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DIREITO PENAL
Crimes contra a Honra
Rodrigo Pardal
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Crimes contra a Honra.. ..................................................................................................................................................4
Calúnia (Artigo 138).. .......................................................................................................................................................4
Difamação (Artigo 139).. ................................................................................................................................................5
Injúria (Artigo 140)...........................................................................................................................................................5
Perdão Judicial (§1º).. ......................................................................................................................................................6
Injuria Real (§2º). . ..............................................................................................................................................................6
Injuria por Preconceito ou Racial (§3º)................................................................................................................6
Disposições Comuns dos Crimes contra a Honra (141 a 145 do CP).....................................................8
Artigo 141 – Aumento de Pena. . ................................................................................................................................8
Artigo 142 – Exclusão do Crime...............................................................................................................................9
Artigo 143 – Retratação (apenas para Calúnia ou Difamação). .......................................................... 10
Artigo 144 – Pedido de Explicações em Juízo............................................................................................... 10
Artigo 145 – Natureza da Ação Penal nos Crimes contra Honra........................................................ 10
Questões de Concurso..................................................................................................................................................11
Gabarito...............................................................................................................................................................................27
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 28
Referências........................................................................................................................................................................64
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Crimes contra a Honra
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Apresentação
Olá a todas e todos! Este é nosso material de crimes contra a honra!
Contem comigo e bons estudos!
Rodrigo Pardal
Instagram: @profrpardal
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Difamação
Calúnia (artigo 138) Injúria (artigo 140)
(artigo 139)
Imputação de fato
Imputação de fato falso Adjetivação pejorativa a
ofensivo, porém não
definido como crime alguém
definido como crime
PEGADINHA DA BANCA
A imputação de fato definido como contravenção penal caracteriza difamação.
É punível a calúnia contra os mortos (artigo 138, §2º). Neste caso se tutela o interesse da
família em zelar pela honra do falecido. Contudo, não se pune difamação ou injuria contra
os mortos.
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Crimes contra a Honra
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Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de calúnia? A discussão gira em torno da respon-
sabilidade penal da pessoa jurídica, pois para que seja vítima de calúnia é pressuposto que
possa cometer crimes.
Mudança fundamental do fato: Se alguém de fato furtou, mas imputo à pessoa falsamente
a prática de estupro haverá calúnia? Sim, pois houve mudança fundamental do fato (Noronha).
Autocalúnia: Constitui crime do artigo 138? Constitui crime? Não é o crime do artigo 138,
mas pode ser o delito de autoacusação falsa (artigo 341 do CP).
Exceção da verdade: Instituto por meio do qual o sujeito ativo do delito pode demonstrar, em
juízo, a veracidade da imputação feita ao sujeito passivo. Procedente a exceção da verdade, o
sujeito ativo da calúnia será absolvido por atipicidade do fato. Em regra, na calúnia, a exceção
da verdade é cabível, salvo em três casos indicados na lei (artigo 138, §3º). Portanto, na calú-
nia, a exceção da verdade é regra.
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PEGADINHA DA BANCA
É possível injúria por gesto? Pessoa estende mão para cumprimentar outra pessoa, e esta não
estende sua mão (típico vácuo!). Esta recusa deve ser ostensiva e dolosa.
Exceção da verdade: Não existe exceção da verdade na injúria, porque não há fato na injú-
ria, e a exceção da verdade visa provar fato.
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Racismo (artigo 20 da
Injúria por preconceito
Lei n. 7.716/89)
***O STJ entendeu em dois julgados, seguindo entendimento de Nucci, que com o advento da
Lei n. 9.459/1997, introduzindo a denominada injúria racial, criou-se mais um delito no cenário
do racismo, portanto, imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão (AgRg no AREsp
686965/DF – agravo regimental no agravo em recurso especial – Rel. Min. Ericson Maranho,
Sexta Turma, DJe 31/08/2015 e AgRG no AREsp 734.236/DF; Rel. Min. Nefi Cordeiro; Sexta
Turma; j. 27/02/2018). Não se trata de interpretação extensiva como tem sido dito, mas de
interpretação sistemática. O STF foi questionado sobre isso na Ação cautelar 4.216 e AgRg no
AgRE 983.531/DF, mas não se ateve ao mérito e não modificou, nem manteve a decisão do STJ
sob o argumento de que se trata de matéria infraconstitucional e, portanto, não poderia apre-
ciar em sede de RE. A questão voltou ao STF no HC 154.248 de relatoria do Min. Edson Fachin.
Este votou pela equiparação, entendendo que injúria racial é uma espécie do gênero racismo;
portanto, é imprescritível. Já, Nunes Marques abriu a divergência nesta quarta, sob argumento
de que as condutas dos crimes são diferentes e que a imprescritibilidade da injúria racial só
pode ser implementada pelo Poder Legislativo. De acordo com Nunes Marques, não é possível
interpretar a prescrição de forma extensiva, já que trata-se de “uma exceção feita pelo Consti-
tuinte”. A gravidade do delito, afirmou, “não pode servir para que o Poder Judiciário amplie as
hipóteses de imprescritibilidade previstas pelo legislador e nem altere o prazo previsto na lei
penal”. Em voto-vista apresentado, Alexandre seguiu o relator. O ministro apontou que é obje-
tivo fundamental da República Federativa do Brasil “promover o bem de todos, sem preconcei-
tos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (artigo 3º, IV,
da Constituição). Além disso, o país deve pautar suas relações internacionais pelo “repúdio ao
terrorismo e ao racismo” (artigo 4º, VIII, da Constituição). E o artigo 5º, XLII, da Carta Magna,
determina que o racismo é crime inafiançável e imprescritível. De acordo com Alexandre, a
Constituição considera inafiançável e imprescritível a prática do racismo, não apenas de um
tipo penal nomeado “racismo”. E isso vale tanto para o crime da Lei n. 7.716/1989 quanto para
a injúria racial. “Referir-se a alguém como expressões preconceituosas, como ‘negrinha nojen-
ta, ignorante e atrevida’, foi uma manifestação ilícita e preconceituosa em razão da condição
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de negra da vítima. Então houve um ato de racismo”, declarou o ministro. Essa interpretação
permite uma efetivação plena do combate ao racismo no Brasil, avaliou Alexandre. “Somente
assim poderemos atenuar esse sentimento de inferiorização que as pessoas racistas querem
impor às suas vítimas”. O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux. Ao final entendeu-se que
o crime de injúria racial, porquanto espécie do gênero racismo, é imprescritível (HC 154248/
DF, Plenário, relator Min. Edson Fachin, julgamento em 28.10.2021).
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro – aqui em razão do car-
go da pessoa. Em relação ao chefe de governo estrangeiro é necessário que ele esteja em território
nacional, isso decorre do item 49, §4º da exposição de motivos que diz a expressão “em visita ao
pais”. Presidente da Republica não é funcionário público e sim agente político do Estado.
II – contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Fe-
deral, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal;
Qual a diferença entre injúria majorada por ter sido praticada contra funcionário público
e desacato (art. 331 do CP)?
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação
ou da injúria – pois aqui o dano a honra é maior. Quantas pessoas no mínimo a expressão “várias”
inclui?? A interpretação que se dá é de que quando a lei fala em varias pessoas esta falando sempre
no mínimo 3 ou mais pessoas com condições de entender o crime praticado
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de in-
júria – NÃO SE APLICA A INJURIA. Qual a razão de não se aplicar a injuria? É que existe a injuria por
preconceito (140, § 3º), e na injuria por preconceito esta incluída o idoso ou portador de deficiente.
