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Introdução

Introdução.
No mundo dinâmico em que vivemos actualmente, precisamos acompanhar suas
transformações para nele interagirmos de forma mais construtiva. As tecnologias têm
influenciado muito, seja através da própria mídia, que cada vez mais nos circunda, ou
mesmo pela crescente indústria das comunicações, onde ocorrem as mudanças mais
profundas nos últimos anos. Analisar o actual processo ensino aprendizagem, sem
estabelecer relação alguma com as transformações da sociedade, parece-nos viver em
um espaço fechado e alheio às mudanças.

Estar atento e interligado ao dinamismo mundial não é questão de apenas sobreviver,


mas depossibilitar a participação e atuação mais significativa em todos os campos, em
nosso caso, na Educação.
As novas idéias ou concepções de como pensar ou de como se relacionar com o mundo
não partem
apenas de nossas interpretações do dia-a-dia escolar, mas provêm também de leituras
que nos permitem
dimensionar novas realidades e propostas.
Podemos citar as contribuições significativas de Almeida (1999), Papert (1994) e
Valente (1993
e 1999), ligadas às questões das Novas Tecnologias na Educação; e Barreiro (2001),
Fazenda (1994),
Freire (1986), Hernandéz e Ventura (1998) e Perrenoud (2000), as quais se destacam no
âmbito da
interdisciplinaridade, metodologia de projetos e competências docentes. Esses teóricos
ajudam-nos a
refletir sobre o processo ensino-aprendizagem, demonstrando como as novas
tecnologias representam um
recurso para potencializá-lo.
Podemos destacar ainda a grande contribuição dos trabalhos de Valente e da equipe do
Núcleo
de Informática Aplicada á Educação - NIED/Unicamp, que tem pesquisado
continuamente a importância
das Novas Tecnologias no ambiente escolar, vislumbrando mudanças.
Revisão literária
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às
estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com
seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se
produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser
armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva.

Historicamente, a modernidade do uso das tecnologias na educação apoiou-se nos avanços da


comunicação, na psicologia da aprendizagem e nas tecnologias – cada vez mais acessíveis e
interativas. As teorias de aprendizagem passaram de idéias que promulgavam a mecanização e
a repetição, como as da teoria comportamental, para idéias que partem essencialmente da
participação do sujeito e da influência do meio na construção do conhecimento. Influenciados
por tais teorias, os usos das TIC na educação, como, por exemplo, os softwares matemáticos,
passaram de puramente instrucionais para interativos, estimulando a experimentação, a
interpretação, a visualização, a indução, a conjecturação, a abstração, a generalização, a
criatividade e, enfim, a demonstração. Rever os fundamentos de algumas teorias de
aprendizagem pode nos ajudar a selecionar e a elaborar metodologias de ensino que
acreditamos impulsionar o desenvolvimento do conhecimento matemático. Por isso, vamos
nos deter rapidamente a uma revisão de duas maiores teorias: Behaviorismo e Cognitivismo.

O trabalho enriquecido pelo acesso à informática pode oportunizar a construção de


conhecimento e aprendizagem contínua. Kenski
(2007, p. 45) afirma que a informática “[…]
quando bem utilizada, provoca a alteração
do comportamento de professores e alunos,
levando-os ao conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado […]”

