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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 0ª VARA FEDERAL CÍVEL

E CRIMINAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SALVADOR.

DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA AO PROCESSO


000000000.0000.0.00.0000

JOÃO DA CONCEIÇÃO, brasileiro, casado, CPF/MF nº 000.000.000-00 e RG


nº 0000000/SSP-BA, com residência e domicílio no centro, nº 10 - Pituba, do
Município de Salvador – BA, CEP: 00.000-000, sem e-mail para comunicação,
vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio do advogado
que esta subscreve e com fulcro nos artigos 119 e 120 do Código de Processo
Penal, sem prejuízo dos demais dispositivos legais aplicáveis ao caso,
apresentar PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA, conforme
razões que passa a expor, fundamentar e requerer.

1. DOS FATOS
O ora REQUERENTE é legítimo proprietário do veículo FORD RANGER
de cor branca, ano 2014/2015, Chassi 45XHYKH8WFCE44444, Placa QQQ-
0001, conforme atesta cópia do CRLV anexo emitido pelo Detran/BA no dia
05/10/2018, sendo que tal veículo está alienado ao Banco do Brasil S.A.
No dia 06 de novembro de 2018 a Polícia Civil deflagrou, em
decorrência de decisão judicial proferida por este Juízo nos autos do Processo
4444-44.2017.4.01.3901, a “Operação XXX”, a qual cumpriu mais de 20 (vinte)
mandados judiciais.
Entre os mandados expedidos por este Juízo estavam o de busca e
apreensão e o de prisão preventiva contra Marcos Paz, que é tio da ora
REQUERENTE, sendo que ao cumprir os mandados a Polícia Federal
apreendeu o veículo identificado acima, o qual tinha sido emprestado pela
REQUERENTE ao JOÃO DA CONCEIÇÃO.
Conforme comprovam os documentos, este bem é de propriedade da
REQUERENTE e ela não foi alvo da operação policial. Além disso, trata-se de
bem comprado de forma lícita e que agora a REQUERENTE se vê privada de
usufruir do mesmo.

2. DO DIREITO
O artigo 119 do Código de Processo Penal permite a restituição do
objeto apreendido, ao passo que o artigo 120 do mesmo diploma legal
complementa aduzindo que a restituição será ordenada nos próprios autos
quando não houver dúvida quanto ao direito do requerente.
Em suma, a restituição da coisa apreendida pode ser deferida quando
se verificar a inexistência de interesse sobre o bem para a instrução penal, a
inaplicabilidade da pena de perdimento e a demonstração de propriedade do
objeto pelo requerente.
Importante destacar que, na esteira na jurisprudência do Tribunal
Regional Federal da 0ª Região, ainda que haja suspeita sobre a forma como o
bem foi adquirido isto não impede a sua restituição na qualidade de fiel
depositário, sobretudo para atender às necessidades de transporte e, também,
pela necessidade de manutenção do veículo, pois ninguém melhor que o
proprietário para zelar pela conservação de seus bens.
Nesse diapasão, a propriedade do bem apreendido está cristalinamente
demonstrada pelo documento anexo, motivo pelo qual a sua restituição é
medida que se impõe.

3. PEDIDOS / REQUERIMENTOS.
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência, após manifestação do
representante do Ministério Público Federal, a restituição do veículo FORD
RANGER, Chassi 45XHYKH8WFCE44444, Placa QQQ-0001 (Auto de
Apreensão nº 785/2018 – IPL nº 454428/2018-3-DPF/MBA/PA), nos termos do
artigo 120 do Código de Processo Penal.
Alternativamente, que o veículo seja restituído à REQUERENTE e está
nomeada como fiel depositária, sobretudo para atender às necessidades de
transporte e, também, pela necessidade de manutenção do veículo, na esteira
do que já decidiu o TRF 0ª Região na Apelação Criminal 0000000-
00.000.0.00.0000 da relatoria do eminente Desembargador Federal Paulo de
Jesus.
Nesses termos, pede deferimento.
Salvador – BA, 19 de novembro de 2018.
Laura Gabriela Silva Santos
OAB/BA nº 00.000

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