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O Racismo

Recordo-vos que é preciso ter em conta o seguinte:


Delimitação rigorosa de um problema filosófico. Falar primeiro sobre o problema a
destacar, e dizer que primeiro é necessário falar o que é o racismo e do que se trata, o
que originou.
Formulação do problema em discussão.
Fundamentação do problema filosófico e dos conceitos que o sustentam.
Enunciação clara das teses e das teorias em discussão.
Enunciação de posições com clareza e rigor.
Mobilização de conceitos na formulação de teses, argumentos e contra-argumentos.
Confrontação crítica de teses e de argumentos.
Determinação das implicações práticas das teses e teorias em discussão.
Aplicação adequada dos conhecimentos filosóficos para pensar problemas que se
colocam às sociedades contemporâneas.

Apresentação de soluções relevantes para estes problemas, articulando, quando possível,


com outras áreas do saber numa visão integradora que leve os alunos a mobilizar
conhecimentos adquiridos anteriormente na disciplina de Filosofia e em outras
disciplinas do seu percurso escolar.

Utilização rigorosa de fontes com validação de fontes digitais (autoria, atualidade,


pertinência, profundidade, enviesamento, etc.) e respeito pelos direitos de autor.

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O racismo é um assunto que tem vindo a atormentar o mundo já há muitos anos. Em
que consiste no preconceito e na discriminação com base em perceções sociais baseadas
em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais,
práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem
ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em
características, habilidades ou qualidades comuns herdadas.

Para se compreender bem o racismo e os seus problemas em questão, a melhor maneira


é saber quais as suas origens.

O racismo tem uma origem cientificista, isto é, originou-se a partir de determinadas


teses de cientistas europeus do século XIX, sobretudo médicos e antropólogos, que
usaram os seus conhecimentos para elaborar doutrinas raciais. Um dos procedimentos
utilizados por esses médicos consistia em medir o tamanho do crânio de indivíduos de
“raças” diferentes. Os crânios maiores, que supostamente comportavam maior massa
cerebral, eram indicativo de superioridade racial. Outro procedimento consistia em
analisar os traços fisionômicos (relativos à feição humana, aos traços faciais), como
nariz, lábios, orelhas, cor dos olhos, para que fosse determinado o grau de “pureza
racial” atingido por determinada raça ao longo da evolução do homem.

Muitos desses cientistas baseavam-se na teoria darwinista da seleção natural e evolução


das espécies que nos fala sobre alguns seres vivos apresentarem características que
garantem a sobrevivência deles em determinando ambiente. A pressão do meio seria,
portanto, responsável por selecionar os mais aptos a viver no local.

Portanto os indivíduos “selecionados” teriam mais chances de chegar à fase adulta e,


consequentemente, reproduzirem-se. Esse fato aumentaria o número de descendentes
com a característica vantajosa e diminuiria a quantidade de indivíduos com
características desfavoráveis.

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A Seleção Natural garante, portanto, que no meio ambiente apenas organismos com
características favoráveis permaneçam e reproduzam-se. É importante frisar que
as características favoráveis não podem ser confundidas com a força, uma vez que nem
sempre o mais forte é o mais adaptado a viver em um determinado local.

O melhor exemplo para explicar a teoria darwinista da seleção natural e evolução das
espécies é:

Imaginar que em um local existem várias borboletas com cores variadas, algumas com


cores vistosas e outras que facilmente se camuflam na vegetação. As com cores fortes
são mais visualizadas e, assim, são ingeridas mais facilmente pelos predadores. Já as
que se camuflam possuem uma chance menor de serem predadas, o que possibilita seu
desenvolvimento e a geração de descendentes. Com o tempo, haverá uma população
maior de borboletas com cores discretas e a eliminação total das que apresentam cores
vistosas, uma vez que esta é uma característica desvantajosa e favorece a predação.

Os cientistas acreditavam, portanto, que esta lei se aplicava à evolução dos seres vivos e
que era também válidas para descrever uma hierarquia das civilizações, sendo as mais
fortes as construídas por raças superiores. Dois dos maiores representantes do
cientificismo racista foram o francês Arthur Gobineau e o inglês Houston S.
Chamberlain.