Teorias de Aprendizagem
Segundo o dicionário Michaelis a palavra aprendizagem é
derivada do substantivo aprendiz, termo que caracteriza
aquele que aprende ou dá os primeiros passos em uma
atividade, arte ou ofício. Assim, a aprendizagem pode ser
definida como o ato de aprender ou adquirir conhecimento
através da experiência ou de um método de ensino.
Desde a Antiguidade, o interesse em compreender como o
homem aprende e as reflexões acerca de sua natureza já
eram objetos de estudo. O desenvolvimento das disciplinas
científicas no século XIX, entre elas a Psicologia, contribuiu
para o desenvolvimento de diferentes teorias sobre o
processo de construção do conhecimento e demais teorias
cognitivas que se preocupam em analisar o desenvolvimento
desta capacidade humana. No século XX, diversos estudos
baseados em experimentos e observações contribuíram para
a abertura de um campo de estudos que mais tarde iria se
estruturar em torno de diferentes teorias cognitivas ou teorias
de aprendizagem, ressaltando os aspectos relacionados aos
processos de construção e desenvolvimento do conhecimento,
o papel da educação e demais atividades relacionadas ao
sujeito que aprende.
O processo aprendizagem pode ser compreendido através de
diferentes perspectivas, mas independentemente da
prioridade que dão a determinados fatores, um ponto comum
presente nas teorias da aprendizagem é a correlação entre as
representações e condições internas do sujeito e as situações
externas a ele. Tendo em vista a ação do sujeito sobre o meio
e a maneira como cada pessoa organiza, aprende e interioriza
as informações de uma dada realidade, a aprendizagem
resulta em uma transformação que tem por base as
experiências do sujeito no mundo a partir das interações por
ele estabelecidas. Portanto, conceitualmente a aprendizagem
pode ser definida como o processo de aquisição de
informações, conhecimentos, habilidades, valores e atitudes
possibilitados através do estudo, do ensino ou da experiência.
A aprendizagem é um processo complexo, pois sua fonte
encontra-se no meio natural-social, abrangendo os hábitos
que formamos e a assimilação de valores culturais ao longo
do processo de socialização. Nele ainda intervêm muitos
fatores internos de natureza psicológica e biológica que
interagem entre si e ambos com o meio externo. Assim, a
situação em que ocorre a aprendizagem pode ser
compreendida como o momento em que a criança enfrenta
uma exigência externa, e portanto social, e
consequentemente mobiliza e desenvolve respostas para
atender de maneira satisfatória essa exigência.
Ainda que não se possa se restringir aos processos ocorridos
exclusivamente no ambiente escolar, o reconhecimento de
que há uma característica individual no modo como cada
pessoa aprende implica necessariamente em uma revisão
crítica e constante avaliação dos processos de ensinar e
aprender, reconhecendo a existência de diferentes estilos de
aprendizagem, planejando e aplicando estratégias de ensino
de acordo com os ritmos de aprendizagem de cada aluno.

Neste sentido, três modelos de aprendizagem possui destaque: o visual, o auditivo e o


cinestésico. Antes de adentrarmos a análise de cada um dos modelos é importante
frisar que não há excludência, ou seja, todos os estudantes se utilizam dos três
modelos, no entanto existe destaque para um ou alguns deles.

O processo estudantil é composto por diversas peculiaridades, dentre elas a forma que o
estudante efetua com prevalência a retenção do conteúdo programático. A palavra
“estudar” vai muito além de simplesmente ouvir um professor ou ler acerca de
determinado assunto.
Com efeito, o aprendizado do conteúdo que será objeto de avaliação no concurso
público ou em qualquer outro processo de avaliação requer a utilização de técnicas
eficientes que lhe permita a captação e armazenamento da informação. Neste sentido,
três modelos de aprendizagem possui destaque: o visual, o auditivo e o cinestésico.
Antes de adentrarmos a análise de cada um dos modelos é importante frisar que não há
excludência, ou seja, todos os estudantes se utilizam dos três modelos, no entanto existe
destaque para um ou alguns deles.

2) Modelo Visual

O primeiro modelo de traduz nos Alunos(as) considerados visuais. A utilização da visão


se configura como o sentido principal de retenção dos conteúdos. Neste caso, o
estudante consegue absorver os detalhes abordados nas aulas expositivas a partir de
quadros esquemáticos, tabelas de sistematização, mapas mentais, etc., que possibilitem
um desenho mental com evidências dos assuntos analisados.
Assista ao vídeo abaixo e entenda como os modelos de aprendizagem se destacam:
3) Modelo Cinestésico

Os Alunos(as) cinestésicos são aquelas que precisam de uma atuação ativa para que o
aprendizado se consolide. Existe a necessidade por parte deste perfil de estudante de
tocar, cheirar, experimentar, sentir, etc. Ou seja, o(a) Aluno(a) precisa de uma tradução
mais prática dos assuntos a fim de gerar um grau de fixação mais robusto dos conteúdos
em processo de aprendizagem.
Neste modelo, o Aluno(a) não se contenta em apenas visualizar ou ouvir um conteúdo,
ele ou ela precisa “colocar a mão na massa”. O desenvolvimento de interpretações,
fichamento, resumos são pontos cruciais de retenção do conteúdo programático.

