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A Administração Científica
Com isso, existia um ambiente de grande desperdício e baixa eficiência nas indústrias1. O
primeiro teórico a buscar mudar esta realidade foi Frederick Taylor.
Esta padronização evitaria a execução de tarefas desnecessárias por parte dos empregados.
Tudo isso ajudaria na economia de esforços e evitaria uma rápida fadiga humana. Para Taylor, a
Administração Científica deveria analisar os movimentos efetuados pelos trabalhadores para conseguir
desenhar um processo com um mínimo de esforço em cada tarefa.
Portanto, Taylor acreditava que o incentivo material levava a uma maior motivação para o
trabalho. Isto é foi a base do conceito do “homo economicus”. Ou seja, a ideia de que a principal
motivação de uma pessoa no trabalho seria a remuneração (ou benefícios materiais).
Entretanto, a Administração Científica pecou por não analisar a organização em todo o seu
contexto. Ou seja, só analisava seu ambiente interno e seus problemas e as demandas de produção (ou
seja, os problemas do “chão de fábrica”). Assim, não captava toda a complexidade em que a
administração estava envolvida.
Desta maneira, dizemos que é uma teoria de sistema fechado (dentro de uma lógica que não
vê as inter-relações e influências entre as demais organizações). Seria como analisar uma empresa no
vácuo, sem imaginar a resposta dos seus concorrentes ao lançamento de um produto, por exemplo.
Fordismo – seguidor de Taylor, Henry Ford tornou os carros produtos de consumo. Ele conseguiu
reduzir os preços através da produção em massa de produtos padronizados, com forte mecanização do
trabalho.
A Teoria Clássica
Desta forma, o foco com Fayol saiu das tarefas para a estrutura. Ele tinha uma visão de “cima
para baixo” das empresas. Através dos estudos da departamentalização, via os departamentos como
partes da estrutura da organização.
Fayol é considerado o “pai da teoria administrativa”, pois buscou instituir princípios gerais do
trabalho de um administrador. Seu trabalho ainda é (após um século) considerado como relevante para
que possamos entender o trabalho de um gestor atual.
O autor definiu seis funções empresariais que as empresas em geral devem conter. As funções
seriam:
1. Técnica
2. Comercial
3. Financeira
Além disso, Fayol definiu o trabalho de um administrador dentro do que ele chamou de
processo administrativo – as funções do administrador. De acordo com Fayol elas são:
Além disso, também se preocupava mais com os aspectos internos das organizações, sem
analisar as inter-relações e trocas entre a organização e seu ambiente externo. Assim, também era uma
teoria de sistema fechado.
1) Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a
eficiência;
9) Cadeia escalar: linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo da hierarquia;
10) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;
14) Espírito de equipe: a harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a
organização.
Cuidado – muitas bancas tentam confundir a Teoria Clássica de Fayol com a abordagem
clássica da Administração. Essa engloba também a Administração Científica e a Teoria da Burocracia.
Como problemas da Teoria Clássica, podemos citar a falta de preocupação com a organização
informal das organizações (só focava na organização formal – linhas de autoridade, descrição de cargos,
hierarquia etc.), além de uma ênfase exagerada na centralização, como o princípio da unidade de
comando exemplifica. A ideia de uma organização flexível ainda não estava na “agenda”.
Infelizmente, a Teoria Clássica também não se preocupou muito com os aspectos ligados às
pessoas. Temas como: comunicação, motivação, negociação e liderança ainda eram pouco relevantes
nestes estudos.
O crescimento das ciências sociais, como a Psicologia, levou a diversos estudos dentro do
contexto do homem no trabalho. Além disso, no início da década de 1930 a economia passou por uma
grande depressão em todo o mundo. Com a crise, o desemprego cresceu muito. As más condições de
A ideia de que o homem deveria ser uma engrenagem de uma “máquina” passou a não ser
mais aceita. O Taylorismo começou a ser criticado por não se preocupar com o aspecto humano. Além
disso, a produtividade prometida muitas vezes não se concretizou. Neste cenário, a Teoria das Relações
Humanas começou a tomar forma.
Assim, a Teoria das Relações Humanas buscou o aumento da produtividade através de uma
atenção especial às pessoas. De acordo com seus teóricos, se os gestores entendessem melhor seus
funcionários e se “adaptassem” a eles, as suas organizações teriam um maior sucesso.
Este autor desenvolveu uma pesquisa dentro de uma indústria da empresa Western Electric,
em Hawthorne. Seu intuito inicial foi o de entender o efeito da iluminação no desempenho humano.
Qual foi a surpresa de Mayo ao descobrir que a mudança na iluminação - seja ela qual for –
aumentava a motivação dos empregados.
Assim, ele aos poucos foi compreendendo que na verdade o que estava motivando estes
funcionários era a atenção dos pesquisadores, não a iluminação em si.
Estes trabalhadores passaram a se sentir importantes. Passaram a perceber que seu trabalho
estava sendo observado e medido por pesquisadores. Com isso, se esforçavam mais. A iluminação em si
era um aspecto menor. Já o sentimento de orgulho por fazer um trabalho bem feito era fundamental no
aumento da produtividade.
Com estas descobertas, todo o enfoque da administração foi alterado. O foco de um gestor não
deveria ser voltado aos aspectos fisiológicos do trabalhador, mas aos aspectos emocionais e
psicológicos. Com esse aparecimento da noção de que a produtividade está ligada ao relacionamento
entre as pessoas e o funcionamento dos grupos dentro de uma empresa, nasceu este nova teoria. O
conceito que se firmou então foi o de homem social.
Desta maneira, a Teoria das Relações Humanas trouxe para o debate a necessidade de se criar
um ambiente de trabalho mais desafiador e de se compreender a influência da motivação e dos
aspectos de liderança na produtividade das organizações.
Além disso, as recompensas não poderiam ficar reduzidas aos aspectos materiais. O
reconhecimento social é uma força motivadora e um ambiente de trabalho saudável também influencia
na produtividade.
Apesar disso, a Teoria das Relações Humanas recebeu muitas críticas. A primeira delas é a de
que permaneceu a análise da organização como se ela existisse no vácuo, sem se relacionar com o
“mundo exterior”. Ou seja, a abordagem de sistema fechado se manteve.
A segunda é a de que nem sempre funcionários “felizes” e satisfeitos são produtivos. Ou seja,
apenas os aspectos psicológicos e sociais não explicam de todo o fator produtividade. Outra crítica é a
de que existiu uma “negação” do conflito inerente entre os funcionários e a empresa. Os objetivos
individuais são muitas vezes diferentes dos objetivos organizacionais. Este conflito deve ser
administrado e não “negado”.
Assim, podemos dizer que a Teoria das Relações Humanas se “esqueceu” dos aspectos técnicos
envolvidos na produtividade. O aspecto humano é importante, mas não é a única variável da
produtividade e do sucesso de uma organização.
Burocracia
O trem a vapor fez a mesma revolução no transporte interno. Desta forma, as notícias
passaram a “correr” muito mais rápido e os produtos de cada região puderam passar a ser
comercializados em cada vez mais mercados consumidores.
Estas pessoas encontravam na cidade grande uma realidade totalmente diferente da qual
estavam acostumadas, pois tinham necessidades que o Estado (que tinha uma filosofia liberal) ainda
não estava capacitado para atender. Era o início do que iríamos denominar de “sociedade de massa”.
O Estado, por exemplo, que antes só se preocupava em manter a ordem interna e externa,
passou a ter de se organizar cada vez mais para induzir o crescimento econômico, aumentar a
infraestrutura do país e para prestar cada vez mais serviços à população.
OBS: O modelo burocrático de Weber tinha como objetivo uma maior previsibilidade e
padronização do desempenho dos seus funcionários, atingindo assim uma maior eficiência.
O modelo Burocrático, inspirado por Max Weber, veio então suprir esta necessidade de impor
uma administração adequada aos novos desafios do Estado moderno, com o objetivo de combater o
nepotismo e a corrupção. Ou seja, uma administração mais racional e impessoal. No caso das grandes
empresas, o modelo buscava o aumento consistente da produção, com maior eficiência.
Desta forma, o modelo burocrático surgiu como uma necessidade histórica baseada em uma
sociedade cada vez mais complexa, em que as demandas sociais cresceram, e havia um ambiente com
empresas cada vez maiores, com uma população que buscava uma maior participação nos destinos dos
governos. Portanto, não se podia mais “depender” do arbítrio de um só indivíduo.
Uma coisa que devemos ter em mente é que a Burocracia foi uma grande evolução do
modelo patrimonialista. Weber concebeu a Burocracia como o modelo mais racional existente, o qual
seria mais eficiente na busca dos seus objetivos.
Neste modelo, as pessoas seriam nomeadas por seus conhecimentos e habilidades, não por
seus laços familiares ou de amizade. Prebendas e sinecuras, características do modelo patrimonialista,
ou seja, aquelas situações em que pessoas ocupam funções no governo ganhando uma remuneração
em troca de pouco ou nenhum trabalho, são substituídas pelo concurso público e pela noção de
carreira.
Dentre as principais vantagens que a Burocracia trouxe, podemos citar: o predomínio de uma
lógica científica sobre uma lógica da intuição, do “achismo”; a redução dos favoritismos e das práticas
clientelistas; uma mentalidade mais democrática, que possibilitou igualdade de oportunidades e
tratamento baseado em leis e regras aplicáveis a todos.
Hoje em dia, o termo Burocracia virou sinônimo de ineficiência e lentidão, pois conhecemos os
defeitos do modelo (que chamamos de disfunções da Burocracia), mas ele foi um passo adiante na sua
época!
No nosso contexto atual, temos ainda aspectos presentes que são heranças do patrimonialismo
(nomeações em cargos de confiança), aspectos da teoria da burocracia (concursos públicos e noção de
carreira, entre outros) e aspectos do modelo gerencial, que veremos a seguir. Além disso, é importante
não confundir a Teoria da Burocracia, ou seu modelo “puro”, com os problemas que a Burocracia causou
– o que chamamos de disfunções da Burocracia. Normalmente a banca citará uma “disfunção” da
burocracia e dirá que é uma característica da Teoria da Burocracia.
Devemos entender que nenhum modelo existiu isoladamente, mas que conviveram e
convivem juntos. O modelo de gestão pública buscado no momento é o gerencial, mas ainda é muito
forte a presença do modelo burocrático e, infelizmente, do próprio modelo patrimonialista na
administração pública brasileira. Ou seja, nunca aplicamos o modelo “puro” da burocracia weberiana.
Preste atenção, pois as bancas costumam cobrar muito isso.
O que fica claro é que o nosso modelo ainda guarda práticas e costumes patrimonialistas, e o
próprio modelo burocrático hoje não é mais visto como adequado aos novos desafios da administração
pública. Portanto, temos hoje um modelo ainda muito baseado na Burocracia, mas com resquícios de
clientelismo e patrimonialismo, e alguns setores que já aplicam a administração gerencial.
A Teoria dos Sistemas na Administração - TGS foi derivada do trabalho do biólogo Ludwig Von
Bertalanffy. Este teórico criou então a TGS, que buscou ser uma teoria que integrasse todas as áreas do
conhecimento3.
✓ Saída – é o que o sistema produz. Uma saída pode ser: energia, uma informação, um
produto, etc.;
✓ Feedback – é o retorno sobre o que foi produzido, de modo que o sistema possa se
corrigir ou modificar;
✓ Caixa preta – se relaciona com um sistema em que o “interior” não é facilmente acessível
(como o corpo humano, por exemplo). Assim, só temos acesso aos elementos de
entrada e saída para sabermos como ele funciona.
Teoria Contingencial
Ou seja, antes que um administrador possa determinar qual é o “caminho” correto para uma
empresa, é necessária uma análise ambiental. Assim, dependendo da situação da empresa, sua
estratégia ou a tecnologia envolvida, o “caminho” será de uma maneira ou de outra.
Estes fatores principais - como o tamanho da empresa e seu ambiente - são considerados
contingências, que devem ser analisadas antes de se determinar um curso de ação. Portanto, não existe
mais a “melhor maneira” de se administrar uma organização.
Do mesmo modo, esta teoria postula que existem varias maneiras de se alcançar um objetivo.
O que um gestor deve buscar é um ajuste constante entre a organização e seu meio, suas contingências.
Uma conseqüência prática destas idéias no mundo organizacional foi a tendência das
organizações se tornarem mais flexíveis (para que possam reagir mais rápido às mudanças no
ambiente).
Dentre os novos modelos adotados, temos as organizações em rede. Estas são muito mais
flexíveis e dependem de uma nova visão. De acordo com Motta, o ambiente é uma rede formada por
diversas organizações interligadas. Desta forma, o mercado automobilístico é formado por diversas
montadoras, oficinas, seguradoras, fábricas de peças etc.
Além disso, a própria organização é composta por diversas redes sociais internas. Os diversos
departamentos e áreas são dependentes uns dos outros. Como estas áreas ou grupos estão sempre em
contato, seus membros recebem uma pressão ou influência que é derivada deste contato.
Portanto, as diversas decisões dos atores sociais devem ser entendidas dentro destas pressões
que recebem e das relações de poder internas e externas. Ou seja, como dizemos no “popular”: temos
de “calçar o sapato” do outro para entender suas decisões.
Nas organizações em rede, em vez da empresa “verticalizar” sua produção e “fazer tudo
sozinha” - como comprar uma indústria e contratar funcionários - faz um contrato com um parceiro que
passa a cumprir esta função.
Desta forma, a organização em rede “troca” o controle hierárquico da produção para a gestão
de contratos de parceria. Assim, se a demanda muda e o produto não é mais desejado pelos clientes, a
mudança estratégica é mais fácil (fica mais fácil cancelar um contrato do que demitir milhares de
funcionários, não é verdade?).
CONCEITOS BÁSICOS
A Administração (do latim: administratione) é o conjunto de atividades voltadas à direção de uma
organização utilizando-se de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma eficaz, com
responsabilidade social e ambiental.
E o que são as organizações?
Segundo vários autores, “uma organização é o produto da combinação de esforços individuais,
visando à realização de propósitos coletivos. Por meio de uma organização, é possível perseguir ou
alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa”.
Organizações são, portanto, empreendimentos coletivos, com um fim comum. No sentido clássico
da Administração Geral, podem ser analisados como organizações: as empresas (uma padaria ou o
Google), os órgãos públicos, partidos políticos, igrejas, associações de bairro e outros agrupamentos
humanos.
Uma característica essencial das organizações é que elas são sistemas sociais, com divisão de
tarefas.
Lacombe (2003, p.4) diz que a essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio
das pessoas que ele coordena. A partir desse raciocínio de Lacombe, temos o papel do "Gestor
Administrativo" que, com sua capacidade de gestão com as pessoas, consegue obter os resultados
esperados. Drucker (1998, p. 2) diz que administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as
funcionar.
Administrar como processo significa planejar, organizar, dirigir e controlar organizações e/ou
tarefas, tendo como objetivo maior produtividade e/ou lucratividade. Para se chegar a isto, o
administrador avalia os objetivos organizacionais e desenvolve as estratégias necessárias para alcançá-
los. Este profissional, no entanto, não tem apenas função teórica, ele é responsável pela implantação de
tudo que planejou e, portanto, vai ser aquele que define os programas e métodos de trabalho,
avaliando os resultados e corrigindo os setores e procedimentos que estiverem com problemas. Como é
função do administrador que a produtividade e/ou lucros sejam altos, ele também terá a função de
fiscalizar a produção e, para isto, é necessário que fiscalize cada etapa do processo, controlando
OBS:
Esse conjunto de funções administrativas, Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar correspondem ao
Processo Organizacional que pode ser chamado também de Processo Administrativo.
Questão comentada
O processo administrativo, que consiste em planejamento, organização, direção e controle, está em
constante evolução, é contínuo, e não tem começo e fim definidos.
Certo. A primeira função administrativa do processo organizacional é o planejamento. O processo
organizacional pode ser chamado também de processo administrativo e é um ciclo contínuo, que uma
vez iniciado não tem início, meio e fim claramente definidos, pois o controle não é o fim, ele serve de
base para a elaboração de um novo planejamento.
▪ Planejamento estratégico
O trabalho do administrador não se restringe ao presente, ao atual, ao corrente. Ele precisa
extrapolar o imediato e se projetar para frente. O administrador precisa tomar decisões estratégicas e
planejar o futuro de sua organização. Ao tomar decisões, o administrador configura e reconfigura
continuamente a sua organização ou a unidade organizacional que administra. Ele precisa saber em qual
rumo deseja que sua organização vá em frente, tomar as decisões necessárias e elaborar os planos para
que isso realmente aconteça. O planejamento está voltado para o futuro. E o futuro requer uma
atenção especial. É para ele que a organização deve estar preparada a todo instante.
Planejamento é a função administrativa que define objetivos e decide sobre os recursos e tarefas
necessários para alcançá-los adequadamente. Como principal decorrência do planejamento estão os
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
planos. Os planos facilitam a organização no alcance de suas metas e objetivos. Além disso, os planos
funcionam como guias ou balizamentos para assegurar os seguintes aspectos:
1. Os planos definem os recursos necessários para alcançar os objetivos organizacionais.
2. Os planos servem para integrar os vários objetivos a serem alcançados em um esquema
organizacional que proporciona coordenação e integração.
3. Os planos permitem que as pessoas trabalhem em diferentes atividades consistentes com os
objetivos definidos, eles dão racionalidade ao processo. São racionais porque servem de meios para
alcançar adequadamente os objetivos traçados.
4. Os planos permitem que o alcance dos objetivos possa ser continuamente monitorado e avaliado em
relação a certos padrões ou indicadores a fim de permitir a ação corretiva necessária quando o
progresso não seja satisfatório.
O primeiro passo do planejamento consiste na definição dos objetivos para a organização.
Objetivos são resultados específicos que se pretende atingir. Os objetivos são estabelecidos para cada
uma das subunidades da organização, como suas divisões ou departamentos etc. Uma vez definidos, os
programas são estabelecidos para alcançar os objetivos de maneira sistemática e racional. Ao selecionar
objetivos e desenvolver programas, o administrador deve considerar sua viabilidade e aceitação pelos
gerentes e funcionários da organização.
▪ Objetivos e Metas
Objetivo é um resultado desejado que se pretende alcançar dentro de um determinado período
de tempo. Os objetivos organizacionais podem ser rotineiros, inovadores e de aperfeiçoamento. A partir
dos objetivos se estabelece a estratégia adequada para alcançá-los. Enquanto os objetivos são
qualitativos, as metas são quantitativas. Ex.: Uma determinada empresa estabeleceu como objetivo
aumentar as vendas, e a meta é de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), os objetivos só serão
alcançados se as vendas chegarem às metas estabelecidas.
OBS:
Os objetivos e as metas tem em comum que devem ser reais, alcançáveis, devem ter prazo, são
hierárquicos, específicos e desafiadores.
▪ Estratégias
Estratégia organizacional refere-se ao comportamento global e integrado da empresa em relação
ao ambiente externo. A estratégia é formulada a partir da missão, visão e objetivos organizacionais, da
análise ambiental (o que há no ambiente) e da análise organizacional (o que temos na empresa) para
definir o que devemos fazer. A estratégia é a maneira racional de aproveitar as oportunidades externas
e de neutralizar as ameaças externas, bem como de aproveitar as forças potenciais internas e
neutralizar as fraquezas potenciais internas.
Geralmente, a estratégia organizacional envolve os seguintes aspectos fundamentais:
➢ É definida pelo nível institucional da organização
➢ É projetada a longo prazo e define o futuro e destino da organização
➢ Envolve a empresa na sua totalidade
➢ É um mecanismo de aprendizagem organizacional
▪ Níveis Hierárquicos
Nível Conteúdo Tempo Amplitude
Longo Macroorientado: aborda a empresa como
Estratégico Genérico e abrangente
prazo uma totalidade
Menos genérico e mais Médio Aborda cada unidade da empresa
Tático
detalhado Prazo separadamente
Curto Microorientado: aborda apenas cada tarefa
Operacional Detalhado e específico
Prazo ou operação.
▪ O Processo de Planejamento
O planejamento é um processo constituído de uma série sequencial de seis passos, a saber:
➢ Estabelecer a Missão e Visão no caso do Planejamento Estratégico. As organizações não existem a
esmo. Todas elas têm uma missão a cumprir. Missão significa uma incumbência que se recebe, a
razão de existência de uma organização. A missão funciona como o propósito orientador para as
atividades de uma organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Enquanto a missão
define o credo da organização, a visão define o que a organização pretende ser no futuro. A visão
funciona como o projeto do que a organização gostaria de ser, ou seja, orienta a definição dos
objetivos organizacionais mais relevantes.
➢ Definir os objetivos e metas. Os objetivos da organização devem servir de direção a todos os
principais planos, servindo de base aos objetivos departamentais e a todos os objetivos das áreas
subordinadas. Os objetivos devem especificar resultados desejados e os pontos finais onde se
pretende chegar, para conhecer os passos intermediários.
➢ Diagnóstico. Verificar qual a situação atual em relação aos objetivos. Simultaneamente a definição
dos objetivos, deve-se avaliar a situação atual em contraposição aos objetivos desejados, verificar
onde se está e o que precisa ser feito. Para fazer o diagnóstico as ferramentas que podem ser
utilizadas são a analise SWOT e as 5 forças competitivas de Porter. Ver adiante.
➢ Prognóstico, estabelecer estratégias. Premissas constituem os ambientes esperados dos planos em
operação. Como a organização opera em ambientes complexos, quanto mais pessoas estiverem
atuando na elaboração e compreensão do planejamento e quanto mais se obter envolvimento para
utilizar premissas consistentes, tanto mais coordenado será o planejamento. Trata-se de gerar
cenários alternativos para os estados futuros das ações, analisar o que pode ajudar ou prejudicar o
progresso em direção aos objetivos. A previsão é um aspecto importante no desenvolvimento de
premissas. A previsão está relacionada com pressuposições antecipatórias a respeito do futuro.
➢ Analisar as alternativas de ação (estratégias). Trata-se de relacionar e avaliar as ações que devem
ser tomadas, escolher uma delas para perseguir um ou mais objetivos, fazer um plano para alcançar
os objetivos.
➢ Escolher um curso de ação entre as várias alternativas. Trata-se de uma tomada de decisão, em que
se escolhe uma alternativa e se abandona as demais. A alternativa escolhida se transforma em um
▪ Análise Swot
A técnica SWOT surgiu da tentativa de correção do planejamento corporativo, conhecido na época
como planejamento estratégico mal sucedido (Chiavenato 2000).
O planejamento estratégico, segundo Chiavenato (2000), é um método pelo qual uma organização
deseja implantar uma determinada estratégia de negócios, crescimento e desenvolvimento almejando
os objetivos propostos. Para Philip KOTLER (1975), o conceito de planejamento estratégico é um método
gerencial pelo qual uma corporação estabelece sua direção a ser seguida, considerando a maximização
da interação com o ambiente interno e externo. A direção estabelecida pela corporação deve considerar
o âmbito de atuação, políticas funcionais, macropolíticas, estratégias funcionais, filosofia de atuação,
macroestratégia, macroobjetivos e objetivos funcionais.
Segundo Andrade, et al. (2008),
“A sigla S.W.O.T., deriva da língua inglesa e traduz-se: Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas),
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Esta análise procura avaliar os pontos fortes e
pontos fracos no ambiente interno da organização e as oportunidades e as ameaças no ambiente
externo.” (Andrade, et al. 2008).
• S – Strenghts: Pontos fortes (Forças) – Descreve os pontos fortes da empresa que estão sob
influência do próprio administrador;
• W – Weaknesses: Pontos fracos (Fraquezas) – Competências que estão sob influência do
administrador, mas por algum motivo atrapalham ou não geram vantagem competitiva;
As Forças e Fraquezas são fatores que estão caracterizados como internos de criação ou de
destruição de valores. Estes valores podem ser ativos, habilidades ou recursos financeiros e humanos
que uma organização possui a disposição em relação aos seus concorrentes (Value Based Management,
2011).
Já as Oportunidades e as Ameaças são consideradas como fatores externos de criação ou de
destruição de valores, não controlados pela empresa. Estes valores podem ser fatores demográficos,
políticos, sociais, legais e tecnológicos. (Value Based Management, 2011).
A análise SWOT é uma técnica que sintetiza os principais fatores internos e externos das
organizações empresariais e sua capacidade estratégica de influenciar uma tendência de causar maior
impacto no desenvolvimento da estratégia (Johnson, ET AL 2007). O objetivo desta ferramenta “...é
identificar o grau em que as forças e fraquezas atuais são relevantes para, e capazes de, lidar com as
ameaças ou capitalizar as oportunidades no ambiente empresarial.” (JOHNSON, et al 2007).
A Análise SWOT ou Matriz SWOT, pode ser adotada por uma organização, unidade ou até mesmo
por uma equipe favorecendo uma série de objetivos do projeto, podendo esta ser utilizada para avaliar
um produto ou marca; uma terceirização de uma função de negócios; uma parceria ou aquisição. Além
de que, quando bem aplicada pode trazer benefícios para o desenvolvimento de uma negociação, a
aplicação de uma tecnologia especifica ou uma fonte de alimentação especial.
• Neutralidade Aplicação: A análise SWOT é realizada por meio da identificação de um
objetivo/problema, sendo assim pode se realizar uma sessão de Brainstorming utilizada para
identificar os fatores internos e externos que são favoráveis e desfavoráveis para a realização deste
objetivo. Permanecendo este mesmo critério para análise com finalidade de apoio ao planejamento
estratégico, análise de oportunidades, análise competitiva, desenvolvimento de negócios ou
processos de desenvolvimento de produtos.
Questão comentada
Considere que, em um tribunal regional eleitoral, haja pequena quantidade de profissionais com
conhecimento profundo na área de direito eleitoral e que, nesse mesmo tribunal, seja feito um
planejamento estratégico com uso de análise SWOT. Nessa situação, de acordo com os princípios
desse tipo de análise, a carência de especialistas deve ser considerada uma ameaça ao cumprimento
da missão do tribunal.
Errada. Quando em uma instituição há pequena quantidade de profissionais com conhecimento
profundo sobre um assunto essencial, a análise identifica que é considerada uma FRAQUEZA e não é
uma AMEAÇA. É uma fraqueza já que é uma falha do ambiento interno.
DE OLHO NA PROVA:
Ambiente interno (variáveis controláveis):
Pontos fortes (strengths) - são competências, fatores ou características internas positivas que a
organização possui – Ex.: funcionários capacitados;
Pontos fracos (weaknesses) - são deficiências, fatores ou características internas negativas que
prejudicam o desempenho e o cumprimento da missão organizacional – Ex.: funcionários não
capacitados.
Ambiente externo (variáveis não controláveis):
Oportunidades (opportunities) - as oportunidades são as forças externas à organização que influenciam
positivamente no cumprimento da missão, mas que não temos controle sobre elas – Ex.: mercado
internacional em expansão;
Ameaças (threats) - são aspectos externos à organização que impactam negativamente no desempenho
DE OLHO NA PROVA:
▪ Ameaça de Novos Entrantes – Alto investimento necessário e economias de escala são alguns dos
fatores que podem dificultar a entrada de um novo competidor em um mercado. Naturalmente, é mais
difícil abrir uma nova indústria aeronáutica do que uma nova loja de roupas. Dessa forma, as empresas
que estão em setores com altas barreiras à entrada sofrem menos competição dos que as que estão em
mercados com baixas barreiras de entrada.
▪ Poder de Negociação dos Clientes – Quanto mais informados estão os clientes, mais eles
normalmente podem exigir das empresas qualidade, preço e serviços. Os clientes são poderosos quando
são poucos, ou compram em grande quantidade, quando os custos de trocar de fornecedor são baixos,
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
quando eles conhecem as estruturas de custos das empresas e quando podem deixar de consumir os
produtos ou fabricá-los internamente.
