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COMPREENSÃO DO ORAL
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Os direitos das mulheressão direitos hum
anos
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1. Para cada item, seleciona, com um X, a opção que completa corretamente a frase, de acordo com o sentido
do vídeo.
1.1. A Plataforma de Ação de Pequim foi criada para
(A) combater a desigualdade de género em Portugal.
LEITURA
Pensava eu, ingenuamente, que isto de dividir os brinquedos por secções cor-de-rosa e azul já fazia parte do
passado. Deparei-me hoje com uma grande loja de brinquedos que ainda o faz, à moda antiga (e desinformada).
A secção cor-de-rosa estava cheia de bonecas, biberons, princesas, sereias, unicórnios, adornos de
cabeleireiro e afins. Tudo muito fofinho e apelativo. Apetecia mesmo mergulhar naquele universo encantado e
brincar desenfreadamente.
Por outro lado, a secção azul transbordava de piratas, pistas de carros, cavalos, cowboys, armas e armaduras.
Toda ela remetia para um universo mais escuro e, diria eu, até mesmo agressivo. Os meninos gritavam que nem
loucos enquanto exploravam aqueles brinquedos!
Perante esta realidade que, acredito, não seja exclusiva daquela loja em particular, há uma questão que se impõe.
Até quando vamos continuar a pensar que existem «brinquedos de menina» e «brinquedos de menino»? Até
quando vamos continuar a ver as lojas e zonas comerciais divididas por cores, as tão estereotipadas 1 cor-de-rosa e
azul?
Pior. Até quando vamos censurar2 as meninas que gostam de jogar à bola e brincar com carrinhos e os meninos
que gostam de bonecas e princesas?
Brincar é talvez uma das formas mais importantes de aprender e crescer. Ao longo do desenvolvimento, é
através da atividade lúdica que a criança apreende e aprende, que interage com os outros e com o mundo.
Representa de forma simbólica aquilo que a rodeia e projeta-se também nessa brincadeira, transpondo para a
mesma tanto de si.
É através da brincadeira, também, que a criança comunica aquilo que pensa e sente. Que se relaciona com os
outros e, ao mesmo tempo, que se organiza dentro de si própria.
Brincar é uma coisa muito séria. Séria demais para que possa ser levada a brincar. E se brincar é assim tão
importante, mais importante é que a criança possa diversificar as suas brincadeiras.
Que possa brincar com o que quiser, da forma que quiser, quando e como quiser, sem amarras 3 ao que a
sociedade (tão toscamente) considera adequado.
Que se sinta livre para escolher as suas brincadeiras de acordo com aquilo que é a sua vontade e
necessidade, sem receio de comentários jocosos4 ou críticas culpabilizantes.
Que não tenha que brincar com o que gosta às escondidas, procurando corresponder às expectativas que os
outros têm de si.
Smurfina, como se diz agora. Em casa e na rua, aquele peluche azul de longos cabelos louros era quase um
prolongamento de si mesmo. Ouvi comentários absurdos, sim, é verdade. E tão bem que soube ignorá-los com um
sorriso. O tempo do peluche passou, vieram outros brinquedos e aventuras.
E com cada um, seguramente, novas aprendizagens.
A brincadeira de que eu mais sinto saudades, quando penso na minha própria infância? Das cidades de soldadinhos
que construía pela casa fora, com a minha irmã, invadindo todas as divisões, numa verdadeira batalha de
Aljubarrota!
VOCABULÁRIO:
1
estereotipadas: que são sempre iguais, não originais; 2 censurar: criticar, condenar; 3 amarras: obstáculos, impedimentos; 4 jocosos: trocistas.
1. Para cada item, seleciona, com um X, a opção que completa corretamente a frase, de acordo com o sentido
do texto.
1.1. No início, a autora manifesta a sua admiração
(A) pelo facto de haver brinquedos para meninas e brinquedos para meninos.
(B) por encontrar uma loja que ainda separa brinquedos de menina e de menino.
(B) comum.
(C) geral.
(D) pessoal.
(B) A criança deve brincar sem ter medo de ser criticada ou gozada.
Bom trabalho!