4) Modelo Auditivo

O terceiro modelo é marcado pelos Alunos(as) auditivos. Neste caso, a fonte principal
de retenção dos conteúdos está na audição, isto é, os conteúdos precisam ser
apresentados em um formato em que este sentido tenha destaque.
Com efeito, para os Alunos auditivos, a utilização de podcasts é uma ferramenta que
possibilita resultados expressivos. Assim, aplicativos que possibilitem a reprodução da
Constituição, de leis, a existência de questões comentadas em áudio são fatores que
tornam o processo de aprendizagem mais eficiente.
A fim de corroborar o entendimento acerca do processo de aprendizagem pelo modelo
auditivo, ouça o podcast abaixo acerca dos 03 elementos que geram um aprendizado
mais eficiente.
Clique para ouvir o Podcast:

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Behaviorismo O Behaviorismo foi desenvolvido, no início do século XX, com experiências


iniciais com animais, principalmente com os estudiosos Ivan Pavlov, Edward Thorndike,
Edward C. Tolman, Clark L. Hull, BF Skinner, entre outros. Baseia-se essencialmente na
premissa de que a mudança de comportamento acontece por meio de uma resposta dada a
um estímulo: o comportamento é controlado pelas consequências – se positiva aumenta a
tendência da conduta, se negativa a frequência da resposta tende a diminuir. Não é necessário
recorrer à atividade mental do sujeito, entre o estímulo e a resposta. Embora, de certa forma,
importante, esta teoria de aprendizagem perdeu um bom espaço entre educadores, mas no
ensino e aprendizagem de matemática é ainda a que prevalece. Metodologias de ensino
baseadas somente no esquema definição, exemplos e vários exercícios são as que acontecem
em quase todos os currículos. O ensino poderia, segundo essa perspectiva, ser definido como
uma seqüência organizada de reforços que facilitariam a aprendizagem, com ou sem
professor; o papel deste seria o de criar contingências de reforço5, elaborando situações de
aprendizagem nas quais se reforçam as respostas que aumentariam as possibilidades de o
aluno chegar ao comportamento esperado, respondendo corretamente sobre o que deveria
ser aprendido. É justamente pela ênfase dada à questão do controle do comportamento, pelo
reforço, tornando a aprendizagem um ato mecânico, que este modelo de aprendizagem,
segundo Moreira (2006), foi bastante criticado, principalmente no final da década de 1960,
com o surgimento da corrente humanística acentuando a necessidade do indivíduo
autodesenvolver-se, porém, sua contribuição para o ensino é inegável e ainda hoje é utilizado
como base para diversas teorias e métodos de ensino.

Behaviorismo O Behaviorismo foi desenvolvido, no início do século XX, com experiências


iniciais com animais, principalmente com os estudiosos Ivan Pavlov, Edward Thorndike,
Edward C. Tolman, Clark L. Hull, BF Skinner, entre outros. Baseia-se essencialmente na
premissa de que a mudança de comportamento acontece por meio de uma resposta dada a
um estímulo: o comportamento é controlado pelas consequências – se positiva aumenta a
tendência da conduta, se negativa a frequência da resposta tende a diminuir. Não é necessário
recorrer à atividade mental do sujeito, entre o estímulo e a resposta. Embora, de certa forma,
importante, esta teoria de aprendizagem perdeu um bom espaço entre educadores, mas no
ensino e aprendizagem de matemática é ainda a que prevalece. Metodologias de ensino
baseadas somente no esquema definição, exemplos e vários exercícios são as que acontecem
em quase todos os currículos. O ensino poderia, segundo essa perspectiva, ser definido como
uma seqüência organizada de reforços que facilitariam a aprendizagem, com ou sem
professor; o papel deste seria o de criar contingências de reforço5, elaborando situações de
aprendizagem nas quais se reforçam as respostas que aumentariam as possibilidades de o
aluno chegar ao comportamento esperado, respondendo corretamente sobre o que deveria
ser aprendido. É justamente pela ênfase dada à questão do controle do comportamento, pelo
reforço, tornando a aprendizagem um ato mecânico, que este modelo de aprendizagem,
segundo Moreira (2006), foi bastante criticado, principalmente no final da década de 1960,
com o surgimento da corrente humanística acentuando a necessidade do indivíduo
autodesenvolver-se, porém, sua contribuição para o ensino é inegável e ainda hoje é utilizado
como base para diversas teorias e métodos de ensino.