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§1º – injuria/difamação/calunia mercenária – quando praticada mediante paga ou promessa de
pagamento – pena no dobro
§2º – cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de com-
putadores – aumento no triplo (Lei n. 13.964/2019 – veto derrubado)
II – a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a inten-
ção de injuriar ou difamar;
III – o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que
preste no cumprimento de dever do ofício.
JURISPRUDÊNCIA
Imunidade parlamentar material: Entendeu o STF que essa imunidade apenas abarca as
declarações que apresentem nexo direto e evidente com o exercício das funções parla-
mentares. Parlamentar teria desferido ofensas verbais a artistas, ao afirmar, dentre outras
imputações, que eles teriam “assaltado” os cofres públicos ao angariar recursos oriundos
da Lei Rouanet. No caso concreto, embora aludindo à Lei Rouanet, o parlamentar nada
acrescentou ao debate público sobre a melhor forma de distribuição dos recursos desti-
nados à cultura, limitando-se a proferir palavras ofensivas à dignidade dos querelantes.
O Parlamento é o local por excelência para o livre mercado de ideias – não para o livre
mercado de ofensas. A liberdade de expressão política dos parlamentares, ainda que
vigorosa, deve se manter nos limites da civilidade. Ninguém pode se escudar na inviola-
bilidade parlamentar para, sem vinculação com a função, agredir a dignidade alheia ou
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difundir discursos de ódio, violência e discriminação (STF; PET 7174/DF; 1ª Turma; rel.
para acórdão rel. Min. Marco Aurélio; j. 10/03/2020 – Informativo 969).
Crime contra a honra e rede social: A autoria desses crimes praticados por meio da inter-
net demanda: (i) demonstração de que o réu é o titular de página, blogue ou perfil pelo
qual divulgado o material difamatório; (ii) demonstração do consentimento — prévio, con-
comitante ou sucessivo — com a veiculação em seu perfil; (iii) demonstração de que o réu
tinha conhecimento do conteúdo fraudulento da postagem (animus injuriandi, caluniandi
ou diffamandi) (STF; 1ª Turma; AP 1021/DF; rel. Min. Luiz Fux; j. 18.08.2020 – Informativo
987).
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2021/NC-UFPR/PC-PR/NC-UFPR/2021/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA) Durante um
acalorado debate motivado por questões políticas, X.X. afirmou, de dedo em riste, que Y.Y. era
um “tremendo corrupto metido a santo, um baita de um hipócrita!”. Com base no exposto, é
correto afirmar que X.X. cometeu o crime de:
a) injúria preconceituosa.
b) injúria na forma simples.
c) difamação.
d) calúnia.
e) injúria real.
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a) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria racial sem
causa de aumento, que é de ação penal pública incondicionada;
b) não poderá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria racial
majorada, que exige representação da vítima;
c) deverá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de racismo, que é de ação penal
pública incondicionada;
d) não poderá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de injúria racial simples, que
é de ação penal privada;
e) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime praticado foi de injúria racial majorada, que é
de ação penal pública incondicionada.
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pode deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou direta-
mente a injúria, conforme dispõe o artigo 140 do Decreto-lei n. 2.848, de 1940.
II – Difamar alguém, imputando-lhe um fato ofensivo à sua reputação, é uma atitude que
incorre em pena de reclusão, de três a seis anos, ou multa, conforme determina o artigo
139, Parágrafo único, do Código Penal.
III – Expor alguém, por meio de relações sexuais ou de qualquer ato libidinoso, ao contágio
de uma moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado, é uma
ação cuja penalidade é de detenção, de três meses a um ano, ou multa. Se é intenção
do agente transmitir a moléstia, a pena é de reclusão, de um a quatro anos, e multa,
conforme previsto no artigo 130, § 1º, do Decreto-lei n. 2.848, de 1940.
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a) injúria
b) difamação
c) calúnia
d) injúria real
026. (2014/TRT 14R/TRT-14ª REGIÃO (RO E AC)/TRT 14R/2014/TRT-14ª REGIÃO (RO E AC)/
JUIZ DO TRABALHO) O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa
das Neves, portadora de deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmar que
ela estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua relação
extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reiteradamente
para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um ambiente de
trabalho insustentável.
O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício
para apuração de delitos.
A respeito, está INCORRETO afirmar que:
a) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de calúnia, assim como os de-
mais empregados que tenham reproduzido a história, sabendo-a falsa;
b) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de difamação, com aumento de
pena, uma vez que a vítima é portadora de deficiência física;
c) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de injúria, com aumento de pena,
uma vez que a vítima é portadora de deficiência física;
d) Quanto aos crimes de calúnia e difamação, o gerente ficará isento de pena, caso promova a
retratação antes da prolação da sentença;
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e) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de injúria, com aumento de pena,
uma vez que o crime foi cometido na presença de várias pessoas e por meio que facilitou sua
divulgação.
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b) Crime de injúria.
c) Crime de difamação.
d) Irrelevante penal.
e) Fato atípico.
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035. (2013/CESPE/CEBRASPE/PC-BA/CESPE/CEBRASPE/2013/PC-BA/INVESTIGADOR
DE POLÍCIA) Julgue o item subsecutivo, acerca de crimes contra a pessoa.
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a retratação
como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja cabal e
abarque tudo o que o agente imputou à vítima.
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d) As ofensas irrogadas em juízo na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador não
constituem injúria ou difamação punível, mas responde pela injúria ou pela difamação quem
lhes dá publicidade.
e) O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica
isento de pena.
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aptidão para ofender a honra do Magistrado, embora empregados de forma objetiva e impes-
soal. Assim, o Advogado:
a) deve responder por crime de injúria.
b) deve responder por crime de desacato.
c) deve responder por crime de difamação.
d) deve responder por crime de calúnia.
e) não responde por crime algum.
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GABARITO
1. b 37. a
2. E 38. c
3. d 39. c
4. b 40. a
5. d 41. b
6. c 42. b
7. d 43. e
8. b 44. e
9. E 45. e
10. d 46. d
11. E 47. d
12. d 48. d
13. e 49. e
14. a 50. c
15. e
16. d
17. d
18. a
19. c
20. e
21. c
22. d
23. d
24. c
25. b
26. e
27. c
28. C
29. e
30. b
31. d
32. c
33. d
34. E
35. E
36. b
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GABARITO COMENTADO
001. (2021/NC-UFPR/PC-PR/NC-UFPR/2021/PC-PR/DELEGADO DE POLÍCIA) Durante um
acalorado debate motivado por questões políticas, X.X. afirmou, de dedo em riste, que Y.Y. era
um “tremendo corrupto metido a santo, um baita de um hipócrita!”. Com base no exposto, é
correto afirmar que X.X. cometeu o crime de:
a) injúria preconceituosa.
b) injúria na forma simples.
c) difamação.
d) calúnia.
e) injúria real.
a) Errada. A injúria preconceituosa está prevista no art. 140, parágrafo 3º, do Código Penal.
Ocorre nas hipóteses em que a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça,
cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. No caso
analisado a injúria não é preconceituosa, pois não foram mencionados elementos relaciona-
dos a cor, raça, etnia, religião, origem ou condição da vítima.
b) Certa. A conduta de X.X se amolda ao tipo penal do art. 140 do CP (injúria simples), pois
ofendeu a dignidade de Y.Y ao atribuir a ele características negativas.
c) Errada. X.X não imputou nenhum fato específico ao seu oponente Y.Y. Houve apenas men-
ção aos seus atributos pessoais, ofendendo-lhe a dignidade ou decoro. Sendo assim, não se
pode afirmar que houve difamação.
d) Errada. X.X não imputou falsamente fato definido como crime. Sendo assim, não se pode
afirmar que houve calúnia.
e) Errada. A injúria real, prevista no art. 140, parágrafo 2º, do Código Penal, ocorre nas hipóte-
ses em que a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes. Não foi o caso analisado, porquanto não tenha havido
violência ou vias de fato.
