a mãe e a família fiquem atentos aos sinais que podem servir de
alerta para que se possa oferecer os devidos cuidados o mais rápido possível. Falaremos
agora de algumas das patologias que o bebê pode apresentar.
Problemas respiratórios
O bebê pode apresentar problemas respiratórios logo após o parto ou horas ou dias
após. Tais problemas podem ser causados por “infecção, doença cardíaca ou pulmonar,
temperatura corporal anormal, baixa glicose, ou outras doenças” (BECK et al, 2000, p.
130). Quando o bebê é acometido por algum problema respiratório toda a energia do bebê
é usada para tentar obter oxigênio suficiente para o seu corpinho. “Isso significa que o
recém-nascido não tem energia suficiente para ficar aquecido, crescer nem para combater
infecções” diante de um problema respiratório, por isso, tais problemas podem levar o bebê
à morte (BECK et al, 2000).
Infecções
Infecção generalizada
135
Saúde da criança e da mulher
“podem se espalhar pelo corpo por causa de uma infecção cutânea,do cordão umbilical ou
de outro órgão. Sepsis e uma doença grave e pode rapidamente resultar em morte” (BECK
et al, 2000, p. 130).
Infecções localizadas
• Cortar o cordão umbilical com tesoura estéril ou com uma gilete nova;
• Manter o cordão umbilical descoberto, limpo e seco. Evitar colocar qualquer coisa no
cordão umbilical;
• Somente dar banhos de esponja (não imergir o bebê em água) ate o cordão umbilical
cair e sarar.
136
Saúde da criança e da mulher
Infecção cutânea
Infecção ocular
“Uma infecção ocular e uma infecção do revestimento dos olhos. As pálpebras ficam
inchadas e avermelhadas e há fluído ou pus nos olhos. Muitos organismos diferentes
causam infecções nos olhos”(BECK et al, 2000, p. 138). Gonorréia e clamídia, infecções
sexualmente transmitidas da mãe podem resultar em infecção ocular no recém-nascido
durante o parto. Existem outras formas menos grave de contágio por germes que infecta o
bebê e estão presentes no meio ambiente.
137
Saúde da criança e da mulher
O bebê pode pegar esta infecção facilmente nos primeiros meses de vida devido ao
fato do sistema imunológico do bebê ainda estar se desenvolvendo. A língua do bebê fica
coberta por uma camada branca e a boca do bebê fica dolorida a ponto dele não conseguir
mamar mesmo estando com fome e o fato de não se alimentar bem pode levar o bebê a
adoecer rapidamente, pois pode causar perda de peso e desidratação. A infecção pode
avançar e atingir o estômago e os intestinos do bebê chegando até as fezes e espalhando
a infecção pelas navegas causando exantema avermelhado e dolorido (BECK et al, 2000).
O sapinho precisa ser tratado o mais rápido possível, pois, “a infecção por fungo
também pode passar para os mamilos da mãe. A mãe notará que seus mamilos estão
doloridos e avermelhados. Ela sentirá dor no seio quando o bebê mamar” (BECK et al, 2000,
p. 138). Para evitar o sapinho é importante orientar a mãe a dar mamar exclusivamente no
seio, desde o nascimento do bebê, pois esta ação faz com que as substâncias imunológicas
sejam transferidas para a mãe e depois para o recém-nascido. É preciso lavar as mãos
sempre que for tocar no bebê e lavar tudo o que vai entrar em contato com o bebê, roupas,
copos. Assim que observar o sapinho é preciso procurar assistência médica.
Uma temperatura abaixo de 36°C é baixa para o bebê, quando o corpo do bebê fica
nesta temperatura o fenômeno chama-se hipotermia ou temperatura baixa. A hipotermia
pode acontecer logo após o parto, a menos que o bebê seja protegido. São causas da
hipotermia: o quarto muito frio, quando o bebê fica exposto ao vento, quando ele fica
molhado, quando ele fica descoberto, mesmo por curto período de tempo, quando o bebê
138
Saúde da criança e da mulher
é colocado numa superfície fria ou perto de uma parede fria ou janela, quando o bebê não
está se alimentando bem, quando o bebê teve asfixia no parto e não consegue produzir
energia suficiente para se manter aquecido (BECK et al, 2000).
A hipotermia traz riscos para o bebê, assim que ela for identificada precisa ser
controlada. Longos períodos de hipotermia podem ser fatais para o bebê. São sinais de
hipotermia: a pele do recém-nascido endurece e fica avermelhada, principalmente nas
costas e nos membros, o rosto também fica bastante avermelhado (“esse é um sinal grave
e pode ser confundido com um sinal de boa saúde”); (BECK et al, 2000, p. 142) o coração do
bebê passa a não funcionar bem, a respiração se torna irregular, pode haver sangramento
principalmente nos pulmões, pode haver icterícia, sem o devido tratamento o bebê pode vir
a morrer (BECK et al, 2000).