▪ Poder de Negociação dos Fornecedores – Muitos dos fatores que podem deixar os clientes fortes
podem deixar os fornecedores poderosos se forem invertidos! Os fornecedores são fortes quando: são
poucos e/ou dominam o mercado, quando o custo de trocar de fornecedor é alto, quando os clientes
são pouco importantes e quando podem se tornar competidores, ou seja, passar a concorrer no
mercado do cliente.
▪ Ameaça de Produtos Substitutos – Um produto é substituto quando satisfaz a mesma necessidade dos
clientes (exemplo: manteiga e margarina). Se existem muitos produtos que podem substituir o produto
que sua empresa fornece, a posição estratégica é difícil e o setor será menos atraente e lucrativo.
▪ Rivalidade entre os Concorrentes – Se existem muitos concorrentes em um mercado e se a força deles
é semelhante, pode ocorrer uma guerra de preços, levando a uma queda na atratividade do setor.
Outros fatores que levam a isso são: custos fixos elevados, que podem levar as empresas a buscar
operar com capacidade total, e uma grande barreira de saída, como instalações caras, de difícil venda,
maquinário específico e altas indenizações que podem levar empresas a continuar investindo e
operando em mercados com lucratividades baixas.
AMBIENTE
INTERNO
SWOT
Predominância de Pontos
Predominância de Pontos fracos
fortes
• Estratégias de Sobrevivência, quando existem mais ameaças e pontos fracos, e a empresa deverá
pautar-se por objetivos e estratégias emergenciais, no sentido de eliminar os pontos fracos. É uma
postura preocupante. As ações deverão ser pautadas pela rapidez e tentar diminuir o impacto das
ameaças. Esta postura demonstra fragilidade singular da organização.
• Estratégias de Manutenção, quando existem mais ameaças e pontos fortes, não apresenta a fase
aguda da sobrevivência. Todavia, poderá simultaneamente atuar com objetivos e estratégias para
eliminar os pontos fracos e potencializar os pontos fortes. Permanece a nuance das ameaças.
• Estratégias de Crescimento, quando existem mais oportunidades e pontos fracos, o impacto dos
pontos fracos não é tão agudo. Nessa situação, a organização pode partir para eleger objetivos e
estratégias que permitam corrigir os pontos fracos e também aproveitar mais intensamente as
oportunidades que o ambiente externo oferece.
• Estratégias de Desenvolvimento, quando existem mais oportunidades e pontos fortes, é o ideal de
Postura Estratégica. Nesse quadrante, a organização encontra-se em sua plenitude. Ela pode
potencializar seus pontos fortes e maximizar as oportunidades.
▪ Matriz de Ansoff
PRODUTOS
Tradicionais Novos
▪ Benefícios do Planejamento
As empresas estão cada vez mais em ambientes altamente mutáveis e complexos, enfrentam uma
enorme variedade de pessoas, fornecedores e concorrentes. Do lado externo, temos os concorrentes, o
governo e suas regulamentações, a tecnologia, a economia globalizada, os fornecedores etc. No
ambiente interno, existe a necessidade de trabalhar de forma cada vez mais eficiente, novas estruturas
organizacionais, funcionários, recursos e muitos desafios administrativos.
O planejamento oferece inúmeras vantagens nessas situações, inclusive melhora a capacidade da
empresa de se adaptar às mudanças (flexibilidade organizacional), ajuda na coordenação e
administração do tempo.
Vejamos algumas vantagens:
➢ permite utilizar os recursos de forma eficaz (alcance de resultados) e eficiente (economia);
➢ aumenta o conhecimento sobre o negócio/projeto e seu potencial de mercado;
➢ facilita a percepção de novas oportunidades ou riscos e aumenta a sensibilidade do
empresário/executivo frente a problemas futuros;
➢ cria um “espírito de negócio” e comprometimento com o negócio/projeto, tanto em relação ao
“dono” ou responsável pelo negócio, como também junto aos funcionários/parceiros envolvidos;
➢ determina tarefas e prazos com responsabilidade definida, viabilizando o controle do processo e do
andamento do negócio;
➢ deixa claro para o empresário/executivo qual é o diferencial competitivo de seu negócio;
➢ pode ser utilizado como suporte para conseguir credibilidade e apoio financeiro interno e/ou no
mercado;
➢ maior flexibilidade;
➢ agilidade nas tomadas de decisões;
➢ melhor conhecimento dos seus concorrentes;
➢ melhor comunicação entre os funcionários;
➢ maior capacitação gerencial, até dos funcionários de níveis inferiores;
▪ Tipos de Planejamento
O planejamento é feito através de planos. O administrador deve saber lidar com diferentes tipos
de planos. Estes podem incluir períodos de longo, médio e curto prazo, como podem envolver a
organização inteira, uma divisão ou departamento ou ainda uma tarefa. O planejamento é uma função
administrativa que se distribui entre, todos os níveis organizacionais. Embora o seu conceito seja
exatamente o mesmo, em cada nível organizacional, o planejamento apresenta características
diferentes.
O planejamento envolve uma volumosa parcela da atividade organizacional. Com isso, queremos
dizer que toda organização está sempre planejando: o nível institucional elabora genericamente o
planejamento estratégico, o nível intermediário segue-o com planos táticos e o nível operacional traça
detalhadamente os planos operacionais. Cada qual dentro de sua área de competência e em
consonância com os objetivos globais da organização. O planejamento impõe racionalidade e
proporciona o rumo às ações da organização. Além disso, estabelece coordenação e integração de suas
várias unidades, que proporcionam a harmonia e sinergia da organização no caminho em direção aos
seus objetivos principais.
Os planos podem abranger diferentes horizontes de tempo. Os planos de curto prazo cobrem um
ano ou menos, os planos intermediários, um a dois anos e os planos de longo prazo abrangem cinco ou
mais anos. Os objetivos do planejamento devem ser mais específicos no curto prazo e mais abertos no
longo prazo. As organizações precisam de planos para todas as extensões de tempo. O administrador do
Questão Comentada
Até que o cliente receba e aceite a mercadoria constante em seu pedido, a venda é um compromisso
de compra e venda. Por isso, as empresas têm investido em Administração de Vendas, tratando,
principalmente, de três temas centrais: o planejamento do que deverá ser feito; a coordenação
daquilo que está sendo feito; e o controle daquilo que já foi feito. Deve fazer parte do planejamento:
A) Avaliar o desempenho dos vendedores e da equipe de vendas.
B) Conferir se o pedido de venda foi preenchido de forma correta.
C) Verificar se as informações constantes no relatório de visita a um cliente são satisfatórias.
D) Apresentar o relatório de despesas oriundas de visitas a clientes.
E) Prever as vendas para o próximo período.
Alternativa correta: E. O planejamento é a função de definir, estabelecer, prever, programar, antecipar,
prevenir, reduzir a incerteza, estabelece premissas sobre o futuro para alcançar os objetivos
organizacionais. Os itens A, B, C e D na verdade estão relacionados com o controle, pois ele vai avaliar o
desempenho de funcionários, conferir se o trabalho foi executado adequadamente, verificar se tudo
está de acordo com o estabelecido e etc.
Planejamento Estratégico
O planejamento estratégico apresenta cinco características fundamentais.
1. O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente
mutável. Está voltado para as relações entre a organização e seu ambiente de tarefa. Portanto,
sujeito à incerteza a respeito dos eventos ambientais. Por se defrontar com a incerteza, tem suas
decisões baseadas em julgamentos e não em dados concretos. Reflete uma orientação externa que
focaliza as respostas adequadas às forcas e pressões que estão situadas do lado de fora da
organização.
2. O planejamento estratégico é orientado para o futuro. Seu horizonte de tempo é o longo prazo.
Durante o curso do planejamento, a consideração dos problemas atuais é dada apenas em função
▪ Planejamento Tático
O planejamento tático é o planejamento focado no médio prazo e que enfatiza as atividades
correntes das várias unidades ou departamentos da organização.. O administrador utiliza o
planejamento tático para delinear o que as várias partes da organização, como departamentos ou
divisões, devem fazer para que a organização alcance sucesso. Os planos táticos geralmente são
desenvolvidos para as áreas de produção, marketing, pessoal, finanças e contabilidade. Para ajustar-se
ao planejamento tático, o exercício contábil da organização e os planos de produção, de vendas, de
investimentos etc, abrangem geralmente o período anual.
▪ Planejamento Operacional
O planejamento operacional é focalizado para o curto prazo e abrange cada uma das tarefas ou
operações individualmente. Preocupa-se com "o que fazer" e com o "como fazer" as atividades
quotidianas da organização. Refere-se especificamente às tarefas e operações realizadas no nível
operacional. Como está inserido na lógica de sistema fechado, o planejamento operacional está voltado
para a otimização e maximização de resultados, enquanto o planejamento tático está voltado para a
busca de resultados satisfatórios.
O planejamento operacional é constituído de uma infinidade de planos operacionais que
proliferam nas diversas áreas e funções dentro da organização. Cada plano pode consistir em muitos
subplanos com diferentes graus de detalhamento. No fundo, os planos operacionais cuidam da
administração da rotina para assegurar que todos executem as tarefas e operações de acordo com os
procedimentos estabelecidos pela organização, a fim de que esta possa alcançar os seus objetivos.
OBS:
Os planos operacionais estão mais voltados para a eficiência (ênfase nos meios), pois a eficácia
(ênfase nos fins) é problema dos níveis institucional e intermediário da organização.
Apesar de serem heterogêneos e diversificados, os planos operacionais podem ser classificados
em quatro tipos, a saber:
1. Procedimentos. São os planos operacionais relacionados com métodos.
2. Orçamentos. São os planos operacionais relacionados com dinheiro.
3. Programas (ou programações). São os planos operacionais relacionados com tempo.
4. Regulamentos. São os planos operacionais relacionados com comportamentos das pessoas.
Balanced Scorecard
O Balanced Scorecard é um Painel Balanceado de Indicadores, conceito desenvolvido por Robert
Kaplan e David Norton que detectaram que o controle dos resultados baseados em indicadores
financeiros não mais atendia. A geração de valor dependia do acompanhamento do desempenho
estratégico organizacional através da medição de indicadores de desempenho.
Serve como instrumento de alinhamento entre o planejamento estratégico e o operacional.
Compreende a tradução da visão e da estratégia de uma organização em um conjunto integrado
de objetivos e indicadores de desempenho que formam a base para um sistema de gerenciamento
estratégico e de comunicação.
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
Atualmente, o BSC passou a ser utilizado como uma metodologia de gestão estratégica, servindo,
em muitos casos, como instrumento representativo da estrutura dos processos gerenciais das
organizações e como ferramenta de gestão.
Nesse contexto, as perspectivas podem ser descritas assim:
Perspectiva financeira – analisa o negócio do ponto de vista financeiro. Relaciona-se normalmente
com indicadores de lucratividade,como receita líquida, margem líquida, retorno sobre o investimento,
entre outros. Indica se a estratégia da empresa está se traduzindo em resultados financeiros.
Perspectiva dos clientes – nesse ponto de vista, busca-se identificar os segmentos (de clientes e
de mercados) em que a empresa atuará e as medidas de desempenho que serão aceitas. Geralmente
envolve indicadores como: satisfação dos clientes, retenção de clientes, lucro por cliente e participação
de mercado. Essa perspectiva possibilita ao gestor as estratégias de mercado que permitirão atingir
resultados superiores no futuro.
Perspectiva de processos internos – identifica os processos críticos que a empresa deve focar para
ter sucesso. Ou seja, mapeia os processos que causam o maior impacto na satisfação dos consumidores
e na obtenção dos objetivos financeiros da organização.Devem ser melhorados os processos existentes e
desenvolvidos os que serão importantes no futuro.
Perspectiva do aprendizado e do crescimento – identifica as medidas que a empresa deve tomar
de modo a se capacitar para os desafios futuros. As principais variáveis são as pessoas, os sistemas e os
procedimentos organizacionais. Dessa forma, as empresas devem treinar e desenvolver seu pessoal,
desenvolver sistemas melhores e procedimentos que alinhem os incentivos aos objetivos corretos.
Processo de Elaboração do BSC
O processo de elaboração do Balanced Scorecard descrito por Christiane Ogassawara (2009) possui
cinco princípios:
• Traduzir a estratégia em guias operacionais: cria-se um referencial para a descrição e
implementação das estratégias: o mapa estratégico. Esse mapa descreve a estratégia e fornece os
fundamentos que guiarão o projeto de um BSC.
• Alinhar a organização à estratégia: as áreas ou unidades de negócio se ligam à estratégia
corporativa.
• Transformar a estratégia em tarefa de todos: essa transformação ocorre por meio da
comunicação da estratégia (de cima para baixo), que deve ser traduzida em linguajar claro para que
todos os colaboradores da organização a entendam e direcionem sua atuação para ela. São necessários
treinamentos para transmitir aos funcionários os conceitos estratégicos e demais informações
relacionadas à remuneração por incentivos e ao trabalho em conjunto para a execução da estratégia.
• Converter a estratégia em processo contínuo: na implementação do processo de gerenciamento
da estratégia nas empresas três passos foram identificados: a conexão da estratégia ao processo
orçamentário, objetivando conciliar as iniciativas de longo prazo com o desempenho esperado no curto
prazo; a realização de reuniões gerenciais para avaliação da estratégia; e o aprendizado organizacional,
com adaptação da estratégia.
• Mobilizar a mudança por meio da liderança executiva: a implementação da estratégia demanda
trabalho contínuo e em equipe. Caso a alta direção da organização não se envolva ou atue com pouca
dedicação, a estratégia não será implementada. Esse princípio contempla: a mobilização para a mudança
organizacional (esclarecimento sobre a importância da mudança), e definição do processo de
governança que orientará e direcionará as mudanças (há um rompimento da estrutura tradicional de
poder).
Três pessoas que desempenham papéis críticos na construção do BSC foram identificadas por
Kaplan e Norton (1997): o arquiteto, o agente de mudanças e o comunicador. O arquiteto corresponde a
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
um alto executivo da organização designado como responsável pela construção do BSC e pela sua
inclusão ao sistema gerencial – esse executivo deve ter capacidade para educar a equipe e orientar o
processo de tradução da estratégia em indicadores; o agente de mudanças corresponde a um
representante do executivo principal, designado para moldar as ações de rotina decorrentes do novo
sistema gerencial; e o comunicador, que tem a responsabilidade de conquistar o apoio e a adesão de
todos os membros da organização quanto ao novo sistema gerencial a ser implementado.
Adaptação do BSC às Instituições Públicas
A utilização do BSC no meio público insere-se tanto no contexto da nova Administração
Públicainiciada com a reforma gerencial de 1995, quanto no contexto do planejamento estratégico –
amplamente utilizado pelos órgãos públicos no âmbito federal.
O BSC despertou particular atenção no meio público, haja vista que na prestação de serviços os
indicadores tradicionais de desempenho se mostraram insuficientes e ineficientes. A atribuição de
responsabilidades e a cobrança por resultados (mediante a utilização de indicadores) inserem-se no bojo
da reforma gerencial de 1995 – agora o BSC também permite avaliar redução de tempo, qualidade e
satisfação do cidadão-usuário.
Segundo Kaplan e Norton (1997), o BSC “pode proporcionar foco, motivação e responsabilidade
em empresas públicas e instituições sem fins lucrativos”. Além dos aspectos já abordados, Vera Osório
(2003) acredita que o BSC no meio público possibilita “maior integração do orçamento na elaboração
dos planos e expressa a importância do aprendizado e do crescimento institucional dos profissionais
como um grande diferencial para a sustentabilidade da organização ao longo do tempo”.
Atenção → Embora Kaplan e Norton tenham sugerido um modelo para o setor público, até o momento
não foi padronizado um modelo de BSC para a área pública: o que existem são diversos modelos
semelhantes sendo adaptados à realidade de cada ente público.
Quanto às perspectivas utilizadas, os próprios Kaplan e Norton (1997) sugerem que as
perspectivas do BSC devem funcionar como modelo e não como camisa de força. Assim, é possível
alterar ou inserir perspectivas de acordo com a natureza e função social de cada ente público.
Mas algumas questões já podem ser definidas. A mudança radical aqui é em relação à perspectiva
mais importante: no meio público o cumprimento da missão institucional (prestar serviços à sociedade)
é a principal perspectiva, e deve estar no topo do BSC. Para os indicadores, os termos mais adequados
são Orçamentários e Não Orçamentários.
A perspectiva financeira/orçamentária é deslocada para a base do BSC, visto que no meio público
ela é condição indispensável, e não resultado final. Mas ao mesmo tempo em que é deslocada, ela
condicionará a atuação pública, pois não se pode realizar nenhuma despesa que não se encontre
aprovada no orçamento anual. Recursos orçamentários adequados contribuem para o alcance dos
objetivos de todas as demais perspectivas. Assim, a perspectiva financeira se torna um meio de
obtenção dos recursos necessários ao cumprimento da função social de competência do ente público.
A perspectiva do cliente também é mais bem definida como cliente-cidadão ou cidadão-cliente,
visto que, no contexto público, o cidadão é o centro: como financiador, como usuário e como titular da
coisa pública – o que exige, no mínimo, equidade no tratamento.
A perspectiva fiduciária sugerida por Kaplan e Norton, não é obrigatória,mas, se utilizada, reflete
os objetivos dos interessados, como os contribuintes ou doadores (que fornecem recursos para o
custeio da máquina pública). Se forem bem atendidos, eles poderão contribuir para o aumento da
arrecadação de recursos. Quanto aos processos internos, os conceitos são bastante semelhantes.
No que concerne à perspectiva de aprendizado e crescimento cabe ressaltar que existe maior
dificuldade em se tratar com as pessoas/servidores no meio público, haja vista a existência de normas
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legais específicas que, por um lado, garantem estabilidade ao servidor público, e, por outro, acabam por
dificultar a flexibilidade necessária às inovações – além da cultura existente no meio público, que em
regra é refratária a mudanças. No entanto, são as pessoas que poderão tornar as organizações públicas
excelentes ou não. Mariani (2002) considera que a valorização do servidor é condição essencial nesse
processo, e que a qualidade dos servidores e sua motivação são condições necessárias à realização dos
objetivos das demais perspectivas.
Mapa Estratégico
Como vimos acima, o balancedscorecardé uma ferramenta utilizada para traduzir a estratégia e a
visão em objetivos, metas, medidas e iniciativas claras e bem definidas. Assim, o BSC envolve um
conjunto de indicadores financeiros e não financeiros para demonstrar como a organização está em
relação aos seus objetivos principais.
Dessa forma, Kaplan e Norton desenvolveram uma ferramenta, chamada de mapa estratégico, que
serve como referencial geral para a implementação da estratégia. Segundo os autores, o mapa
estratégico é tão importante como os referenciais utilizados pelos gerentes financeiros.
◼ OS ESTILOS DE DIREÇÃO
Um dos mais populares expoentes da teoria comportamental, Douglas McGregor, publicou um
livro clássico no qual procura mostrar com simplicidade, que cada administrador possui uma concepção
própria a respeito da natureza das pessoas que tende a moldar o seu comportamento em relação aos
subordinados. Chegou à conclusão de que existem duas maneiras diferentes e antagônicas de encarar a
natureza humana. Uma delas é velha e negativa, baseada na desconfiança nas pessoas. A outra é
moderna e positiva, baseada na confiança nas pessoas. McGregor denominou-as respectivamente de
Teoria X e Teoria Y.
▪ Teoria X
O administrador que pensa e age de acordo com a Teoria X tende a dirigir e controlar os
subordinados de maneira rígida e intensiva, fiscalizando seu trabalho, pois acha que as pessoas são
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passivas, indolentes, relutantes e sem qualquer iniciativa pessoal. Nesse estilo de direção, o
administrador acha que não se deve confiar nelas, porque não tem ambição e evitam a
responsabilidade. Não delega responsabilidades porque conclui que elas são dependentes e preferem
ser dirigidas. Com todas essas restrições, o administrador cria um ambiente autocrático de trabalho,
uma atitude de desconfiança, de vigilância e de controle coercitivo que não estimula ninguém a
trabalhar. Pessoas tratadas dessa maneira tendem naturalmente a responder com falta de interesse e
de estimulo, alienação, desencorajamento, pouco esforço pessoal e baixa produtividade, situação que
vai reforçar o ponto de vista do administrador, fazendo-o aumentar ainda mais a pressão, a vigilância e a
fiscalização. A ação constrangedora do administrador provoca reação acomodativa das pessoas. Quanto
mais ele coage, mais elas tendem a se alienar em relação ao trabalho.
▪ Teoria Y
Pelo contrário, o administrador que pensa e age de acordo com a Teoria Y tende a dirigir as
pessoas com maior participação, liberdade e responsabilidade no trabalho, pois acha que elas são
aplicadas, gostam de trabalhar e têm iniciativa própria. Tende a delegar e ouvir opiniões, pois acha que
as pessoas são criativas e engenhosas. Compartilha com elas os desafios do trabalho, porque acha que
elas são capazes de assumir responsabilidades, com autocontrole e autodireção no seu comportamento.
Esse estilo de administrar tende a criar um ambiente democrático de trabalho e oportunidades para que
as pessoas possam satisfazer suas necessidades pessoais mais elevadas através do alcance dos objetivos
organizacionais. Pessoas tratadas com respeito, confiança e participação tendem a responder com
iniciativa, prazer em trabalhar, dedicação, envolvimento pessoal, entusiasmo e elevada produtividade
em seu trabalho. A ação impulsionadora do administrador provoca uma reação empreendedora das
pessoas. Quanto mais ele impulsiona, mais elas tendem a tomar iniciativa e responsabilidade no
trabalho.
Onde se situar? Qual o estilo de direçào a adotar? Essa questão é simples. Em um modelo
burocrático, provavelmente a Teoria X fosse a mais indicada como estilo de direção, para submeter
rigidamente todas as pessoas às regras e regulamentos vigentes. Contudo, à medida que se adota um
modelo adaptativo, a Teoria Y torna-se imprescindível para o sucesso organizacional. Contudo,
independentemente do modelo organizacional, o mundo moderno está abandonando a Teoria X e
trocando-a definitivamente pela Teoria Y.
◼ OS SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
Na verdade, a Teoria X e a Teoria Y constituem os dois extremos de um continuum de alternativas
para se lidar com as pessoas dentro das organizações. Dentro desse filão, Likert, outro expoente da
teoria comportamental, fez uma pesquisa, levando em conta algumas variáveis comportamentais
importantes, dentre elas, o processo decisorial, os sistemas de comunicação, o relacionamento
interpessoal dos membros e os sistemas de punições e recompensas adotados pelas organizações.
• Processo decisorial. O administrador pode centralizar totalmente em suas mãos todas as decisões
dentro da organização (centralização) ou pode descentralizar totalmente as decisões de maneira
conjunta e participativa com as pessoas envolvidas (descentralização). Ele pode adotar uma
supervisão direta, rígida e fechada sobre as pessoas (estilo autocrático) até uma supervisão genérica,
aberta, democrática e orientadora que permite ampla autodireção e autocontrole por parte das
pessoas (estilo democrático).
Likert chegou à conclusão de que as variáveis comportamentais escolhidas para sua pesquisa
variam e se comportam como continuuns.
Em função dessa continuidade, chegou à conclusão de que existem quatro sistemas
administrativos.
▪ Sistema l: autoritário-coercitivo
No extremo esquerdo do continuum, o Sistema l constitui o sistema mais fechado, duro e
arbitrário de administrar uma organização. É totalmente coercitivo e coativo, impondo regras e
regulamentos, e exige rígida e cega obediência. As decisões são monopolizadas na cúpula da
organização. Impede a liberdade, nega informação, restringe o indivíduo e faz com que ele trabalhe
isoladamente dos demais. Há forte desconfiança em relação às pessoas e impede-se qualquer contato
interpessoal. Para incentivar as pessoas a trabalharem, utiliza punições e castigos - a motivação negativa
- de modo a impor intimidação e medo e reforçar a obediência cega.
▪ Sistema 2: autoritário-benevolente
O Sistema 2 é também um sistema autoritário, mas benevolente e menos coercitivo e fechado do
que o anterior. Permite alguma delegação das decisões em níveis mais baixos, desde que essas decisões
sejam repetitivas e operacionais e sujeitas à confirmação da cúpula. As restrições à liberdade são
menores do que no Sistema l, oferece alguma informação, já que o fluxo vertical de informações traz
ordens e comandos de cima para baixo e informações de baixo para cima a fim de abastecer o processo
decisório. Existe ainda uma grande desconfiança das pessoas, mas permite-se algum relacionamento
entre elas, como certa condescendência da organização. O sistema utiliza punições e castigos, mas já se
preocupa com recompensas, que são estritamente materiais e salariais, frias e calculistas.
▪ Sistema 3: consultivo
▪ Sistema 4: participativo
No extremo direito do continuum está o Sistema 4, que constitui o sistema mais aberto e
democrático de todos. É denominado sistema participativo, pois incentiva total descentralização e
delegação das decisões aos níveis rnais baixos da organização, exigindo apenas um controle dos
resultados por parte da cúpula. As decisões passam a ser tomadas diretamente pelos executores das
tarefas. O sistema se apoia em total confiança nas pessoas e no seu empoderamento (empowerment),
incentivando a responbilidade e o trabalho conjunto em equipe. As comunicações constituem o núcleo
de integração do sistema e seu fluxo é tanto vertical como horizontal para proporcionar envolvimento
total das pessoas no negócio da organização. O sistema utiliza amplamente as recompensas salariais
como parte do seu esquema de remuneração variável pelo alcance de metas e resultados, bem como
recompensas sociais ou simbólicas. As punições são raras e, quando acontecem, são decididas e
administradas pelas equipes ou grupos de trabalho.
Mas, o que determina o tipo de administração a ser desenvolvido pelo administrador?
Geralmente, a consistência entre meios e fins. E aqui reside um dos principais aspectos da teoria
administrativa. Essa consistência depende de conceitos e teorias a respeito da natureza das pessoas,
como elas se comportam nas organizações e como os administradores devem se comportar nesse
conjunto. Os sistemas administrativos de Likert constituem uma notável contribuição da escola
comportamental para a avaliação do grau de abertura e democratização das organizações. As
organizações bem-sucedidas estão migrando decidida e rapidamente para o lado direito do continuum
descrito - Sistema 4 - e adotando posturas altamente participativas e democráticas com relação às
pessoas que nelas trabalham.
◼ O PAPEL DA DIREÇÃO
Para a Teoria Comportamental, o papel do administrador é promover a integração e articulação
entre as variáveis organizacionais e as variáveis humanas, focalizando o ambiente e, mais
especificamente, o cliente. De um lado, as variáveis organizacionais -como missão, objetivos, estrutura,
tecnologia, tarefas etc. - e de outro, as variáveis humanas - como habilidades, atitudes, competências,
valores, necessidades individuais etc. - que devem ser devidamente articuladas e balanceadas. Planejar,
organizar, controlar e, principalmente, dirigir servem exatamente para proporcionar essa integração e
articulação.
Para alcançar uma adequada integração e articulação entre as variáveis organizacionais e as
variáveis humanas, o administrador deve utilizar vários mecanismos, como as variáveis
comportamentais estudadas por Likert: o processo decisório, os sistemas de comunicação, o
relacionamento interpessoal dos membros e o sistema de punições e recompensas.
◼ A DIREÇÃO E AS PESSOAS
As mais recentes abordagens administrativas enfatizam que são as pessoas que fazem a diferença
nas organizações. Em outras palavras, em um mundo onde a informação é rapidamente disponibilizada
e compartilhada pelas organizações, sobressaem aquelas que são capazes de transformá-la rapidamente
em oportunidades em termos de novos produtos e serviços antes que outras organizações o façam. E
isso somente pode ser conseguido com a ajuda das pessoas que sabem utilizá-la adequadamente, e não
apenas com a tecnologia que pode ser adquirida no mercado. São as pessoas - e não apenas a
tecnologia - que fazem a diferença. A tecnologia pode ser adquirida por qualquer organização com
relativa facilidade nos balcões do mercado. Bons funcionários requerem um investimento muito mais
longo em termos de capacitação quanto a habilidades e conhecimentos e, sobretudo, de confiança e
comprometimento pessoal.
