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FILOSOFIA

CONCEITO
A estrutura do homem, revelada por seu cérebro e membros, mostra a condição de sua
existência: conhecimento e ação. As circunstâncias que o envolvem, levam-no a conhecer;
conhecer a si próprio, a realidade exterior e a relação que se estabelece entre si e o mundo
objetivo.
Do pensamento transporta-se à ação: adapta o meio natural às suas condições e organiza a
vida gregária. Ao mesmo tempo em que atua, penetra nos segredos da natureza e sonda os
mistérios que pesam no horizonte de sua experiência.
No seu pensar e no seu fazer abrem-se os caminhos para a Ciência e para a Filosofia.
Enquanto a primeira vai reunir um conjunto sistemático de conhecimentos, a segunda vai
identificar-se como exercício da razão na busca perene da ordem do universo.
DEFINIÇÕA ETMOLÓGICA E SEMÂNTICA
Nas diversas fases da História, a interpretação do quadro geral da existência sempre foi objetivo
intelectual do homem.

A perplexidade diante do real o induziu à reflexão, na tentativa de descobrir a verdade das coisas. Já
os antigos procuravam as explicações referentes à matéria, à vida e aos fenômenos que
testemunhavam.

Mas, se a prática da Filosofia é coeva ao homem, o vocábulo que a designa surgiu apenas no século
VI a.C., formado pela junção das palavras gregas hilos e sophia – “amigo da sabedoria”.

Atribui-se ao filósofo e matemático grego Pitágoras de Samos a criação do neologismo. Ao ser


indagado quanto à sua condição de pensador, teria evitado apresentar-se como sábio – fato comum
em sua época – preferindo, modestamente, dizer-se filósofo.

GRAUS DE CONHECIMENTO
A opinião que o homem possui de conhecer e que exerce através da descriminação - faculdade de
distinguir e relacionar as coisas. De acordo com a escala crescente de relação, conhecimento pode
ser dividido em vulgar, científico e filosófico.

CONHECIMENTO VULGAR

O simples ato de viver proporciona ao homem noções fundamentais sobre as coisas, a observação
do trabalho alheio levando-nos a adquirir o chamado conhecimento vulgar.

Características:

❖ Sensitivo: referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;


❖ Assistemático: a “organização” das experiencias não visa a uma sistematização de ideias,
nem a forma de adquiri-las, nem na tentativa validá-la.
❖ Acrítico: verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se
manifesta sempre de forma crítica.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Mais amplo que o saber vulgar e menos a abrangente que o filosófico, o conhecimento científico
consistente na apreensão mental das coisas por suas causas ou razões, através de métodos especiais
de investigação.

Na esfera jurídica, não se caracteriza pela simples noção do conteúdo e significado da lei. Pressupõe
o conceito do objeto direito e compreende a visão unitária ao sistema jurídico.

Característica:

❖ Crítico: possui um senso crítico apurado;


❖ Real: lida com ocorrências ou fatos;
❖ Experimental: as preposições ou hipóteses tem sua veracidade ou falsidade conhecida
através de experimentação e não apenas pela razão;
❖ Verificável: as informações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao
âmbito da ciência.

CONHECIMENTO FILOSÓFICO

O conhecimento filosófico representa um grau a mais em abstração e generalidade. Os fenômenos


científicos não se dispõem em compartimentos incomunicáveis, estranhos entre si, e, por isso, o
homem quer descobrir a harmonia, a concatenação lógica, os nexos de adaptação e de
complementação que governam toda a trama do real.

Visando a estabelecer princípios e conclusões, ele toma por base de análise a universalidade dos
fatos e dos fenômenos e, com fundamental importância, a própria vida humana.

Na Jurisprudência, o conhecimento filosófico tem por objeto de reflexão o conceito do Direito, os


elementos constitutivos deste, seus postulados básicos, métodos de cognição, teleologia e o estudo
crítico-valorativo de suas leis e institutos fundamentais.

Características:

❖ Teórico
❖ Crítico
❖ Argumentativo
❖ Sistemático
❖ Metódico
❖ Reflexivo
❖ Universal
❖ Rigoroso
❖ Sujeito a discussão

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