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Filosofia: Ensino Secundário

Instituto Nun’Alvres

Ano Letivo: 2022/2023

Ensaio Filosófico

“Será que a existência de desigualdades leva à discriminação?”

Trabalho realizado por:

Ana Martins nº 270, Ana Carneiro nº 210, Margarida Ferreira nº 173, Edgar Pereira
nº100

Turma: 10º B

Trabalho proposto no âmbito da disciplina de filosofia por:

Professora Raquel Costa

Conteúdo
1
Tema.................................................................................................................................2
Objetivo do Ensaio Filosófico.........................................................................................3
Relevância da Questão Problema...................................................................................4
Tese Defendida e Tese Concorrente:.............................................................................4
Breve explicitação da Tese Defendida:......................................................................5
Breve explicitação da Tese Concorrente:..................................................................5
Argumentos e Contra-argumentos................................................................................5
Conclusão:........................................................................................................................8
Bibliografia:.....................................................................................................................9

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Tema
 Igualdade [1]

Etimologicamente, a palavra igualdade tem origem do latim aequalitas, que quer dizer
"aquilo que é igual", "semelhante".

Segundo o diário da república eletrónica “O princípio da igualdade impõe aos poderes


públicos um tratamento igual de todos os seres humanos perante a lei e uma proibição
de discriminações infundadas, sem prejuízo de impor diferenciações de tratamento entre
pessoas, quando existem especificidades relevantes que careçam de proteção. Trata-se
de um direito diretamente ligado ao valor da dignidade humana na sua longa luta contra
discriminações arbitrárias, sendo tido como um princípio estruturante do sistema de
direitos fundamentais e encontrando-se refletido no conteúdo da maioria dos restantes
direitos de liberdade e direitos sociais”.

 Discriminação [2]

A discriminação consiste numa ação ou omissão que dispense um tratamento


diferenciado (inferiorizado) a uma pessoa ou grupo de pessoas, em razão da sua
pertença a uma determinada raça, cor, sexo, nacionalidade, origem ética, orientação
sexual, identidade de género, ou outro fator.

A legislação portuguesa considera determinados comportamentos discriminatórios de


organizações como sendo crimes, e outros sendo contraordenações consoante a sua
gravidade.

O crime de discriminação ocorre sempre que houver a constituição de organizações ou a


divulgação ao público de materiais que incitem a discriminação, o ódio ou a violência
contra uma pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou
nacional, religião, sexo ou orientação sexual.

[1] Retirado do Diário da República Portuguesa Eletrónico


(https://dre.pt/dre/lexionario/termo/principio-igualdade) (19-5-2023, às 16:18)

[2] Retirado do APAV (https://apav.pt/uavmd/index.php/pt/intervencao/discriminacao)


(31-5-2023, às 22:43)

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Objetivo do Ensaio Filosófico
Este ensaio tem como objetivo responder à questão problema “Será que a existência de
desigualdades leva à discriminação?”

Desta forma pretendemos esclarecer a nossa perspetiva à cerca deste tema tão atual,
dando a conhecer argumentos, contra-argumentos que possam surgir e a nossa respetiva
resposta a estes.

Para isso, realizamos diversas pesquisas de maneira a reforçar a posição defendida pelo
grupo.

Relevância da Questão Problema


Na atualidade, continua-se a verificar muitas desigualdades que leva à discriminação nos
diferentes países. Temos o exemplo do Afeganistão, em que as mulheres não têm o direito à
escolaridade, direito ao voto e direito de expressão. No entanto, não existe apenas desigualdades
longe de onde moramos, no nosso próprio país lidamos todos os dias com discriminações,
principalmente por causa da raça. Podemos ver bem isso, quando temos alguém de uma raça
diferente da nossa e nós discriminamos essa pessoa só por ser diferente de nós.