Conhecendo assim a origem do racismo passaremos ao que este problema faz.

Este problema (o racismo) afeta todos aqueles seres vivos que são diferentes ou que
fogem ao “padrão normal”. Mas o que é o “padrão normal”? – O “padrão normal” é o
conjunto de hábitos, características, costumes, crenças ou maneiras de ver muito
semelhantes aos da maioria dos seres vivos que nos rodeiam. Todos aqueles que
escaparem a este dito “padrão” estarão bastantes vulneráveis, nos dias que correm, a ser
vítimas de bocas, críticas, insultos ou até mesmo agressões físicas.

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A diferença existe aonde nós a procuramos. Todos nós sabemos que não existe nada no
mundo que seja 100% igual a qualquer outra coisa. Hoje, tentamos demonstrar à
sociedade que todos devemos aceitar a diferença tal como ela é. Nem sempre a
diferença (ou algo diferente) significa algo mau, por exemplo, todos os anos no verão
vou de ferias para o algarve e vou sempre pelo mesmo caminho, por algum motivo
houve um dia em que a estrada por onde ia estava cortada e teve que ser necessário ir
por outro caminho, lá por ter ido por outro caminho diferente isso não significa que a
viagem tenha sido pior.

Neste momento, já passados tantos anos desde que a cor da pele determinava uma
pessoa, o que fazia, o que comia, em que é que trabalhava, o que ganhava, etc., a
sociedade continua a desvalorizar as pessoas que têm um tom de pele mais escura,
continuam a criticar as culturas em que pessoas “diferentes” acreditam e chegam até a
questionar-se em relação ao seu conhecimento. Da parte do ser humano este
comportamento é vergonhoso.

Não é por existir uma diferença (da cultura, por exemplo) que automaticamente
ganhamos o direito e agredir verbalmente (ou até em casos extremos, agredir de forma
física) uma pessoa que não é como eu. Mas infelizmente o racismo tem destas coisas,
pessoas negras (ou de tom de pele escura) são constantemente atacadas por pessoas
“brancas” que desejam ofender e ferir quem não tem as mesmas características. Quem
diz pessoas de pele escura refere-se a todos os seres humanos que têm algo de diferente
a que a sociedade possa apontar o dedo.
Para podermos evitar essas críticas/ agressões a melhor maneira é de certo modo
“domesticar” a sociedade em que vivemos, mais especificamente as pessoas que nos
rodeiam e julgam outros por serem diferentes.

Tudo depende um pouco da maneira como observamos o mundo e da maneira como o


encaramos, isto é, eu não posso pura e simplesmente enviar algumas pessoas que não
partilham um conjunto de características similar ao meu para o espaço.

O exemplo mais utilizado para descrever este tema é:

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- Na presença de 2 ovos de cores diferentes (um de casca castanha e outro de casca
branca, por exemplo), depois de abertos verifica-se que não têm uma diferença no
interior- isto quer dizer que independentemente de parecerem diferentes por fora, o seu
interior é bastante igual.

Na minha opinião, se toda a sociedade tivesse este exemplo em conta, realmente iriamos
viver num mundo melhor, onde a paz era bastante mais evidente, num mundo onde as
pessoas não têm que se esconder ou até fugir para não serem vistas e num mundo onde a
igualdade vinha dar origem à amizade e à liberdade!

Às vezes pergunto-me o porquê de um ser humano agir assim, ou o porquê da ideia da


existência do racismo.

Apesar de já ter falado da origem do racismo, isso poderia justificar estas minhas
perguntas, mas mesmo sabendo a resposta ainda me faz confusão como é que um ser
humano tem a coragem de criar a ideia de racismo e de expola para a sociedade daquela
época e ainda a manter na sociedade de hoje, mesmo estando a diminuída.

É por isso que chego á conclusão de que, após ter pesando durante tanto tempo que
problema filosófico poderia falar aqui acerca do racismo, chego á conclusão de que o
problema filosófico esteve sempre dentro da minha cabeça a fazer-me pensar e a
questionar-me.

Por isso apos ter falando um pouco sobre o que é o racismo e os seus problemas, falarei
sobre este problema filosófico que está dentro da minha cabeça há tanto tempo.

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