Letra b.
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Crimes contra a Honra
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A calúnia consiste em imputar falsamente a alguém fato definido como crime. Acaso seja
imputado fato ofensivo à reputação de uma pessoa, porém referido fato não ser crime, não há
calúnia. A imputação de fato ofensivo à reputação, em verdade, pode caracterizar o crime de
difamação do art. 139 do Código Penal.
Errado.
a) Errada. No crime de omissão de socorro, previsto no art. 135 do Código Penal, a pena é
aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se
resulta a morte.
b) Errada. Nos termos do art. 136, parágrafo 3º do Código Penal, aumenta-se a pena do crime
de maus-tratos em 1/3, se a vítima tem menos de 14 anos.
c) Errada. Na literalidade do art. 138, parágrafo 2º do Código Penal, é punível a calúnia contra
os mortos.
d) Certa. É admitida a exceção da verdade no crime de difamação, mas excepcionalmente.
Nos termos do art. 139, parágrafo único do Código Penal, a exceção da verdade somente se
admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções
e) Errada. O art. 143 do Código Penal, relativo à retratação, menciona os crimes de calúnia e
difamação. Não há menção ao crime de injúria. Sendo assim, o querelado que, antes da sen-
tença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Letra d.
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Crimes contra a Honra
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to só poderia ter sido causado por uma “negrinha que deveria estar comendo banana”. Joana
ficou envergonhada com toda a situação, optando por ir para casa e não contar a ninguém
sobre o ocorrido. Contudo, a proprietária do estabelecimento compareceu em sede policial e
narrou os fatos.
Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que o delegado:
a) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria racial sem
causa de aumento, que é de ação penal pública incondicionada;
b) não poderá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria racial
majorada, que exige representação da vítima;
c) deverá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de racismo, que é de ação penal
pública incondicionada;
d) não poderá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de injúria racial simples, que
é de ação penal privada;
e) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime praticado foi de injúria racial majorada, que é
de ação penal pública incondicionada.
a) Errada. Nos termos do art. 145, parágrafo único do Código Penal, o crime de injúria racial é
de ação penal pública condicionada à representação do ofendido.
b) Certa. A conduta de Roberto pode ser caracterizada como crime de injúria racial majorada,
tendo em vista que o crime consistiu na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência e foi praticado na
presença de várias pessoas. Sendo assim, aplica-se o art. 140, parágrafo 3º do Código Penal,
com a causa de aumento de pena do art. 141, III, do CP.
c) Errada. No caso analisado, a conduta se amolda ao crime de injúria racial, previsto no art.
140, parágrafo 3º do Código Penal. Tendo em vista que não houve privação de direito por conta
da raça de Joana, não há que se imputar o crime de racismo.
d) Errada. Em regra, os crimes contra a honra são de ação penal privada. Porém, nos termos
do art. 145, parágrafo único do Código Penal, o crime de injúria racial é de ação penal pública
condicionada à representação do ofendido.
e) Errada. O crime de injúria racial, previsto no art. 140, parágrafo 3º do CP, é de ação penal
pública condicionada à representação do ofendido. Não pode haver instauração do inquérito
policial sem que antes haja representação.
Letra b.
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Crimes contra a Honra
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go Penal. Na mesma pena incorre quem, sabendo ser falsa a imputação, a propala ou
divulga, conforme disposto no artigo 138 do Decreto-lei n. 2.848, de 1940.
I – Deixar de prestar assistência à criança abandonada ou extraviada, quando é possível
fazê-lo sem risco pessoal; ou não pedir, nesse caso, o socorro da autoridade pública,
são ações puníveis com pena de detenção, de um a seis meses, ou multa, conforme
previsto no artigo 135, Parágrafo único, do Decreto-lei n. 2.848, de 1940.
II – Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência
à pessoa, é uma prática sujeita à pena de reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Na
mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra
a pessoa, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou
para terceiro, conforme previsto no artigo 157 do Decreto-lei n. 2.848, de 1940.
a) Errada. A assertiva I está correta. Nos termos do art. 138 do Código Penal, o crime de calú-
nia é punido com detenção de 6 meses a 2 anos e multa. Além disso, nos termos do parágrafo
1º desse artigo, incorre na mesma pena quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divul-
ga. Sendo assim, a alternativa já está errada.
b) Errada. A assertiva I está correta. Nos termos do art. 138 do Código Penal, o crime de calú-
nia é punido com detenção de 6 meses a 2 anos e multa. Além disso, nos termos do parágrafo
1º desse artigo, incorre na mesma pena quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divul-
ga. A assertiva II está correta. Nos termos do art. 135 do Código Penal, o crime de omissão
de socorro tem essas penas de 1 a 6 meses de detenção ou multa. Tendo em vista que pelo
menos duas assertivas estão corretas, a alternativa está errada.
c) Errada. Além das assertivas I e II, a assertiva III também está correta. Nos termos do art.
157 do Código Penal, temos a figura do roubo próprio e, nos termos do art. 157, parágrafo 1º, a
figura do roubo impróprio. Ambos são descritos corretamente na assertiva III.
d) Certa. Todas as assertivas estão corretas. A assertiva I apresenta a descrição do crime de
calúnia do art. 138 do Código Penal. A assertiva II apresenta a descrição do crime de omissão
de socorro, do art. 145 do Código Penal e, por fim, a assertiva III apresenta a figura do roubo,
previsto no art. 157, caput e parágrafo 1º do art. 157 do CP.
Letra d.
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Crimes contra a Honra
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a) Errada. A assertiva I está correta. Nos termos do art. 140 do Código Penal, injuriar alguém,
ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, é uma prática punível com pena de detenção, de um a
seis meses, ou multa. Além disso, o art. 140, parágrafo 1º, I e II, enuncia que o juiz pode deixar
de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria. Sen-
do assim, a alternativa está errada.
b) Errada. Além da assertiva I estar correta, a assertiva III também está. Nos termos do art.
130, caput e parágrafo 1º do Código Penal, expor alguém, por meio de relações sexuais ou de
qualquer ato libidinoso, ao contágio de uma moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que
está contaminado, é uma ação cuja penalidade é de detenção, de três meses a um ano, ou mul-
ta. Se é intenção do agente transmitir a moléstia, a pena é de reclusão, de um a quatro anos, e
multa. Sendo assim, a alternativa está errada.
c) Certa. Conforme justificado, apenas a assertiva II está errada, pois menciona a pena do cri-
me de difamação de forma diversa daquela prevista no art. 139 do Código Penal.
d) Errada. A assertiva II está errada. Nos termos do art. 139 do Código Penal, o crime de difa-
mação é punido com pena de detenção de 3 meses a 1 ano e multa. Sendo assim, a alternativa
está errada.
Letra c.
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Crimes contra a Honra
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a) Errada. Nos termos do art. 138, parágtafo 2º do Código Penal, é punível a calúnia contra os
mortos. Nada obstante isso, o sujeito passivo não será Francinaldo, mas seus herdeiros, pois
referido tipo penal visa tutelar a memória do de cujos.
b) Errada. O erro da alternativa está no termo “compelido”. A exceção da verdade é uma facul-
dade do querelado, não há obrigatoriedade em sua utilização.
c) Errada. A questão trata do crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal. Referido
tipo penal, para que esteja caracterizado, não exige que haja imputação de fato falsa. Basta
que haja ofensa a dignidade ou decoro da vítima.
d) Certa. Nos termos do art. 138, parágrafo 3º, a exceção da verdade é a regra no crime de
calúnia. Nada obstante isso, não cabe exceção da verdade quando o fato imputado à vítima
constitua crime de ação privada e não houve condenação definitiva sobre o assunto.