Para tentar combater ou evitar estas desigualdades e discriminações é importante fazer uma
reflexão profunda sobre este tema, uma vez que são estas que proporcionam muitos conflitos na
sociedade. Muitas vezes, ignoramos essa discriminação, não fazendo rigorosamente nada para
mudar esse pensamento retrógrado dessas pessoas que insistem destacar as diferenças, quando
as semelhanças é que deveriam sobressair.

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Tese Defendida e Tese Concorrente:

Tese Defendida: A existência de desigualdades leva à discriminação.

Tese Concorrente: A existência de desigualdades não leva à discriminação.

Breve explicitação da Tese Defendida:


As desigualdades sociais são uma realidade em muitas sociedades do mundo, onde
certas pessoas têm acesso a recursos e oportunidades de forma desproporcional em
relação a outras. Essas desigualdades sejam elas económicas, de género, de sexo que
levam fortemente à discriminação, reforçando o preconceito e gerando conflitos na
sociedade.

Breve explicitação da Tese Concorrente:


A tese concorrente defende que “A existência de desigualdades não leva à
discriminação”, uma vez que em situações onde não há desigualdades aparentes,
inconscientemente o ser humano tem a necessidade de discriminar o outro para se sentir
superior ou até mesmo melhor consigo mesmo.

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Argumentos e Contra-argumentos
(Tese defendida)

A existência de desigualdades leva à discriminação:

Argumento 1:
[4]
P1: Segundo o jornal, etertenimento.R7.com , “O xadrez é o primeiro jogo de
tabuleiro a ser banido por racismo e machismo”.

P2: O xadrez é um desporto mental que não requer habilidades físicas específicas. A
capacidade para jogar corretamente este jogo de tabuleiro, muito conhecido
mundialmente, não está relacionada com o género, raça, etnia ou qualquer outra
característica pessoal.

P3: Nos torneios desta modalidade, os jogadores são separados consoante o seu sexo,
colocando em causa a capacidade mental dos distintos géneros.

Logo, o xadrez é um desporto que sem nos apercebermos está latente uma enorme
discriminação relacionada com a capacidade mental dos sexos.

Contra-argumento:
[5]
P1: Segundo o site spmaterias.pt “Há mais de 10 anos que o número de mulheres
doutoradas é superior ao dos homens e há quase três décadas que se contam mais
licenciadas do que licenciados.”

P2: A mulher tem uma melhor capacidade mental que o homem. Por esse motivo, faz
sentido haver uma distinção entre os dois géneros ao praticar esta modalidade.

Logo, a maior taxa de mulheres doutoradas faz com que seja injusto para os homens
jogarem xadrez contra mulheres.

Resposta:

O facto de existir um maior número de mulheres com doutoramento não implica que os
homens sejam menos inteligentes que estas e não consigam jogar contra mulheres no
xadrez e, quem sabe até ganhar.

6
[4](https://entretenimento.r7.com/prisma/melhor-nao-ler/xadrez-e-o-primeiro-jogo-de-
tabuleiro-a-ser-banido-por-racismo-e-machismo-05072022) ( 03-6-2023, às 14:45)

[5](https://spmateriais.pt/site/2020/02/18/portugal-e-o-pais-do-mundo-com-maior-
percentagem-de-mulheres-em-cursos-de-ciencias/) (04-6-2023, às 15:58)

(https://www.publico.pt/2013/03/08/sociedade/noticia/doutores-desde-1917-dos-
primeiros-aos-recemdoutorados-em-portugal-1586663) (04-6-2023, às 16:09)

Argumentos 2:

P1: Existe uma desigualdade na distribuição de recursos e oportunidades.

P2: As desigualdades levam à discriminação, que tenta justificar essas diferenças,


reforçando o preconceito existente.

Logo, a diferente distribuição de recursos e oportunidades leva à discriminação.

Contra-argumento:

P1: As desigualdades na distribuição de recursos e oportunidades podem levar à


discriminação.