Ouchi deu o nome de Teoria Z para descrever o esquema de administração adotado pelos
japoneses, cujos princípios são:
• Filosofia de emprego a longo prazo.
• Poucas promoções verticais e movimentos em cargos laterais.
• Ênfase no planejamento e desenvolvimento da carreira.
• Participação e consenso na tomada de decisões.
• Envolvimento dos funcionários.
É certo que todos esses princípios são. válidos para o Japão e sua peculiar cultura oriental e
tradições milenares. Mas todos eles podem ser simplesmente transplantados para um país como o
nosso, com hábitos e costumes totalmente diferentes. Contudo, alguns aspectos mostram que
confiança, consenso e envolvimento das pessoas no negócio são fatores inequívocos de sucesso
organizacional. Em qualquer lugar do mundo. É bom não perdê-los de vista.
▪ Motivação
A motivação é a força propulsora do comportamento, ela dá:
✓ Direção
✓ Intensidade
✓ Sentido
✓ Persistência
▪ Ciclo Motivacional
Em todo estado de motivação existe um ciclo motivacional, ele começa com o surgimento de uma
necessidade, portanto, sem esta necessidade não há ciclo. A necessidade traz um estado psicológico no
indivíduo causando um desconforto levando a um motivo para sair desta situação. Quando as pessoas
estão em estado estável, sem esta necessidade, elas tendem a ficar estáticas se acomodando nos
lugares que ocupam, por um lado isso é bom, mas pelo outro, seres estáticos se acomodam com a
situação atual e acabam ficando para trás, por isso este incômodo pode ser visto como algo positivo,
pois é ele quem faz as pessoas se moverem e conseguirem grandes realizações e avanços como seres
humanos ou para qualquer outra coisa.
No ciclo motivacional nem sempre a necessidade pode ser satisfeita. Nestes casos ela é liberada na
forma de frustrações causando desconfortos psicológicos como apatia, depressão, entre outros. Porém
quando não é liberada em aspectos psicológicos, pode ser levada para vias fisiológicas causando
problemas no organismo. A necessidade pode também ser transferida para outro lugar, como por
exemplo, a não conquista de uma necessidade é compensada por algum outro benefício.
▪ Tipos de Motivação
Questão comentada
Um dos futuros desafios da liderança é a crescente diversidade nas organizações, o que demandará
líderes mais habilidosos em ocupar-se com diferentes perfis multiculturais, bem como com métodos
mais flexíveis de trabalho para a integração de múltiplas competências nas equipes e organizações.
Certa. Está claro que os líderes atuais devem se adaptar aos funcionários, tendo a habilidade de
gerenciar a diversidade com mais flexíbilidade.
◼ MOTIVAÇÃO E COMPORTAMENTO
O comportamento das pessoas dentro da organização é complexo, depende de fatores internos
(decorrentes de suas características de personalidade, como capacidade de aprendizagem, de
motivação, de percepção do ambiente externo e interno, de atitudes, de emoções, de valores etc.) e
externos (decorrentes do ambiente que envolve as características organizacionais, como sistemas de
recompensas e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão grupal existente etc.).
(CHIAVENATO, 1999), com a Teoria das Relações Humanas passou a estudar a influência da
motivação no comportamento das pessoas. Embora este seja apenas um dos fatores internos que
influenciam o comportamento humano, a ele é dado tanta importância porque a motivação atua, em
geral, sobre as necessidades dos indivíduos, a fim de supri-las para atingir os objetivos, tanto pessoais
como organizacionais.
Essas necessidades humanas, tidas como forças ativas e impulsionadoras do comportamento,
apresentam uma enorme imensidão. Isso porque as pessoas são diferentes entre si, possuem
necessidades diferentes e estas, conseqüentemente, produzem padrões de comportamento que variam
de indivíduo para indivíduo.
Apesar de todas essas diferenças enormes, em pesquisas realizadas acerca do comportamento
humano, foi constatado que o processo que dinamiza o comportamento humano é mais ou menos
semelhante para todas as pessoas.
Baseando-se nos pressupostos de Chiavenato (1998, p. 76-77) podem ser definidas três
suposições para explicar o comportamento humano, das quais a análise nos é válida, pois elas estão
intimamente relacionadas com o processo de motivação:
▪ Motivação e Desempenho
Sendo o comportamento humano fundamentalmente orientado por objetivos, sejam eles
conhecidos ou inconscientes, fica evidente a importância de se associar atitudes motivacionais a esses
objetivos.
Esses fatores motivacionais vão influir diretamente no comportamento do indivíduo e,
conseqüentemente, no seu desempenho dentro da organização.
Na verdade, tratam-se de três itens – motivação, comportamento e desempenho – que se
apresentam estreitamente ligados. O desempenho é uma manifestação do comportamento humano nas
organizações, podendo assim também ser motivado pelo próprio indivíduo (motivos internos) ou pela
situação ou ambiente em que ele se encontra (motivos externos) (MAXIMIANO, 1995, p. 318).
▪ Teorias de Conteúdo
As teorias de conteúdo partem do princípio de que os motivos do comportamento humano
residem no próprio indivíduo. A motivação para agir e se comportar é originada das forças existentes no
indivíduo. Assim, cada pessoa reage de forma diferente a estímulos recebidos.
Segundo a teoria, as necessidades de nível mais baixo do indivíduo precisam estar satisfeitas
antes que ele pudesse se interessar pelas de nível superior. Estudos feitos não sustentam claramente a
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
questão da progressão nos níveis hierárquicos, porém a sua grande contribuição é o reconhecimento e a
identificação da snecessidades individuais com o propósito d emotivar o comportamento.
Questão comentada
Segundo a Hierarquia das Necessidades de Maslow, a amizade dos colegas no trabalho é uma
necessidade do tipo:
(A) fisiológica;
(B) de segurança;
(C) social;
(D) de estima;
(E) de autorrealização.
Alternativa correta c. Maslow dividiu as necessidade em 5, aquela que fala sobre as relações de
amizades, pertencer a um grupo social, ter família, casar, namorar, ter filhos, são as necessidades
sociais.
✓ Douglas McGregor
As teorias X e Y são duas visões opostas da natureza humana que se repercutem no modo
como devem ser geridos os colaboradores. Foram descritas por Douglas McGregor, no final da década
de 50.
▪ Características da Teoría X
• Concepção tradicional de direção e controle;
• O ser humano tem uma aversão natural ao trabalho;
• A maioria da spessoas precisa ser controlada, dirigida, coagida e punida, para que finalmente
trabalhe;
• O homem é um ser carente, que se esforça para satisfazer uma hierarquia de becessidades;
• O ser humano não consegue assumir responsabilidades;
• A participação dos funcionários é um instrumento de manipulção dos mesmos;
• O líder adota um estilo autocrático.
▪ Características da Teoría Y
• Integração entre objetivos individuais e organizacionais; querer se esforçar fisicamente e
mentalmente no trabalho é uma atitude tão natural quanto descansar;
• A maioria das pessuas busca naturalmente se auto-corrigir, para atingir os objetivos que
propuserem alcançar;
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• O compromisso com um objetivo depende das recompensas que se espera receber com a sua
consecução;
• O ser humano não só aprende a aceitar as responsabilidades, como passa a procurá-las;
• A participação dos funcionários é uma forma de valorizar suas potencialidades intelectuais como:
imaginação, criatividade e engenhosidade;
• O líder adota um estilo participativo.
Questão comentada
Dentre as teorias da motivação, aquela que, numa primeira visão, sugere que os gerentes devem
coagir, controlar e ameaçar os funcionários a fim de motivá-los e, numa segunda visão, acredita que
as pessoas são capazes de ser responsáveis, não precisam ser coagidas ou controladas para ter um
bom desempenho, é a teoria:
(A) da motivação e higiene;
(B) da hierarquia das necessidades;
(C) X e Y;
(D) dos motivos humanos;
(E) do reforço positivo e de aversão.
Alternativa correta c. Questão muito fácil. A teoria que, numa primeira visão, sugere que os gerentes
devem coagir, controlar e ameaçar os funcionários a fim de motivá-los (teoria X) e, numa segunda visão,
acredita que as pessoas são capazes de ser responsáveis, não precisam ser coagidas ou controladas para
ter um bom desempenho (teoria Y), corresponde à teoria X e Y.
▪ Teorias de Processo
Enquanto as teorias de conteúdo se preocupam com as necessidades, as teoriasde processo
procuram verificar como o comportamento é ativado, dirigido,mantido e ativado.
✓ Teoria da Expectativa ou da Expectância de Vroom
O modelo contingencial de motivação de Victor H. Vroom desenvolveu uma teoria da
motivação que reconhece a evidência de que diferentes pessoas reagem de diferentes maneiras,
conforme a situação em que estejam colocadas, enfatizando assim as diferenças individuais.
Segundo ele, existem três fatores que determinam em cada indivíduo a motivação para
produzir:
a) Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingir objetivos.
b) A relação que o indivíduo percebe entre a produtividade e o alcance dos seus objetivos individuais.
c) A capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita
poder influenciá-lo.
▪ Condicionamento operante
O conceito-chave do pensamento de Skinner é o de condicionamento operante, que ele
acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os dois
conceitos estão essencialmente ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano.
O reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento operante é um
mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar
a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma
alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser
saciar sua fome.
A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é
uma resposta a um estímulo puramente externo; e o segundo, o hábito gerado por uma ação do
indivíduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No
▪ COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Definindo e Classificando
• Grupo Informal: Grupo que não é nem estruturado formalmente nem determinado pela
organização; surge em resposta à necessidade de contato social.
• Grupo de Interesse: Pessoas que se juntam para atingir um objetivo comum a todos.
• Grupo de amizade: Pessoas que possuem características comuns, essas alianças podem se
basear na mesma faixa etária, herança cultural, na torcida pelo mesmo time, entre outros.
Esta teoria propõe que as pessoas apresentam reações emocionais ao fracasso ou sucesso de seu grupo,
porque sua auto estima fica ligada ao desempenho dele. As identidades sociais também ajudam as
pessoas a reduzir sua incerteza a respeito de quem são e do que devem fazer.
As identidades sociais nos ajudam a definir quem somos e onde nos encaixamos nas relações com os
outros, mas podem apresentar um lado negativo também. Provavelmente o ponto mais fraco da
identidade social seja incentivar o favoritismo intragrupo. Isso significa que enxergamos os membros do
nosso próprio grupo, como pessoas melhores do que as outras, e os que não são membros como sendo
todos iguais. Obviamente isto abre caminho para estereotipagem.
1 – Similaridade – não surpreende que aqueles que possuem os mesmos valores ou características dos
outros membros de sua organização podem apresentar um grau mais alto de identificação com o grupo.
2 – Distinção – As pessoas tendem a notar as identidades que mostram como elas são diferente dos
outros grupos.
4 – Redução de Incerteza – pertencer a um grupo também ajuda algumas pessoas a entender quem são
e como se encaixam no mundo.
5 – Segurança – para não se sentirem sozinhos. Incluídas em um grupo, as pessoas se sentem mais
fortes
6- Auto – Estima – pois a interação faz com que seus membros se sintam valorizados por si mesmos;
7 – Pelo Poder - pois muitas pessoas ingressam em um grupo para conseguir algo que não conseguiria
individualmente;
8 – Alcance de Metas - pois há determinadas situações que para realizar determinadas tarefas, torna-se
necessária a formação de um grupo com diferentes talentos, conhecimentos e poderes
1º Estágio – FORMAÇÃO – Caracterizado por uma grande dose de incerteza sobre seus propósitos,
estrutura e liderança. Os membros estão “testando o terreno” para descobrir quais os comportamentos
aceitáveis no grupo.Este estágio termina quando os membros começam a pensar em si mesmos como
parte do grupo.
2º Estágio – TORMENTA – É aquele dos conflitos no grupo. Os membros aceitam a existência do grupo,
mas mostra resistência aos limites impostos à individualidade a atuação. Este estágio estará concluído
quando houver uma hierarquia e liderança relativamente clara.
3º Estágio – NORMALIZAÇÃO – É o estágio dos relacionamentos mais próximos onde passa a existir
coesão. Aparecem a camaradagem e a identidade grupal. Este estágio termina quando a estrutura do
grupo se solidifica e ele assimila um conjunto de expectativas de comportamento correto.
Para grupos temporários, equipes, comissões, etc; este item já não é prioridade máxima. Deve – se
concluir as atividades e pronto.
OBS:
O TAMANHO DO GRUPO
Na visão de Robbins (2005), o tamanho do grupo afeta o desempenho deste, mas o efeito depende de
quais variáveis dependentes você vai considerar. Na concepção do autor citado, os grupos menores são
mais rápidos na realização das tarefas. Mas se a questão for resolução de problemas, o mesmo autor
afirma que grupos maiores conseguem melhores resultados.
Folga Social: A tendência que as pessoas tem de se esforçar menos ao trabalhar em grupo do que se
estivessem trabalhando sozinhas
COESÃO
O grau em que os membros são atraídos entre ssi e motivados a permanecer unidos como grupo.
Porém, como os grupos são muito diferentes, a coesão também pode ser maior ou menor em cada
grupo, ou seja, a sintonia estabelecida entre seus componentes não é uniforme. A coesão é importante
porque afeta a produtividade do grupo
Hoje em dia muitas decisões das organizações são tomadas em grupo, equipes ou comitês.
Pontos Fortes: Os grupos geram informações e conhecimentos mais abrangentes, oferecendo uma
maior diversidade de pontos de vistas, criando assim oportunidades para um numero maior de
Pontos fracos: Elas consomem muito tempo, pois os grupos em geral demoram muito mais para chegar
a uma solução. O desejo do membros serem aceitos e valorizados pelo grupo pode sufocar qualquer
desacordo explícito. Finalmente as decisões em grupos sofrem certa ambigüidade ( possibilidade de dois
sentidos) da responsabilidade.
Eficácia e Eficiência
A eficácia não pode ser avaliada sem que levemos em conta também a eficiência. O Grupo costuma ficar
sempre em segundo lugar em comparação com o indivíduo. Com raras exceções , a tomada de decisão
em grupo consome muito mais horas de trabalho do que o processo individual para resolver o mesmo
problema. Os grupo são geralmente menos eficientes que o individuo. Ao decidir pelo uso do grupo em
um processo decisório, portanto, os gestores devem questionar se os ganhos em eficácia serão
suficientes para suplantar as perdas de eficiência.
As decisões tomadas em grupo, tendem a ser mais precisas do que a média dos indivíduos no grupo,
mas menos precisas do que os indivíduos mais capacitados. Em matéria de rapidez,os indivíduos serão
melhores. Se a criatividade é importane, os grupos tendem a ser mais eficazes que o indivíduos. E, se a
eficácia significar o grau de aceitação da solução final, o voto irá novamente para o grupo.
Resumo
Os grupos oferecem um excelente veiculo para a realização de diversas etapas do processo de tomada
de decisões. Se o grupo for composto por pessoas com históricos diferentes, as alternativas geradas
serão mais extensivas, e a analise, mais critica. Quando a solução final for escolhida, haverá mais gente
do grupo de decisão para apoiá-la e implementá-la. Essas vantagens entretanto, podem ser
contrapostas pelo tempo consumido pelo grupo, pelos conflitos internos criados e pelas pressões para a
conformidade. Portanto, em alguns casos, espera-se que os indivíduos tomem melhores decisões do
que os grupos .
PENSAMENTO GRUPAL – O consenso sobrepõe ou passa por cima da avaliação realista das alternativas
de cada ação.
Grupos de Interação. Neles, os membros interagem face a face, usando a interação verbal e a não
verbal para se comunicar, geralmente fazem uma autocensura e pressionam seus membros à
conformidade de opinião.
Reunião Eletrônica: Mescla a técnica de grupo nominal com uma sofisticada tecnologia de
informatização. ( vídeo conferencia)
▪ Trabalho em Equipe
A formação de uma boa equipe que conquiste excelentes resultados tem sido uma busca cada vez
mais frequente em qualquer tipo de organização, são unidades de trabalho semi-autônomas ou
autônomas. A tradicional reunião de pessoas em busca de objetivos comuns, que, no passado, era
chamada de equipe, hoje é entendida como sendo, na verdade, apenas agrupamentos, ou grupos. A
verdadeira equipe é aquela que possui objetivos claros, sabe exatamente onde deve chegar, cresce
enquanto equipe, mas que respeita e incentiva o crescimento de cada um dos seus componentes. Dessa
forma, muito mais do que retratar o papel das equipes na organização, se pretende descrever os tipos
de personalidade, de forma que se consiga uma formação, através de uma melhor análise, de equipes
de elevado desempenho, com personalidades que venham sempre a somar.
▪ Tipos de Equipes
LIDERANÇA
Para o empregado de hoje, ter sucesso significa alcançar a realização pessoal, social e financeira,
ser interdependente, contribuir para a solução de problemas, encontrar desafios e atingir metas. As
pessoas querem sentir que seus esforços são valorizados e que seu trabalho é o diferencial que
contribui para o sucesso da empresa em que trabalha.
O líder de hoje pode se perguntar: “Quais as habilidades essenciais que preciso ter para obter a
lealdade e o comprometimento da minha equipe? Como posso ser ainda mais útil com cada pessoa do
meu time?”.
Responderei a essas questões adiante, com a intenção de estimular seu pensamento e suas ações,
desenvolvendo as habilidades necessárias para adotar comportamentos de liderança e ao mesmo
tempo se dar bem na prova de Administração Geral, pois este tema é muito cobrado em concursos.
A fim de conquistar o comprometimento de uma equipe, é necessário que o líder inspire – e não
exija – respeito e confiança. Cada pessoa se compromete quando é tratada como se fizesse parte da
equipe – quando sabe que sua contribuição é importante. Quando a pessoa percebe que é considerada,
compreendida e reconhecida, sua percepção de comprometimento cresce. Um líder que forma outros
lideres ensina que são seis os passos que criam condições para o desenvolvimento da lealdade e do
comprometimento:
1. Comunicação franca e aberta
2. Envolvimento e potencialização dos colaboradores
3. Desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores
4. Demonstrar o reconhecimento
5. Liderar com ética e imparcialidade
6. Promover o bem-estar no ambiente de trabalho
O líder determina qual A divisão das tarefas fica a critério Tanto a divisão das
a tarefa que cada um deve do próprio grupo e cada membro tem tarefas, como a escolha dos
executar e qual o seu liberdade de escolher seus companheiros, fica totalmente a
companheiro de trabalho; companheiros de trabalho; cargo do grupo. Absoluta falta
de participação do líder;
O líder é Dominador e é O líder procura ser um membro O líder não faz nenhuma
"pessoal" nos elogios e nas normal do grupo, em espírito, sem tentativa de avaliar ou de
críticas ao trabalho de cada encarregar-se muito de tarefas. O líder regular o curso dos
membro. é "objetivo" e limita-se aos "fatos" em acontecimentos. O líder
suas críticas e elogios. somente faz comentários
irregulares sobre as atividades
dos membros quando
perguntado.
As experiências demonstram o seguinte comportamento aos diferentes tipos de liderança a que
foram submetidos:
• Liderança Autocrática. O comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração e, sobretudo,
agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade nem iniciativa, nem formação de
grupos de amizade. Embora aparentemente gostassem das tarefas, não demonstraram satisfação
com relação à situação. O trabalho somente se desenvolvia com a presença física do líder. Quando
este se ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos reprimidos,
chegando a explosões de indisciplina e de agressividade.
• Liderança Liberal. Embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção foi simplesmente
medíocre. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações perdendo-se muito tempo
com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que relacionadas com o trabalho em si.
Notou-se forte individualismo agressivo e pouco respeito com relação ao líder.
• LIDERANÇA DEMOCRÁTICA. Houve formação de grupos de amizade e de relacionamentos cordiais
entre os participantes. Líder e subordinados passaram a desenvolver comunicações espontâneas,
francas e cordiais. O trabalho mostrou um ritmo suave e seguro sem alterações mesmo quando o
líder se ausentava. Houve um nítido sentido de responsabilidade e comprometimento pessoal.
▪ Grid Gerencial
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
Robert R. Blake e Jane S. Mouton (1989) procuraram representar os vários modos de usar
autoridade ao exercer a liderança através do Grid Gerencial. Esta representação possui duas dimensões:
preocupação com a produção e preocupação com as pessoas.
A preocupação com a produção refere-se ao enfoque dado pelo líder aos resultados, ao
desempenho, à conquista dos objetivos. O líder com este tipo de preocupação empenha-se na
mensuração da quantidade e da qualidade do trabalho de seus subordinados.
A preocupação com as pessoas diz respeito aos pressupostos e atitudes do líder para com seus
subordinados. Este tipo de preocupação revela-se de diversas formas, desde o esforço em assegurar a
estima dos subordinados e em obter a sua confiança e respeito, até o empenho em garantir boas
condições de trabalho, benefícios sociais e outras vantagens.
O inter-relacionamento entre as duas dimensões do Grid Gerencial expressa o uso de autoridade
por um líder.
Ex.: Quando uma alta preocupação com as pessoas se associa a uma baixa preocupação com a
produção, o líder deseja que as pessoas se relacionem bem e sejam “felizes”, o que é bem diferente de
quando uma alta preocupação com as pessoas se associa a uma alta preocupação com a produção. O
líder, aqui, deseja que as pessoas mergulhem no trabalho e procurem colaborar com entusiasmo (Blake
e Mouton, 1989, p.14).
Cinco estilos básicos de uso de autoridade são definidos por Blake e Mouton, eles criaram uma
grade gerencial para mostrar a preocupação com a produção e a preocupação com as pessoas são
aspectos complementares e não mutuamente excludentes. Os lideres foram dispostos em dois eixos, o
eixo horizontal se refere à preocupação com a produção, enquanto o eixo vertical se refere à
preocupação com as pessoas. Cada eixo está dividido em nove graduações. A graduação mínima é 1 e
significa pouquíssima preocupação por parte do administrador. A graduação máxima é 9 e significa a
máxima preocupação possível. A figura abaixo ilustra a grade gerencial.
Os Cinco Estilos do Grid Gerencial e Seus Significados
ESTILO SIGNIFICADO PARTICIPAÇÃO FRONTEIRAS INTERGRUPAIS
1.1 Mínima preocupação com a Pouco envolvimento e Isolamento. Falta de coordenação
produção e com as pessoas; comprometimento. intergrupal.
1.9 Enfatiza as pessoas, com Comportamento Coexistência pacífica. Grupos
mínima preocupação com a superficial e efêmero. evitam problemas para manter
produção; Soluções do mínimo harmonia.
denominador comum.
9.1 Preocupação máxima com a Não há participação Hostilidade intergrupal. Suspeita
produção e mínima com as das pessoas. e desconfiança mútuas. Atitude
pessoas; de ganhar/perder.
5.5 Estilo meio-termo. Atitude de Meio caminho e Trégua inquieta. Transigência,
conseguir alguns resultados acomodação que rateios e acomodação para
sem muito esforço; deixa todos manter a paz.
descontentes.
9.9 Estilo de excelência. Ênfase na Elevada participação e Comunicações abertas e francas.
produção e nas pessoas. envolvimento. Flexibilidade e atitude para o
Veja essa mesma grade mais detalhada e como é a maneira que cada líder pensa e atua:
• (1,1): a preocupação mínima com a produção e com as pessoas caracteriza o líder que desempenha
uma gerência empobrecida. Este tipo de líder, em geral, adota uma postura passiva em relação ao
trabalho, fazendo o mínimo para garantir sua permanência na organização.
"Faço o suficiente para ir levando. Aceito os fatos, as crenças e as posições que me são fornecidos.
Guardo minhas opiniões para mim mesmo, mas respondo quando solicitado. Evito tomar partido, não
revelando minhas opiniões, atitudes e idéias. Permaneço neutro ou tento manter-me fora do conflito.
Deixo os outros tomarem suas decisões ou me conformo com o que quer que aconteça. Evito fazer
críticas".
• (1,9): a preocupação máxima com as pessoas e mínima com a produção caracteriza o líder que faz do
ambiente do trabalho um clube campestre. Este líder busca sempre a harmonia de relacionamentos,
mesmo que tenha que sacrificar a eficiência e a eficácia do trabalho realizado.
"Tomo a iniciativa de ações que ajudem e apoiem os outros. Procuro fatos, crenças e posições que
sugiram estar tudo bem. Em benefício da harmonia, não me inclino a contestar os outros. Acato as
opiniões, atitudes e ideias dos outros, embora tenha restrições. Evito gerar conflitos, mas se ocorrerem,
tento acalmar os ânimos, a fim de manter todos unidos. Busco tomar decisões que preservem as boas
relações e estimulo os outros a tomarem decisões sempre que possível. Encorajo e elogio quando
ocorre algo positivo, mas evito dar um 'feedback' negativo".
• (9,1): a preocupação máxima com a produção e mínima com as pessoas caracteriza o líder que se
utiliza da autoridade para alcançar resultados. Este líder, em geral, age de maneira centralizadora e
controladora.
"Exijo de mim e dos outros. Investigo os fatos, as crenças e as posições, a fim de manter qualquer
situação sob controle e certificar-me de que os outros não estejam cometendo erros. Não abro mão de
minhas opiniões, atitudes e ideias, mesmo que isto signifique rejeitar os pontos de vista alheios. Quando
o conflito surge, procuro atalhá-lo ou fazer valer minha posição. Dou grande valor a tomar minhas
próprias decisões e raramente me deixo influenciar pelos outros. Assinalo fraquezas ou o fracasso em
corresponder às expectativas"
• (5,5): o meio-termo, ou seja, a preocupação média com a produção e com as pessoas caracteriza o
líder que vê as pessoas no trabalho dentro do pressuposto do homem organizacional. Este tipo de
líder busca o equilíbrio entre os resultados obtidos e a disposição e ânimo no trabalho.
"Tento manter um ritmo constante. Aceito os fatos mais ou menos pela aparência e investigo os
fatos, as crenças e as posições quando surgem discrepâncias óbvias. Expresso minhas opiniões, atitudes
e ideias como quem tateia o terreno e tenta chegar a uma concordância por meio de concessões
mútuas. Quando surge um conflito, tento encontrar uma posição razoável, considerada conveniente
pelos outros. Procuro tomar decisões exequíveis que os outros aceitem. Dou “feedback” indireto ou
informal sobre sugestões para aperfeiçoamento".
• (9,9): a máxima preocupação com a produção e com as pessoas caracteriza o líder que vê no trabalho
em equipe a única forma de alcançar resultados, estimulando assim, a máxima participação e
interação entre seus subordinados na busca de objetivos comuns.
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
"Exerço esforço vigoroso e os outros aderem entusiasticamente. Procuro e confirmo as
informações. Solicito e dou atenção a opiniões, atitudes e ideias diferentes das minhas. Reavalio
continuamente meus próprios dados, crenças e posições bem como os dos outros, a fim de estar seguro
da sua validade. Julgo importante expressar minhas preocupações e convicções. Reajo a ideias melhores
do que as minhas, mudando meu modo de pensar. Quando o conflito surge, procuro saber seus
motivos, a fim de solucionar as causas subjacentes. Dou grande valor à tomada de decisões certas.
Procuro o entendimento e o acordo. Encorajo o “feedback” de mão-dupla a fim de fortalecer a
operacionalidade".
Blake e Mouton caracterizaram este último estilo como o mais apropriado para conseguir os
objetivos das organizações. Os treinamentos realizados por eles em programas de Desenvolvimento
Organizacional visavam a fazer com que os líderes adotassem o estilo (9,9). Entretanto, pesquisas
empíricas têm revelado que nem sempre este tipo de estilo de liderança é o mais indicado para a
eficiência e eficácia dos resultados.
Estilos de comportamento da Teoria do Caminho Meta (WAGNER III E HOLLENBECK, 1999, cap.9, p.
262)
Liderança Características
Diretiva O líder é autoritário. Os subordinados sabem exatamente o que é esperado deles,
e o líder fornece direções específicas. Os subordinados não participam na tomada
de decisões.
Encorajadora O líder é amistoso e acessível e demonstra uma preocupação genuína com os
subordinados.