Com o desenvolvimento das teorias cognitivas, e os estudos no campo de Inteligência Artificial


(IA), os processos cognitivos complexos do indivíduo deixam de ser analisados como resultado
de estímulo-resposta e o cérebro humano passa a ser comparado com um complexo
computador. Assim, a partir da década de 1970, as pesquisas no campo da aprendizagem
passaram a ter como objetivo principal a construção de ambientes de aprendizagem cada vez
mais dinâmicos e eficientes, procurando romper com os sistemas rígidos dos programas de
ensino auxiliados por computador.

Entre as correntes psicológicas de aprendizagem que contribuíram para estes avanços, estão
as teorias cognitivistas, que se caracterizam por considerar as atividades mentais fatores
indispensáveis no processo de aprendizagem do indivíduo, ou seja, preocupam-se com a forma
como o sujeito conhece, processa, armazena e usa a informação.

Cognitivismo

A ciência cognitiva mudou o modo como os educadores viam a aprendizagem, enfatizando o


que é ignorado pela visão behaviorista: a cognição, ato de conhecer – como o ser humano
conhece o mundo. Para seus seguidores, o foco da aprendizagem devia estar nas variáveis
inferentes entre o estímulo e a resposta, nas cognições, nos processos mentais superiores:
processamento de informações, percepções, resolução de problemas, tomadas de decisões. O
foco é a mente, de maneira objetiva e científica e não especulativa. Trata, então, dos
processos mentais, se ocupa da atribuição de significados, de compreensão, da transformação,
do armazenamento e uso da informação envolvida na cognição. Esta se dá por construção – o
aluno é um agente da construção do conhecimento. É importante notar que a Ciência da
Computação e a Tecnologia da Informação tiveram uma grande influência da teoria da Ciência
Cognitiva e vice-versa. Outra grande influência sobre o campo da Ciência Cognitiva é a de
Noam Chomsky e de Steven Pinker. Hoje, os pesquisadores estão concentrando-se em temas
como Carga Cognitiva e Teoria de Processamento de Informação.

Resolução de problemas, memória, percepção, aprendizagem, compreensão e raciocínio,


esquemas e arquiteturas mentais são alguns dos principais objetos de investigação desta área,
cujas aplicações são aproveitadas na construção de modelos explícitos, em formas de
programas de computador (softwares), gráficos, arquiteturas ou outras esquematizações do
processamento mental, em especial nos sistemas que pesquisam sobre IA. As teorias
cognitivistas, com suas preocupações epistemológicas, culturais, lingüísticas, biológicas e
lógico-matemáticas, caracterizam o ambiente educacional, a partir da década de 1990, em
especial sob o ponto de vista didático, e norteia alguns programas de ensino auxiliado por
computador. E, dentre os muitos cognitivistas responsáveis por esta evolução, destacamos,
por levarem em conta a necessidade de uma aprendizagem autônoma, reflexiva e colaborativa
necessária para o tecnoletramento do aluno, pesquisadores como: Piaget, Vygotsky, Paulo
Freire e Papert. Tais teorias foram estudadas na disciplina Introdução à psicologia da
aprendizagem. Neste contexto, o papel do professor passa a ser o de um facilitador, o qual
presta serviços de orientação de modo que os alunos possam construir os seus próprios
conhecimentos. Porém, é importante certificar-se de que a aprendizagem anterior e as
experiências são apropriadas e relacionadas com os conceitos a ser ensinados. O impacto das
Novas Tecnologias tem provocado mudanças na Educação, que não tarda a incorporar os
últimos recursos tecnológicos direcionados ao setor. Dessa forma, a integração de novas
mídias, como televisão e Internet, não é mais novidade estranha à sala de aula. Pelo contrário,
contribui para a criação de novas estratégias de ensino, aprendizagem e auto-capacitação. Um
marco de software educacional é o LOGO – caracterizado como ambiente informático
embasado na teoria cognitivista. Neste ambiente, o próprio indivíduo constrói os mecanismos
do pensamento e os conhecimentos a partir das interações que tem com seu ambiente
psíquico e social. A linguagem LOGO possibilita o controle de um robozinho em forma de
tartaruga e com possibilidade de girar, andar para frente e para trás. Por meio dela, trabalha-
se o raciocínio, conceitos de matemática e de lógica, com a prática. A linguagem LOGO se
atualizou no decorrer dos últimos 25 anos, e hoje se apresenta em diversas versões: o
Multilogo, o Peoplelogo, entre outros. O uso de uma ou outra linguagem depende do interesse
do projeto e do objetivo a ser alcançado. Ambas visam proporcionar aos alunos uma
aprendizagem ativa através do fazer, da exploração e da investigação, possibilitando o gosto
da descoberta e o prazer de aprender de forma agradável e divertida, o que, segundo Papert
(1994), não significa tornar o trabalho mais fácil, pois quando se está envolvido em algo, não é
o fácil que se deseja e sim o desafio de partir para terrenos mais interessantes. A
aprendizagem não só se torna significativa, mas também ficará retida por mais tempo. Papert
(1994) introduziu o termo Construcionismo, relacionado à construção do conhecimento
através do computador como ferramenta de aprendizagem. Assim, as crianças farão melhor
descobrindo por si mesmas o conhecimento específico de que precisam. Para Papert, a
aprendizagem ocorre na interação entre indivíduo e o mundo; porém, o contato com o mundo
é facilitado com um computador e uma linguagem de programação.