Letra d.
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Crimes contra a Honra
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não foi condenado por sentença irrecorrível; 2) se o fato é imputado a qualquer das pes-
soas indicadas no n. I do art. 141 (Presidente da República, ou contra chefe de governo
estrangeiro); 3) se do crime imputado, em bora de ação pública, o ofendido foi absolvido
por sentença irrecorrível.
III – No crime de injúria, o juiz pode deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma
reprovável, provocou diretamente a injúria; e também no caso de retorsão imediata, que
consista em outra injúria.
IV – Nos crimes de injúria e difamação somente é admissível a exceção da verdade se o
ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
V – As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de um terço, dentre outras hipóte-
ses legais, quando praticados contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora
de deficiência, exceto no caso de injúria.
a) Errada. A assertiva IV está incorreta. Nada obstante ser admitida a exceção da verdade no
crime de difamação, no crime de injúria esse instituto da exceção da verdade não se aplica.
b) Certa. Nos termos do art. 138, parágrafo 2º, é punível a calúnia contra os mortos. E nos
termos do art. 138, parágrafo 3º do CP, não se admite a exceção da verdade nos crimes de ca-
lúnia exatamente nas hipóteses apresentadas na assertiva II. A assertiva III é verdadeira, nos
termos do art. 140, parágrafo 1º do CP, o juiz pode deixar de aplicar a pena quando o ofendido,
de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; e também no caso de retorsão imediata,
que consista em outra injúria. A assertiva V é verdadeira, nos termos do art. 141 do CP, as pe-
nas dos crimes contra a honra são aumentadas de um terço, dentre outras hipóteses legais,
quando praticados contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência,
exceto no caso de injúria.
c) Errada. A assertiva I está incorreta. A injúria consistente na utilização de elementos refe-
rentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de de-
ficiência é de ação pública condicionada à representação, nos termos do art. 145, parágrafo
único do CP.
d) Errada. A assertiva IV está incorreta. Nada obstante ser admitida a exceção da verdade no
crime de difamação, no crime de injúria esse instituto da exceção da verdade não se aplica.
Letra b.
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Crimes contra a Honra
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a) Errada. O art. 142 do Código Penal positiva que não constituem injúria e difamação punível:
a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou seu procurador. Sendo assim,
a alternativa está errada, por inserir a calúnia nesse dispositivo.
b) Errada. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difama-
ção, fica isento de pena. Nesse sentido o art. 143 do Código Penal. O erro da alternativa está
em inserir a injúria nesses casos de retratação.
c) Errada. O art. 141 do Código Penal apresenta causas de aumento de pena para os crimes
contra a honra. Especificamente em relação ao crime de injúria, não se aplica a causa de au-
mento de pena prevista no inciso IV, consistente em praticar o crime contra pessoa maior de
60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência
d) Certa. Nos exatos termos do art. 144 do Código Penal, se, de referências, alusões ou fra-
ses, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações
em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde
pela ofensa.
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Crimes contra a Honra
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O crime de injúria racial, cuja pena é de reclusão, é mais grave em relação crime de desacato,
cuja pena é de detenção. O princípio da consunção é aplicável nas hipóteses em que o crime
mais grave absorve o crime menos grave. Não é o caso do crime de desacato (menos grave)
em relação ao de injúria racional (mais grave). Nesse sentido, o STF, no HC 121.652/SC. Além
disso, os bens jurídicos tutelados por esses crimes são diversos. O desacato é crime contra a
administração pública e a injúria é crime contra a honra.
Errado.
a) Errada. No caso de injúria discriminatória ou injúria racial, a ação penal é pública condicio-
nada à representação do ofendido, nos termos do art. 145, parágrafo único do CP.
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Crimes contra a Honra
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b) Errada. O crime de injúria tem como bem jurídico tutelado a honra subjetiva. Sendo assim, a
consumação ocorre quando a ofensa chega na própria vítima e não em terceiro.
c) Errada. No caso apontado a exceção da verdade possui natureza jurídica de causa especí-
fica de exclusão da ilicitude.
d) Certa. Nos termos da jurisprudência do STF, o crime de injúria racial é imprescritível, inafian-
çável e sujeito à pena de reclusão, estando inserido no panorama constitucional do racismo.
Nesse sentido, o Recurso Extraordinário n. 983.531/DF.
e) Errada. O crime de injúria, nos termos do art. 143 do Código Penal, não admite retratação.
Referido instituto se aplica apenas aos crimes de calúnia e difamação.
Letra d.
a) Errada. A assetiva I está correta, pois o Código Penal apenas admite a exceção da verdade
nos crimes de calúnia e difamação, nos termos do art. 138, parágrafo 3º e art. 139, parágrafo
único. A assertiva II está correta, pois a retratação só é cabível nos crimes de calúnia e difa-
mação, nos termos do art. 143 do Código Penal. A assetiva III está errada, pois o juiz só pode
deixar de aplicar a pena no caso de injúria, no caso de retorsão imediata que consista em outra
injúria, nos termos do art. 140, parágrafo 1º, II, do Código Penal.
b) Errada. A assetiva I está correta, pois o Código Penal apenas admite a exceção da verdade
nos crimes de calúnia e difamação, nos termos do art. 138, parágrafo 3º e art. 139, parágrafo
único. A assetiva III está errada, pois o juiz só pode deixar de aplicar a pena no caso de injúria,
no caso de retorsão imediata que consista em outra injúria, nos termos do art. 140, parágrafo
1º, II, do Código Penal.
c) Errada. A assertiva II está correta, pois a retratação só é cabível nos crimes de calúnia e di-
famação, nos termos do art. 143 do Código Penal. A assetiva III está errada, pois o juiz só pode
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deixar de aplicar a pena no caso de injúria, no caso de retorsão imediata que consista em outra
injúria, nos termos do art. 140, parágrafo 1º, II, do Código Penal.
d) Errada. A assetiva I está correta, pois o Código Penal apenas admite a exceção da verdade
nos crimes de calúnia e difamação, nos termos do art. 138, parágrafo 3º e art. 139, parágrafo
único. Tendo em vista que a assetiva II também está correta, a alternativa está errada.
e) Certa. A assetiva I está correta, pois o Código Penal apenas admite a exceção da verdade
nos crimes de calúnia e difamação, nos termos do art. 138, parágrafo 3º e art. 139, parágrafo
único. A assertiva II está correta, pois a retratação só é cabível nos crimes de calúnia e difama-
ção, nos termos do art. 143 do Código Penal.
Letra e.
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Crimes contra a Honra
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c) Errada. Não houve desistência volunária de Carlos. Os atos executórios já tinham sido encer-
rados quando Carlos tentou interceptar a carta. O crime de injúria foi consumado, pois a ofensa
ao decoro/dignidade de Juca foi levada a efeito por Carlos.
d) Errada. O arrependimento de Carlos não foi eficaz, pois não conseguiu fazer com que a carta
fosse interceptada no caminho. O enunciado menciona que a carta foi lida por Juca, apesar do
esforço e do arrependimento de Carlos.
e) Errada. No caso ora analisado não houve o crime de calúnia, pois Carlos não imputou falsa-
mente ao empregador fato definido como crime. O que houve foi injúria de Carlos ao emprega-
dor, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. A conduta se amolda ao art. 140 do Código Penal.