Participativa O líder pede e usa sugestões dos subordinados, mas ainda toma as decisões.
Orientada para a O líder fixa metas desafiadoras para os subordinados e demonstra confiança em
realização que eles atingirão as metas.
Edward Hollander sugeriu que o processo de liderança é mais bem compreendido como a
ocorrência de transações mutuamente gratificantes entre líderes e seguidores dentro de um
determinado contexto situacional.
Seu modelo é conhecido como modelo transacional.
Liderança é a junção dos três vetores:
Líderes - Seguidores - Situações
Pode-se entender a liderança apenas por meio de uma avaliação das características importantes
dessas três forças e dos modos pelos quais interagem. A liderança transacional está baseada em um
processo de troca na qual o líder provê recompensas em troca do esforço de seguidores e desempenho
(Bass & Avolio, 1993). Bass (1995) claramente identifica liderança transacional como sendo baseado em
troca material ou econômica.
▪ COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Na comunicação, para que esta seja bem sucedida, com a emissão e recepção correta das
mensagens e utilizando os princípios básicos das relações humanas;
De acordo com Kotler (1998), tem nove elementos fundamentais para desenvolvimento de uma
Comunicação eficiente:
• Emissor – quem emite a mensagem para a outra parte;
• Codificação – o processo de transformar o pensamento em forma simbólica;
• Mensagem – o conjunto de símbolos que o emissor transmite;
• Mídia – os canais de Comunicação através dos quais a mensagem passa do emissor ao receptor;
• Decodificação – o processo pelo qual o receptor confere significado aos símbolos transmitidos pelo
emissor;
• Receptor – a parte que recebe a mensagem emitida pela outra parte ;
• Resposta – as reações do receptor após ter sido exposto à mensagem;
• Feed Back – a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor;
• Ruído – distorção ou estática não planejada durante o processo de Comunicação, que resulta em
uma mensagem chegando ao receptor diferentemente da forma como foi enviada pelo emissor.
Quando um desses elementos não é respeitado, o processo de Comunicação enfrenta problemas
difíceis de serem diagnosticados, que podem trazer sérios danos aos objetivos e resultados da empresa.
A identificação do receptor ou público alvo é um dos passos fundamentais para uma Comunicação
eficiente. Para quem estamos falando? Com quem estamos nos comunicando?
Na edição de 1999, O Guia apresentou uma relação das características de uma Comunicação
excelente:
• é transparente;
• é uma via de mão dupla, que funciona com a mesma eficiência de baixo para cima como de cima
para baixo;
• possui mecanismos formais que facilita a abertura da Comunicação interna;
• preocupa-se em informar o empregado sobre tudo que pode afetar sua vida;
• informa aos empregados sobre fatos que podem mudar a empresa antes que os jornais o façam;
• A Comunicação interna também forma “embaixadores” da organização, que são verdadeiros
multiplicadores dos valores, atividades e produtos da empresa.
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
◼ TIPOS DE COMUNICAÇÃO:
▪ Comunicação Pessoal - realizada face a face ou por meio do correio ou do telefone, em que o
receptor é citado diretamente ou tem a oportunidade de responder ao emissor. Tem sido assim nos
encontros entre presidentes e diretores de empresa, diretores e gerentes, presidentes e operários e
chefes de setor e subordinados.
▪ Comunicação Impessoal - é a mensagem sem contato direto, realizada pela mídia impressa,
televisiva, radiofônica e visual como outdoor, cartaz e pôster.
▪ Comunicação Descendente - se ocupa, normalmente, da transmissão das políticas, normas e
instruções de trabalho, dentre outras informações julgadas relevantes para o bom desempenho dos
funcionários.
▪ Comunicação Ascendente - tem como principal objetivo manter os dirigentes informados sobre o
que se passa na chamada “linha de frente” do processo produtivo. Sua eficácia é fundamental para
que as decisões emanadas da cúpula possuam coerência com as necessidades efetivas da
organização e de seus clientes.
▪ Comunicação Formal - é aquela que ocorre nas organizações em caráter oficial, respeitando-se os
trâmites burocráticos pertinentes e utilizando-se dos canais instituídos pelas autoridades superiores.
▪ Comunicação Informal - ocorre em paralelo à formal, envolvendo as conversas entre chefes e
subordinados ou entre colegas em caráter não oficial, não sistemático. Muitas vezes este tipo de
comunicação fica contaminado por boatos e fofocas.
▪ Comunicabilidade
A comunicabilidade pode ser interpretada como a adaptação da mensagem ao público-alvo, uma
vezque as pessoas devem ser capazes de interpretar corretamente o que está sendo dito.
A comunicabilidade enfatiza a maneira como os indivíduos se comunicam para a comunicação
sercompreensível por parte do receptor. Sem a comunicabilidade adequada, a compreensão da
mensagemnão ocorrerá.
▪ Funções da Comunicação
A comunicação apresenta quatro funções básicas: controle, motivação, expressão emocional e
informação.
1. Controle. A comunicação apresenta a função de controle quando é utilizada para divulgar normas e
procedimentos de trabalho. É um instrumento hierárquico neste sentido. No plano informal um
grupo controla outro quando o hostiliza.
2. Motivação. Quando a comunicação é utilizada na organização para comunicar metas e definir
objetivos ela serve como instrumento para promover a motivação.
3. Expressão emocional. É a forma pela qual um grupo pode exprimir seus sentimentos de satisfação ou
insatisfação.
4. Informação. Proporciona as informações necessárias ao processo de tomada de decisão.
▪ Tipos de Linguagem
No cotidiano, sem percebermos usamos frequentemente a linguagem verbal, quando por algum
motivo em especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal.
➢ Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.
Questao comentada
(CESPE/MPU/Analista Administrativo) Um dos obstáculos à comunicação no processo organizacional é
a avaliação prematura da mensagem pelo receptor.
Certo. A comunicabilidade é uma habilidade interpessoal a ser desenvolvida pelos gerentes e
funcionários, pois só mediante uma boa comunicação a empresa poderá exercer adequadamente as
suas tarefas e alcançar os objetivos. Podem surgir diferentes obstáculos, barreiras e entraves que
prejudicam o processo de comunicação entre as pessoas. A avaliação prematura da mensagem é um
exemplo de obstáculo, assim como a percepção seletiva, questões culturais, escolha de vocabulários
complexos etc.
▪ Comunicação Organizacional
A comunicação organizacional pode ser dividida em:
1. Comunicação formal - É aquela que “oficialmente” na empresa, ou seja, entre níveis hierárquicos e
visando atender a alguma exigência funcional da organização. É feita por meio de documentos
oficiais. Em geral, tem formalização definida pelo regimento interno da empresa ou pela própria
redação de expediente ou é representada pela linguagem formal utilizada pelos funcionários dentro
das organizações.
2. Comunicação informal - Acontece à margem dos fluxos formais, ou seja, surge dentro dos mais
diversos contextos e envolve as pessoas, independentemente de posição hierárquica. É aquela
representada pelo contato espontâneo entre colegas de trabalho. Apresenta três características:
primeiro, ela não é controlada pela direção da empresa; segundo, é tida pela maioria dos
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
funcionários como mais confiável do que os comunicados formais vindos da cúpula da organização; e
terceiro, ela é largamente utilizada para servir aos interesses pessoais dos que a integra.
▪ Comunicação em Equipes
O trabalho em equipe exige que a informação flua adequadamente para se solucionem os
problemas do dia-dia. Cada tipo de equipe exige um fluxo diferente de comunicação. Equipes que
executam atividades complexas e difíceis precisam de informações circulando continuamente entre
todos os membros, de forma descentralizada. Por outro lado quando a equipe executa tarefas
rotineiras, a rede de informações pode ser centralizada.
A vantagem da rede centralizada é que ela proporciona soluções mais rápidas para problemas
mais simples. Produz poucos erros em relação aos problemas simples e muitos erros em relação aos
problemas complexos.
Na rede descentralizada os problemas complexos são resolvidos de forma mais rápida por que
as informações estão compartilhadas entre todos os membros da rede. As decisões são mais rápidas e
melhores. É muito acuradas na resolução de problemas complexos e pouco acurada na resolução de
problemas simples.
Tipos de Decisões
Nesse contexto, as decisões podem ser tomadas em diferentes contextos, o que vai gerar
diferentes tipos de decisões. O grau de disponibilidade de informação precisa e confiável e o nível no
qual as decisões são tomadas permitem distinguir dois tipos de decisões gerenciais: programadas e não
programadas.
✓ Decisão programada – uma decisão tomada em resposta a uma situação que ocorre com
frequência para permitir que as regras da decisão sejam desenvolvidas e aplicadas no futuro. Elas
também são conhecidas como decisões estruturadas. Por exemplo, a decisão de recompor o papel e o
cartucho de tinta quando os estoques estão baixos são decisões programadas. Normalmente, as
decisões programadas são tomadas nos níveis mais baixos da organização.
✓ Decisão não programada – uma decisão tomada em resposta a uma situação isolada, mal
definida, e, em grande parte, desestruturada, com importantes consequências para a organização. As
decisões estratégicas da organização, por envolverem incertezas, podem ser consideradas decisões não
programadas. Por exemplo: construir uma nova fábrica? Desenvolver um novo produto? Trocar uma
unidade de sede?
Os gerentes se utilizam de três tipos diferentes de abordagens para tomar as decisões: modelo
clássico, modelo administrativo e modelo político. Para Richard Daft, a escolha do modelo depende da
preferência pessoal, do tipo de decisão (programada ou não programada) e a extensão na qual a decisão
é caracterizada pelo risco, incerteza e ambiguidade.
O modelo clássico é baseado na suposição de que os gerentes devem tomar decisões lógicas que
estejam de acordo com os melhores interesses da organização. Nesse contexto, presume-se que as
metas são conhecidas e acordadas e que os problemas são precisamente formulados.
Em síntese, entende-se, no modelo clássico, que o tomador de decisões possui condições de
analisar logicamente o problema, pois todos os elementos necessários são conhecidos e previamente
definidos, bastando, por conseguinte, escolher a melhor alternativa.
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
Já o modelo administrativo explica como os gerentes tomam as decisões em situações
caracterizadas por decisões não programadas, incerteza e ambiguidade.
O modelo administrativo considera que os gerentes vivem em um ambiente de racionalidade
limitada, que pressupõe que as pessoas têm o tempo e a capacidade cognitiva para processar somente
uma quantidade limitada de informações. Assim, não possui capacidade para analisar 100% das
informações. Isso ocorre porque as organizações são extremamente complexas, fazendo com que as
decisões não sejam inteiramente racionais.
Além disso, o modelo administrativo considera que os gerentes não buscam a decisão ótima, mas
apenas uma decisão satisfatória. Isso quer dizer que os administradores escolhem a primeira alternativa
de solução que satisfaça os critérios mínimos de decisão. Como assim professor? Vamos exemplificar.
Imaginem que Carlos irá participar de uma reunião muito importante em que ele está encarregado
de apresentar um novo projeto para uma empresa parceira. Carlos sabe que o sucesso nessa
apresentação pode significar uma promoção, com um aumento significativo no salário. Minutos antes da
reunião, Carlos derruba café em sua camisa.
O que Carlos vai fazer? Ele corre para a primeira loja que encontrar e vai comprar a primeira
camisa que resolver o seu problema. Ou seja, Carlos sabe que, na cidade, há centenas de lojas que
podem vender o mesmo produto por condições melhores, mas ele vai fechar o negócio, pois sua
preocupação, naquele instante, é resolver o problema. Assim, Carlos tomou a decisão satisfatória,
mesmo sabendo que, com mais tempo, ele teria capacidade de decidir melhor.
Dessa forma, o modelo administrativo considera que as decisões de fundamentam na
racionalidade limitada e na decisão satisfatória.
Por fim, o modelo político é útil para tomar decisões não programadas, em que as condições são
incertas, as informações são limitadas e os gerentes podem estar em desacordo sobre quais metas
perseguir ou qual curso de ação tomar. Assim, as pessoas formam uma coalização, isto é, uma aliança
informal entre os gerentes que apoiam uma meta específica.
O modelo político parte do pressuposto que as organizações são formadas por grupos com
diferentes interesses, metas e valores.
Ademais, as informações são ambíguas e incompletas e os gerentes não possuem tempo, recursos
e capacidade para analisar todas as alternativas. Assim, os gerentes se envolvem em debates e, por meio
da barganha e discussões, formam coalizões para defender o seu ponto de vista.
O último assunto que vamos trabalhar sobre a tomada de decisão são as armadilhas.
Como vimos acima, as decisões, em geral, são tomadas em um ambiente de racionalidade
limitada. O modelo clássico pode ser aplicado em raras exceções, uma vez que, em geral, as informações
não são completas, ou não há tempo ou capacidade para analisá-las.
Assim, os tomadores de decisão utilizam um conjunto de regras empíricas, conhecidas como
princípios heurísticos, que orientam implicitamente o julgamento do tomador de decisão. Ou seja, ao
invés de tentar analisar todas as informações, as pessoas costumam basear-se em informações pré-
estabelecidas ou de fácil acesso.
Isso facilita a tomada de decisão, tornando-a mais rápida. Contudo, as pessoas podem sofrer o que
chamamos de armadilhas psicológicas na tomada de decisão, que são desvios psicológicos que geram
tendências involuntárias e intuitivas, levando à perpetuação de erros na avaliação de situações e
decisões.
Para melhorar as suas decisões, os administradores devem aprender a reconhecer e a evitar essas
armadilhas.
Segundo Hammond e Raiffa, apud Sobral e Peci, existem oito tipos de armadilhas psicológicas na
tomada de decisão:
■ CONCEITOS
Hoje, sabe-se que as pessoas precisam ser felizes. Para que sejam produtivas, as pessoas devem sentir
que o trabalho é adequado às suas capacidades e que estão sendo tratadas equitativamente.
Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho: qualidade de vida no trabalho (QVT) é um
conceito que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e
autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, hora
adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis.
Um programa de QVT procurar estruturar o trabalho e o ambiente de trabalho no sentido de
satisfazer a maioria das necessidades individuais das pessoas e tornar a organização um local
desejável.
Administrar e impulsionar as mudanças: nas últimas décadas, houve um período turbulento de
mudanças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas. Os profissionais de ARH devem
saber como lidar com mudanças se realmente querem contribuir para o sucesso de sua organização.
Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável: toda a atividade de ARH deve ser
aberta, transparente, confiável e ética.
As pessoas não devem discriminadas, e os seus direitos básicos devem ser garantidos.
A Gestão de Pessoas irá gerenciar o que as empresas tem de mais importante que é o seu Capital
Intelectual, um dos conceitos mais discutidos recentemente. Ele é composto por três elementos:
✓ Capital Interno (estrutura interna):
Conceitos, modelos, processos, sistemas administrativos e informacionais. São criadas pelas pessoas e
utilizados pela organização
A relação entre saúde e qualidade de vida parece clarificar o próprio senso comum que nos diz
que ter saúde é a primeira e a essencial condição para que alguém possa qualificar sua vida como de
boa qualidade. Mas o que parece óbvio e claro nem sempre o é, na realidade. Tanto a concepção de
saúde como a de qualidade de vida comportam discussões e interpretações diversas.
Assim, da mesma forma que a paz não pode ser entendida tão somente como a ausência de
guerra, ter saúde não significa apenas não estar doente. Em uma concepção mais ampla, como quer a
Organização Mundial de Saúde, ter saúde significa uma condição de bem estar que inclui não apenas
o bom funcionamento do corpo, mas também o vivenciar uma sensação de bem estar espiritual (ou
psicológico) e social, entendido este último - o bem estar social - como uma boa qualidade nas relações
que o indivíduo mantém com as outras pessoas e com o meio ambiente.
Assim, esta concepção mais ampla de saúde aproxima-se do moderno conceito de qualidade
de vida, embora dele não venha a ser sinónimo. A expressão "qualidade de vida" tem estado muito
em moda, mas nem sempre tem sido empregada na real acepção ou, ao menos, na acepção proposta
e aceita pelos estudiosos do assunto.
Confunde-se, frequentemente, uma boa qualidade de vida com uma vida confortável do ponto de
vista material; com uma vida plena de lazer e de viagens; com férias frequentes em lugares
maravilhosos e com pouco trabalho, obrigações e aborrecimentos. Confunde-se também - ou pelo
menos exige-se como condição sine qua non - com um bom nível de cuidados com o corpo.
Este não é, entretanto, o conceito que os estudiosos têm do assunto "qualidade de vida". Ela
pode ser entendida como o nível alcançado por uma pessoa na consecução dos seus objetivos de uma
forma hierarquizada e organizada. Uma vida humana é uma vida vivida de acordo com um plano.
Estabelecer um plano de vida é ser capaz de, sem que necessariamente o executemos por inteiro, ao
menos lutemos por ele, parece ser condição indissociável de uma boa qualidade de vida e, também, da
felicidade, dado que estas duas condições - saúde e qualidade de vida - não sendo sinónimas, andam
de braços dados e são, a rigor, inseparáveis.
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) deve se basear em sete pilares. Veja quais são eles:
✓ Saúde e Esporte - Os cuidados com a saúde vão do check-up até uma alimentação
balanceada, de quatro em quatro horas, e uma prática esportiva pelo menos três vezes por
semana. Assim, a integridade física do executivo estará garantida.
✓ Família/Afetividade - Atividades que promovam a harmonia no relacionamento com pais,
filhos, amigos e irmãos, namorados, noivos e maridos, para se evitar a transferência para o
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ambiente de trabalho de problemas de convivência no lar.
✓ Carreira e Vocação - Dedicação a atitudes empreendedoras no trabalho, para se alcançar o
sucesso, tais como iniciativa, persistência, criatividade e liderança. Importante também
fazer o marketing pessoal e administrar bem o tempo.
✓ Cultura e Lazer - O autoconhecimento é o ponto chave. Deve-se aproveitar o tempo livre
com leituras, cursos, cinema. Não confundir horas de lazer com férias. As férias estão
incluídas nesse pilar, porém, devem ser encaradas como uma fuga total das obrigações do
trabalho.
✓ Sociedade e Comunidade -Atentar-se às práticas de networking e condutas responsáveis
socialmente, como voluntariado e atuação em causas comunitárias, incluindo ética no
trabalho.
✓ Bens e Possessões - Anseios e desejos do executivo. Parcimônia com ambições, para que
não se confunda com ganância. Estimular a vida material dando valor aos bens que já
possui, incluindo noções de gestão das finanças pessoais.
✓ Mente e Espírito - Cuidar da espiritualidade no sentido de se aproximar das pessoas e não
confundir o conceito com religiosidade. Caráter, moral e coerência são as posturas
recomendadas.
■ OBJETIVOS
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✓ Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão: antigamente, a ênfase
era colocada no fazer corretamente as coisas através dos métodos e regras impostos aos
funcionários para obter eficiência. O salto para a eficácia veio com a preocupação em atingir
objetivos e resultados.
✓ Proporcionar competitividade à organização: isto significa saber empregar as habilidades e
competências da força de trabalho. A função da ARH é fazer com que as forças das pessoas
sejam mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e empregados.
✓ Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas.
✓ Preparar e capacitar continuamente as pessoas é o primeiro passo. O segundo é dar
conhecimento às pessoas e não apenas dinheiro.
✓ Aumentar a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho: Antigamente a ênfase
era colocada nas necessidades da organização.
AMBIENTE ORGANIZACIONAL
Uma apreciação crítica do planejamento de RH aponta que ele precisa ser mais amplo e abrangente
no sentido de envolver aspectos do capital humano como conhecimentos, habilidades e
competências para tornar a organização bem- sucedida. E para isso, é importantíssimo a avaliação do
ambiente organizacional pois ele influencia diretamente a maneira como a organização pretende
gerenciar e estabelecer suas políticas em relação às pessoas.
E para avaliar o ambiente organizacional, é necessário analisarmos a situação do mercado de trabalho
e mercado de recursos humanos.
Mercado de Trabalho/Emprego (vagas)
É constituído pelas ofertas de trabalho ou do emprego oferecidas pelas organizações, em
determinado lugar e em determinada época.
Mercado de Recurso Humanos (candidatos)
É constituído pelo conjunto de pessoa aptas ao trabalho, em determinado lugar e em determinada
época.
As políticas de recursos humanos referem-se às maneiras pelas quais a organização pretende lidar
com seus membros e por intermédio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições
para o alcance de objetivos individuais. Variam enormemente conforme a organização.
Cada organização desenvolve a política de recursos humanos mais adequada à sua filosofia e às suas
necessidades.
A rigor, uma política de recursos humanos deve abranger o que a organização pretende acerca dos
seguintes aspectos:
✓ Recrutamento
✓ Banco de dados
PROCESSO DE Como saber o que as
✓ Controles
MONITORAR PESSOAS pessoas fazem na
organização ✓ Sistemas de Informações gerenciais
Os processos de provisão estão relacionados com o suprimento de pessoas para a organização. São os
processos responsáveis pelos insumos humanos e envolvem todas as atividades relacionadas com
pesquisa de mercado, recrutamento e seleção de pessoas, bem como sua integração às tarefas
organizacionais.
Trata-se de abastecer a organização dos talentos humanos necessários a seu funcionamento.
■ RECRUTAMENTO DE PESSOAL
É o conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e
capazes de ocupar cargos na organização. Esse processo de busca dos candidatos pode ser realizado
dentro ou fora da empresa.
O recrutamento requer um cuidadoso planejamento, que constitui uma sequência de três fases, a saber:
Meios de recrutamento:
O mercado de recursos humanos é constituído de um conjunto de candidatos, que podem estar
aplicados ou empregados (trabalhando em alguma empresa) ou disponíveis (desempregados). Os
candidatos aplicados ou disponíveis podem ser tanto reais (que estão procurando emprego ou
pretendendo mudar de emprego) como potenciais (que não estão interessados em procurar
emprego).
Técnicas de recrutamento
O recrutamento externo utiliza várias e diferentes técnicas para influenciar e atrair candidatos. Trata-
se de escolher os meios mais adequados para ir até o candidato desejado – onde quer que ele esteja –
e atraí-lo para a organização:
✓ Anúncios em jornais e revistas especializadas: jornais locais e regionais (gerentes, supervisores
e funcionários); jornais mais populares (empregados especializados) e revistas especializadas
(cargo muito específico).
■ SELEÇÃO DE PESSOAL
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O recrutamento e a seleção de recursos humanos devem ser tomados como duas fases de um mesmo
processo.
A seleção de pessoal tem por objetivo básico escolher e classificar os candidatos adequados às
necessidades da organização - profissionais com perfil aproximado ao perfil do cargo – adequando o
homem ao cargo e buscando eficiência e eficácia do homem no cargo - É a escolha da pessoa certa,
para o cargo certo.
A seleção é um processo de comparação entre duas variáveis: comparar o perfil do candidato ( que se
identifica através das técnicas de seleção) com o que é exigido para o cargo ( essas informações virão
da análise e descrição do cargo).
Base para a seleção de pessoas:
1. Descrição e Análise
do cargo Descrição :
conteúdo do cargo
Análise: características, perfil, habilidades, talentos do ocupante do cargo
2. Técnica dos incidentes críticos
3. Análise do cargo no mercado
Técnicas de Seleção:
• Entrevista de seleção
• Provas de conhecimentos/capacidade
• Testes psicométricos
• Testes de personalidade
• Técnicas de simulação
■ TIPOS DE ENTREVISTAS
• Entrevista diretiva: determina o tipo de resposta desejada, mas não especifica as questões,
ou seja deixa as perguntas a critério do entrevistador.
• Entrevista não-diretiva:é a entrevista totalmente livre, não especifica nem as questões e nem as
respostas requeridas
• Entrevista de descrição comportamental: esse método busca, essencialmente, verificar no
repertório do candidato, as situações vividas por ele que sejam próximas, similares às que ele
provavelmente viverá na posição para a qual será contratado. É a entrevista onde são
solicitadas aos candidatos situações vividas e suas reações como, por exemplo: você lembra de
alguma situação onde teve que enfrentar um cliente bastante irritado? Como reagiu? Para
responder algo assim, o candidato terá que pensar, precisará de um tempo, pois há um foco
bastante específico a ser respondido, ele terá que remontar ao passado, ou seja, a algo que
de fato viveu. Como ninguém traz para uma entrevista situações vividas decoradas o tempo
de resposta é fundamental, já que só mentindo o candidato conseguirá responder
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rapidamente a uma pergunta assim, tão focada em situações.
O objetivo principal é o foco e não a criação de uma resposta pelo candidato. Se remete a algo vivido,
experimentado pela pessoa, busca uma situação e a maneira que o candidato relacionou-se com ela.
Uma coisa é aquilo que acreditamos reagir, outra é a forma verdadeira como reagimos. A estrutura
desse tipo de entrevista evita que ele crie cenários que nunca existiram, tornando hipotéticas
soluções para as quais ele nunca vivenciou.
Acredita-se que o candidato buscará aplicar soluções semelhantes para situações semelhantes. Com
base em experiências já vividas e soluções já apresentadas em situações análogas, pode-se dizer que,
se ele resolveu assim uma vez, tenderá a agir da mesma maneira em situações próximas a essas.
Tratando-se de pessoas isto não é uma garantia, mas as chances de que assim ocorra é muito grande.
Entrevista de Seleção
1. Treinamento dos entrevistadores
2. Construção do processo de entrevista:
a) Entrevista totalmente padronizada
b) Entrevista padronizada apenas quanto às
perguntas ou questões c). Entrevista diretiva
d). Entrevista não diretiva
Testes Psicométricos
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Os testes psicométricos constituem uma medida objetiva e estandardizada de amostras de
comportamento das pessoas. Sua função principal é analisar essas amostras de comportamento
humano, examinando-as sob condições padronizadas e comparando-as com padrões baseados em
pesquisas estáticas.
Testes de Personalidade
Servem para analisar os diversos traços de personalidade, sejam eles determinados pelo caráter
(traços adquiridos ou fenotípicos) ou pelo temperamento (traços inatos ou genotípicos). Um traço de
personalidade é uma característica marcante da pessoa e que é capaz de distingui-la das demais.
Técnicas de Simulação
As técnicas de simulação procuram passar do tratamento individual e isolado para o tratamento em
grupos e do método exclusivamente verbal ou de execução para a ação social.
Quociente de Seleção
O quociente de seleção (selection ratio) é o resultado da proporção entre o número de pessoas
admitidas e o número de candidatos submetidos às técnicas de seleção. Á medida que o quociente de
seleção diminui, aumenta sua eficiência e seletividade. Em geral, o quociente de seleção sofre
alterações provocadas pela situação de oferta e procura no mercado de recursos humanos.
Q.S = No de cand . Admitidos x
100
No decand. Examinados
■ PROCESSO DECISÓRIO
As organizações selecionam as pessoas com quem irão trabalhar e estas onde pretendem desenvolver
o seu papel e aplicar os seus esforços, por isso que o primeiro passo no processo de agregar pessoas é o
recrutamento, ou seja, é a divulgação das oportunidades disponibilizadas pelas empresas para que as
pessoas que possuam o perfil possam se encaminhar para a seleção (BERTONI, 2000).
O Mercado seria o espaço onde ocorre a oferta e a procura dos produtos, englobando assim, o
Mercado de trabalho que se constitui das ofertas de trabalho oferecidas pelas organizações, e
também por estas. O Mercado de Trabalho esta em situação de procura quando as empresas estão
frente a uma escassez de pessoal, isto é, as pessoas são insuficientes para o preenchimento das vagas
em aberto, enquanto que na situação de oferta as oportunidades são menores que as vagas, estando as
organizações diante de um recurso fácil e abundante, que são o grande número de pessoas em busca
de um emprego. Hoje, também ocorre toda uma evolução do perfil do profissional, porque
anteriormente o grande número de empregos se relacionavam as indústrias e atualmente se localiza
na economia informal. Já o Mercado de Recursos Humanos diz respeito as “pessoas que oferecem
habilidades, conhecimentos e destrezas” (CHIAVENATO, 1999. p.88). Isto é, remete-se a quantidade e
qualidade dos profissionais que encontram-se abertos a uma nova oportunidade de trabalho, estejam
eles ativos ou inativos.