O Computador e o Ensino-Aprendizagem de Matemática Comumente, são admitidos os


benefícios que a formação matemática proporciona ao desenvolvimento das qualidades
intelectuais, como a intuição, a capacidade de abstração, de análise, de síntese, de
generalização. Assim, é perigoso primar a atenção nos cálculos, nas manipulações algébricas,
em detrimento da observação, da análise e da reflexão no aprendizado matemático. Um
exemplo dessa primazia é visto nos cursos de Cálculo Diferencial e Integral, em que, em geral,
o estudante decora regras de derivação e integração, mas não consegue utilizar tais
ferramentas matemáticas para resolver uma situação-problema. Uma forma de aprendizagem
eficaz seria a de um ensino que contemplasse não somente a apresentação de conceitos e
resultados com as correspondentes técnicas de cálculos, mas também que oportunizasse o
desenvolvimento da intuição, a descoberta de propriedades e características dos objetos
matemáticos a partir da análise de diversas situações. Isto, em geral, requer muitos
procedimentos, muitos cálculos, muito tempo para repetir algoritmos, gerar gráficos etc.
Nesse caso, o computador entra para permitir uma espécie de simulação que facilite, ao
mesmo tempo, o estudo de diferentes situações e a experimentação. Na verdade, há anos que
o computador vem ajudando a matemática como, por exemplo, na análise numérica, no
cálculo algébrico simbólico, e até em demonstrações matemáticas, dentre outros auxílios.

O trabalho enriquecido pelo acesso à informática pode oportunizar a construção de


conhecimento e aprendizagem contínua. Kenski
(2007, p. 45) afirma que a informática “[…]
quando bem utilizada, provoca a alteração
do comportamento de professores e alunos,
levando-os ao conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado […]”

O trabalho enriquecido pelo acesso à informática pode oportunizar a construção de


conhecimento e aprendizagem contínua. Kenski
(2007, p. 45) afirma que a informática “[…]
quando bem utilizada, provoca a alteração
do comportamento de professores e alunos,
levando-os ao conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado […]”

[…] ultrapassada a era das máquinas de escrever


e do papel carbono, os programas de processamento de texto tornaram-
se indispensáveis em
escritórios e, principalmente, na escola. Não
somente porque permitem preparar trabalhos,
pesquisas e documentos diversos, mas porque
os estudantes devem conviver com esse instrumento desde o início.