Letra a.
a) Errada. Os crimes contra a honra possuem, como elemento subjetivo do tipo, o dolo. Sendo
assim, só estaria configurado o crime de difamação se o autor quisesse levar ao conhecimento
de terceiros fato ofensivo à reputação do ofendido. Não foi o que ocorreu no presente caso.
b) Errada. Para que os crimes contra a honra estejam caracterizados, é necessária a demons-
tração da intenção de ofender a honra da vítima. Exige-se dolo específico de injuriar, difamar
ou caluniar. Intenção essa que não pode ser verificada no caso ora narrado.
c) Errada. A conduta é atípica, considerando que no crime de injúria, é exigida a verificação do
elemento subjetivo, chamado animus injuriandi.
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Crimes contra a Honra
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d) Errada. Considerando que o ânimo do agente era o de extravasar e não o de injuriar, o crime
não se configura. Da narrativa do caso, fica claro que o agente não tinha a intenção de fazer
com que a ofensa chegasse ao conhecimento da vítima.
e) Certa. Considerando que a finalidade do dono do diário não era a de ofender a honra objetiva
ou subjetiva de ninguém, mas apenas o de “extravasar suas inquietações”, não há crime.
Letra e.
a) Errada. O crime de imputar a alguém fato ofensivo a sua reputação, em verdade, consiste no
crime de difamação do art. 139 do Código Penal.
b) Errada. Ofender a dignidade ou o decoro de alguém configura o crime de injúria do art. 140
do Código Penal.
c) Errada. No crime de calúnia a exceção da verdade é a regra. A alternativa apresenta o excep-
cional caso de exceção da verdade, possível na difamação.
d) Certa. A alternativa apresenta todas as elementares necessárias para que esteja tipificado
o crime de calúnia.
e) Errada. Nos termos do art. 138, parágrafo 2º do Código Penal, é punível a calúnia contra
os mortos.
Letra d.
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a) Errada. O crime de exercício arbitrário foi revogado pela Lei n. 13. 869/19, não podendo ser
imputado ao Senador.
b) Errada. Tendo em vista que no caso o Senador não fez justiça pelas próprias mãos, visan-
do satisfazer sua pretensão, não há que se imputar o crime de exercício arbitrário das pró-
prias razões.
c) Errada. Considerando que o fato falsamente imputado ao delegado possui caráter crimino-
so, configurado está o crime de calúnia. Haveria difamação no caso de o Senador ter imputado
fato ofensivo à reputação do delegado, mas não foi o que ocorreu no caso.
d) Certa. O Senador, neste caso, praticou o crime de calúnia, previsto no art. 138 do CP, pois
imputou ao delegado, falsamente, fato definido como crime.
e) Errada. A conduta praticada pelo Senador está tipificada no art. 138 do Código Penal. Sendo
assim, é incorreto considerar o fato como sendo atípico.
Letra d.
a) Certa. Nos termos do art. 143 do Código Penal, o querelado que, antes da sentença, se retra-
ta cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
b) Errada. A injúria não consta do rol do art. 143 do Código Penal, que trata sobre a retratação
dos crimes contra a honra.
c) Errada. O art. 143 do Código Penal, que elenca os crimes passíveis de retratação não apre-
senta a injúria nesse rol. Sendo assim, a alternativa está incorreta.
d) Errada. Não cabe retratação, prevista no art. 143 do Código Penal, nas hipóteses em que é
praticado o crime de injúria.
Letra a.
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CP) atingem a honra objetiva da vítima. II. A crítica literária desfavorável constitui crime contra
a honra. III. É punível a injúria contra os mortos.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente a afirmativa III está correta.
c) Todas as afirmativas estão incorretas.
d) Somente a afirmativa II está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
a) Errada. A assertiva I está incorreta. O crime de difamação e calúnia tutelam a honra obje-
tiva. Porém, o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal, tutela a honra subjetiva
da vítima.
b) Errada. A assertiva III está incorreta, nos termos do art. 138, parágrafo segundo, é punível a
calúnia contra os mortos, não a injúria.
c) Certa. A assertiva I está incorreta. O crime de difamação e calúnia tutelam a honra objeti-
va. Porém, o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal, tutela a honra subjetiva da
vítima. A assetiva II está incorreta, pois a crítica literária não constitui crime contra a honra,
nos termos do art. 142 do Código Penal. A assertiva III está incorreta, nos termos do art. 138,
parágrafo segundo, é punível a calúnia contra os mortos, não a injúria.
d) Errada. A assetiva II está incorreta, pois a crítica literária não constitui crime contra a honra,
nos termos do art. 142 do Código Penal.
e) Errada. A assertiva I está incorreta. O crime de difamação e calúnia tutelam a honra objeti-
va. Porém, o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal, tutela a honra subjetiva da
vítima. A assetiva II está incorreta, pois a crítica literária não constitui crime contra a honra,
nos termos do art. 142 do Código Penal. A assertiva III está incorreta, nos termos do art. 138,
parágrafo segundo, é punível a calúnia contra os mortos, não a injúria.
Letra c.
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a) Errada. O ofensa tem como um de seus critérios a cor/raça dos recém-nascidos ilustrados,
sendo assim, com nítido caráter racial e não apenas social.
b) Errada. A ilustração tem a capacidade de atingir um grupo de pessoas de determinada raça,
cor, etnia e não apenas uma vítima específica. Não há injúria, pois não se está atigindindo a
honra subjetiva da vítima. A conduta atinge a dignidade da pessoa humana e a igualdade.
c) Certa. A conduta descrita se amolda ao crime de racismo previsto no art. 20 da Lei n.
7.716/89. Considerando que houve publicação, a pena é de reclusão de 2 a 5 anos e multa, nos
termos do parágrafo 2º desse mesmo artigo.
d) Errada. A conduta praticada não é a de imputação de fato ofensivo à reputação de outrem.
Contém caráter injurioso, cuja expressão é a utilização de critérios raciais.
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e) Errada. A liberdade de expressão não contém, me seu bojo, permissão para discursos ou
ilustrações de caráter racista ou injurioso.
Letra c.
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e) desacato e calúnia.
a) Errada. Nos termos do art 142 do Código Penal, temos que não constituem injúria ou difa-
mação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou seu procura-
dor. Referido artigo não menciona o desacato, tornando a alternativa errada.
b) Errada. Nos termos do art 142 do Código Penal, temos que não constituem injúria ou difa-
mação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou seu procura-
dor. Referido artigo não menciona a calúnia, tornando a alternativa errada.
c) Errada. O desacato não está previsto no art 142 do Código Penal, que menciona não consti-
tuir injúria ou difamação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte
ou seu procurador.
d) Certa. O art. 142 do Código Penal menciona exatamente os crimes de injúria e difamação.
Sendo assim, a manifestação do advogado, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele,
é acobertada por imunidade nos crimes de injúria e difamação.
e) Errada. Nos termos do art 142 do Código Penal, temos que não constituem injúria ou difa-
mação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou seu procura-
dor. Ambos os crimes previstos na alternativa não estão abarcados pelo art. 142 do CP.
Letra d.
a) Errada. O crime de injúria, nos termos do art. 140 do Código Penal, consiste em ofender a
dignidade ou o decoro de alguém.
b) Errada. O crime de difamação, nos termos do art. 139 do Código Penal, consiste em imputar
fato ofensivo à reputação de alguém.
c) Certa. Nos termos do art. 138 do Código Penal, o crime de calúnia está caracterizado quan-
do o agente imputa ou atribui a alguém falsamente a prática de fato definido como crime
d) Errada. Ocorre nas hipóteses em que a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por
sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes
Letra c.