Desenvolvimento de pessoas
- Resultados mediatos
Desenvolvimento organizacional
- Programas de longo prazo
- Abordagem sistêmica
■ IMPLEMENTAÇÃO DO TREINAMENTO
Constitui o terceiro passo do processo cíclico do treinamento. Refere-se à aplicação da terapêutica
planejada. Em outras palavras, significa a execução da programação do treinamento nas pessoas ou
nas áreas que apresentam sinais de necessidade de treinamento.
Frequentemente, a execução do treinamento cabe ao gestor ou à própria pessoa que apresente
sintomas de necessidade de treinamento. Na realidade, o treinamento é uma responsabilidade de
linha e uma função de staff. A assessoria de RH pode, em função do levantamento das necessidades,
planejar ou projetar uma programação de treinamento para que sua execução possa ser aplicada no
próprio local pelos gestores ou pelos servidores carentes. Ou ainda por meios externos.
■ FOCO NO DESEMPENHO
Mas, se o treinamento é um meio para alcançar determinado fim, qual é afinal o seu objetivo
fundamental? O desempenho das pessoas e da equipe. A contribuição de cada pessoa ou equipe para o
sucesso da entidade somente é possível através do desempenho. O treinamento serve para melhorar
o desempenho e é através do desempenho que os objetivos e resultados são alcançados.
• Auto-eficiênda: refere-se ao julgamento que cada pessoa faz a respeito de suas habilidades
para fazer algo. A auto- eficiência não se refere às habilidades reais que a pessoa possui, mas à
percepção que ela tem a respeito do poder de suas habilidades. Pessoas com baixa auto-eficiência
não acreditam que podem fazer coisas que elas podem realmente fazer. E assim, correm o risco de
nem ao menos tentar fazer. O desenvolvimento de uma habilidade precisa ser acompanhado pelo
desenvolvimento dê sua auto-eficiência. Mas fuja de pessoas com elevada auto-eficiência e
nenhuma habilidade para fazer algo. A prática do treinamento não é suficiente quando deixa de
incentivar a auto-eficiência das pessoas.
• Ambiente de apoio: o treinamento requer um ambiente favorável que estimule o
desempenho desejado e desencoraja o indesejado. A equipe deve trabalhar com encorajamento e
confiança para poder ter condições de colocar em prática aquilo que aprendeu.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Oferece aos estudantes a possibilidade de escolher programas de seu interesse, ajustados às suas
características e disponibilidade de tempo
Possibilita um maior acesso do aluno ao professor (ou professores) e uma rmior interação entre os
alunos.
O planejamento e a criação de EAD são realizados por uma equipe de natureza interdisciplinar
envolvendo especialistas no tema tratado, tecnólogos educativos, instructional designers, redatores,
especialistas em informática e telecomunicações, pessoal de recursos audiovisuais, pessoal de arte e
apoio à produção, coordenador. A implantação de um programa de EAD requer uma infra-estrutura
administrativa e técnica de apoio, podendo exigir a participação de tutor ou monitor.
O sucesso de um programa de EAD necessita que sejam observadas em sua produção as seguintes
etapas:
2. Criação de sistemas de EAD a partir das necessidades existentes, contexto educacional e recursos
disponíveis.
4. Avaliação dos resultados alcançados, visando estabelecer a eficácia e eficiência do sistema, assim
como a análise da relação custo/beneficio.
A criação dos materiais instrucionais deverá sempre levar em conta o relativo isolamento do estudante
de EAD, assim como sua menor familiaridade com programas de auto-estudo. Dessa forma, o
planejamento de um programa de EAD deve ser feito de modo a oferecer um ambiente de
aprendizagem motivador, com a utilização de materiais auto-instrucionais de elevada qualidade
educacional e um adequado esquema de interatividade entre o tutor e participante(s), assim como
entre os participantes.
Dados: programas de computador, CD-ROM, fax, correio eletrônico, bate-papo ("chats"), WWW,
arquivos de texto (documentos), etc;
Mídias impressas: constituem elementos fundamentais em EAD - textos interativos, textos de consulta,
guias de estudo, cadernos de exercícios, etc.
A lntemet oferece serviços bastante interessantes a serem utilizados como suporte a um programa de
EAD. Por exemplo:
Videoconferência
Quadro-branco
FTP (File Transfer Protocol) Vídeo sob demanda Áudio sob demanda
Listas de discussão
Fóruns de discussão
Newsgroups
WWW
É preciso lembrar que EAD não requer necessariamente para sua implantação de sistemas tecnológicos
que exijam grandes investimentos, como redes de telecomunicações, satélites, etc. É possível criar
programas de EAD eficazes e eficientes, mesmo na ausência de recursos de informática e
telecomunicações, buscando-se atender à disponibilidade de recursos materiais e financeiros.
A tecnologia deve estar a serviço da EAD e não o inverso. Fatores como a realidade da empresa ou
instituição educacional, a infra-estrutura existente e a disponibilidade de recursos têm um papel
destacado na escolha dos meios educacionais para EAD.
No segundo caso, o caráter assíncrono indica que a troca de comunicações não ocorre ao mesmo
tempo, podendo levar horas ou mesmo dias entre a ida e a vinda das mensagens. Exemplos: textos
impressos, multimídia interativo, newsgroups, listas de discussão, FTP, vídeo sob demanda, WWW,
correio eletrônico (e-mail) e os clássicos programas de EAD, através do envio por correio ou malote de
textos, audio e videocassetes, "kits", etc.
O treinamento realizado pela Web está se tomando uma opção cada vez rnais popular para quem
deseja estar atualizado nos assuntos mais diversos, de tecnologia até vendas. Os benefícios -
conveniência, economia de custos e melhor controle do processo de treinamento - têm peso suficiente
para atrair os interessados a esse novo método de ensino. Os curso oferecidos na lntenet podem ser
seguidos de qualquer lugar e em um horário que seja conveniente, permitindo a troca de informaçoes
entre estudantes e instrutores em tempo real ou via e-mail. Além disso um curso feito a distância
elimina a necessidade de alunos ou instrutores viajarem, o que representa significativas economias em
transporte, hospedagem e refeições.
4. Utilização de técnicas de ensino diversificadas, tais como texto, imagens, comunicação entre
professores, professores e alunos, e entre alunos.
O Programa de Formação Continuada "Leitura e Cidadania" oferece aos usuários uma modalidade de
educação continuada a distância, com o apoio do meio eletrônico, como um instrumento a serviço dos
profissionais da leitura e da escrita. A importância da leitura e da escrita como condição básica para o
exercício da cidadania na sociedade brasileira é o que move o PROLER/FBN a investir nessa modalidade
de formação continuada. Sem os instrumentos da leitura e da escrita as pessoas são meio-cidadãs,
porque nem todos os seus direitos civis, políticos, sociais podem ser garantidos. Os não-alfabetizados já
podem votar, mas não podem ser votados. Essa condição os faz desigual aos que aprenderam a ler e a
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escrever e, por isso, podem agir e interferir melhor na sociedade em que vivem. Professores e
profissionais da leitura são, portanto, as pessoas mais diretamente responsáveis pelo sucesso dos que
aprendem a ler e a escrever e que se tomam leitores. Para elas, então, está dedicado este Programa.
"Leitura e Cidadania" oferece duas vertentes de entrada para os usuários interessados no tema:
2) Site Temático "Leitura e Cidadania", oferecendo cursos de formação continuada sobre o tema, com
textos de autores nacionais que vêm pensando, pesquisando e escrevendo sobre leitura, escrita e
cidadania. Este site estará disponível ao usuário livremente. Mas sua primeira função é servir de base a
projetos de formação continuada para professores e profissionais da leitura e da escrita. Para isso,
grupos de estudo deverão ser organizados. É nos grupos de estudo que o projeto deverá acontecer,
fazendo com que as experiências profissionais de todos e as práticas docentes possam se encontrar e
ser analisadas à luz das reflexões e discussões trazidas pelas leituras. A experiência humana de aprender
juntos, uns com os outros, coletivamente, em redes cooperativas deverá estar mantida nos projetos de
formação continuada.
Outra possibilidade que se mostra cada vez mais palpável é o treinamento à distância. Nesse caso o
professor pode aproveitar qualquer tempo livre para desenvolver módulos de instrução à distância - por
exemplo, sobre informática na educação. Uma busca na lntemet revela inúmeras possibilidades de
treinamento in service (o professor não precisa se ausentar da escola para fazer uma atualização,
especialização ou mesmo pós-graduação).
Embora a tecnologia seja uma parte fundamental da educação à distância, qualquer programa de
sucesso deve focalizar mais nas necessidades instrucionais dos alunos do que na própria tecnologia.
Devem ser considerados, por exemplo, suas idades, sua base cultural e sócio-econômica, interesses e
experiências, níveis de educação, e familiaridade com métodos de educação à distância.
lnteratividade
Educação à Distância com sucesso envolve interatividade entre professores e alunos, entre alunos e o
ambiente de aprendizado, e entre os estudantes.
ALUNOS À DISTÂNCIA
Muitas questões importantes derivam-se das características dos alunos à distância, cujos anseios e
objetivos devem ser completamente diferentes dos alunos tradicionais.
ANSEIOS E OBJETIVOS
Adultos têm muitas razões para buscar o ensino à distância: falta de tempo, distância, e finanças, a
oportunidade de fazer cursos, e a possibilidade de entrar em contato com outros estudantes de
diferentes classes sociais, culturais, econômicas e experimentais. Como consequencia eles ganham não
só conhecimento, mas também novas habilidades sociais, incluindo a habilidade de comunicar e
colaborar com colegas largamente dispersos, quem eles podem nunca ter visto.
MODOS DE APRENDIZADO
Outra variável importante na eficácia do aprendizado é a preferência do aluno por um modo particular
de aprendizado, ou seja, cooperativo, competitivo, ou individualizado. Muitos projetos de educação à
distância incorporam aprendizado cooperativo, projetos colaborativos, e interatividade entre grupos de
alunos e entre (sites).
No entanto, o aprendizado eficaz requer tanto conhecimento do estilo do aluno como a preparação
avançada da parte do professor ou do orientador local. Professores e orientadores locais são mais aptos
a fazer decisões de currículo para atender as preferências de seus alunos, tal como agrupar
determinados alunos produtivamente para um projeto, ou designar alunos para projetos de pesquisa
individuais, se eles podem determinar o modo de aprendizado predominante dentro de sua sala de aula.
■ GERENCIAMENTO DE CONFLITOS
As pessoas nunca têm objetivos e interesses idênticos. As diferenças de objelivos e de interesses
individuais sempre produzem alguma espécie de conflito. O conflito é inerente à vida de cada indivíduo
e faz parte inevitável da natureza humana. Constitui o lado oposto da cooperação. A palavra conflito
está ligada à discórdia, divergência, dissonância, controvérsia ou antagonismo.
Além da diferença de objetivos e interesses, deve haver necessariamente uma interferência
deliberada de uma das partes envolvidas para que haja conflito. O conflito existe quando uma das
partes - seja indivíduo ou grupo - tenta alcançar seus próprios objetivos interligados com alguma
outra parte e esta interfere na outra que procura atingir seus objetivos. A interferência pode ser ativa
(mediante ação para provocar obstáculos, bloqueios ou impedimentos) ou passiva (mediante omissão
ou deixar de fazer algo). Assim, o conflito é muito mais que um simples desacordo ou desavença:
constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um bloqueio sobre a
tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos. O conflito pode ocorrer no contexto do
relacionamento entre duas ou mais partes: entre pessoas ou entre grupos como conjuntos de
pessoas, bem como entre mais de duas partes ao mesmo tempo.
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Quando ocorre entre pessoas, o conflito individual pode ser:
• Interno: quando ocorre intimamente dentro de uma pessoa em relação a sentimentos,
opiniões, desejos e motivações divergentes e antagônicas. Quando a pessoa quer trabalhar em uma
empresa porque esta lhe dá prestígio e dinheiro, mas ao mesmo tempo não quer trabalhar na
empresa porque não gosta do patrão. É o chamado conflito psicológico ou intra-individual, de
natureza íntima da pessoa. O conflito interno provoca um colapso nos mecanismos decisórios
normais, provocando dificuldade na escolha dentre várias alternativas de ação.
• Externo: quando ocorre entre uma pessoa e outra ou entre dois grupos de pessoas. É o
chamado conflito social, que ocorre entre pessoas ou grupos sociais com interesses ou objetivos
antagônicos.
A ABORDAGEM DISTRIBUTIVA
Todas as negociações envolvem a distribuição de resultados, onde o ganho de uma das partes significa a
perda da outra parte. A abordagem distributiva é aquela utilizada em barganhas ou negociações onde
as partes dividem ou distribuem os recursos entre eles. O foco das partes é no “corte do bolo”, do qual
cada parte tenta “abocanhar” a maior fatia possível. Ou seja, o elemento distributivo tem como foco a
quantidade de bolo que um negociador reivindica para si mesmo. Dentro dessa abordagem, os
negociadores tendem a ter uma percepção do bolo enquanto algo fixo; conceitualmente, se baseiam no
princípio de soma zero, o que pode levar a resultados insatisfatórios, impasses, acordos perde-perde
e/ou desperdícios desnecessários de recursos.
A barganha distributiva tende a ser mais competitiva. Algumas táticas comuns incluem:
• tentar ganhar vantagem;
• ter mais negociadores em um mesmo lado da mesa de negociação;
• usar truques e decepções para fazer com que o outro lado conceda mais do que você;
• fazer ameaças e dar ultimatos;
• forçar o outro lado a se render mostrando um poder maior e sendo mais “esperto” que eles; não
discutir o problema de igual para igual.
O principal objetivo não é assegurar que todos as partes saiam ganhando. É assegurar que o seu lado
ganhe o máximo que puder, resultando em um acordo de ganha-perde ou perde-perde, ou seja, acordos
em que os negociadores falham na capitalização dos interesses compatíveis.
A ABORDAGEM INTEGRATIVA
Contrariamente à abordagem distributiva, a barganha integrativa ocorre quando as partes tentam tirar
algo mais da negociação. As partes trabalham em conjunto para aumentar o bolo, havendo, dessa
forma, o suficiente para que todos tenham o que desejam. A abordagem integrativa está relacionada à
maneira como os negociadores expandem os recursos a serem divididos. Ao expandirem os recursos,
haverá mais alternativas e escolhas a serem feitas. Para que mais recursos possam ser gerados em
situações adversas, precisamos possuir criatividade estratégica. Assim sendo, a negociação integrativa
diz respeito a ambos o processo e o resultado da negociação.
■ GESTÃO DE DESEMPENHO
É um conjunto de atividades relacionadas à identificação, mensuração e gestão do desempenho das
pessoas na organização.
Características:
• Deve ser comunicada
• Foco no comportamento
- treinamento;
- promoção;
Vamos ver agora um resumo das principais técnicas e métodos de avaliação de desempenho
tradicionais, com suas vantagens e desvantagens:
a)Relatórios: Constituem os procedimentos mais simples de avaliação de desempenho. Têm lugar
quando os chefes são solicitados a dar seu parecer sobre a eficiência de cada empregado sob sua
responsabilidade.
Vantagens: rapidez, favorecem a livre expressão e deixam documentada a opinião emitida.
Desvantagens: são incompletos, favorecem o subjetivismo, podem deixar dúvida quanto ao
significado dos termos empregados e dificultam a tabulação dos dados obtidos.
b) Escalas gráficas: É um formulário de dupla entrada, no qual as linhas representam os fatores que
estão sendo avaliados e as colunas o grau de avaliação. Os fatores correspondem às características
que se deseja avaliar em cada funcionário e devem ser definidos de maneira clara, sintética e
objetiva. Os graus de variação indicam quão satisfatório é o desempenho do empregado em relação
a cada um dos fatores.
Vantagens: método simples, não exige treinamento intenso dos avaliadores, fácil tabulação,
apresenta mais objetividade que os relatórios.
Desvantagens: Apenas classifica os funcionários em bons, médios ou fracos, sem oferecer maiores
esclarecimentos acerca das necessidades de treinamento e potencial de desenvolvimento.
c)Escolha forçada: Consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos mediante a escolha de frases
que descrevem seu desempenho individual. O avaliador recebe formulários organizados em blocos
de duas ou quatro frases. Em cada bloco ele deverá forçosamente escolher uma ou duas que
melhor se aplicam ao desempenho do funcionário.
Vantagens: é reconhecida como um método que proporciona resultados bastante confiáveis, pois
minimiza a influência da subjetividade do avaliador.
Desvantagens: sua elaboração é muito complexa e não proporciona maiores informações sobre os
pontos fortes do avaliado.
e) Pesquisa de campo: é desenvolvida com base em entrevistas feitas por especialistas em gestão de
pessoas aos supervisores. A partir delas avalia-se o desempenho dos subordinados e procura-se
identificar as causas do desempenho deficiente, bem como propor ações corretivas.
Vantagens: é um método bastante abrangente, pois conduz a avaliação a um entrosamento com
treinamento, planos de carreira e outros processos de gestão de pessoas.
Desvantagem: custo elevado para manutenção dos especialistas que realizam as entrevistas e lentidão
do procedimento.
f) Comparação binária: método em que cada indivíduo do grupo é comparado com cada um dos
outros elementos do grupo em relação a diversos fatores de desempenho.
Vantagem: aplicação simples.
Desvantagens: muito baseado em comparação, esclarece pouco a respeito dos comportamentos que
caracterizam as diferenças individuais no trabalho.
g) Frases descritivas: apresenta semelhança com o método da escolha forçada. Nele, o avaliador,
de posse de um formulário contendo certo número de frases, indica as que não correspondem ao
desempenho de seus subordinados. É tido como um método pouco preciso.
h) Auto-avaliação: é o método pelo qual o empregado avalia seu próprio desempenho. Pode
assumir a forma de relatórios, escalas gráficas e até frases descritivas. Só apresenta validade
quando aplicado a grupos com notório grau de maturidade profissional.
i)Incidentes críticos: consiste no destaque de características ou comportamentos extremos
(incidentes críticos), que são desempenhos altamente positivos ou negativos. O método não leva em
conta o desempenho normal, preocupa-se apenas com os excepcionais, sejam eles bons ou ruins.
Assim, os pontos fortes e fracos de cada funcionários são levantados a partir de seus incidentes
críticos.
j) Avaliação 360º: Nos métodos de avaliação tradicionais o funcionário é avaliado apenas pelo seu
chefe imediato. Quando muito, ocorre também uma auto-avaliação. Já a avaliação 360 graus
inclui, além da autoavaliação, a avaliação dos pares, subordinados e superiores. O funcionário
costuma ser avaliado também por pessoas externas à organização, como os clientes, fornecedores
e parceiros.
l) Avaliação participativa por objetivos (APPO). Esse método de avaliação participa ativamente o
funcionário e o seu gerente. Esses métodos seguem seis etapas:
A avaliação de desempenho sempre será um processo subjetivo para o avaliador. Não é fácil se
desprover de todas as simpatias ou antipatias para avaliar corretamente uma pessoa. Porém, tomar
consciência dos problemas mais comuns pode reduzir os erros e tornar o processo mais justo e
transparente.
1. Efeito de Halo/Horn
É a tendência em estender uma avaliação positiva (efeito de Halo) ou negativa (efeito de Horn) de
uma pessoa para todos os itens da avaliação, sem fazer uma análise adequada de cada um dos fatores
separadamente. Se ele é bom em algo, automaticamente torna-se bom em tudo. Ou o contrário. È
permitir que a avaliação seja influenciada pela antipatia ou simpatia por alguém.
2. Tendência Central
Por medo ou insegurança, o avaliador deixa de atribuir notas muito baixas para não prejudicar o
avaliado; ou muito altas, para não ter que justificá-las no futuro.
3. Efeito de recenticidade
Por vezes, cada avaliador adota o seu próprio padrão de desempenho. Isso faz com que alguns
pareçam muitos complacentes, enquanto outros seriam rigorosos demais. Definir conjuntamente um
padrão de desempenho é essencial para reduzir essas características pessoais.
5. Erro de "primeira impressão"
Sabe aquela estória de que "a primeira impressão é a que fica"? Isso também acontece na
avaliação de desempenho. Nesse caso, o avaliador tem que tentar se concentrar no período atual, e não
O avaliador costuma ser mais favorável àqueles que se parecem consigo mesmo, seja pelas
características profissionais, pelos interesses pessoais, pela formação na mesma faculdade ou por
pertencer ao mesmo grupo social.
7. Erro de fadiga / rotina
Depois de preencher o 152º. questionário, ninguém consegue mais distinguir as diferenças entre
as pessoas. Não se deve preencher uma avaliação atrás da outra.
8. Incompreensão do significado dos fatores de avaliação
◼ GESTÃO DE PROCESSOS
Um processo é um conjunto ou sequência de atividades interligadas, com começo, meio e fim. Por
meio de processos, a organização recebe recursos do ambiente (trabalho humano, materiais, energia
e equipamentos) e os transforma em produtos, informações e serviços, que são devolvidos ao
ambiente.
Tipos de processos
Processos finalísticos/centrais (ou primários) são aqueles em função dos quais a organização
existe. Os processos finalísticos são produzidos pra o cliente externo, que reconhece a organização
em função deles.
Processos de apoio (ou secundários), que também podem ser chamados de processos de suporte
ou processos-meio, são aqueles que criam as condições necessárias para que os processos
finalísticos sejam realizados. Por exemplo, processos de limpeza do prédio, processos de aquisição de
computadores, processos de gestão de pessoas/recursos humanos etc. Inclusive, em algumas
✓ Subprocesso: é a parte que, inter-relacionada de forma lógica com outro subprocesso, realiza
um objetivo específico em apoio ao macroprocesso e contribui para a missão deste;
Rummler e Brache (1994) defendem que uma visão horizontal da organização permite ver como o
trabalho é realmente feito por processos que cortam fronteiras funcionais, mostrando os
relacionamentos internos entre cliente-fornecedor – por meio dos quais são produtos e serviços –
além de incluir os ingredientes que faltam aos organogramas: o cliente, o produto e o fluxo de
trabalho.
Existe uma diferença conceitual entre "gestão de processos" e "gestão por processos":
✓ gestão de processos: trata-se da maneira com que os processos existentes são gerenciados.
✓ gestão por processos: refere-se à organização em que toda a gestão é estruturada em função
dos processos.
A gestão por processos consiste em administrar as funções permanentes como elos de uma
corrente e não como departamentos isolados uns dos outros. O resultado é uma cadeia horizontal de
processos, em lugar da estrutura vertical da cadeia de comando. A horizontalização reformula o
modo de administrar as operações, integrando todas as funções envolvidas na solução de um
Os processos cruzam as fronteiras das áreas funcionais, que antes eram administradas como
departamentos isolados.
A gestão por processos também pode ser chamada de estrutura por processos. Na gestão por
processos, as pessoas não são vinculadas a unidades, e sim a processos de trabalho; os indicadores
de desempenho não são de projetos, nem de unidades, nem de programas, e sim de processos.
Trata-se de uma filosofia diferente de gerenciar uma organização, em que os processos são o foco de
organização do trabalho.
▪ Mapeamento de processos
Essa palavra mapear já causou muito desespero em concurseiro. Na verdade mapear nada mais é
do que definir, estabelecer. Por exemplo, quando dizemos que vamos mapear uma cidade, vamos
definir onde estão as ruas, avenidas, praças, lagos, rios etc. Pois mapear processos ou mapear
competências que é um assunto que geralmente cai com o conteúdo de gestão de pessoas, não é
muito diferente.
Ele pode ser entendido também como o conhecimento e a análise dos processos e seu
relacionamento com os dados, estruturados em uma visão top down, até um nível que permita sua
perfeita compreensão e obtenção satisfatória dos produtos e serviços, objetivos e resultados dos
processos.
Vantagens
3. Maior rapidez nas soluções: se a empresa conhece todos os seus processos, com os
procedimentos bem definidos, ela estará apta a identificar e solucionar os seus problemas mais
rapidamente;
4. Aumento nos resultados da empresa: quem conhece bem o seu negócio consegue alcançar
melhores resultados. Mas não basta apenas conhecer, é preciso também observar a maneira de
como alcançar esses resultados. E é justamente nesse "como" que os processos estão inseridos.
Para mapear e aperfeiçoar os processos nas empresas, é preciso pensar estrategicamente, gerar
uma ação contínua e indispensável para que os produtos e serviços sejam oferecidos ao mercado, de
acordo com as exigências sempre mutantes do cliente.
✓ Definição das fronteiras e dos clientes do processo, dos principais inputs e outputs e dos
atores envolvidos no fluxo de trabalho;
✓ Entrevistas com os responsáveis pelas várias atividades dentro do processo e estudo dos
documentos disponíveis;
✓ Criação de um modelo com base na informação adquirida e revisão passo a passo do modelo
seguindo a lógica do ciclo de "author-reader" (onde o "reader" pode ser tanto aqueles que
participam do processo como potenciais usuários do modelo).
O modelos gestão por processo é adequado para promover maior efetividade organizacional por
que há uma eliminação das barreiras dentro da empresa, possibilitando a visualização da organização
como um todo e uma maior inter-relação entre os diferentes agentes da cadeia de valor: cliente,
fornecedores e gestores do processo.
Um processo precisa ser analisado e aperfeiçoado de forma constante, para que possa agregar
cada vez mais valor à organização e consumir menos recursos (menos insumos, ser executado mais
rapidamente, exigir menos esforços das pessoas, necessitar de menos pessoas).
Um processo pode ficar estável ou pode passar por uma melhoria. A estabilidade também pode
ser chamada de rotina, que é o período no qual "os parâmetros de saída (especificações do produto,
produtividade, regularidade etc.) permanecem previsíveis e praticamente constantes". A melhoria é
a "mudança discreta de um processo, no qual os parâmetros de saída (especificações do produto,
produtividade, regularidade etc.) apresentam melhorias mensuráveis, de forma estável e
consistente, em relação a uma fase anterior"1. Outro conceito pertinente é o de modelagem de
processos. Modelagem é o momento de examinar os diversos aspectos do processo de trabalho de
maneira que possibilite a implementação de melhorias. Basicamente, a modelagem é a etapa em
que o processo é aperfeiçoado, e são incluídas, nas etapas do processo, as modificações definidas.
Durante os anos 90, emergiu uma nova ferramenta de redesenho de processos denominada
Reengenharia. É um método que busca modificar a empresa de uma forma radical, é o princípio da
folha em branco, iniciar do zero, por meio do redesenho dos processos.
▪ Modelagem de processos
Marciniuk (2001) define a Modelagem de processos como sendo a expressão de conceitos que
permite que cada organização compreenda e contribua para o seu próprio desenvolvimento. Os
modelos tornam-se valiosos à medida que os processos e produtos de uma organização são
modelados e disponibilizados para conhecimento de todos envolvidos no processo.
Para Ehrlich (1999, p.11) os modelos são apoio às decisões. Os modelos respondem a
problemáticas específicas. Apesar disso, eles são bastante flexíveis para se adaptar a situações que
não correspondem à sua vocação primeira. Todos permitem lidar com situações complexas e
incorporar os elementos de risco, apesar de o fazerem de modos bem distintos.
✓ eliminação de erros;
✓ minimização de atrasos;
✓ promoção do entendimento;
Cada uma destas fases tem objetivos básicos, os quais são alcançados após a execução de um
conjunto de atividades. Os objetivos destas fases estão foram resumidas por Neres (1998) conforme
quadro abaixo:
Pinto (1993) e Monteiro (1994) adaptaram a proposta de Harrington (APE) e desenvolveram outra
metodologia que vem sendo aplicada e garantindo bons resultados.
Identificar e descrever clientes internos, saídas, entradas e objetivos dos subprocessos. Mapear o
fluxo de atividades e informações e identificar os recursos utilizados nos diferentes subprocessos.
✓ Definição do processo.
1. Organização do trabalho;
3. Mapeamento do processo;
4. Estabelecer as prioridades.
✓ Análise do processo.