Quanto à Planilha Eletrônica, Excel, que é


um outro tipo de sofware aplicativo, Aguiar &
Sette (2000, p. 26) diz que “[…] por sua vez,
as planilhas auxiliam na compreensão dos
conceitos de matriz e de expressões aritméticas, bem como na aplicação de problemas do
cotidiano.”
O uso de softwares educacionais constitui
um outro importante aspecto que deve ser
considerado. Os que mais estimulam e provocam serão selecionados para o progresso
de um bom trabalho. A função do professor é
essencial nesse processo e com relação a isso
Almeida diz que:

O professor-aprendiz explora e analisa diferentes softwares educacionais, identifica as teorias subjacentes


aos mesmos, analisa suas potencialidades, limitações e possíveis implicações na
prática e na investigação pedagógica, aplicando
o ciclo descrição-execução-reflexão-depuração.
(ALMEIDA, 2000a, p. 30)
Segundo Moraes (1997, p. 6) “[…] a literatura [...] vem demonstrando que o computador
deve ser utilizado como catalisador de mudanças do modelo educacional vigente […]”. A
esse respeito, Valente afirma que:

[…] os computadores estão propiciando uma


verdadeira revolução no processo ensino aprendizagem. Uma razão
mais óbvia advém dos diferentes tipos de abordagens de ensino
que
podem ser realizados através do computador,
devido aos inúmeros programas desenvolvidos
para auxiliar o processo ensino-aprendizagem.
Entretanto, a maior contribuição do computador
como meio educacional advém do fato do seu
uso ter provocado o questionamento dos métodos e processos de
ensino utilizados. (VALENTE,

Todo esse aparato tecnológico que as escolas possuem precisa ter utilizado de forma
a auxiliar no processo ensino aprendizagem.
Para isso é preciso que os professores estejam
preparados. É ai que entra em cena os cursos
de capacitação para o uso da informática em
sala de aula pelos docentes.

Behaviorismo:

concentra-se no estudo dos comportamentos que podem ser observados a partir das reacções do

indivíduo a estímulos do meio ambiente. A mente é vista como uma caixa negra porque responde a

estímulos que podem ser observáveis, ignorando totalmente a possibilidade de ocorrência de

processos mentais. Consoante a resposta dada pelo aprendiz esteja certa ou errada, é-lhe fornecido

um reforço positivo ou negativo. O objectivo é aumentar a probabilidade de ocorrência da resposta

desejada no futuro. A aprendizagem é um processo passivo, sem interesse pelos processos

mentais que ocorrem no aprendiz.

Cognitivismo:

baseia-se nos processos mentais subjacentes ao comportamento. As mudanças no comportamento

são observadas e utilizadas como indicadores do que está a acontecer na mente do aprendiz.

Segundo esta teoria, à semelhança do computador, a mente humana é um processador de

informação, isto é, recebe, interpreta, armazena e recupera ou utiliza informação quando necessita

dela.

A aprendizagem é o processo que cria na memória representações simbólicas da realidade

exterior.

Construtivismo:

baseia-se na premissa de que nós construímos o nosso próprio conhecimento do mundo em que
vivemos, reflectindo nas nossas experiências pessoais. Cada um de nós gera regras e modelos

mentais, e utiliza-os para interpretar e atribuir significado às suas próprias experiências. A

aprendizagem consiste, por isso, no processo de ajustamento dos nossos modelos mentais à

acomodação de novas experiências.

Modelos de Aprendizagem
No campo de estudos da aprendizagem, sabe-se que existem
uma grande variedade de correntes teóricas que visam
discorrer sobre modelos e tipos de aprendizagem, que
repercutem no desenvolvimento de práticas pedagógicas
escolares e extra-escolares. As teorias cognitivistas da
aprendizagem, por exemplo, destinam-se a estudar
prioritariamente as estruturas do saber, os processos
mentais, as estratégias didáticas de ensino, focando-se na
solução de problemas e no processamento da informação,
visando a transposição das aprendizagens do indivíduo para
novas situações.

Objetivando construir e aplicar metodologias de ensino-


aprendizagem eficientes, alguns teóricos preocuparam-se em
investigar a aprendizagem escolar por meio da análise das
decorrências desse processo na construção de saberes pelos
indivíduos, passando a apresentar categorizações de modelos
de aprendizagem.

