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“A baleia” e o amor
Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/diversidade/2023/02/27/noticia-diversidade,1462421/o-
preconceito-por-tras-da-sensibilidade-de-a-baleia.shtml. Acesso em 03 fe, 2023.
Poetas, literatos, filósofos, santos, loucos escreveram sobre o amor, pra quê e
pra quem? Por quê? Afinal se chegou a alguma conclusão? Não.
Cada pessoa acha que sabe suficientemente sobre o amor a ponto de dar
longas lições; explanar, expor, jurar de pés juntos que sabe o que é essa maluquice
ou desvario ou sandice ou loucura ou bobeiragem, etc., podem chamar também de
beleza, pureza, divindade, algo que o valha, sentido positivo, otimista e bom.
Eu vou defender meu decreto 01/23 ninguém mais deve tentar definir isso por
escrito ou fala.
É tudo sobre amor, canto de Ossanha falou que amor só é bom se doer, nisso
eu tendo a acreditar, saravá.
Mas, se acaso for uma um fio, qual é a sua tensão? Se for fogo de fato, qual a
sua temperatura máxima? E se gelo for, qual sua temperatura mínima? No entanto,
se for escada, qual a sua altura? Por fim, se for tempo, qual sua idade, séculos,
eras? Ele depende da moral ou mais de fatos concretos, ou apenas palavras
bastam? Digo isso porque um belo dia se ama intensamente, o amor máximo e
esplêndido, mágico e maravilhoso, porém uma simples atitude do ser amado, um
“derrapão”, um “deslize”, uma pequena “falha”, ou lapso, como se esquecer de tomar
o café da manhã ou uma conversa num celular pode jogar o intenso amor água
abaixo, no ralo. Amor de meses e anos se esfumaça física e materialmente,
deixando em seu lugar o não-amor, o amor sofrido, a dor no coração; aqui acho que
existe consenso, o lugar do amor é o coração; fisicamente ele dói quando o amor
aperta, correto? Portanto, ainda assim defendo que o fim do amor é amor, aqui sem
querer definir, senão cairia em contração no meu raciocínio, explico; é amor em
ausência.
Acho meio estranho o amor que se mata e se morre, o tal do crime passional,
e tem até atenuante! Vossa excelência minimiza a pena do condenado que mata por
amor, curioso, né? Mas, é a lei e neste caso ela é branda confronta o dito romano da
“dura lex, sed lex”. O magistrado sabe que amanhã pode ser a vez dele que
confrontar a lei neste caso de amor traído, justiça em causa própria. Já vi juiz falar
em “crime por honra”, trocando em miúdos, um corno bravo mata sua esposa e não
é punido pelos rigores da lei de femicidío, corno manso é outra vibe, acho que este
ama de verdade, a ponto de dividir o amor, de confraternizar com o próximo, será?
Mas, ainda não para por aí, tem sempre mais alguém dando um belíssimo
pitaco, apalavrando ou rogando o saber sobre Ele; desta feita vai mais uma “esse
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Eduardo Martins, aos 2 dias de março, do ano 523 da invasão portuguesa contra as terras
indígenas e massacre do povos originários pela Igreja e pela Coroa Portuguesa.