P2: A descriminação não é exclusivamente causada pelas diferenças.

Logo, a diferente distribuição de recursos e oportunidades não tem de levar


necessariamente à discriminação.

Resposta ao Contra-argumento:

Apesar da discriminação não partir necessariamente das desigualdades, estas facilitam a


sua existência numa sociedade, já que os indivíduos que ocupam uma posição
“superior” tendencionalmente discriminam os que ocupam uma posição “inferior”.

7
Argumento 3:

P1: Existe uma forte discriminação na atualidade, como por exemplo no Brasil. [6]

P2: No Brasil, a maioria das pessoas, 75%, acredita que o racismo é a forma mais
comum de discriminação. No entanto, 42% da população crê que a discriminação ainda
deriva das opiniões políticas. Para além disso, 37% das pessoas considera que a
aparência física é uma forma de discriminação.

Logo, atualmente, continua a haver uma elevada discriminação, no Brasil, pelo facto de
haver contraste na raça, nas opiniões políticas e na aparência.

Contra-argumento:

P1: O Brasil é um país em desenvolvimento, não sendo dos países mais ricos.

P2: As pessoas que vivem no Brasil não têm condições económicas estáveis, havendo
uma grande diferença, relativamente à aparência.

Logo, todos os brasileiros apresentam uma má aparência, pelo facto de ser um país em
desenvolvimento.

Resposta ao Contra-argumento:

Pelo facto do Brasil não ser um país desenvolvido, com boas condições económicas,
não significa que não hajam brasileiros com uma boa aparência. No entanto, cometeu-se
uma falácia de generalização precipitada ao dizer-se que todos os brasileiros apresentam
uma má aparência, levando a discriminações. A falácia de generalização precipitada
ocorre quando, o tamanho de uma amostra apresentada é pequeno demais para sustentar
uma generalização, ou seja, apesar de ser possível que apenas uma amostra represente a
população, essa é insuficiente para comprovar a afirmação, verificando-se assim uma
falácia no contra-argumento acima.

[6] Retirado de uma notícia do Brasil:(https://www.cnnbrasil.com.br/economia/racismo-


e-principal-forma-de-discriminacao-em-75-das-empresas-no-brasil-diz-pesquisa/ (02-6-
2023, às 20:25)

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Conclusão:
Em suma, o nosso grupo defende que a discriminação é fruto das desigualdades sejam
ela económicas, sociais, de género, de etnia…

Para isso, concluímos o nosso trabalho com um pequeno pensamento:

“As diferenças são aquelas que nos tornam únicos e que nunca devemos discriminar os
outros em qualquer situação porque um dia podemos estar no lugar daquele que hoje é
discriminado”

Bibliografia:
 (https://dre.pt/dre/lexionario/termo/principio-igualdade) (19-5-2023, às 16:18)
 (https://apav.pt/uavmd/index.php/pt/intervencao/discriminacao) (31-5-2023, às
22:43)
 (https://entretenimento.r7.com/prisma/melhor-nao-ler/xadrez-e-o-primeiro-jogo-
de-tabuleiro-a-ser-banido-por-racismo-e-machismo-05072022)(03-6-2023,às
14:45)
 (https://spmateriais.pt/site/2020/02/18/portugal-e-o-pais-do-mundo-com-maior-
percentagem-de-mulheres-em-cursos-de-ciencias/) (04-6-2023, às 15:58)
 (https://www.publico.pt/2013/03/08/sociedade/noticia/doutores-desde-1917-dos-
primeiros-aos-recemdoutorados-em-portugal-1586663) (04-6-2023, às 16:09)
 (https://www.cnnbrasil.com.br/economia/racismo-e-principal-forma-de-
discriminacao-em-75-das-empresas-no-brasil-diz-pesquisa/(02-6-2023, às 20:25)
 Livro: Manuel João Quartilho: “Saúde mental” (30-5-2023, às 22:03)

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