Modelos de aprendizagem podem ser definidos como


maneiras ou processos pelos quais as pessoas aprendem ou
constroem conhecimentos. Ao analisar diversas teorias de
aprendizagem é possível agrupá-las em três grandes grupos
básicos:

1. Teorias de Ambientalistas: entendem a aprendizagem


como sendo, em grande medida, decorrente do ensino em
ambientes formais de transmissão do conhecimento
historicamente sistematizado. Nessas teorias a aprendizagem
é conseqüente da ação de pessoas que sabem algo, ou sabem
fazer algo, e ensinam a outros aquilo que sabem. Essas
teorias se vinculam à educação escolar.
2. Teorias Inatistas: compreendem a aprendizagem como
sendo inata ao indivíduo, decorrente de atividades da própria
pessoa que aprende, atividades essas que englobam a
observação e a imitação, a pesquisa, o estudo e a reflexão.
São teorias que se vinculam ao conceito de autodidatismo e a
idéia de que a aprendizagem decorre de capacidades
intrínsecas à pessoa.

3. Teorias Sócio-interacionistas: concebem a aprendizagem


como conseqüência direta da interação entre as pessoas,
interação essa que se manifesta por meio da troca de idéias,
de diálogo, da discussão e da crítica. A aprendizagem é vista
como conseqüência das relações estabelecidas entre o sujeito
e seu meio sócio-cultural. São teorias que priorizam
a socialização.

Conclusão

Nas décadas de 1950 e 1960, a tecnologia educacional apresentava-se como um meio


gerador de aprendizagem. Na década de 1970, passou a fazer parte do ensino como
processo tecnológico. Em meados de 1990, caracterizou-se pela busca de novos modos
de trabalhar no campo educacional. A tecnologia educacional reflecte sobre a aplicação
de técnicas para a solução de problemas educativos. Ela procura controlar o sistema de
ensino-aprendizagem como aspecto central e a garantia de qualidade, preocupando-se
com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos. No início
do século XXI, as tecnologias começam a ser vistas e usadas numa outra perspectiva no
processo educativo. Deixam de ser encaradas como meras ferramentas que tornam mais
eficientes e eficazes modelos de educação já sedimentados, passando a ser consideradas
como elementos estruturantes de "novas" educações (no plural), com o objectivo de
expressar a diversidade das culturas e dos processos pedagógicos. Nesse sentido, a TV,
o vídeo, o Rádio (comunicação), a Internet, o material impresso, entre outros,
possibilitam a articulação entre novas linguagens e novas racionalidades na escola. Mais
e mais escolas e centros de educação estão usando ferramentas on-line e colaborativas
para o aprendizado e busca de informações. As principais ferramentas usadas e
conhecidas são agregação e distribuição de conteúdo (RSS, ATOM), Ambientes de
aprendizagem como Weblogs (BLOGs), WebQuests e Wikis e objectos educacionais. É
importante identificar as ferramentas que realmente podem ser utilizadas como
instrumentos educacionais e avaliar sua aplicação de modo a promover a aprendizagem
significativa, crítica e eficaz.

A aprendizagem configura-se, portanto, como processo e produto inacabados e


diferentemente desenvolvidos. Compreender e intervir de forma propositiva sobre
diferentes ritmos de aprendizagem resulta, por parte do sujeito que aprende, na
construção do conhecimento e no aprimoramento do desenvolvimento cognitivo,
tornando-o o maior responsável pelo controle da própria aprendizagem, capaz de
reflectir e pensar com autonomia assim como aplicar o conhecimento a novas situações
ao longo da vida.

Referências bibliográficas

 OLIVEIRA, R. Informática Educativa. Campinas: Papirus, 2006.


 PAPERT, S. Logo: computadores e educação. São Paulo: Brasiliense, 1999
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed,
2000. VALENTE, J. Armando & Almeida, Fernando J. Visão Analítica da
Informática no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de
Informática Educativa, RBIE, no 1. 1997.
 VALENTE, J. A. (org.). O computador na sociedade do conhecimento.
Colecção Informática para a mudança na Educação. Brasil. Ministério da
Educação, 1999. VALENTE, José Armando (Orgs.). Aprendendo para a vida: os
computadores na sala de aula. São Paulo,SP:Editora Cortez, 2001.
 VIDAL, Eloísa Maia et al. Educação, informática e professores. Fortaleza:
Demócrito Rocha, 2000.

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