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Manual | Parte 1 | p. 44
APLICAR
CONHECIMENTOS SABER ANALISAR FONTES DE NATUREZA DIVERSA
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
1. – o reinado de D. João V foi marcado pela crescente burocratização e centralização dos assuntos despachados no âmbito
dos poderes do monarca, o que é demonstrado pela necessidade de criar novas secretarias mais especializadas, consoante
os assuntos como Defesa, os territórios do Império, Negócios Estrangeiros e da Guerra (Doc. 6, Quadro III);
– a reforma das secretarias de 1736 foi um momento-chave da reorganização do aparelho burocrático joanino, tendo à frente
de cada organismo uma figura da confiança do rei, ligada à alta nobreza e ao alto clero (Doc. 6, Quadro VI);
– o reinado joanino foi marcado pela afirmação da vontade do rei no quadro de um exercício do poder político sem consulta de
conselhos, como confirma o facto do Conselho de Estado não ter sido mais convocado (Doc. 2);
– D. João V afirmou-se como rei absoluto, mas recorreu a secretários, fiéis e de elevada dedicação: “D. João V foi-se sempre
consultando com quem quis, recorrendo a diversas personagens para o efeito” (Doc. 7);
– a governação joanina evidenciou o conhecimento de todos os assuntos por parte do rei, contando para tal com a dedicação
do seu secretário Diogo de Mendonça, “principal apoio de um monarca que pessoalmente se procurava informar de todos os
assuntos políticos” (Doc. 7);
– o rei realizou a reforma das secretarias para dar resposta ao aumento dos assuntos que a elas afluíam ou às tarefas de
registo e despacho, continuando a recorrer ao apoio de personalidades da sua confiança como foi o caso “do cardeal da Mota,
falecido em 1747, e depois frei Gaspar da Encarnação” (Doc. 7).