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Texto A

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Opinião

Carta aberta das sardinhas


aos cidadãos de Portugal e Espanha
Nós, as sardinhas de Portugal e Espanha, somos orgulhosamente parte da cultura e da
gastronomia dos vossos países. Queremos continuar a sê-lo e, se não forem vocês, cidadãos de
Portugal e Espanha, a protegerem-nos, as únicas sardinhas que irão conhecer no futuro serão as
do concurso das Festas de Lisboa. Contamos convosco para convencerem os governos dos
5 vossos países a protegerem-nos da única forma possível: não permitindo que nos pesquem em
2018.
As sardinhas de Portugal e Espanha estão em perigo. Desde 2009 que somos muito menos do
que devíamos ser, e atualmente somos apenas 60% das sardinhas que deveria haver no mar. Isto
deve-se provavelmente às mudanças na temperatura do mar, fruto das alterações climáticas, mas
10 foi certamente exacerbado1 pela pesca excessiva: desde 2011, os sucessivos governos dos
vossos países autorizaram que se pescasse mais 20% das nossas camaradas do que os
cientistas recomendavam. É impossível os governos de Portugal e Espanha controlarem o
“termóstato” do oceano; é perfeitamente possível controlarem quanta sardinha se pesca.
Nós, as sardinhas de Portugal e Espanha, acreditamos na pesca sustentável e sabemos que,
15 sem sardinhas, não há pesca da sardinha. Só parando a pesca conseguiremos ter tempo para
crescermos mais, e só crescendo mais poderemos reproduzir-nos mais. Se a pesca parar no
próximo ano, no futuro poderemos voltar a servir de alimento aos animais marinhos que sempre
se alimentaram de nós; poderemos voltar a dar rendimento aos pescadores que tanto nos pescam
a nós como a outros peixes; e poderemos voltar a dar momentos de alegria aos portugueses e
20 espanhóis que tanto nos apreciam.
Estamos muito satisfeitas com o parecer dos cientistas europeus para que não nos pesquem
em 2018. Este parecer tem em conta os nossos interesses e os vossos, cidadãos de Portugal e
Espanha, e baseia-se na melhor ciência disponibilizada pelos vossos cientistas.
Catarina Grilo, in www.publico.pt, 15-11-2017 (consult. em 30-01-2020)
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1. exacerbado: agravado.
1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido
do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. No primeiro parágrafo, as sardinhas pedem aos portugueses e aos espanhóis que
a. participem no concurso das Festas de Lisboa.
b. as pesquem, para continuarem a fazer parte da sua cultura e gastronomia.
c. intercedam por elas junto dos respetivos governos.
d. as protejam, introduzindo-as nos seus pratos típicos.

1.2. Uma das causas da situação em que as sardinhas se encontram é


a. a pesca excessiva.
b. a poluição.
c. o aumento do número de predadores.
d. a elevada capacidade de reprodução das espécies.

1.3. A expressão “pesca sustentável” (linha 17) significa


a. pesca ilegal.
b. pesca que permite que as espécies se continuem a reproduzir.
c. pesca que tem impactos negativos no ecossistema.
d. pesca que dá rendimento aos pescadores.

1.4. De acordo com o último parágrafo, o parecer dos cientistas europeus


a. beneficia as sardinhas e os cidadãos de Portugal e Espanha.
b. prejudica os pescadores portugueses e espanhóis.
c. baseia-se em estudos feitos pelos cientistas americanos.
d. incita à pesca da sardinha em 2018.

2. As alíneas apresentadas, de A a E, referem-se a informações do texto. Organiza-as pela


ordem em que surgem no texto.

A. No seu parecer, os cientistas recomendam que a sardinha não seja pescada em 2018.

B. Os governos não podem controlar as mudanças na temperatura do mar.

C. A atividade de pesca em Portugal e Espanha intensificou-se a partir de 2011.

D. As sardinhas fazem parte da cultura e gastronomia ibéricas.

E. Atualmente, a quantidade de sardinhas existente no mar é inferior à que seria desejável.


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Teste de avaliação sumativa 6 Versão A

Texto B

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Lê o texto.

Pescaria
Cesto de peixes no chão.
Cheio de peixes, o mar.
Cheiro de peixe pelo ar.
E peixes no chão.

5 Chora a espuma pela areia,


na maré cheia.

As mãos do mar vêm e vão,


as mãos do mar pela areia
onde os peixes estão.

10 As mãos do mar vêm e vão,


em vão.
Não chegarão
aos peixes do chão.

Por isso chora, na areia,


15 a espuma da maré cheia.

Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Ed. Nova Fronteira, 2002 (pág. 14)

1. Refere a realidade retratada no poema, justificando a tua resposta com elementos textuais.

2. Explica o sentido dos versos “As mãos do mar vêm e vão, / em vão.” (versos 10-11).

2.1. Identifica um recurso expressivo neles presente.

3. Classifica as três primeiras estrofes quanto ao número de versos.

4. Transcreve do poema um exemplo de rima emparelhada.

5. Imagina que, na tua escola, estão a ser reunidos textos para duas antologias de poesia com
os títulos seguintes:

Textos sobre o mar Textos as profissões

Em qual dessas antologias publicarias o poema “Pescaria”? Justifica a tua opção, com base na
leitura que fizeste deste poema.
GRUPO III

1. Associa cada oração sublinhada (coluna A) à respetiva classificação (coluna B).

Coluna A Coluna B

1. Coordenada copulativa
2. Coordenada adversativa
a. Chovia, logo o Rei abrigou-se na gruta. 3. Coordenada disjuntiva
d. O Rei disse-lhe que era o rei da Helíria. 4. Coordenada conclusiva
e. Entretanto, o Rei adormeceu, já que estava 5. Coordenada explicativa
cansado.
6. Subordinada adverbial temporal
f. O Pastor ficaria com eles ou ir-se-ia embora?
7. Subordinada adverbial causal

2. Identifica a classe e a subclasse das palavras sublinhadas nas frases seguintes:


“Não me digas que é uma alma do outro mundo! Isso é que não!” (linha 25)
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3. Transforma as duas frases simples seguintes numa frase complexa, utilizando um pronome

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relativo. Faz as alterações necessárias.

O Rei estava sozinho.


O Rei tinha três filhas.

4. Classifica a forma verbal sublinhada na frase seguinte, indicando a pessoa, o número, o tempo
e o modo.

O mundo será melhor, se nós protegermos a natureza.

5. Escolhe a alínea que completa corretamente a seguinte afirmação:

A única oração em que o constituinte sublinhado não desempenha a função de predicativo do


sujeito é…

a. “Está assim há muito?” (linha 12)

b. “Não sou burro!” (linha 14)

c. “Eu também não tenho pressa.” (linha 16)

d. “Talvez tudo tivesse sido diferente […].” (linha 37)


Teste de avaliação sumativa 6 Versão A

GRUPO IV

Redige um comentário ao texto “Carta aberta das sardinhas aos cidadãos de Portugal e
Espanha”, utilizando entre 70 e 100 palavras.

Poderás iniciá-lo da seguinte forma:

Nesta carta aberta, as sardinhas dirigem-se aos cidadãos de Portugal e Espanha.


Teste de avaliação 6 Versão A há uma metáfora, já que se cria uma analogia
entre o movimento das ondas do mar e o
Grupo II movimento das mãos.
3. As três primeiras estrofes são uma quadra,
Texto A um dístico e um terceto, respetivamente.
1.1. c.; 1.2. a.; 1.3. b.; 1.4. a. 4. Por exemplo: “mar” – “ar” (vv. 2 e 3); “areia” –
2. D., E., C., B., A. “cheia” (vv. 5 e 6, 14 e 15); “vão” – “vão”
Texto B /“chegarão” – “chão” (vv. 10 a 13).
1. No poema, representa-se a praia, após 5. Por exemplo: Eu publicaria o poema
um momento de pesca: na praia, há “Pescaria” numa antologia de textos sobre o
cestos cheios de peixes (v. 1) e cheira a mar, porque o ambiente representado no
peixe acabado de pescar (v. 3). poema é marítimo (praia, peixes, mar).
2. Os versos remetem para o movimento Ou
de ida e volta das ondas (“As mãos do Eu publicaria o poema “Pescaria” numa
mar”), no momento em que chegam à antologia de textos sobre as profissões
praia, tentando alcançar sem sucesso porque nele se retrata a pesca, a atividade de
(“em vão”) os peixes que estão na areia. que dependem os pescadores e os
2.1. Exemplo: Nestes versos, está vendedores de peixe.
presente a personificação*.
*Observação: Considera-se que há Grupo III
uma personificação na medida em que
se humaniza o mar (por ter “mãos”); no
entanto, também se pode considerar
que

Grupo III
1. a. 5 (Coordenada explicativa); b. 8 (Subordinada adverbial final); c. 11 (Subordinada
substantiva completiva); d. 2 (Coordenada adversativa); e. 7 (Subordinada adverbial causal; f.
6 (Subordinada adverbial temporal).
2. Tudo – pronome indefinido; mais – advérbio de quantidade e grau; o – pronome pessoal.
3. Por exemplo: O Rei, que tinha poder, morreu. / O Rei que morreu tinha poder.
4. Primeira pessoa do plural do verbo proteger, no futuro (simples) do conjuntivo.
5. d.

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