“Se a mãe apresentou qualquer dos seguintes problemas de saúde durante a gravidez
ou trabalho de parto, o bebê precisa de tratamento para evitar infecção”: sífilis, tuberculose,
HIV, infecção materna durante o trabalho de parto (BECK et al, 2000, p. 146).
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Saúde da criança e da mulher
Sífilis
Os sinais incluem:
• Exantemas ou bolhas e descamamento das palmas das mãos e das plantas dos pés;
• Abdômen distendido;
• Esgotamento respiratório;
• Icterícia.
IM no nascimento;
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Saúde da criança e da mulher
Tuberculose (TB)
HIV/AIDS
Mas, todos os bebês de mães HIV positivas irão carregar o anticorpo do HIV materno
até 12 a 18 meses de idade. “Isso significa que o teste de HIV padrão não é capaz de
mostrar se o bebê tem HIV até ele ter pelo menos 12 meses de idade (depois de os
anticorpos maternos do HIV terem desaparecido) (BECK et al, 2000, p. 147). Um bebê HIV
positivo adoece muito mais rápido do que um adulto HIV positivo devido ao fato do sistema
imunológico do recémnascido ser mais fragilizado.
“Se a mãe apresentou sinais de infecção aguda durante o trabalho de parto, o bebê
esta sob risco de sepsis e deve ser tratado com antibióticos. Há um alto risco de infecção
materna se as membranas rompem mais de 18 horas antes do nascimento do bebê” (BECK
et al, 2000, p. 147). São sinais de infecção materna durante o trabalho de parto: febre,
calafrios, corrimento vaginal de odor desagradável. É preciso oferecer ao recém-nascido
alguns cuidados como se certificar se o bebê conseguiu amamentar e está aquecido, o
médico irá dar a primeira dose de antibióticos (BECK et al, 2000).
Referência Bibliográfica
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atividades
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Saúde da criança e da mulher
UTI-NEONATAL
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é um lugar onde uma equipe fica 24 horas
por dia de plantão para o tratamento de recém-nascidos que apresentam algum risco de
vida e bebês nascidos prematuramente. Nem sempre os bebês internados nas Unidades de
Terapias Intensivas neonatais estão doentes, algumas vezes eles estão apenas crescendo
e se tornando aptos para respirar e deglutir, este fato necessita de um amadurecimento e
muitas pessoas estão envolvidas neste processo para oferecer o melhor tratamento.
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Saúde da criança e da mulher
Ao verificar uma prescrição médica, o enfermeiro deve observar com atenção cada
item e atentar especialmente à via de administração. Para isso é importante reconhecer as
abreviaturas padronizadas, por exemplo, uma medicação via oral será prescrita como VO,
medicação intravenosa como IV ou EV e intramuscular como IM.
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Saúde da criança e da mulher
miligrama (mg), quilograma (kg), dose ou micrograma (mcg), e, sobretudo, nas diluições de
cada medicamento. Existem literaturas específicas que orientam a terapia medicamentosa
em neonatologia, como o NeoFax, utilizado em muitos países, inclusive no Brasil, um guia
completo e específico, que contempla as medicações e recomendações, como: vias de
administração; indicações; diluições; compatibilidades e incompatibilidades.
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Saúde da criança e da mulher
147
Saúde da criança e da mulher
Reações Alergicas
A criança pode apresentar pele muito seca, irritação, coceira em excesso, choro,
irritabilidade e cocô com sangue. Porém, é importante ressaltar que nem tudo o que coça é
alergia no bebê, e nem toda alteração no cocô é alergia alimentar! Se você está na dúvida,
se sente inseguro em relação a essas queixas, é hora de consultar o pediatra ou o alergista
e tirar as dúvidas.
A gama de alergias é grande, assim como condições benignas não alérgicas também
são comuns em bebês. Seja para um diagnóstico preciso ou até para descartar e acalmar o
coração aflito dos cuidadores, mantenha o acompanhamento regular com o pediatra.
• Alergia alimentar;
Embora menos comuns, as alergias alimentares também são preocupantes nos ebês.
A alergia à proteína do leite de vaca, pode aparecer bem cedo, principalmente quando o
bebê precisa complementar a alimentação com fórmulas prontas. Se o bebê mantém o
aleitamento exclusivo até os seis meses, como recomendado pelo Ministério da Saúde,
as alergias alimentares aparecem mais tarde, quando a criança inicia a alimentação
complementar. Entre as comidas, aquelas que mais costumam causar alergia nos bebês
são o leite de vaca, a clara do ovo, a soja, o trigo, o amendoim, as castanhas, os peixes e
os frutos do mar. No caso do trigo, a alergia pode ser ao glúten ou à própia proteína do grão.
