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alguma forma?
Essa discriminação é utilizada para diferenciar as tonalidades da
pele negra, excluindo ou incluindo eles na sociedade.
Esse fenômeno é muito presente em países como o Brasil, onde a diversidade racial é
muito grande. O colorismo pode ser percebido em diversos aspectos da vida cotidiana,
como no mercado de trabalho, na mídia, na moda e até mesmo nos relacionamentos.
Esse preconceito, acaba virando rivalidade entre as pessoas negras de pele clara e as de
pele escura. O sentimento de injustiça que pode intensificar a falsa ideia de que as
pessoas de pele clara não seriam negras, porquê têm acesso a muitas oportunidades.
Um exemplo é no texto de Alice Walker, que introduz o termo colorismo “Se o presente
se parece com o passado, como será o futuro?”, já que a sociedade brasileira ainda
considera que, “a branca é para casar, a mulata para fornicar e a preta para trabalhar”.
O homem negro, mesmo sem ascensão social encontra-se em uma posição privilegiada
em relação às mulheres negras, pois ser negro não o impede de relacionar-se
afetivamente com mulheres negras, enquanto a mulher negra por causa do machismo e
por causa do racismo encontra, cada vez menos, quem com ela queira relacionar-se.
De acordo com Guilherme Oliveira, ser negro no Brasil é não estar representado em
nenhum espaço e, dependendo dos traços atribuídos à negritude de uma pessoa, ela vai
vivenciar formas diferentes de racismo ao longo da vida.
“A gente não nasce negro, a gente se torna negro. É uma conquista dura, cruel e que se
desenvolve pela vida da gente afora.” A citação de Lélia Gonzalez, uma das pioneiras
nos estudos da Cultura Negra no Brasil, corrobora o entendimento do ser negro no
Brasil e do pertencimento a uma nação que nasceu da miscigenação.