1. Benchmarking;
2. Alternativas de soluções;
3. Aprovação.
✓ Melhoria do processo.
1. Teste de solução;
2. Gerenciamento de processos.
O principal objetivo da IBM (1990) com esta metodologia é a melhoria contínua junto aos
processos de atendimento aos seus clientes.
▪ Fluxogramação
Há vantagens na utilização dos fluxogramas. Segundo Cury (2000), podemos citar como principais:
✓ Facilitar a localização das deficiências, pela fácil visualização dos passos, transportes,
operações, formulários etc.;
✓ Rápido entendimento de qualquer alteração que se proponha nos sistemas existentes, por
mostrar claramente as modificações introduzidas.
Os símbolos utilizados nos fluxogramas têm por objetivo evidenciar a origem, processo e destino
da informação escrita e/ou verbal componente de um sistema administrativo. Por outro lado,
salienta-se que existe uma tendência cada vez mais generalista para a padronização dos símbolos
convencionais que representam elementos ou situações correntes.
Simbologia
É possível utilizar símbolos diferentes dos convencionais desde que não ofereçam dificuldade de
compreensão para o leitor e desde que sejam definidos previamente. Esta situação é decorrente das
características específicas de alguns sistemas que exigem flexibilidade. Contudo, os símbolos mais
comuns se desenvolveram e tiveram a sua utilização ampliada de tal maneira que chegaram a
constituir uma linguagem corrente entre os usuários.
Os softwares atualmente em uso para desenhar os fluxogramas são: Visio Standard, PowerPoint,
FlowChart e Process Chart.
Outro termo em moda nas provas, este em inglês, é workflow, cuja tradução ao "pé da letra" é
fluxo de trabalho. Trata-se de software, ou conjunto de softwares, que permite organizar,
automatizar e gerenciar o fluxo de processos, com ênfase em seus documentos.
O workflow possui, basicamente, quatro prioridades que o caracterizam e diferenciam das demais
técnicas de estudo dos processos:
Então fica bem simples compreender a situação. O Governo parou para pensar e disse: “A
instituição privada tem recursos mais limitados que os meus, satisfaz as necessidades dos seus clientes,
paga as suas contas e ainda consegue obter lucro. Já eu, não consigo atender as necessidades do meu
cidadão (cliente), estou endividado e ainda tenho prejuízos. Tem alguma coisa errada nisso”.
Então, plim, veio uma ideia maravilhosa: “Vou utilizar os conceitos, princípios e teorias da
Instituição Privada na Instituição Pública”.
E é aí que entra a Administração em concurso.
OBSERVAÇÃO: O gestor privado pode fazer tudo o que a lei não proíbe; o gestor público só
pode fazer o que a lei permite. Na gestão privada, eventualmente, um acionista pode ser cliente dos
serviços de sua própria organização; na gestão pública o cliente é sempre “acionista” da organização
pública que lhe presta serviço. A gestão pública e a gestão privada têm, cada uma, uma missão, cuja
finalidade é dar foco e coerência às ações dessas organizações e determinar o seu campo de atuação.
▪ Disfunções da Burocracia
Perrow afirmava que o tipo ideal de Weber nunca é alcançado, porque as organizações são
essencialmente sistemas sociais, feito de pessoas, e as pessoas não existem apenas para as
organizações. Estas têm interesses independentes e levam para dentro das organizações em que
trabalham toda a sua vida externa. Além disso, a organização burocrática que Weber idealizou parece
servir melhor para lidar com tarefas estáveis e rotinizadas. Não trata as organizações dinâmicas, para as
quais a mudança é constante, somente as organizações mecanicistas, orientadas basicamente para as
atividades padronizadas e repetitivas. Perrow apontou quatro disfunções da burocracia:
✓ PARTICULARISMO: as pessoas levam para dentro das organizações os interesses do grupo de que
participam fora dela.
✓ SATISFAÇÃO DE INTERESSES PESSOAIS: utilização da organização para fins pessoais do funcionário.
✓ EXCESSO DE REGRAS: as burocracias exageram na tentativa de regulamentar tudo o que for possível
a respeito do comportamento humano, criando regras em excesso e muitos funcionários ficam
encarregados de fiscalizar o cumprimento das mesmas.
✓ HIERARQUIA: para Perrow seria a negação da autonomia, liberdade, iniciativa, criatividade,
dignidade e independência. Seria a maior responsável pela resistência às mudanças, as quais
atrapalham o comodismo dos que estão no topo da hierarquia.
Merton também critica o modelo weberiano que, em sua opinião, negligencia o peso do fator
humano e não são racionais como ele retrata. Para ele, as principais disfunções da burocracia são:
✓ EXAGERADO APEGO AOS REGULAMENTOS E SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E
PROCEDIMENTOS: as regras passam a se transformar de meios em objetivos. O funcionário esquece
que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade racional. Trabalha em
função do regulamento e não em função dos objetivos organizacionais.
✓ EXCESSO DE FORMALISMO E PAPELÓRIO: devido à necessidade de se documentar por escrito todas
as comunicações e procedimentos.
Questão comentada
No que se refere à evolução da administração pública no Brasil, julgue os itens seguintes.
A administração pública gerencial preserva o controle de procedimentos apregoado pela burocracia,
incrementando-o com indicadores de desempenho.
Errada. O principal controle da Administração Gerencial é o dos resultados, o posteriori. Os indicadores
de desempenho servem para medir os resultados das ações do governo, como a eficiência, eficácia,
efetividade, excelência, economicidade e execução.
▪ O Paradigma Pós-Burocrático
O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da
descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas,
descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do
rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, a recompensa pelo desempenho e a
capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se
os princípios da orientação para o cidadão-cliente; do controle por resultados, e da competição
administrada.
No presente momento, uma visão realista, da reconstrução do aparelho do Estado em bases
gerências deve levar em conta a necessidade de equacionar as assimetrias de correntes da persistência
de aspectos patrimonialistas na administração contemporânea, bem como dos excessos formais e
anacronismos do modelo burocrático tradicional. Para isso, é fundamental ter clara a dinâmica da
administração racional-legal ou burocrática. Não se trata simplesmente de descartá-la, mas sim de
considerar os aspectos em que está superada e as características que ainda se mantêm válidas como
formas de garantir efetividade à administração pública.
O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quando, através da definição
clara de objetivos para cada unidade da administração, da descentralização, da mudança de estruturas
organizacionais e da adoção de valores e de comportamentos modernos no interior do Estado, se
revelou mais capaz de promover o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços sociais oferecidos
pelo setor público.
▪ O Retrocesso de 1988
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
As ações rumo a uma administração pública gerencial, são, entretanto, paralisadas na transição
democrática de 1985 que, embora representasse uma grande vitória democrática, teve como um de
seus custos mais surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das
delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. Um novo populismo
patrimonialista surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente
pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que favorecera seu
crescimento excessivo.
A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso burocrático sem
precedentes. Sem que houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um
surpreendente engessamerjto do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e para as
próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo
estratégico do Estado. A nova Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para
tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico único para os
servidores civis da União, dos Estados-membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a
sua flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas normas de funcionamento
idênticas às que regem a administração direta.
Este retrocesso burocrático foi em parte uma reação ao clientelismo que dominou o país naqueles
anos. Foi também uma consequência de uma atitude defensiva da alta burocracia que, sentindo-se
injustamente acusada decidiu defender-se de forma irracional.
O retrocesso burocrático não pode ser atribuído a um suposto fracasso da descentralização e da
flexibilização da administração pública que o Decreto-Lei no 200 teria promovido. Embora alguns abusos
tenham sido cometidos em seu nome, seja em termos de excessiva autonomia para as empresas
estatais, seja em termos do uso patrimonialista das autarquias e fundações (onde não havia a exigência
de processo seletivo público para a admissão de pessoal), não é correto afirmar que tais distorções
possam ser imputadas como causas do mesmo. Na medida em que a transição democrática ocorreu no
Brasil em meio à crise do Estado, essa última foi equivocadamente identificada pelas forças
democráticas como resultado, entre outros, do processo de descentralização que o regime militar
procurara implantar. Por outro lado, a transição democrática foi acompanhada por uma ampla
campanha contra a estatização, que levou os constituintes a aumentar os controles burocráticos sobre
as empresas estatais e a estabelecer normas rígidas para a criação de novas empresas públicas e de
subsidiárias das já existentes.
Afinal, geraram-se dois resultados: de um lado, o abandono do caminho rumo a uma
administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática clássica;
de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios,
que não se coadunam com a própria administração pública burocrática. Como exemplos temos a
estabilidade rígida para todos os servidores civis, diretamente relacionada à generalização do regime
estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias, a aposentadoria com proventos in-
tegrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribuição do servidor.
Todos estes fatos contribuíram para o desprestígio da administração pública brasileira, não
obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros são majoritariamente competentes,
honestos e dotados de espírito público. Estas qualidades, que eles demonstraram desde os anos 1930,
quando a administração pública profissional foi implantada no Brasil, foram um fator decisivo para o
papel, estratégico que o Estado jogou no desenvolvimento económico brasileiro.
▪ Os Setores do Estado
No aparelho do Estado, é possível distinguir quatro setores:
▪ Núcleo Estratégico
Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que define as leis e as políticas públicas, e
cobra o seu cumprimento. É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde
aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder executivo, ao Presidente da
República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e
formulação das políticas públicas.
▪ Atividades Exclusivas
É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se
exerce o poder extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos,
temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de
desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de
serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de
emissão de passaportes etc.
▪ Qualidade do Governo
O marco de referência para essa reestruturação de qualidade do Estado, de modo a torná-lo mais
eficiente e transparente quanto ao uso dos recursos públicos, e mais eficaz quanto aos resultados de
suas ações em termos de prestação de serviços de interesse coletivo foi o lançamento do bestseller
“Reinventando o Governo”, de autoria de David Osborne e Ted Gaebler nos EUA em 1994. Os autores
propõem um receituário estratégico, organizado em torno de dez princípios básicos, voltado para a
reinvenção do governo, ou seja, um novo paradigma de Estado. Vamos tentar resumir os dez princípios:
➢ governo catalisador: aquele que escolhe “navegar em vez de remar”; o que em outras palavras,
significa um governo que é forte porque se limita a decidir e a dirigir, deixando a execução para
outrem.
➢ participação da população no governo: mediante a transferência do poder decisório da burocracia
para as comunidades, de tal maneira que elas possam ser co-responsáveis com o governo pelo
controle dos serviços públicos.
➢ competição nos serviços públicos: a competição não deve ocorrer apenas entre os setores público e
privado, mas também entre os próprios órgãos públicos, pois a competição sadia estimula a inovação
e o aumento da eficiência.
➢ governo orientado por missões: em contraposição às organizações públicas rigidamente dirigidas por
normas e regulamentos, as organizações orientadas por missões são mais racionais, eficazes,
criativas, têm maior flexibilidade operativa e moral mais elevado.
➢ governo de resultados: no qual se privilegiam os resultados a atingir e não simplesmente os recursos.
➢ ênfase no cliente: consiste em aproximar os órgãos governamentais dos usuários de serviços
públicos, de modo a identificar os seus anseios e incorporar as críticas, a fim de moldar a prestação
de serviços conforme as suas reais necessidades.
▪ Gerencialismo Puro
Em um primeiro momento, o gerencialismo focou na eficiência, a qualquer preço, considerando o
cidadão como um contribuinte (tax payer), ou seja, é aquele que banca o governo.
A Emenda Constitucional 19/98 é a marca legal da introdução da Administração Gerencial no Brasil.
O grande foco dessa fase era corrigir os problemas que vieram da burocracia, por meio da redução de
gastos públicos e do aumento da produtividade do setor público, ou seja, buscava-se a eficiência
governamental.
Características do Gerencialismo Puro
• aplicação de conhecimentos/teorias oriundas da iniciativa privada;
• foco na administração voltada para a mudança de cultura no setor público;
• corte de custos, redução salarial, demissões, racionalização de processos, etc.
Vejamos os problemas/críticas da primeira fase do gerencialismo.
▪ Consumerism
No consumerism, a preocupação estende-se para a qualidade (efetividade). O usuário do serviço
público agora é visto como um cliente/consumidor, em alusão aos termos utilizados nas empresas. A
satisfação do cliente vira o foco e a qualidade do serviço a ferramenta principal. A ideia era fazer com
que o setor público ficasse mais ágil e competitivo, descentralizando serviços, implantando inovações
para o atendimento ao público, incentivando a competição entre os órgãos públicos. Sobre a
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
descentralização, convém demonstrarmos como ela é realizada na Administração Pública brasileira.
O controle no gerencialismo, como vimos, enfatiza os resultados, ao invés de destacar os gastos
como fazia a burocracia weberiana implantada por Getúlio Vargas em meados de 1930. Passando o
resultado a ser o centro das atenções, é preciso demonstrar meios para se trabalhar com resultados,
modernizando o serviço público.
Antes de entrarmos no assunto de excelência nos serviços públicos, preciso que você domine
alguns conceitos de qualidade e os priciupais teóricos.
Qualidade é hoje uma palavra chave muito difundida nas empresas: fácil de falar e difícil de fazer.
Ao mesmo tempo, existe pouco entendimento do que vem a ser qualidade.
A definição da qualidade possui uma extrema diversidade de interpretação, dada por diversos
autores, que procuram dar uma definição simples para que seja assimilável a todos os níveis das
organizações. Precisa, para não gerar interpretações duvidosas; e abrangente, para mostrar sua
importância em todas as suas atividades produtivas.
O conceito de qualidade apresentado pelas principais autoridades da área são as seguintes:
(JURAN, 1992:9) "Qualidade é ausência de deficiências", ou seja, quanto menos defeitos, melhor a
qualidade.
(FEIGENBAUM, 1994:8) "Qualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda
a série de fatores relacionados com marketing, projetos, engenharia, produção e manutenção, que
exercem influência sobre a satisfação do usuário."
(CROSBY, 1986:31) "Qualidade é a conformidade do produto às suas especificações." As
necessidades devem ser especificadas, e a qualidade é possível quando essas especificações são
obedecidas sem ocorrência de defeito.
(DEMING, 1993:56) "Qualidade é tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente".
Deming associa qualidade à impressão do cliente, portanto não é estática. A dificuldade em definir
qualidade está na renovação das necessidades futuras do usuário em características mensuráveis, de
forma que o produto possa ser projetado e modificado para dar satisfação por um preço que o usuário
possa pagar.
(ISHIKAWA, 1993;43) "Qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de
qualidade que é mais econômico, mais útil e sempre satisfatório para o consumidor."
Qualidade são as características do produto e do serviço que atendem as necessidades dos clientes.
Os Períodos ou Eras da Qualidade
A gestão da qualidade é um tema dinâmico, que foi se modificandoao longo do tempo, fruto de
sua interação com a sociedade. Logo, assimcomo a sociedade, a gestão da qualidade evoluiu, buscando
atender aosanseios da população. Nesse contexto, vejamos as classificações para osdiversos períodos ou
eras da qualidade:
1. Inspeção– a garantia da qualidade era certificada através docontrole em massa de 100% dos
produtos, ocorrendo ocontrole por amostragens em casos muito específicos, semuma estruturação
adequada. Essa técnica era possível, pois amaioria dos produtores eram artesãos e as empresas
nãotinham uma grande capacidade de produção. Nesse período, ocontrole da qualidade limitava-se à
inspeção e às atividadesrestritas, como contagem, classificação pela qualidade ereparos.
2. Controle estatístico da qualidade– surgiu em meados de1931, tendo como referência Walter
Andrew Shewhart, que deuum caráter científico à prática da busca da qualidade. Nesseperíodo, o
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
controle da qualidade no processo produtivo passa aocorrer mediante procedimentos estatísticos,
utilizandomecanismos como a amostragem. Porém, assim como na erada inspeção, a qualidade ainda
era pensada de formasistêmica, com envolvimento de todos.
3. Garantia da qualidade– surge após a II Guerra Mundial,tendo como referência William Edwards
Deming e Joseph M.Juran. A proposta passa a ser por uma preocupação com aqualidade desde o projeto
de desenvolvimento, envolvendotodos os funcionários, de todos os níveis hierárquicos, além
defornecedores e clientes. A ideia é manter e aperfeiçoar astécnicas clássicas da qualidade.
4. Gestão estratégica da qualidade (gestão da qualidade total)–nas últimas duas décadas, a
qualidade passa a seruma preocupação estratégica da organização, incorporando eampliando as
propostas que surgiram nos anos 50. Contudo, nesse momento, a preocupação com a qualidade envolve
todosos pontos do negócio, sendo fator elementar na manutençãodas atividades da empresa.
Qualidade Total
Após passarmos por toda essa evolução da qualidade, podemos falarda qualidade nos dias atuais.
Chiavenato (2011, p. 549) faz umimportante resumo das definições de importantes cientistas do mundo
daqualidade, vejamos:
A qualidade total é uma decorrência da aplicação da melhoriacontínua. A palavra qualidade tem
vários significados. Qualidade éo atendimento das exigências do cliente. Para Deming, aqualidade deve
ter como objetivo as necessidades dos usuários,presentes e futuras. Para Juran, representa a adequação
àfinalidade e ao uso. Para Crosby, é a conformidade com asexigências. Feigenbaum diz que ela é o total
das característicasde um produto ou serviço referentes a marketing, engenharia,manufatura e
manutenção, pelas quais o produto ou serviço,quando em uso, atenderá às expectativas do cliente.
Ainda nesse sentido, a norma ISO 9000 define qualidadecomo ―atotalidade de características de
um ente (organização, produto, processos, etc.) que lhe confere a capacidade de satisfazer às
necessidadesimplícitas dos cidadãos.
Perceba que o conceito de qualidade total implica no atendimento àsnecessidades do cliente.
Contudo, vai além, pois com a incorporaçãode práticas de qualidade, a organização deverá diminuir os
custos deprodução, fruto da eliminação do desperdício. Com isso, aumenta-se aeficiência e, por fim, os
lucros da empresa.
Ademais, a gestão da qualidade total(Total Quality Management –TQM) atribui às pessoas, e não
somente aos gerentes e dirigentes, aresponsabilidade pelo alcance dos padrões de qualidade. Nessa
Folha de verificação
De acordo com o exemplo acima, podemos perceber que a produção do biscoito tipo waffer vem
diminuindo semana a semana, o que pode ou não, ser indício de um problema. Portanto, a folha de
verificação tem grande aplicação para levantamento e verificação de dados e fatos.
Na administração da qualidade, não é possível tomar decisões acertadas ou propor planos de
melhoria com base apenas em suposições e argumentos que não estejam fundamentadas em fatos e
dados. Por exemplo, quando um funcionário comenta que o serviço de entrega está ruim, não é possível
saber se isso é fato ou opinião, não suportada por qualquer evidência objetiva. Mas, se o funcionário
informa que, de acordo com levantamento realizado, das 1500 entregas feitas no mês de setembro,
foram registradas 50 reclamações de clientes, o que significa que para cada 30 entregas, uma entrega
apresentou problema, ele está comprovando um fato para que uma decisão seja tomada. Mas, para
dispor desses dados, é necessário que eles tenham sido coletados. Daí a importância das folhas de
verificação: elas possibilitam a coleta dos dados e a sua disponibilidade (são evidências objetivas) para
análise e solução de eventuais problemas.
Sobre os fatos é que devem se basear as decisões empresariais, levando-se em conta a melhoria
da qualidade de produtos, processos produtivos e serviços. As opiniões devem ser motivadoras e
capazes de proporcionar as evidências objetivas onde as decisões precisam se apoiar.
2. Gráfico de Pareto (método 80/20 – prioriza problemas)
O diagrama ou gráfico de Pareto é assim definido no Japão segundo Karatsuand Ikeda ( 1985: 25):
"É um diagrama que apresenta os itens e a classe na ordem dos números de ocorrências, apresentando
a soma total acumulada." Nos permite visualizar diversos elementos de um problema auxiliando na
determinação da sua prioridade.
É representado por barras dispostas em ordem decrescente, com a causa principal vista do lado
esquerdo do diagrama, e as causas menores são mostradas em ordem decrescente ao lado direito. Cada
barra representa uma causa exibindo a relevante causa com a contribuição de cada uma em relação à
total.
É uma das ferramentas mais eficientes para encontrar problemas. Para traçar, deve ser repetida
várias vezes para cada um dos problemas levantados, tomando os itens prioritários como problemas
novos.
4. Histograma
São gráficos de barras que mostram a variação sobre uma faixa específica. JURAN (1989). O
histograma foi desenvolvido por Guerry em 1833 para descrever sua análise de dados sobre crime.
Desde então, os histogramas tem sido aplicados para descrever os dados nas mais diversas áreas.
"É uma ferramenta que nos possibilita conhecer as características de um processo ou um lote de
produto permitindo uma visão geral da variação de um conjunto de dados." ROSALES (1994:52).
A maneira como esses dados se distribuem contribui de uma forma decisiva na identificação dos
dados. Eles descrevem a frequência com que variam os processos e a forma de distribuição dos dados
como um todo. PALADINI (1994).
8. Enxugamento (downsizing)
A qualidade total representa uma revolução na gestão da entidade, por que os antigos
Departamentos de Controle de Qualidade (DCQ) e os sistemas formais de controle é que detinham e
centralizavam totalmente essa responsabilidade. A qualidade total provocou o enxugamento
(downsizing) dos DCQs e sua descentralização para o nível operacional. O downsizing promove redução
de níveis hierárquicos e enxugamento organizacional para reduzir as operações ao essencial (core
business) do negócio e transferir o acidental para terceiros que saibam fazê-lo melhor e mais barato
(terceirização). O enxugamento substitui a antiga cultura baseada na desconfiança - que alimentava um
contingente excessivo de comandos e de controles - para uma nova cultura que incentiva a iniciativa das
pessoas.O policiamento externo é substituído pelo comprometimento e autonomia das pessoas, além
do investimento em treinamento para melhorar a produtividade.
9. Terceirização (outsourcing)
A terceirização ocorre quando uma operação interna da organização é transferida para outra
organização que consiga fazé-la melhor e mais barato. As organizações transferem para outras
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
organizações atividades como malotes, limpeza e manutenção de escritórios e fábricas, serviços de ex-
pedição, guarda e vigilância, refeitórios etc. Por essa razão, empresas de consultoria em contabilidade,
auditoria, advocacia, engenharia, relações públicas, propaganda etc., representam antigos
departamentos ou unidades organizacionais tercerizados para reduzir a estrutura organizacional e dotar
a organização de maior agilidade e flexibilidade. A terceirização representa uma transformação de
custos fixos em custos variáveis. Na prática, uma simplificação da estrutura e do processo decisório das
organizações e uma focalização maior no core business e nos aspectos essenciais do negócio.
O tempo de ciclo refere-se às etapas seguidas para completar um processo, como ensinar o
programa a uma classe, fabricar um carro ou atender a um cliente. A simplificação de ciclos de trabalho,
a queda de barreiras entre as etapas do trabalho e entre departamentos envolvidos e a remoção de
etapas improdutivas no processo permite que a qualidade total seja bem-sucedida. O ciclo operacional
da organização torna-se mais rápido e o giro do capital mais ainda. A redução do ciclo operacional
permite a competição pelo tempo, o atendimento mais rápido do cliente, etapas de proclução mais
encadeadas entre si, queda de barreiras e obstáculos intermediários. Os conceitos de fábrica enxuta e
just-in-lime (JIT) são baseados no ciclo de tempo reduzido.
11. Reengenharia
A reengenharia foi uma reação ao colossal abismo existente entre as mudanças ambientais
velozes e intensas e a total inabilidade das organizações em ajustar-se a essas mudanças. Para reduzir a
enorme distância entre a velocidade das mudanças ambientais e a permanência das organizações
tratou-se de aplicar um remédio forte e amargo. Reengenharia significa fazer uma nova engenharia da
estrutura organizacional. Representa uma reconstrução e não simplesmente uma reforma total ou
parcial da empresa. Não se trata de fazer reparos rápidos ou mudanças cosméticas na engenharia atual,
mas de fazer um desenho organizacional totalmente novo e diferente. A reengenharia se baseia nos
processos empresariais e considera que eles é que devem fundamentar o formato organizacional. Não
se pretende melhorar os processos já existentes, mas a sua total substituição por processos
inteiramente novos. Nem se pretende automatizar os processos já existentes. Isso seria o mesmo que
sofisticar aquilo que é ineficiente ou buscar uma forma ineficiente de fazer as coisas erradas. Nada de
pavimentar estradas tortuosas, que continuam tortas apesar de aparentemente novas, mas construir
novas estradas modernas e totalmente remodeladas. A reengenharia não se confunde com a melhoria
contínua: pretende criar um processo inteiramente novo e baseado na TI e não o aperfeiçoamento gra-
dativo e lento do processo atual.
3. Drástica. A reengenharia joga fora tudo o que existe atualmente na empresa. Destrói o antigo e
busca sua substituição por algo inteiramente novo. Não aproveita nada do que existe!
4. Processos. A reengenharia reorienta o foco para os processos e não mais para as tarefas ou
serviços, nem para pessoas ou para a estrutura organizacional. Busca entender o "quê" e o "porquê" e
não o "como" do processo.
A reengenharia está preocupada em fazer cada vez mais com cada vez menos. Seus três
componentes são: pessoas, TI e processos. Na verdade, a reengenharia focaliza os processos
organizacionais. Um processo é o conjunto de atividades com uma ou mais entradas e que cria uma
saída de valor para o cliente. As organizações estão mais voltadas para tarefas, serviços, pessoas ou
estruturas, mas não para os seus processos. Ninguém gerencia processos. Na realidade, as organizações
são constituídas de vários processos fragmentados que atravessam os departamentos funcionais sepa-
rados como se fossem diferentes feudos. Melhorar apenas tais processos não resolve. A solução é
focalizar a empresa nos seus processos e não nos seus órgãos. Daí, virar o velho e tradicional
organograma de cabeça para baixo. Ou jogá-lo fora. A reengenharia trata de processos.
4. Os papéis das pessoas deixam de ser moldados por regras e regulamentos internos para a
plena autonomia, liberdade e responsabilidade.
7. Os valores sociais, antes protetores e visando à subordinação das pessoas às suas chefias,
agora passam a ser produtivos e visando à orientação das pessoas para o cliente, seja ele interno ou
externo.
A reengenharia nada tem a ver com a tradicional departamentalização por processos. Ela
simplesmente elimina departamentos e os substitui por equipes.Apesar de estar ligada a demissões em
massa devido ao consequente downsizing e à substituição de trabalho humano pelo computador, a
reengenharia mostrou a importância dos processos horizontais das, organizações e do seu tratamento
racional.
12. Benchmarking
O benchmarking foi introduzido em 1979 pela Xerox, como um "processo contínuo de avaliar
produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e daquelas empresas que são reconhecidas
como líderes empresariais".Spendolini agrega que o benchmarking é um processo contínuo e
sistemático de pesquisa para avaliar produtos, serviços, processos de trabalho de empresas ou
organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com o propósito de
aprimoramento orga- nizacional. Isso permite comparações de processos e práticas administrativas
entre empresas para identificar o "melhor do melhor" e alcançar um nível de superioridade ou
vantagem competitiva. O benchmarking encoraja as organizações a pesquisar os fatores-chave que
influenciam a produtividade e a qualidade. Essa visualização pode ser aplicada a qualquer função como
produção, vendas, recursos humanos, engenharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuição etc. o que
produz melhores resultados quando implementado na empresa como um todo.
1. Conhecer suas operações e avaliar seus pontos fortes e fracos. Para tanto, deve documentar os
passos e práticas dos processos de trabalho, definir medidas de desempenho e diagnosticar suas
fragilidades.