As reações tendem a ser leves na maioria dos casos, mas como a saúde do bebê é
muito delicada, é importante ter toda a atenção. Se os quadros alérgicos forem persistentes,
e você não conseguir identificar a causa, será necessário um acompanhamento com um
alergista, que poderá fazer testes específicos para identificar os fatores desencadeantes.
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Saúde da criança e da mulher
Em boa parte dos casos, suspender o uso do produto ou alimento que causou a
alergia é suficiente. Em outros casos, no entanto, pode ser preciso usar medicamentos
antialérgicos e corticoides para tratar e controlar os sintomas. Mas atenção! Apenas o
pediatra pode receitar essas medicações, pois é preciso que a dosagem esteja correta para
que o remédio não vire veneno. Jamais dê ao seu filho qualquer remédio sem indicação
médica, eles podem ser muito perigosos para a saúde do recém nascido
Referência Bibliográfica
atividades
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OBJETIVO
MATERIAL
• Prontuário.
• No caso das puérperas com bebê, averiguar com o residente da pediatria e/ou
pediatra do plantão se o recém-nascido (RN) também terá alta. Caso contrário, a
puérpera permanecerá na unidade como acompanhante do RN.
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Saúde da criança e da mulher
• Solicitar ao (à) técnico (a) de enfermagem a retirada de acesso venoso, caso exista,
assim como a checagem do término de antibiótico (se a paciente estava em uso) e /
ou outras medicações pertinentes.
• Orientar à puérpera quanto a consulta puerperal a ser realizada na UBS mais próxima
de sua residência, caso a mesma não tenha feito pré-natal no alto risco. Em caso de
gestantes de alto risco o acompanhamento deverá ser feito no ambulatório de egresso
puerperal do HULW.
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Saúde da criança e da mulher
• Solicitar que o leito ocupado pela paciente seja higienizado pela equipe deserviços
gerais.
Recomenda-se uma visita domiciliar na primeira semana após a alta do bebê. Caso
o recém-nascido (RN) tenha sido classificado como de risco, a visita deverá acontecer nos
primeiros 3 dias após a alta. O retorno da mulher e do recém-nascido ao serviço de saúde
e uma visita domiciliar, entre 7 a 10 dias após o parto, devem ser incentivados desde o pré-
natal, na maternidade e pelos agentes comunitários de saúde na visita domiciliar.
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• Dê a ela uma informação geral sobre os métodos que podem ser utilizados no pós-
parto;
Os critérios que autorizam o uso de LAM como método contraceptivo seguro conforme
o Consenso de Bellagio são amenorréia, amamentação exclusiva ou quase exclusiva
e intervalo pós-parto menor que seis meses. Para mulheres com risco inaceitável para
gestação, outros métodos, além da amenorréia da lactação devem ser empregados.
• Se a mulher não deseja ou não pode usar a LAM, ajude-a na escolha de outro
método;
• Disponibilize o método escolhido pela mulher com instruções para o seu uso, dizendo-
lhe o que deve ser feito se o método apresentar efeitos adversos e dando-lhe instruções
para o seguimento;
A suplementação rotineira de vitamina A (200.000 UI por via ora, dose única) para
lactantes não tem impacto na morbimortalidade materna ou infantil (Grau de evidência A) (1).
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Referência Bibliográfica
atividades
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ADMISSÃO:
A criança pode perceber a hospitalização como um abandono por parte dos pais
ou uma punição pelos seus erros , e também apresenta medos e fantasias relacionados
ao hospital, gerando ansiedade, e manifestando reações emocionais e comportamentais
regressivos.
A criança e a mãe bem recebidos e orientados terão mais facilidade para aceitar
e colaborar com as condutas e procedimentos diagnósticos e terapêuticos.´É importante
salientar a necessidade de se ter para com a criança uma atitude maternal e gentil, sem,
entretanto, mima-la em excesso, assim como mentir para criança.
PROCEDIMENTOS:
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Saúde da criança e da mulher
Porém, há casos de crianças que ficam hospitalizados durante meses e nunca são
visitadas pelos familiares; acostumam-se ao hospital e não querem voltar para casa. No
entanto, esses devem ser avisadas com antecedência e preparadas para aceitarem alta e
o retorno ao lar.
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ALTA:
A alta da criança, devido a implicações legais, deve ser dada por escrito pelo médico.
Em geral a criança hospitalizada está sempre ansiosa para voltar para casa, e sua ansiedade
aumenta em saber que se aproxima o momento da alta. Daí a necessidade de evitar que
ela tome conhecimento desse fato, até que se tenha certeza de que a família está avisada
e virá buscá-la.
Os sinais vitais são parâmetros para avaliar as funções vitais e podem orientar no
diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clinico do paciente.
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Referência Bibliográfica
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atividades
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• Antropometria d recém-nascido
• Banho do RN
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