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Cristiane Brasileiro
Aula 2 - Métodos pedagógicos em EaD
Meta
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
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quais são os pressupostos teóricos implícitos nas escolhas que fazemos, assim
como quais são os efeitos práticos da influência dessas teorias sobre as nossas
escolhas e suas consequências sobre a aprendizagem que pretendemos colocar
em movimento através dos cursos que criamos.
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Tratam-se dos cursos que já integravam rádio, TV e, por fim, algo de áudio-
conferência, com um embrião de um sistema de tutoria.
A 3a geração surge nos fins dos anos 1960, na Inglaterra, sendo difundida, no
Brasil e América Latina, somente nos anos 1990. Essa geração de recursos traz
como instrumentos didáticos um arsenal de mídias que apresentavam
conteúdos e norteavam o processo de aprendizagem. Nesse contexto, pela
primeira vez, surge a proposta de encontros presenciais e um suporte ao aluno
via conferências telefônicas.
Um marco importante da terceira geração ou geração das universidades
abertas surge em 1969, com a British Open University na Inglaterra, que teve
como proposito oferecer ensino de qualidade com custo reduzido para alunos
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Tratam-se dos cursos que já se dão com suporte do AVA (Ambiente Virtual de
Aprendizagem) e que, portanto, podem contar não só com materiais escritos
apostilados (sejam já impressos ou disponibilizados em forma de arquivos para
os alunos), mas também com materiais audiovisuais, tutoria e interação
síncrona e assíncrona.
Ainda fruto do desenvolvimento na área da informação e comunicação, a
quinta geração, que despontou nos anos 2000, propõe um novo ambiente em
prol do processo de ensino e aprendizagem: os Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVAs), que contam com propostas de interação mais efetivas
entre os sujeitos.
Em termos das teorias da Aprendizagem, essa geração da EAD continua tendo
a marca forte das teorias sociocognitivistas e se liga também mais
recentemente, ao esboço de teorias conectivistas, ambas já como versões
altamente afetadas pelas tecnologias disponibilizadas a partir da emergência
da Web 2.0 e suas fortes redes sociais, sua lógica de agregação e seus sistemas
de recomendação. As atividades de aprendizagem visam a desenvolver
habilidades do discente, tais como explorar, conectar, criar e avaliar,
direcionando a criação de artefatos como frutos do processo avaliativo. Para o
conectivismo, a informação hoje é abundante e de fácil acesso via suportes
tecnológicos; assim a aprendizagem não é mais concebida por meio de
memorização, mas para a criação e manutenção de conexões em rede para
que o aprendiz seja capaz de encontrar e aplicar conhecimento quando e onde
for necessário.
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Comportamentalismo
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Segundo Filatro (2004), por influência desta teoria em 1950, Bloom formulou a
taxonomia dos objetos educacionais com base na cognição (desenvolvimento de
habilidades intelectuais), na afetividade (mudanças nos interesses, atitudes,
comportamentos e valores) e no sentido humano (psicomotor). Tal taxonomia
influenciou o design instrucional no sentido da criação de uma linguagem comum
e padronizada para classificar as atividades educacionais, e foi essa linguagem que
chegou ao Brasil em meados da década 1970.
Em 1965, o desenvolvimento do design instrucional ainda era marcado pela
contribuição de Robert Gagné. Este completou o modelo da taxonomia dos
objetos educacionais de Bloom com a descrição dos resultados da aprendizagem
em cinco tipos e apresentou também nove condições externas de aprendizagem.
A teoria comportamentalista, em seus pressupostos, muito contribuiu para o
desenvolvimento do design instrucional. Veja, no quadro a seguir, uma amostra
das principais dessas contribuições:
Para concluir a abordagem desta teoria, vale ressaltar que ela tem como foco
principal a manipulação do ambiente externo como mecanismo de mudança, por
meio de condutas observáveis e manipuláveis.
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Cognitivismo
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(Sócio) Construtivismo
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a. Atividade humana
Para construir este conceito, Vygostky fez uso da visão de trabalho que Marx
acreditava orientar a construção do sujeito e de suas implicações para a espécie
humana, que a definiram pela capacidade de:
estar conscientemente direcionada para uma finalidade;
utilizar instrumentos mediadores para realizar a atividade;
produzir algo com a marca da sua própria subjetividade, do seu jeito de ser.
b. Mediação
c. Internalização
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Em conformidade com esses princípios, aprender não seria uma simples ação
individual de obter informação, mas um processo dialético que envolve o
social, ferramentas e o mundo físico. Em 1990, a visão (socio) construtivista
dissemina as formas de ensinar no campo do design instrucional. A partir disso,
designers instrucionais vêm pesquisando modelos que possibilitem a criação
de um espaço favorável para construção de um ambiente construtivista na
educação on-line.
Veja, a seguir, alguns dos princípios do pensamento Vygotskiano e suas
implicações para o design instrucional on-line.
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Andragogia
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Pedagogia Andragogia
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Resumindo
Nesta segunda aula você foi apresentado às cinco “gerações da EaD”, assim
como às relações implícitas ou explícitas que foram se tecendo entre elas e
determinadas Teorias da Aprendizagem (Comportamentalismo ou
Behaviorismo, Cognitivismo, (Sócio) Construtivismo e Andragogia).
Considerando a influência mais geral exercida por essas teorias sobre a
EAD, no entanto, nosso foco foi abordar como tais teorias orientam o tipo
de material didático que produzimos. As relações entre a produção de
material didático e as Teorias da Aprendizagem, afinal, muitas vezes não
são estabelecidas de forma consciente ou deliberada pelos seus
produtores. O que fizemos, portanto, foi exatamente jogar luz sobre os
pressupostos teóricos que estão por trás das escolhas que fazemos (ou que
fazem por nós) no momento de se planejar e desenvolver esses materiais
didáticos – levando-se em conta inclusive o efeito que isso poderá ter
junto aos nossos alunos.
Referências bibliográficas