As pessoas que executam trabalhos interessantes e desafiadores estão mais satisfeitas com eles
do que as que executam tarefas repetitivas e rotineiras. Os resultados do trabalho aumentam quando
estão presentes três estados psicológicos críticos nas pessoas que o executam, a saber:
14. Brainstorming
4. Quanto menor o senso crítico e a censura íntima, mais criativas e inovadoras serão as ideias.
O brainstorming elimina totalmente qualquer tipo de regra ou limitação, mas se assenta nos
seguintes aspectos:
15. histogramas
Histograma é uma representação gráfica da distribuição de frequências de a massa de
medições, normalmente um gráfico de barras verticais.
16. Fluxograma
Fluxograma é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma representação esquemática
de um processo, muitas vezes feito através de gráficos que ilustram de forma descomplicada a transição
de informações entre os elementos que o compõem. Podemos entendê-lo, na prática, como a
documentação dos passos necessários para a execução de um processo qualquer. É uma das Sete
ferramentas da qualidade. Muito utilizada em fábricas e industrias para a organização de produtos e
processos.
5W 2H
Por
O que Por que Quand quem Como
Onde Quanto
será será o será será será
será custará
feito feito feito feito feito
feito fazer
(etapas (justific (tempo (respon (métod
(local) (custo)
) ativa) ) sabilida o)
de)
Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta, o 5W1H (onde exclui-se o “H”
referente ao “Howmuch”) e o mais recente 5W3H (onde inclui-se o “H” referente ao “Howmany”, ou
Quantos). Todas elas podem ser utilizadas perfeitamente dependendo da necessidade do gestor,
respeitando sempre as características individuais, e todas já foram cobradas em prova.
Processo Decisório
De forma sintética, o processo decisório representa a sequência de passos necessários para
analisar e escolher as alternativas para determinado problema.
Podemos apresentar cinco passos principais do processo decisório:
✓ Identificação do problema ou oportunidade: é a fase em que se percebe que o
problema está ocorrendo e que é necessário tomar uma decisão;
✓ Diagnóstico: consiste em procurar entender o problema ou oportunidade e
identificar suas causas e consequências. Há algumas técnicas que podem ser utilizadas para
analisar os problemas de forma sistemática, estudando suas causas, consequências e
prioridades, a exemplo do diagrama de causa e efeito e do princípio de Pareto;
✓ Geração de alternativas: em algumas situações, será necessário criar alternativas
para solucionar o problema, utilizando ferramentas específicas, como o brainstorming
(tempestade de ideias);
✓ Escolha de uma alternativa viável: nesse momento, as decisões devem ser
avaliadas, julgadas e comparadas para, então, escolher a alternativa mais adequada para
solucionar o problema;
✓ Avaliação da decisão: após implementar a decisão, torna-se necessário avaliar os
seus efeitos. Assim, inicia-se um novo ciclo, que pode gerar outras decisões ou processos de
resolver problemas.
O Ambiente da Tomada de Decisão
Assim, as condições para a tomada de decisão envolvem a certeza, a incerteza, o risco e a
ambiguidade.
➢ Certeza: situação na qual toda a informação necessária para a tomada de decisão
se encontra disponível. Seria o caso em que a pessoa que decide possui todas as informações
De início, temos que entender o conceito do termo “Projeto” no contexto da administração e da gestão
pública, já que esse termo também é utilizado em outras áreas do conhecimento (projeto de lei, por exemplo).
O guia do PMBOK (publicação oficial do Instituto Internacional que define as regras de gerenciamento de
Projetos, o PMI – Project Management Institute) dá uma definição bastante simples, projeto é “um esforço
temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”.
Outras definições:
Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com
início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de
parâmetros pré-definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade. (RICARDO VIANA VARGAS)
Projeto é um conjunto de ações, executado de maneira coordenada por uma organização transitória, ao qual são
alocados os insumos necessários para, em certo prazo alcançar ou superar expectativas e necessidades do cliente.
(BOENTE)
Vejamos então as principais características de um projeto:
1. FINITUDE: possui início, meio e fim. Atenção, pois o fim de um projeto não é apenas atingido quando os
objetivos são alcançados. Um projeto também pode ser finalizado quando se chega à conclusão de que não será
possível atingir os objetivos estabelecidos ou quando se percebe que o projeto não é mais necessário. Além disso,
a característica de temporalidade não quer dizer que os projetos têm curta duração. Pelo contrário, muitos
projetos duram anos. O que é importante fixar é que, em todos os casos, a duração de um projeto é finita.
Projetos não são esforços contínuos.
Uma observação importante a fazer é que “geralmente o termo temporário não se aplica ao produto, serviço ou
resultado criado pelo projeto. A maioria dos projetos é realizada para criar um resultado duradouro”.
2. FOCO: Tem um objetivo claro e definido. Para minimizar as incertezas de um projeto, a definição clara do que
se espera é essencial. Todo o planejamento do projeto será estruturado com base no objetivo a ser atingido. E
só é possível dizer se o projeto foi um sucesso ou não se os objetivos foram definidos e divulgados de maneira
clara a todas as partes envolvidas, para que a comparação do resultado alcançado com o resultado esperado seja
real.
3. SINGULARIDADE:Visa à criação de um produto, serviço ou resultado ÚNICO, com características exclusivas,
mesmo que haja similares, ou que projetos parecidos se repitam de tempos em tempos. Por exemplo, digamos
que uma associação médica promova um congresso anual, cada vez numa cidade diferente. Apesar de todos os
anos o congresso acontecer, cada evento será um projeto diferente e único, com resultados exclusivos.
4. LIMITES:Possui parâmetros de custo, recursos, qualidade e tempo. Todo projeto possui restrições, sejam elas
de ordem orçamentária, de pessoal, de critérios específicos de aceitação do produto etc.
5. INCERTEZA:Como um projeto visa ao desenvolvimento de algo único e novo, sempre há um componente de
incerteza, em menor ou maior grau, na sua execução. Para buscar minimizar tais incertezas, o planejamento e o
controle devem ser realizados de maneira muito cuidadosa, com análises de risco e viabilidade, de acordo com o
tipo de projeto.
6. ELABORAÇÃO PROGRESSIVA:significa desenvolver em etapas e continuar por incrementos. Por exemplo, o
escopo do projeto será descrito de maneira geral no início do projeto e se tornará mais explícito e detalhado
Projetos X Operações
• Semelhanças:
✓ Realizado por pessoas;
✓ Recursos limitados;
✓ Planejado, executado e controlado.
• Diferenças:
✓ Operações são contínuas e repetidas; Projetos são temporários e exclusivos;
✓ Projetos atingem seus objetivos e terminam; operações adotam um novo conjunto de objetivos e
continuam.
Gerenciamento de Projetos
O PMI e o PMBOK
Vamos conhecer agora a instituição que é a maior referência em gestão de projetos atualmente e a referência
bibliográfica mais famosa e mais cobrada em concursos nessa área.
O PMI - Project Management Institute - foi criado em 1969 na Pensilvânia, Estados Unidos, com o objetivo de ser
uma instituição que padronizasse termos e conceitos e divulgasse os conhecimentos em gerência de projetos.
Em 1990, o PMI publicou o “A Guidetothe Project Management BodyofKnowledge (PMBOK Guide)”, um guia que
abrange as áreas do conhecimento que regem as regras do gerenciamento de projetos. Este guia se tornou a
publicação central do PMI, sendo aceita, desde 1999, como padrão de gerenciamento de projetos pelo ANSI
(American NationalStandartsInstitute).
Hoje, o PMI compartilha seus padrões técnicos com a comunidade internacional de Gerência de Projetos por
meio de mais de 200.000 associados em 125 países, praticando e estudando o Gerenciamento de Projetos nas
mais diferentes atividades, incluindo a indústria aeroespacial, automotiva, gerenciamento de negócios,
engenharia de construções, serviços financeiros, tecnologia da informação, farmacêutica e telecomunicações.
O principal objetivo do Guia PMBOKé identificar o subconjunto do Conjunto de conhecimentos em
gerenciamento de projetos que é amplamente reconhecido como boa prática. “Amplamente reconhecido”
significa que o conhecimento e as práticas descritas são aplicáveis à maioria dos projetos na maior parte do
tempo, e que existe um consenso geral em relação ao seu valor e sua utilidade. “Boa prática” significa que existe
acordo geral de que a aplicação correta dessas habilidades, ferramentas e técnicas podem aumentar as chances
de sucesso em uma ampla série de projetos diferentes.
Segundo Maximiano, o Guia PMBOK é o documento que sistematiza o campo da administração de projetos,
identificando e definindo os principais conceitos e técnicas que as pessoas envolvidas e interessadas nesse campo
devem dominar.
Os ciclos de vida do projeto sao independentes dos ciclos de vida do produto que possa resultar de um
projeto. O ciclo de vida de um produto e a serie de fases que representam a evolucao de um produto, da
sua concepcao a entrega, crescimento, maturidade e descontinuação.
• Início do projeto
• Organização e preparação
• Execução do trabalho
• Terminar o projeto
Partes interessadas no projeto ou Stakeholders são pessoas e organizações ativamente envolvidas no projeto
ou cujos interesses podem ser afetados como resultado da execução ou do término do projeto. Eles podem
também exercer influência sobre os objetivos e resultados do projeto. A equipe de gerenciamento de projetos
precisa identificar as partes interessadas, determinar suas necessidades e expectativas e, na medida do possível,
gerenciar sua influência em relação aos requisitos para garantir um projeto bem-sucedido.
As principais partes interessadas em todos os projetos incluem:
• Gerente de projetos: A pessoa responsável pelo gerenciamento do projeto.
• Cliente/usuário: A pessoa ou organização que utilizará o produto do projeto.
• Organização executora: A empresa cujos funcionários estão mais diretamente envolvidos na execução do
trabalho do projeto.
• Membros da equipe do projeto: O grupo que está executando o trabalho do projeto.
• Equipe de gerenciamento de projetos: Os membros da equipe do projeto que estão diretamente envolvidos
nas atividades de gerenciamento de projetos.
• Patrocinador: A pessoa ou o grupo que fornece os recursos financeiros, em dinheiro ou em espécie, para o
projeto.
• Influenciadores: Pessoas ou grupos que não estão diretamente relacionados à aquisição ou ao uso do produto
do projeto, mas que, devido à posição de uma pessoa na organização do cliente ou na organização executora,
podem influenciar, positiva ou negativamente, no andamento do projeto.
• PMO: Se existir na organização executora, o PMO (Project poderá ser uma parte interessada se tiver
responsabilidade direta ou indireta pelo resultado do projeto).
O PMI organiza os processos da gerência de projetos em dez áreas de conhecimento, também chamadas de dez
gerências por alguns autores.
Essa é uma divisão que considera o conteúdo do que se está gerenciando, a temática dos processos. As DEZ áreas
de conhecimento (ATUALIZADA PELO PMBOK 6ª EDIÇÃO) são:
1. Gerenciamento da integração do projeto. Inclui os processos e as atividades necessárias para identificar,
definir, combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades de gerenciamento de projetos nos
Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos.
2. Gerenciamento do escopo do projeto. Inclui os processos necessários para assegurar que o projeto
contemple todo o trabalho necessário, e apenas o necessário, para que o mesmo termine com sucesso.
CPM – Critical Path Method(ou método do caminho crítico) – é uma metodologia utilizada no planejamento de
projetos: ele está diretamente relacionado com o planejamento do tempo do projeto, no sentido de minimizar o
tempo total de sua duração; é elaborado para otimizar/minimizar o tempo de realização do projeto, no entanto,
uma vez definidas as atividades críticas e estabelecido o período total de tempo – esse tempo representa o prazo
máximo de duração do projeto: o caminho crítico passa a representar o prazo máximo aceito para a realização do
projeto.
O caminho crítico identifica as atividades principais/críticas/gargalo; aquelas que não podem atrasar, visto que
comprometeriam a realização do projeto: é utilizado para definir um conjunto de atividades a serem executadas
numa sequência lógico-evolutiva, e que devem ser realizadas nas datas previamente estabelecidas, sem atrasos,
para que o projeto possa ser concluído dentro do prazo definido.
Nessa lógica, se o prazo total foi excedido, é porque ao menos uma atividade do caminho crítico foi concluída
com atraso. Por outro lado, é possível que determinada(s) atividade(s) – que não faça(m) parte do caminho
crítico – seja(m) concluída(s) fora do prazo e mesmo assim o projeto seja executado no prazo esperado.
Atenção → Somente as atividades críticas fazem parte do caminho crítico: essas atividades condicionam o tempo
total de duração do projeto.
1. A Arquivologia, também conhecida como Arquivística, é a disciplina que estuda as funções dos
arquivos e seus documentos. Então cabe à Arquivologia, ou Arquivística, estudar os princípios e técnicas
a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos e seus
documentos: suas atividades, seus processos, seus usuários, suas ferramentas, enfim, tudo o que se
refere aos depósitos de documentos funcionais.
São eles:
Como exemplo de documento, temos a carta, a música gravada, o email, os filmes, as fotografias,
etc. Todos esses documentos trazem uma informação registrada em um suporte material: o papel, o
plástico, a película, etc.
Documento é toda informação registrada em suporte material, suscetível de ser utilizado para
consulta, estudo, prova e pesquisa, pois comprovam fatos, fenômenos, formas de vida e pensamento
do homem numa determinada época ou lugar.
Documentos de arquivo são todos os que, produzidos e/ou recebidos por uma pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, no exercício de suas atividades, constituem elementos de prova ou de
informação. Formam um conjunto orgânico, refletindo as atividades e se vinculam expressando os atos
de seus produtores pelos quais são produzidos, determinando a sua condição de documento de arquivo
e não a natureza do suporte ou formato.
Contudo, não basta que seja documento para pertencer ao arquivo. Para que um documento
possa compor um arquivo, ainda é necessário outro elemento: que tenha sido resultado, consequência
de uma ação referente à atividade da instituição. É o que preceitua a Lei nº 8.159/91 (Lei dos Arquivos):
“Consideram-se arquivos os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou
jurídicas, EM DECORRENCIA DE SUAS ATIVIDADES”.
Contudo, o recibo, o boleto ou a nota fiscal para o pagamento da assinatura será documento de
arquivo, pois é consequência de uma atividade administrativa da empresa, que seria a aquisição de
periódico.
Ainda, além de ser fruto de uma atividade, o documento de arquivo deve ser capaz de provar,
testemunhar que a referida atividade realmente aconteceu. No mesmo exemplo, não é por ter a posse
da revista que a empresa pode provar que possui uma assinatura mensal, mas o comprovante de
pagamento, o contrato de assinante ou outro similar é que fará isso.
Os documentos podem ser definidos segundo o aspecto de sua representação nos diferentes
suportes:
➢ Ostensivo - A classificação de ostensivo ou ordinário é dada aos documentos cuja divulgação não
prejudica a administração.
➢ Sigilosos - os documentos que, por sua natureza, devam ser de conhecimento restrito e, portanto,
requeiram medidas especiais de salvaguarda para sua custódia e divulgação.
Graus de sigilo
Segundo a necessidade do sigilo e quanto à extensão do meio em que pode circular, são quatro os
graus de sigilo e as suas correspondentes categorias, em ordem do maior para o menor grau de sigilo:
➢ ultrassecreto;
➢ secreto;
➢ confidencial;
➢ reservado.
A classificação de ultrassecreto é dada aos assuntos que requeiram excepcional grau de segurança
e cujo teor ou características só devam ser do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu
estudo ou manuseio.
Consideram-se secretos os assuntos que requeiram alto grau de segurança e cujo teor ou
características podem ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao
estudo ou ao seu manuseio, sejam autorizadas a deles tomar conhecimento, funcionalmente.
São assuntos geralmente classificados como secretos os referentes a planos, programas e medidas
governamentais; os assuntos extraídos de matéria ultrassecreta que, sem comprometer o excepcional
grau de sigilo da matéria original, necessitam de maior difusão, tais como: planos ou detalhes de
operações militares; planos ou detalhes de operações econômicas ou financeiras; aperfeiçoamento em
técnicas ou materiais já existentes; dados de elevado interesse sob aspectos físicos, políticos,
econômicos, psicossociais e militares de países estrangeiros e meios de processos pelos quais foram
obtidos; materiais criptográficos importantes que não tenham recebido classificação inferior.
A classificação de confidencial é dada aos assuntos que, embora não requeiram alto grau de
segurança, seu conhecimento por pessoa não-autorizada pode ser prejudicial a um indivíduo ou criar
embaraços administrativos.
São assuntos, em geral, classificados como confidenciais os referentes a pessoal, material, finanças
e outros cujo sigilo deva ser mantido por interesse das partes, como por exemplo: informações sobre a
atividade de pessoas e entidades, bem como suas respectivas fontes; radiofrequência de importância
especial ou aquelas que devam ser usualmente trocadas; cartas, fotografias aéreas e negativos que
indiquem instalações consideradas importantes para a segurança nacional.
Reservados são os assuntos que não devam ser do conhecimento do público, em geral. Recebem
essa classificação, entre outros, partes de planos, programas e projetos e as suas respectivas ordens de
execução; cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações importantes.
Além disso, a Lei não prevê explicitamente a possibilidade de prorrogação dos prazos, como o
Decreto; Prevê apenas sua redução.
Então caso a questão dê margem à dupla interpretação, ou seja elaborado em desacordo com a
legislação, será objeto de recurso de muitos candidatos.
Ainda, como se trata de uma Lei recente e cujo tema é polêmico, a mesma pode ser assunto em
provas de atualidades ou discursivas.
2. ARQUIVO
Uma visão moderna de conceito de arquivos, segundo Solon Buck, arquivista dos Estados Unidos:
Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização
ou firma, no decorrer de suas atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos
futuros.
1 – Guarda dos documentos que circulam na instituição, utilizando para isso técnicas que
permitam um arquivamento ordenado e eficiente;
Para alcançar estes objetivos é necessário que o arquivo disponha dos seguintes requisitos:
Para Marilena Leite Paes, “a principal finalidade dos arquivos é servir a administração,
constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história”. Destaca ainda que a
“função básica do arquivo é tornar disponível as informações contidas no acervo documental sob sua
guarda”.
➢ Horizontal – os documentos ou fichas são colocados uns sobre os outros e arquivados em caixas,
estantes ou escaninhos. É amplamente utilizado para plantas, mapas e desenhos, bem como nos
arquivos permanentes. Seu uso é, desaconselhável nos arquivos correntes, uma vez que para se
consultar qualquer documentos é necessário retirar os que se encontram sobre ele, o que dificulta a
localização da informação.
➢ Vertical – os documentos ou fichas são dispostos uns atrás dos outros, permitindo sua rápida
consulta, sem necessidade de manipular ou remover outros documentos ou fichas.
Órgãos de Documentação
Arquivo
Biblioteca
Seus documentos são obtidos por compra, doação ou permuta de diversas fontes, e tratados
como peças isoladas. Esses documentos existem em vários exemplares, são unidos pelo seu conteúdo e,
em sua maior parte, são impressos. Os documentos da biblioteca são COLECIONADOS, e seu público é
formado por pesquisadores, estudantes e cidadão comuns. Sua função é instruir e educar.
Museu
Estes são os quatro órgãos de documentação que aparecem em provas de concursos. Ao dar
atenção aos termos destacados, o candidato poderá facilmente diferenciar estes órgãos e não errar
questões.
Dependendo do aspecto sob o qual os arquivos são estudados, eles podem ser classificados
segundo:
Os arquivos públicos são aqueles produzidos por documentos de caráter público. São de
responsabilidade do Estado e devem estar disponíveis para consulta por parte dos cidadãos, exceto os
documentos de caráter sigilosos.
Os arquivos privados são aqueles mantidos por pessoas físicas ou por instituições de caráter
privado. São documentos que dizem respeito a suas atividades particulares, e, portanto, não é
obrigatória a sua disponibilidade para consulta da sociedade. Contudo, existe a possibilidade de esses
arquivos serem declarados de interesse público, por meio de decreto presidencial através de parecer
favorável do CONARQ. Caso isso ocorra, seu mantenedor terá o dever de zelar pelos documentos e
deixá-los à disposição do Estado.
Existe ainda outra classificação, atribuída pela autora Marilena Leite Paes, em que os arquivos
podem ser: públicos, comerciais, institucionais e pessoais ou familiares.
Arquivos especiais - Chama-se arquivo especial aquele que tem sob sua guarda documentos de
tipos diversos – iconográficos, cartográficos, audiovisuais – ou de suportes específicos – documentos em
CD, documentos em DVD, documentos em microfilme – e que, por esta razão, merece tratamento
especial não apenas no que se refere ao seu armazenamento, como também ao registro,
acondicionamento, controle, conservação etc.
Os arquivos setoriais são aqueles que estão localizados próximos aos seus produtores. Esse
arquivo guarda os documentos próximos aos interessados diretos para facilitar e agilizar a sua
localização e utilização. Encontram-se principalmente em empresas, órgãos e entidades de grande
porte, ou de estrutura administrativa complexa (vários departamentos, várias filiais, etc). Por exemplo: o
arquivo de uma rede de supermercados pode ser separado por filial, por setor de atuação (Depto.
Financeiro, de RH, Compras, etc).
Os arquivos centrais ou gerais são aqueles que guardam todos os documentos de uma entidade
em um só lugar. É utilizado principalmente por empresas e órgãos de médio e pequeno porte, ou por
instituições de estrutura administrativa simples (poucos departamentos, poucos órgãos, apenas um
local para instalações físicas, etc). Por exemplo: o arquivo de uma empresa que funcione em apenas um
edifício, um órgão pequeno, um consultório medico, etc.
É importante ressaltar que esta classificação se aplica somente aos arquivos correntes! Somente
estes podem ser divididos em setorial ou geral.
Como exemplo, temos o Contrato. O contrato apresenta as informações de forma que se possa
identificá-lo como contrato: possui identificação das partes, do objeto, das condições, cláusulas, etc. O
contrato então é uma espécie documental (considerando o aspecto formal).
Ex: suporte
A forma é o estágio de preparação do documento, o seu estado de produção atual. Ex: rascunho,
minuta, original e cópia.
A Arquivologia adota a chamada Teoria das três idades ou Ciclo vital dos documentos para
classificar os estágios ou fases por que passam os documentos dentro da instituição. Este é com certeza
o assunto mais presente em provas de concursos públicos, destacadamente os promovidos pelo Cespe-
UnB, que exige do candidato o entendimento de como esta teoria é aplicada na prática.
Essas fases são definidas por Jean-Jacques Valette (1973) como as três idades dos arquivos:
corrente, intermediária e permanente, e são assim descritas:
3. Arquivo de terceira idade ou permanente, constituído de documentos que perderam todo valor de
natureza administrativa e que se conservam em razão de seu valor histórico ou documental e que
constituem os meios de conhecer o passado e sua evolução. Estes são os arquivos propriamente
ditos, pois ali os documentos são arquivados de forma definitiva”
Estas fases são complementares, pois os documentos podem passar de uma fase para outra, e
para cada uma corresponde uma maneira diferente de conservar e tratar os documentos e,
consequentemente, uma organização adequada, ou seja, as unidades de acondicionamento (pastas,
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catálogos etc.), adotadas na fase corrente serão substituídas por unidades mais adequadas ao
funcionamento da fase intermediária, que, por sua vez, adotara acondicionamento diferente da fase
permanente.
Para entender o funcionamento do ciclo vital, torna-se necessário compreender alguns termos
técnicos da Arquivologia, como a valoração, prazo de guarda e destinação final dos documentos.
Basicamente, o documento é guardado pela instituição enquanto o mesmo possuir valor para a
mesma, e esse valor, quando existir, se apresentará em uma das seguintes formas: administrativo ou
histórico.
Enquanto o documento tiver valor administrativo (primário), ele será arquivado, em uma
instituição que aplique a Teoria das 3 Idades, nas fases correntes ou intermediária. Quando perde o
valor administrativo, o documento pode ser eliminado, desde que não adquira valor histórico
(secundário), ou ser recolhido à fase permanente, quando adquirir este valor. Uma vez que o valor
histórico é definitivo, podemos concluir que o documento histórico, também chamado de documento
permanente ou documento de 3a idade, jamais será eliminado ou destruído.
Prazo de guarda é o período em que o documento deve ser mantido nos arquivos correntes e
intermediário. O prazo de guarda vincula-se à determinação do valor do documento, de acordo com os
seguintes fatores:
Todo documento, ao término de seu ciclo vital, deverá ser encaminhado à sua destinação final,
que ocorrerá no momento em que o mesmo tenha perdido seu valor administrativo. A destinação final
do documento poderá ser: eliminação ou guarda permanente.
Tabela de temporalidade
Cada instituição criará a sua tabela, que deverá contemplar o conjunto de documentos existentes
na mesma. Uma vez concluída e aplicada a Tabela de Temporalidade, eventuais alterações ou inclusões
deverão ser submetidas à Comissão que a criou, a fim de serem novamente avaliadas. Na tabela, cada
documento terá seu próprio prazo para as fases correntes e intermediária, bem como a destinação final
(eliminação ou recolhimento para guarda permanente). Portanto, não há prazo de guarda padrão nem
máximo para os documentos nas fases corrente e intermediária; cada documento terá seu próprio
prazo, de acordo com o estabelecido pela Comissão de Análise quando da elaboração da tabela.
Informações importantes
2) A fase corrente será composta pelos arquivos setoriais, localizados nos próprios setores que
produzem os documentos, e pelo arquivo central, também chamado de arquivo geral, que estará
localizado próximo aos setores;
3) Após cumprir seu prazo na fase corrente, os documentos poderão, de acordo com a Tabela de
Temporalidade da instituição, serem eliminados, transferidos (para a fase intermediária) ou recolhidos
(para a fase permanente);
4) Após cumprir seu prazo na fase intermediária, os documentos poderão, de acordo com a Tabela
de Temporalidade da instituição, serem eliminados ou recolhidos (para a fase permanente);
5) Os documentos históricos serão recolhidos à fase permanente, onde jamais serão eliminados;
6) A eliminação poderá ocorrer em duas das três fases do ciclo vital (corrente ou intermediária) e
nunca na terceira (permanente);
Para administrar arquivos correntes é necessária a utilização de uma metodologia para o fim de
CONTROLAR a criação, o uso, a manutenção, a guarda, o descarte ou a preservação dos documentos,
visando alcançar a recuperação da informação e a disponibilizar para pesquisa, envolvendo medidas
administrativas e operacionais como a coordenação de pessoal, espaço físico e equipamento (material
permanente e de consumo).
Embora as atividades de protocolo, expedição e arquivo corrente sejam distintos, o ideal é que
funcionem de forma integrada, com vistas à racionalização de tarefas comuns, são distribuídas em cinco
setores as atividades dos arquivos correntes:
b) Expedição – que como rotina receber a correspondência enviada do protocolo; verificar se não
faltam folhas ou anexos; numerar e completar a data, no original e nas cópias; separa original das
cópias; expedir o original, com os anexos se for o caso, malotes ou em mãos;
Encaminhar as cópias, acompanhadas dos antecedentes que lhes deram origem, ao setor de
arquivo.
d) Empréstimo e consulta – sem dúvida é uma das atividades nobre dos arquivos, pois todo o
trabalho arquivístico, do recebimento ao arquivamento, é desenvolvido visando à recuperação rápida e
completa da informação. De modo geral, os documentos só podem ser consultados ou cedidos, por
empréstimo, aos órgãos que os receberam ou produziram, aos órgãos encarregados das atividades a
que se referem os documentos e às autoridades superiores, na mesma linha hierárquica.
e) Destinação – Há documentos que frequentemente são usados como referência, há outros aos
quais se faz referencia com menos frequência ou quase não são usados e ainda aqueles que, após a
conclusão do assunto, não sofrem nenhum uso ou referência.
Devido a essas diferenças relativas ao valor e à frequência de uso dos documentos, a avaliação, a
seleção, a eliminação de documentos devem ser cuidadosamente estudadas, planejadas e implantadas.
5. ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVO
➢ LEVANTAMENTO DE DADOS
Legislação pertinente:
Organização
- organograma: gráfico que representa a organização formal da instituição delineada pelo estudo,
permitindo a visualização dos diversos órgãos que integram a organização e seus respectivos níveis
hierárquicos.
- Funciograma: gráfico que amplia partes setoriais do organograma tornando claras as atividades
de cada um de seus órgãos.