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025. (2013/TRT 14R/TRT-14ª REGIÃO (RO E AC)/TRT 14R/2013/TRT-14ª REGIÃO (RO E AC)/
JUIZ DO TRABALHO) Analise as proposições abaixo e após marque a alternativa correta:
I – No caso do crime de calúnia, admite-se a prova da verdade, salvo se do crime imputado,
embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
II – No caso do crime de injúria, admite-se a exceção da verdade somente se o ofendido for
funcionário público e a ofensa for relativa ao exercício de suas funções.
III – Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena prevista é a
de reclusão de um a três anos e multa.
a) Errada. Nos termos do art. 138, parágrafo 3º do Código Penal, não é admita a exceção da
verdade no crime de calúnia na hipótese em que, embora o crime imputado seja de ação públi-
ca, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
b) Certa. A assertiva I e a assertiva III estão em conformidade com o Código Penal. Apenas a
assertiva II contém erro, pois é inadmissível a exceção da verdade no crime de injúria, ainda
que a vítima seja funcionário público e a ofensa tenha ocorrido em razão de sua função.
c) Errada. A assertiva III está correta. Nos termos do art. 140, parágrafo 3º do Código Penal, se
a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena prevista é a de reclusão de um
a três anos e multa.
d) Errada. A assertiva II é falsa, pois não é admita a exceção da verdade no crime de injúria.
É inadmissível a exceção da verdade no crime de injúria, ainda que a vítima seja funcionário
público e a ofensa tenha ocorrido em razão de sua função.
e) Errada. A assertiva III está correta. Nos termos do art. 140, parágrafo 3º do Código Penal, se
a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena prevista é a de reclusão de um
a três anos e multa.
Letra b.
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mar que ela estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua
relação extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas reite-
radamente para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-se em um
ambiente de trabalho insustentável.
O Juiz do Trabalho reconheceu a prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício
para apuração de delitos.
A respeito, está INCORRETO afirmar que:
a) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de calúnia, assim como os de-
mais empregados que tenham reproduzido a história, sabendo-a falsa;
b) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de difamação, com aumento de
pena, uma vez que a vítima é portadora de deficiência física;
c) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de injúria, com aumento de pena,
uma vez que a vítima é portadora de deficiência física;
d) Quanto aos crimes de calúnia e difamação, o gerente ficará isento de pena, caso promova a
retratação antes da prolação da sentença;
e) O gerente poderá ser condenado, dentre outros, pelo crime de injúria, com aumento de pena,
uma vez que o crime foi cometido na presença de várias pessoas e por meio que facilitou sua
divulgação.
a) Certa. Nos termos do art. 138, caput, do Código Penal, o gerente pode ser condenado pelo
crime de calúnia. Do mesmo modo, nos termos do art. 138, parágrafo 1º do CP, todos aqueles
que, sabendo falsa a imputação, a propalam ou divulgam, também podem ser condenados.
b) Certa. O gerente pode ser condenado, nos termos do art. 139 do Código Penal, pelo crime de
difamação, com a causa de aumento de pena em razão da vítima ser pessoa com deficiência.
c) Certa. No crime de injúria, acaso tenha como vítima pessoa com deficiência, a pena será
maior do que o crime de injúria simples. É o que ocorre no presente caso.
d) Certa. Nos termos do art. 143 do Código Penal, é cabível a retratação dos crimes de calúnia
e difamação. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difa-
mação, fica isento de pena.
e) Errada. O art. 141 do Código Penal apresenta algumas causas de aumento de pena que são
comuns aos crimes contra a honra. Nada obstante isso, a causa de aumento de pena verifi-
cada na hipótese em que o crime é cometido contra pessoa com deficiência não se aplica ao
crime de injúria. Nesse caso aplica-se a qualificadora do art. 140 e não a causa de aumento de
pena do art. 141.
Letra e.
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a) Certa. Nos exatos termos do art. 138, parágrafo 2º do Código Penal, é punível a calúnia con-
tra os mortos.
b) Certa. Nos termos do art. 145, parte final, do Código Penal, resultando da injúria real ou qua-
lificada lesão corporal, a ação penal passa a ser pública incondicionada.
c) Errada. Quem, de modo preconceituoso, afirma que alguém é velho caquético, ciente da ida-
de e deficiência auditiva da pessoa, comete uma das modalidades de injúria, denominada de
injúria racial, nos termos do art. 140, parágrafo 3º do Código Penal.
d) Certa. A alternativa apresenta os termos da Súmula 714 do STF, cujo conteúdo menciona
que caracterizado crime contra a honra de servidor público, em razão do exercício de suas fun-
ções, será concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público,
condicionada à representação do ofendido
e) Certa. A alternativa apresenta hipótese de responsabilização penal pelo art. 138, parágrafo
2º do Código Penal. Nas hipóteses de calúnia, na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
imputação, a propala ou divulga.
Letra c.
No racismo, art. 20 da Lei n. 7.716, há a privação de direito tomando como critério a raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional da vítima. Além disso, o dolo é de discriminar. De outra
sorte, no crime de injúria racial, há ofensa a dignidade ou decoro de determinada pessoa le-
vando em consideração sua aça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou
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a) Errada. No caso analisado não há privação de direito por motivo de raça e nem o atingimen-
to da coletividade ou de grupo determinado por raça, etnia, cor. Sendo assim, não há que se
imputar crime da Lei n. 7.716/89.
b) Errada. Tendo em vista que a honra subjetiva de “X” está sendo atingida, estamos diante do
crime de injúria. Além disso, por estarem sendo utilizados elementos de raça e cor, a injúria
passa a ser qualificada, do art. 140, parágrafo 3º do CP, estando afastado o crime de racismo.
c) Errada. Considerando que não foi imputado fato ofensivo à reputação de alguém, violando a
honra objetiva da vítima, não há crime de difamação.
d) Errada. A rivalidade das torcidas não pode ser usada de pretexto para a veiculação de dis-
curso contendo injúria racial.
e) Certa. A conduta dos torcedores se amolda ao crime de injúria. Tendo em vista que a injúria
consistiu na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, estamos diante do crime de
injúria racial, previsto no art. 140, parágrafo 3º do Código Penal.
Letra e.
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e) Fato atípico.
a) Errada. Não houve a imputação de fato criminoso de Sempronio ao Mévio, não sendo corre-
to imputar ao agente o crime de calúnia.
b) Certa. Sempronio, apesar de não ter imputado fato ao Mévio, atribuiu-lhe características
ofensivas a sua dignidade e ao seu decoro. Sendo assim, está tipificado o crime de injúria.
Incide a causa de aumento de pena do art. 141, pois o crime foi praticado na presença de vá-
rias pessoas.
c) Errada. O crime de difamação exige que algum fato seja imputado. Nesse caso Sempronio
não imputou nenhum fato ao Mévio. Sendo assim, resta afastado o crime de difamação.
d) Errada. O fato é relevante penal, pois o art. 140 criminaliza a conduta de Sempronio.
e) Errada. O fato é típico. Nos termos do art. 140 do Código Penal, a conduta de Sempronio
pode ser caracterizada como injúria majorada.
Letra b.
a) Errada. O art. 141 do Código Penal apresenta algumas majorantes para os crimes contra a
honra. Nada obstante isso, a causa de aumento de 1/3 quando o crime é cometido contra pes-
soa portadora de deficiência não se aplica ao crime de injúria. Nesse caso estaremos diante
da injúria qualificada por preconceito.
b) Errada. Nas hipóteses em que a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua
natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes, temos a configuração da moda-
lidade qualificada.
c) Errada. A alternativa apresenta causa de exclusão da ilicitude do crime de injúria, quando o
ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a ofensa, nos termos do art. 140, pará-
grafo 1º, I do CP.
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d) Certa. Nos termos do art. 142, III, do CP, não constitui injúria punível o conceito desfavorável
emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de
dever do ofício.
e) Errada. Nos termos do art. 143 do Código Penal, a retratação é cabível nos crimes de difa-
mação e de calúnia. Além disso, ela deve ser feita antes da sentença e não até o recebimento
da denúncia.
Letra d.
a) Errada. Nos termos do art. 143 do Código Penal, a retratação é cabível nos crimes de difa-
mação e calúnia. Não cabe retratação no crime de injúria.
b) Errada. O art. 143 apresenta expressamente os crimes sobre os quais recai o instituto da
retratação: difamação e calúnia. Não cabe retratação no crime de injúria.
c) Certa. É cabível a exceção da verdade no crime de calúnia, inclusive na calúnia contra os
mortos. O art, 138, parágrafo 3º apresenta os casos em que não cabe exceção da verdade no
crime de calúnia e nesse rol não consta a calúnia contra os mortos.
d) Errada. Não cabe exceção da verdade no crime de injúria por falta de previsão legal. O Códi-
go Penal apenas possibilita a exceção da verdade nos crimes de calúnia e difamação.
e) Errada. Só é possível a exceção da verdade no crime de difamação na hipótese em que o ofen-
dido é funcionário público (particular não) e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Letra c.
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a) Errada. O crime de difamação ocorre na hipótese em que o agente imputa a alguém fato
ofensivo à sua reputação. Sendo assim, não se pode afirmar que ofender a dignidade e o de-
coro é crime de difamação.
b) Errada. A conduta de imputar falsamente fato definido como crime é descrita no art. 138 do
Código Penal como sendo crime de calúnia e não injúria.
c) Errada. Imputar a alguém, falsamente, fato definido como crime é calúnia. Não se pode im-
putar o crime de injúria ao agente que pratica essa conduta.
d) Certa. As condutas descritas no enunciado podem ser tipificadas como calúnia e injúria,
respectivamente. Nos termos do art. 138 (calúnia) e art. 140 (injúria), ambos do Código Penal.
e) Errada. A primeira conduta descrita no enunciado se amolda ao tipo penal do art. 138 do
Código Penal (calúnia). A difamação ocorre em hipótese distinta, havendo erro na alternativa.
Letra d.
A regra é que os crimes contra a honra sejam de ação penal privada exclusiva. Porém, existem
casos em que a ação penal é pública condicionada, por exemplo, no caso de injúria racial. Sen-
do assim, a assetiva está errada por fazer generalização incorreta.
Errado.
035. (2013/CESPE/CEBRASPE/PC-BA/CESPE/CEBRASPE/2013/PC-BA/INVESTIGADOR
DE POLÍCIA) Julgue o item subsecutivo, acerca de crimes contra a pessoa.
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a retratação
como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja cabal e
abarque tudo o que o agente imputou à vítima.
O Código Penal, nos termos do art. 143, admite a retração nos crimes de calúnia e de difama-
ção. A assertiva contém erro ao afirmar que é possível a retratação no crime de injúria.
Errado.
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a) Certa. Considerando que apenas cabe exceção da verdade no crime de difamação quando
a vítima for funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções e tendo em
vista que nesse caso a ofensa não tem relação com o exercício das funções públicas, não cabe
exceção da verdade.
b) Errada. Não há o crime de calúnia, pois “A” não imputou fato definido como crime, porquanto
o jogo do bicho não seja crime.
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c) Errada. Tendo em vista que o jogo do bicho não é considerado crime pelo ordenamento jurí-
dico brasileiro, não é correto imputar o crime de calúnia ao agente “A”.
d) Errada. Considerando que a imputação de fato ofensivo à reputação não teve relação com
a função pública do aposentado, não é possível a exceção da verdade no crime de difamação.
Letra a.
a) Certa. A alternativa está de acordo com o art. 139, parágrafo único do Código Penal. A ex-
ceção da verdade no crime de difamação só é cabível se o ofendido é funcionário público e a
ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
b) Certa. Nos termos do art. 138, parágrafo 3º do Código Penal, na calúnia cabe exceção da
verdade, salvo: se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível; se o fato é imputado contra o Presidente da República ou
contra chefe de governo estrangeiro; se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendi-
do foi absolvido por sentença irrecorrível.
c) Errada. Nos termos do art. 143 do Código Penal, o querelado que, antes da sentença, se re-
trata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. Ou seja, o marco temporal é
a sentença e não o recebimento da denúncia.
d) Certa. Nos termos do art. 140, parágrafo 1º do CP, o juiz pode deixar de aplicar a pena
quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria, bem como no caso de
retorsão imediata, que consista em outra injúria.
Letra c.
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a) de exclusão de culpabilidade, uma vez que, sendo verdadeiro o fato imputado, a conduta não
será considerada reprovável.
b) de extinção de punibilidade, já que, se verdadeiro o fato imputado, não será necessário apli-
car a pena.
c) de exclusão de crime, porque, se o fato imputado for verdadeiro, não haverá crime, já que
nunca existiu a falsidade da imputação.
d) de exclusão de ilicitude, pois, caso o fato imputado seja verdadeiro, a conduta não se carac-
terizará como antijurídica.
e) irrelevante, visto que, caso seja verdadeiro o fato imputado, a conduta deverá ser analisada
com base em teses eventualmente obtidas mediante defesa escrita.
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a) Certa. A alternativa está em conformidade com o art. 138, parágrafo 3º, I, do Código Penal.
A própria lei prevê a impossibilidade de arguição da exceção da verdade no crime de calúnia se
o fato imputado for crime de ação privada e o ofendido não tiver sido condenado por sentença
irrecorrível.
b) Errada. O crime de difamação admite a exceção da verdade no caso de a vítima ser funcio-
nário público e a ofensa estar relacionada com o exercício das funções, nos termos do art. 139,
parágrafo único do CP.
c) Errada. O crime de calúnia não está caracterizado quando não há imputação de fato definido
como crime. Ou seja, não prescinde da imputação falsa de fato definido como crime.
d) Errada. O crime de calúnia tutela a honra objetiva do sujeito passivo. Sendo assim, se consu-
ma quando terceiros tomam conhecimento da imputação de fato definido como crime.
e) Errada. Tendo em vista que a alternativa utiliza os termos “na mesma circunstância”, não
há que se falar em concurso material. O concurso material, nos termos do art. 69 do CP, exige
mais de uma ação ou omissão, o que não ocorreu no presente caso.
Letra a.
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a) Certa. Nos termos do art. 138, parágrafo 2º, é punível a calúnia contra os mortos.
b) Errada. O juiz pode deixar de aplicar a pena, quando o ofendido, de forma reprovavél pro-
vocou diretamente a injúria. Mas o Código Penal não apresenta essa hipótese para o crime
de calúnia.
c) Certa. Nos termos do art. 139, parágrafo único do Código Penal, só cabe exceção da verda-
de no crime de difamação na hipótese prevista na altertiva.
d) Certa. Nos termos do art. 142 do Código Penal, as ofensas irrogadas em juízo na discussão
da causa, pela parte ou por seu procurador não constituem injúria ou difamação punível, mas
responde pela injúria ou pela difamação quem lhes dá publicidade
e) Certa. Nos termos do art. 143 do Código Penal, o querelado que, antes da sentença, se retra-
ta cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Letra b.
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e) Errada. A alternativa descreve os elementos da injúria racial. A injúria real ocorre na hipóte-
se em que há em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se
considerem aviltantes, nos termos do art. 140, parágrafo 2º do CP.
Letra b.
a) Errada. Considerando que o desacato é crime de menor potencial ofensivo, nos termos do
art. 69 da Lei n. 9.099 não necessariamente se imporá a prisão em flagrante nessa hipótese.
b) Errada. Nos termos do art. 142 do Código Penal, não constitui injúria punível a ofensa ir-
rogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. Sendo assim, não
caberia a voz de prisão nesse caso.
c) Errada. Nos termos do art. 142 do Código Penal, não constitui difamação punível a ofensa
irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. Sendo assim, não
caberia a voz de prisão nesse caso.
d) Errada. O juiz, ao tomar conhecimento desses impropérios, não deve deixar a audiência ape-
nas se desenrolar, sem interrupções. Deverá o juiz restabelecer a ordem na sala de audiências.
e) Certa. Considerando que na hipótese de ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa,
quando a parte ou seu procurador proferem falas injuriosas ou difamatórias, o art. 142 do Có-
digo Penal dispõe não serem puníveis esses crimes nessas circunstâncias.
Letra e.
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desfavor de determinado Advogado, porque o causídico, em uma ação penal de iniciativa priva-
da, havia, em sede de razões de apelação, formulado protestos e críticas contra o Magistrado,
alegando que este fundamentara sua sentença em argumentos puramente fantasiosos. Resta
comprovado na investigação que os termos usados pelo Advogado foram duros e que tinham
aptidão para ofender a honra do Magistrado, embora empregados de forma objetiva e impes-
soal. Assim, o Advogado:
a) deve responder por crime de injúria.
b) deve responder por crime de desacato.
c) deve responder por crime de difamação.
d) deve responder por crime de calúnia.
e) não responde por crime algum.
a) Errada. Nos termos do art. 142 do Código Penal, não constitui injúria punível a ofensa irro-
gada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
b) Errada. O causídico, nos termos do enunciado, empregou os termos de forma clara, objetiva
e impessoal, em sede de razões de apelação. Ou seja, estava resguardado de direito à ampla
defesa, não podendo sua conduta ser enquadrada como desacato ao magistrado.
c) Errada. Nos termos do art. 142 do Código Penal, não constitui difamação punível a ofensa
irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
d) Errada. Considerando que os fatos imputados ao magistrado não são criminosos, não resta
configurado o crime de calúnia. Apenas haveria calúnia se ao magistrado fossem imputados,
falsamente, fatos definidos como crime.
e) Certa. A conduta do magistrado, nos termos do art. 142 do Código Penal, não é punível. Isso
porque a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, por preposto, não constitui injúria
ou difamação punível.
Letra e.
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Crimes contra a Honra
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a) Errada. Nos termos do art. 142, I do Código Penal, o crime de calúnia não é acobertado pela
imunidade judiciária nos casos de ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte
ou seu procurador.
b) Errada. A alternativa está apenas parcialmente correta. Em relação ao crime de injúria, está
correta. Porém, nos termos do art. 142, I do Código Penal, o crime de calúnia não é acobertado
pela imunidade judiciária nos casos de ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
parte ou seu procurador.
c) Errada. A alternativa está apenas parcialmente correta. Em relação ao crime de difamação,
está correta. Porém, nos termos do art. 142, I do Código Penal, o crime de calúnia não é acober-
tado pela imunidade judiciária nos casos de ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa,
pela parte ou seu procurador.
d) Errada. A alternativa está apenas parcialmente correta. Em relação ao crime de injúria, está
correta. Porém, nos termos do art. 142, I do Código Penal, o crime de desacato não é acober-
tado pela imunidade judiciária nos casos de ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa,
pela parte ou seu procurador.
e) Certa. Nos termos do art. 142, inciso I do Código Penal, não constituem injúria ou difamação
punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
Letra e.
a) Errada. “A” não imputou nenhum fato criminoso ao cidadão “B”. Sendo assim, não há que se
tipificar a conduta como caluniosa.
b) Errada. Tendo em vista que o caso narrado não apresenta nenhuma falsa imputação de fato
criminoso, não há crime de calúnia.
c) Errada. O crime de difamação apenas admite exceção da verdade na hipótese de a ofensa
ser dirigida a funcionário público em razão de suas funções, nos termos do art. 139, parágrafo
único do CP.
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d) Certa. A descrição do caso se amolda ao crime de difamação do art. 130 do Código pe-
nal. Nos termos do parágrafo único desse mesmo artigo, não cabe exceção da verdade no
caso narrado.
e) Errada. No caso narrado não houve ofensa ao decoro/dignidade da vítima. Houve imputa-
ção de fato ofensivo à reputação de “B”.
Letra d.
a) Errada. O marco temporal para que a retratação tenha como consequência a não aplicação
da pena é que ela ocorra antes da sentença. Não se exige o trânsito em julgado, nos termos do
art. 143 do CP.
b) Errada. A alternativa apresenta corretamente o marco temporal para a retratação. Porém a
consequência será a não aplicação da pena. Não haverá redução de pena, mas isenção de pena.
c) Errada. Nos termos do art. 143 do CP, o marco temporal para que a retratação tenha como
consequência a não aplicação da pena é que ela ocorra antes da sentença. Não se exige o
trânsito em julgado.
d) Certa. Nos termos do art. 143 do Código Penal, o agente que se retrata cabalmente da difa-
mação, antes da sentença, fica isento de pena.
e) Errada. O art. 143 do Código Penal não impõe a anuência expressa do querelante como um
dos requisitos para que a retratação gere as consequências previstas em lei.
Letra d.
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a) Errada. Pedro, apesar de externalizar que Paulo tinha uma dívida e não havia pago, não
buscou fazer justiça com as próprias mãos. O bem afetado nesse caso foi a honra objetiva
da vítima e não a administração da justiça, não sendo correto mencionar o crime de exercício
arbitrário das próprias razões.
b) Errada. Da fala de Pedro não houve a instauração de nenhum inquérito policial, investigação
de qualquer natureza ou ação para investigar e punir a conduta de Paulo. Sendo assim, não há
denunciação caluniosa.
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c) Errada. O fato imputado ao cidadão Paulo não constitui crime. Sendo assim, tendo em vista
que a calúnia exige a imputação falsa de fato definido como crime, não pode Pedro ser respon-
sabilizado pelo crime do art. 138 do Código Penal.
d) Errada. Ainda que o fato seja verdadeiro, a imputação de fato ofensivo à reputação de Paulo
configura o crime de difamação, pois lhe atinge a honra objetiva.
e) Certa. A conduta de Pedro se amolda ao crime previsto no art. 139 do Código Penal. A im-
putação de fato ofensivo à reputação de Paulo preenche todos os requisitos necessários para
que esteja configurado o crime de difamação.
Letra e.
a) Errada. O crime de calúnia, em regra, admite a exceção da verdade. Nada obstante isso, o
art. 138, parágrafo 3º, II do Código Penal, dispõe não ser cabível a exceção da verdade no caso
do crime de calúnia se o fato é imputado ao Presidente da República.
b) Errada. Não é cabível a exceção da verdade no crime de injúria, por falta de expressa pre-
visão legal.
c) Certa. Nos termos do art. 139, parágrafo único, cabe exceção da verdade na difamação, se
o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
d) Errada. A exceção da verdade não é a regra no crime de difamação. Para que ela seja cabí-
vel, o necessário o preenchimento dos requisitos do art. 139, parágrafo único.
e) Errada. A exceção da verdade é a regra no crime de calúnia. Porém, nas hipóteses do art.
138, parágrafo 3º o legislador apresentou rol de casos em que não será cabível. Sendo assim,
não se pode dizer que cabe exceção da verdade no crime de calúnia “independente de qualquer
requisito”.
Letra c.
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REFERÊNCIAS
- BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Volume 02. Editora Saraiva. 20ª edição,
2020.
- NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal. Volume 02. Editora Saraiva. 33ª edição, 2003.
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