Documentação
Processos
Recursos
➢ PLANEJAMENTO
Coletados os dados necessários, feita a sua análise e verificada a localização do arquivo na
empresa, a próxima etapa é elaborar o plano arquivístico para que cumpra seus objetivos, em todos os
estágios de sua evolução – corrente, intermediário e permanente.
Esse plano precisa contemplar as disposição legais e as necessidades da instituição, devendo estar
divido em três partes:
IMPLANTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
O papel, por mais variada que possa ser sua composição, é formado basicamente por fibras de
celulose proveniente de diferentes origens. A acidez e a oxidação são os maiores processos de
deterioração química da celulose, também há outros agentes de deterioração que são os insetos,
roedores e o próprio homem.
6. MATERIAL DE ARQUIVO
Na estrutura de um setor de arquivo devemos considerar, além dos seus objetivos, dois aspectos
fundamentais: o material permanente e o material de consumo; ou seja, o material arquivístico.
7. MICROFILMAGEM
O microfilme é uma cópia fotográfica de algum tipo de documento reduzido a uma pequena
fração do formato original. Pelo seu tamanho não é legível a olho nu; apesar da extrema redução,
mantém as características fiéis do documento e pode ser lida através da ampliação da imagem num
vídeo de um leitor ou aparelho de leitura.
São os vários formatos que pode assumir o microfilme na sua apresentação final como
instrumento de arquivo ou de recuperação da informação.
8. PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS
A Arquivologia, enquanto ciência, possui princípios que devem orientar seus trabalhos e estudos.
Esses princípios são utilizados desde o final do século XIX e constituem a própria base da Arquivística
Moderna. Vamos a eles:
Princípio da Ordem Original: Princípio segundo o qual o arquivo deve conservar o arranjo dado
pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu. Este princípio enuncia que, considerando as
relações estruturais e funcionais que presidem a origem dos arquivos, a sua ordem original deve ser
mantida quando o mesmo for recolhido, pois garante sua organicidade.
Teoria das Três Idades: Também conhecida como Ciclo Vital dos Documentos, ou Estágio de
Evolução dos Arquivos, esta teoria constitui um verdadeiro marco na história da Arquivística. Ela afirma
que os documentos de um arquivo passam por estágios conforme seus valores mudam. Quando um
documento é produzido, ele possui um valor primário, que é sua importância para a atividade que o
gerou. Contudo, esse valor é temporário: cessa logo que a atividade acaba. Mas alguns documentos
(não todos) ainda possuem o valor secundário, que é sua importância para outras atividades ou outros
campos diferentes daqueles que o geraram (podem ser importantes para a pesquisa histórica, ou para a
cultura de uma sociedade, por exemplo). Esse valor é definitivo, e todo documento que o possui deve
ser preservado permanentemente.
Princípio da Pertinência Territorial: Este princípio afirma que os documentos deveriam ser
transferidos para a custódia de arquivos com jurisdição arquivística sobre o território ao qual se reporta
o seu conteúdo, sem levar em conta o lugar em que foram produzidos.
9. MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
A finalidade do arquivo é servir à administração. Neste sentido, deve propiciar o acesso imediato a
informação desejada, de modo eficiente e eficaz, facilitando a tomada de decisão; a escolha do método
de arquivamento tem que ser determinada pela natureza dos documentos a serem arquivados e pela
estrutura da Organização.
Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema direto de busca e/ou recuperação,
como por exemplo, os métodos alfabético e geográfico.
Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema indireto de busca e/ou recuperação,
como são os métodos numéricos.
Existe ainda outro sistema, chamado semidireto, que serve apenas para agregar o método
alfanumérico. Este método se caracteriza pela “necessidade parcial” da utilização de instrumentos de
pesquisa. Por exemplo, precisamos de uma tabela para localizar uma estante, mas não para localizar
uma gaveta ou prateleira: a partir da localização da estante, a prateleira será localizada de forma direta.
Pertencem à classe dos básicos quatro métodos: alfabético, numérico, geográfico e ideográfico. À
classe dos padronizados pertencem outros cinco métodos: variadex, automático, soundex, mnemônico
e rôneo. Vamos observar (e guardar) os esquemas:
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BÁSICOS
➢ MÉTODO ALFABÉTICO
É o mais simples. O elemento principal a ser considerado é o nome das pessoas físicas ou jurídicas.
Neste método, as fichas ou pastas são colocadas rigorosamente na ordem alfabética, respeitando-se as
regras de alfabetação.
REGRAS DE ALFABETAÇÃO
Exemplo:
João Barbosa
Pedro Álvares Cabral
Paulo Santos
Maria Luísa Vasconcelos
Sistemas
Direto
Indireto
Arquivam-se:
Barbosa, João
Cabral, Pedro Álvares
Santos, Paulo
Vasconcelos, Maria Luísa
Exemplo:
Aníbal Teixeira
Arquivam-se:
Teixeira, Aníbal
Teixeira, Marilda
Teixeira, Paulo
Teixeira, Vitor
Exemplo:
Camilo Castelo Branco
Paulo Monte Verde
Heitor Villa-Lobos
Arquivam-se:
Castelo Branco, Camilo
Monte Verde, Paulo
Villa-Lobos, Heitor
3. Os sobrenomes formados com as palavras Santa, Santo ou São seguem a regra dos
sobrenomes compostos por um adjetivo e um substantivo.
Exemplo:
Exemplo:
J. Vieira
Jonas Vieira
José Vieira
Arquivam-se:
Vieira, J.
5. Os artigos e preposições, tais com a, o, de, d’, da, do, e, um, uma, não são considerados (ver
também regra nº 9)
Exemplo:
Pedro de Almeida
Ricardo d’Andrade
Lúcia da Câmara
Arnaldo do Couto
Arquivam-se:
Almeida, Pedro de
Andrade, Ricardo d’
Câmara, Lúcia da
Couto, Arnaldo do
6. Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como Filho, Junior, Neto, Sobrinho são
consideradas parte integrante do último sobrenome, mas não são considerados na ordenação
alfabética.
Exemplo:
Arquivam-se:
Exemplo:
7. Os títulos não são considerados na alfabetação. São colocados após o nome completo, entre
parênteses.
Exemplo:
Arquivam-se:
Campos, Milton (Ministro)
Ferreira, André (Professor)
Pereira, Paulo (General)
Teixeira, Pedro (Dr.)
8. Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome, salvo nos casos de nomes
espanhóis e orientais (ver também regras nº 10 e 11).
Exemplo:
Georges Aubert
Winston Churchill
Paul Müller
Jorge Schmidt
Arquivam-se:
Aubert, Georges
Churchill, Winston
Müller, Paul
Schmidt, Jorge
9. As partículas dos nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas. O mais comum é
considerá-las como parte integrante do nome quando escritas com letras maiúsculas.
Exemplo:
Giulio di Capri
Esteban De Penedo
Charles Du Pont
John Mac Adam
Arquivam-se:
Capri, Giulio di
De Penedo, Chales
Du Pont, Chales
Mac Adam, John
O’Brien, Gordon
10. Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao
sobrenome de família do pai.
Exemplo:
Arquivam-se:
Arco y Molinero, Andel del
Oviedo y Baños, José de
Pina de Mello, Francisco
Rios, Antonio de los
11. Os nomes orientais – japoneses, chineses e árabes – são registrados como se apresentam.
Exemplo:
Al Bem-Hur
Li Yutang
Arquivam-se:
Al Bem-Hur
Li Yutang
12. Os nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devem ser transcritos
como se apresentam, não se considerando, porém, para fins de ordenação, os artigos e preposições
que os constituem. Admite-se, para facilitar a ordenação, que os artigos iniciais sejam colocados entre
parênteses após o nome.
Exemplo:
Embratel
Álvaro Ramos & Cia.
Fundação Getulio Vargas
Arquivam-se:
Álvaro Ramos & Cia.
Barbosa Santos Ltda.
Colegial (A)
Companhia Progresso Guanabara
Embratel
Fundação Getulio Vargas
Library of Congress (The)
Exemplo:
➢ MÉTODO NUMÉRICO
Numérico Simples
Numérico Cronológico
Neste método os documentos são numerados em ordem cronológica de emissão. Assim, além da
ordem numérica, observa-se também a data. É adotado em quase todas as repartições públicas.
Numera-se o documento e não a pasta. O documento depois de autuado colocado numa capa cartolina,
onde além do número de protocolo são transcritas outras informações, em geral, passa a ser
denominado de processo.
Método Dígito-terminal
O número é dividido em grupos de dois algarismos, e a leitura é feita da direita para a esquerda.
Ex:
Dica de prova: em uma prova, devemos priorizar o grupo primário. Ordenando do menor para o
maior. Caso este se repita, observamos o grupo secundário e também ordenamos do menor para o
maior. Se também for repetido, devemos observar o grupo terciário e repetir o procedimento.
Ex:
GT GS GP
25 85 95
86 92 95
06 07 98
Alfabético Enciclopédico
Exemplo:
0 Administração Geral
1 Pesquisas
1-1 Psicologia
1-1-2 Aplicada ao trabalho
1-1-3 Aplicada à educação
1-2 Ciência política
1-3 Administração
1-4 Economia
Suas principais desvantagens são a limitação de dez números para cada nível de classificação o
que não ocorre no método duplex e a necessidade de se prever o desenvolvimento das atividades da
instituição.
Método numérico unitermo: também conhecido como indexação coordenada, esse método tem
como base a analogia, e é usado em arquivos especiais e especializados. Utiliza fichas com dez colunas,
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que vão de 0 a 9, e atribui assuntos (descritores) de um único termo. Para cada documento temos uma
“ficha-índice” que fornece uma descrição minuciosa do documento a que se refere.
Dica de prova: Vocês não devem se aprofundar muito no estudo desse método, pois é muito difícil
de ser cobrado em prova. Mas, caso apareça, a dica é muito simples: basta observar quais os números
se repetem nas fichas. Eles serão a resposta do item. No nosso exemplo, são os números 55 e 95
(destacados). Trata-se basicamente de descobrir qual documento tem relação com outros assuntos.
Dica de prova: Vocês também devem ter em mente que, devido ao tamanho do nome, os
métodos ideográficos costumam vir com seus nomes mais simples (dicionário, enciclopédico, duplex,
decimal e unitermo). Ex: o método duplex consiste em... Assim, cuidado para não confundir com outros
métodos, como quando, por exemplo, o examinador afirmar que o método unitermo pertence ao
numérico, quando na verdade pertence ao ideográfico.
MÉTODO ALFANUMÉRICO
O método alfanumérico surgiu para combinar a simplicidade do método alfabético com a rapidez
do método numérico. Como o método alfabético pertence ao sistema direto e o método numérico
pertence ao sistema indireto, o método alfanumérico pertence ao sistema semidireto.
Quanto à sua aplicação e funcionamento, não há com o que se preocupar, pois as bancas não
costumam pedir nada que vá além das informações acima. Basta que o candidato saiba que é um
método que combina letras e números, e pertence ao sistema semidireto.
➢ MÉTODO GEOGRÁFICO
O método geográfico é do sistema direto, a busca é feita diretamente ao documento. Este método
é preferido quando o principal elemento a ser considerado em um documento é a PROCEDÊNCIA ou
LOCAL. As melhores ordenações geográficas são:
Exemplo:
Não é necessário o emprego de guias divisórias correspondentes aos estados, pois as pastas são
guardadas em ordem alfabética pela cidade. É imprescindível, porém, que as pastas tragam os nomes
dos estados, em segundo lugar, porque há cidades com o mesmo nome em diferentes estados.
Exemplo:
Exemplo:
Os métodos padronizados não devem ser objeto de preocupação do concursando, pois eles
raramente caem em concursos. São cinco tipos que se enquadram. Vamos a eles;
Ex:
Não precisam decorar essa tabela. Além dessas definições de cores não serem definitivas (são
cambiáveis de acordo com as conveniências da instituição), elas aparecerão na prova, caso tenha
alguma questão que trate desse assunto.
Método Automático: é utilizado para arquivar nomes, fazendo uma combinação de letras,
números e cores para evitar o acúmulo de pastas com sobrenomes iguais. É muito utilizado em
empresas que possuem vários fornecedores e clientes.
Método Soundex: é utilizado também para arquivar nomes, mas se utiliza da semelhança sonora
entre eles.
Ex:
Método Rôneo: é uma “versão mais antiga” do método automático. Funciona da mesma forma,
fazendo uma combinação de letras, números e cores.
Dica de prova: a razão para falar tão pouco sobre os métodos padronizados é que não são comuns
em provas de concursos. O método automático, apesar de muito eficiente, não é usando na
Administração Pública, somente em empresas privadas. O método soundex não é aplicado no Brasil,
apenas nos Estados Unidos e alguns países da Europa. Os métodos mnemônico e rôneo eram usados
com frequência, mas ficaram obsoletos com os avanços tecnológicos. Então para concursos de nível
médio, A NÃO SER QUE SE CONCORRA PARA UM CARGO ESPECÍFICO NA ÁREA DE ARQUIVO, OU PARA
UM CARGO EM ÓRGÃO DE ARQUIVO, OS MÉTODOS PADRONIZADOS NÃO APARECEM! Mas essa não é
uma afirmação tão concreta. O que quero com isso é chamar a atenção do concursando para mostrar
que O ÚNICO MÉTODO PADRONIZADO QUE APARECE COM FREQUENCIA EM PROVAS DE CONCURSO É
O VARIADEX. Caso os outros apareçam em algum item, é suficiente que o concursando saiba seu nome,
sua definição (como funciona) e a que classe pertence (padronizados) para não confundi-los com os
métodos básicos.
Avaliação de documentos
A avaliação tem a finalidade de atribuir ou identificar o valor dos documentos para a instituição.
Sendo esse valor subjetivo (pode existir para uns e não para outros), este é o motivo pelo qual a
Comissão deve ser interdisciplinar. Com a identificação desse valor, é possível preservar aqueles
documentos de valor permanente e eliminar os que não têm importância. Além disso, evita-se o
recolhimento de documentos sem valor secundário ou o descarte de documentos com esse valor.
A Comissão deve fazer uma triagem de documentos com os principais assuntos de que trata a
instituição, estudar esse documento e tentar identificar o que é relevante e o que não é em seu
conteúdo informacional. Então mesmo que traga um assunto importante, se a informação se repetir
com frequência em outros documentos, o mesmo pode ser descartado.
Sendo assim, a Tabela de Temporalidade e o Plano de Classificação são o resultado direto dos
trabalhos da Comissão Permanente de Avaliação. Esses dois instrumentos são as ferramentas básicas da
Gestão de Documentos e sempre andam juntos, pois a classificação é fundamental para a aplicação da
temporalidade e destinação.
O prazo de guarda dos documentos (sempre determinado em anos) começa a contar da data da
sua produção. No arquivo corrente, que é onde o documento é criado, o prazo de guarda começa a
contar de sua produção, mesmo que ainda não tenha sido utilizado para cumprir sua finalidade
administrativa. No arquivo intermediário, o prazo de guarda começa a contar do momento da sua
transferência.
Dica de prova: Não se esqueça que a Tabela não define prazos de guarda no arquivo permanente!
Neste arquivo, os documentos que ali entram deverão ser mantidos indefinidamente, pelo máximo de
tempo possível. Além disso, sabemos que a Tabela de Temporalidade é resultado da Avaliação de
Documentos, que é atividade da Gestão de Documentos; e a Gestão de Documentos pára no arquivo
intermediário.
Preservação de Documentos
Podem perceber pela definição dada pelo Dicionário de Terminologia Arquivística, que não é nada
difícil entender essas técnicas. Vamos então às recomendações do CONARQ, que são as adotadas pelas
bancas para elaborar suas questões.
Armazenamento
- evitar tubulações hidráulicas, caixas d’água e quadros de energia elétrica sobre as áreas de
depósito;
- promover a ventilação dos ambientes de forma natural ou artificial, inclusive com a disposição
adequada do mobiliário, de forma a facilitar o fluxo do ar;
Nas áreas de depósito, os documentos devem ser armazenados separadamente, de acordo com o
seu suporte e suas especificidades, a saber:
- documentos encadernados;
- documentos fotográficos;
- documentos sonoros;
- documentos cinematográficos;
A deterioração natural dos suportes dos documentos, ao longo do tempo, ocorre por reações
químicas, que são aceleradas por flutuações e extremos de temperatura e umidade relativa do ar, e pela
exposição aos poluentes atmosféricos e às radiações luminosas, especialmente dos raios ultravioleta. A
adoção dos parâmetros recomendados por diferentes autores (de temperatura entre 15° e 22° C e de
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
umidade relativa entre 45% e 60%) exige, nos climas quentes e úmidos, o emprego de meios mecânicos
sofisticados, resultando em altos custos de investimento em equipamentos, manutenção e energia. Os
índices muito elevados de temperatura e umidade relativa do ar, as variações bruscas e a falta de
ventilação promovem a ocorrência de infestações de insetos e o desenvolvimento de micro-organismos,
que aumentam as proporções dos danos.
- armazenar todos os documentos em condições ambientais que assegurem sua preservação, pelo
prazo de guarda estabelecido;
- proteger os documentos e suas embalagens da incidência direta de luz solar, por meio de filtros,
persianas ou cortinas;
fotografias em cor
O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, promove a proteção contra danos físicos,
químicos e mecânicos. Os documentos devem ser guardados em arquivos, estantes, armários ou
prateleiras, apropriados a cada suporte e formato.
Os documentos de valor permanente que apresentam grandes formatos, como mapas, plantas e
cartazes, devem ser armazenados horizontalmente, em mapotecas adequadas às suas medidas, ou
enrolados sobre tubos confeccionados em cartão alcalino e acondicionados em armários ou gavetas.
As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de computador, devem ser armazenadas longe
de campos magnéticos que possam causar a distorção ou a perda de dados.
As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manuseio, ao peso dos documentos e à pressão,
caso tenham de ser empilhadas. Precisam ser mantidas em boas condições de conservação e limpeza,
de forma a proteger os documentos.
As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem respeitar formatos padronizados, e devem ser
sempre superiores às dos documentos que irão abrigar.
Atenção: Na pratica, e pode ser pedido em prova, a recomendação sobre evitar subsolos e porões
não é adotada pela imensa maioria das instituições, devido à falta de uma estrutura arquitetônica capaz
de suportar o grande peso dos arquivos. Então, para efeitos de recomendação, deve ser evitado esse
tipo de ambiente, mas par para efeitos práticos, é vantajoso por não comprometer a estrutura dos
edifícios.
Apesar de não ser difícil, é um conteúdo um pouco extenso. Mas as questões sobre ele não são
raras.
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
Técnicas de Restauração:
Tecido – utiliza duas folhas de tecido muito finas, que são ligadas ao documento por uma pasta de
amido, para reparar pequenos danos.
Silking – variação do método anterior, substituindo os tecidos por outros específicos (musseline
de seda ou crepeline). Estes têm maior durabilidade, mas devido ao uso da pasta de amido, suas
qualidades são um pouco afetadas. Além disso, o material muito específico o deixa com custos altos.
Laminação – envolve o documento, nas duas faces, em uma folha de seda e outra de acetato de
celulose. Em seguida coloca-se o documento em uma prensa hidráulica com pressão entre 7 e 8 Kg/cm,
e temperatura entre 145º a 155ºC.
Existem outras técnicas de restauração de documentos, mas não são muito comuns em provas.
Vamos a elas:
Reintegração ou Reenfibragem: processo pelo qual partes perdidas da folha são reconstruídas
com celulose nova. Nesta etapa é utilizado um equipamento, que executa, por meio de sucção, o
preenchimento de todas as áreas de perda de suporte. O processo consiste em despejar no
equipamento, uma solução de polpa e água que, após sucção, se concentra nas áreas onde não há
suporte (vazadas). Essas áreas novas devem ter espessura igual à do original, mas com a tonalidade de
cor um ponto abaixo do tom original, para diferenciar as áreas novas da antiga.
Reintegração cromática é a cobertura com pigmento de cor e tom, próximos do original, em áreas
de remendo ou reforço. Ela é feita com lápis-aquarela importado diretamente nas áreas em que é
necessária uma homogeneidade entre o antigo e o novo, para compor a estética do documento. Só
quando necessária.
Costura é feita em linha de algodão, em substituição aos grampos metálicos; compõe-se de dois
pontos de costura.
Além da restauração e suas técnicas, temos também como ações corretivas a desinfestação, que
consiste no combate à atividade de insetos (o método mais comum é a fumigação), a limpeza, que
consiste na retirada de sujeira com material específico, e o alisamento, que consiste em passar os
documentos a ferro para retirar marcas de dobras e facilitar a retirada de manchas.
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Dica de prova: O alisamento, a limpeza e a desinfestação NÃO SÃO técnicas de restauração! Elas
estão no mesmo patamar, e as quatro são atividades de CONSERVAÇÃO CORRETIVA! Portanto fiquem
atentos, pois é muito comum que a banca tente derrubar o candidato afirmando isso.
Então temos:
Noções de Preservação:
As orientações sobre preservação de documentos foram publicadas pelo CONARQ. Vamos a elas:
- Evitar a luz natural onde funcionar o arquivo (a luz prejudica o suporte). Até mesmo a luz artificial
deve ser moderada.
- Manter temperatura e umidade baixas e estáveis. A temperatura ideal deve estar entre 16º e
22ºC.
- Estar com as mãos limpas e livres de gorduras. Em caso de fotografias e gravuras, usar luvas de
algodão sempre que possível.
- Não dobrar canto da página. Deve ser utilizado um marcador de papel livre de acidez.
- Não usar objetos metálicos, como grampos ou clipes. Os clipes devem ser de plástico, e o local de
contato com o documento deve estar protegido com um pequeno pedaço de papel.
- Evitar cópias dos documentos. A luz ultravioleta provoca danos irreversíveis e o manuseio pode
provocar danos nas lombadas.
- Fitas de vídeo devem ser rebobinadas periodicamente e mantidas na posição vertical com a
bitola cheia voltada para baixo.
De forma geral, os seguintes cuidados devem ser tomados para os documentos, de acordo com
suas características:
Documentos em papel:
- Estantes e arquivos devem ser de metal e revestidos de pintura (para evitar a ferrugem);
- Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepe ou cola branca (PVA), para evitar a perda de
um fragmento do volume em degradação.
Esses materiais possuem alta acidez e provocam manchas irreversíveis no local de aplicação.
- Para a remoção do pó das lombadas e partes externas dos livros, pode ser utilizado o aspirador
com escova circular especial, adaptada com tecido de filó ou gaze;
- Para limpeza das folhas, utilizam-se trinchas, escovas macias, flanelas de algodão ou borracha em
pó;
Fotografias:
Diapositivos (slides):
Microfilmes:
- Remover a sujeira com pano limpo que não solte fiapos, umedecido com Film Cleaner.
Disquetes e CD’s:
- Utilizar caixas de papelão e não as de plástico; esta tendem a transpirar quando submetidas a
altas temperaturas. Além disso, o papel em que forem confeccionadas deve ser alcalino ou com pH
neutro, pois são livres de acidez. Ainda, suas medidas devem ser maiores que as dos documentos que
vai acondicionar, utilizando calços ou apoios para evitar que os documentos e dobrem ou rasguem.
Limpeza do assoalho:
- Não utilizar água, nem mesmo no piso. A limpeza deve ser feita com pano umedecido e
aspiradores;
- Remover a poeira com cuidado para não deslocá-la para as estantes e para os documentos. Não
utilizar vassouras ou espanadores. É sempre aconselhável utilizar panos umedecidos e aspiradores.
Gestão de Documentos
Vamos recordar o funcionamento da Teoria das Três Idades, pois é fundamental o seu
entendimento.
A Teoria das Três Idades, Ciclo Vital dos Documentos ou Estágio de Evolução dos Arquivos
(lembrem-se dessas expressões) afirma que os arquivos podem ser divididos e tratados em três fases
distintas e complementares, que são a corrente, a intermediária e a permanente.
Todos os documentos, quando são criados ou recebidos por uma instituição, podem possuir dois
valores diferentes: o valor primário, que dizemos ser o valor principal, imediato, ligado diretamente aos
objetivos que levaram à criação do documento; e o valor secundário, que é mediato, acessório e não
está ligado diretamente aos objetivos que levaram à sua criação.
Todo documento, quando criado ou recebido, possui o valor primário; se não fosse assim, não
seria sequer criado. Esse valor é temporário, ou seja, quando o documento cumprir seus objetivos
diretos, perderá esse valor. Mas ao contrário, nem todo documento possui valor secundário. Este valor
depende de muita coisa para ser atribuído a um documento, e é permanente, ou seja, uma vez que o
documento possua valor secundário, vai durar para sempre (o valor).
Assim, quando um documento “nasce” (já provido de valor primário) ele está inserido no arquivo
corrente, que como vimos, é aquele que guarda documentos frequentemente consultados. Depois de
cumprido seu objetivo principal, o documento vai para o arquivo intermediário, aquele que guarda
documentos não utilizados frequentemente, e que aguardam destinação: eliminação ou guarda
permanente. Caso o documento não possua o valor secundário, será descartado; caso possua, será
preservado permanentemente.
Uma vez no arquivo permanente o documento terá outros objetivos, diferentes daqueles para os
quais foi criado.
Lógico, os documentos têm seu valor atribuído pela Tabela de Temporalidade, que veremos mais
adiante. Mas mesmo sem ela é possível determinar quais documentos terão valor secundário. São
documentos relativos à criação de entidades (leis, estatutos, contratos sociais), sobre seu
funcionamento (organogramas, projetos de alterações, regimentos), e outros que se relacionem a fatos
importantes em sua história.
A Gestão de Documentos tem todas as suas atividades embasadas nessa teoria. Contudo, essas
atividades buscam gerenciar o fluxo de documentos enquanto o mesmo possui valor primário, ou seja,
tem utilidade administrativa. Assim, somente se fala em Gestão de Documentos nos arquivos corrente e
intermediário, onde os documentos têm finalidades meramente administrativas. No arquivo
permanente os documentos possuem outras utilidades, como servir de fonte de pesquisa científica, por
exemplo.
Utilização: é a onde os documentos são utilizados com a finalidade principal para que foram
criados (valor primário). Os documentos tramitam (se movimentam) internamente na instituição,
percorrendo todo o caminho necessário para que se cumpra uma atividade específica. As atividades
desta fase são de busca e localização (protocolo), de consulta e empréstimo, entre outras.
Destinação: é onde os documentos sofrem o fim que lhes é determinado pelo processo de
avaliação. Os destinos geralmente são sofridos quando os documentos cumprem seu prazo de retenção
no arquivo intermediário. Pode, contudo, ocorrer de o documento não precisar estar neste arquivo para
sofrer a destinação; isto será determinado pela Tabela de Temporalidade e Destinação, que
estudaremos mais adiante. Somente dois destinos são possíveis para os documentos: a eliminação ou o
“recolhimento”para o arquivo permanente.
Passamos agora ao estudo dos arquivos corrente e intermediário. Como dito no início da aula, a
compreensão da Teoria das Três Idades é fundamental, pois será com base nela que todos os estudos e
práticas serão desenvolvidos. Estudamos juntos os arquivos corrente e intermediário porque as
diferenças entre eles são pequenas. Aliás, pelas características dos dois arquivos, alguns autores chegam
a afirmar que o arquivo intermediário é uma “extensão” do arquivo corrente. A não ser pela frequência
de uso de seus documentos, não há diferenças significativas entre eles. Vamos falar sobre cada um.
Arquivos Correntes
A primeira das fases, o arquivo corrente, é caracterizado por guardar documentos que são
consultados frequentemente pelo seu produtor. São documentos de grande valor primário e vitais para
as atividades administrativas.
Este arquivo deve estar o mais próximo possível de seu produtor, tanto física quanto logicamente.
Seus documentos, sendo extremamente necessários, estão com o máximo do valor primário.
Sua configuração, como vimos na aula anterior, pode ser arquivo setorial (dividido nos vários
departamentos) ou central (localizado em apenas um ambiente). E somente o arquivo corrente pode ter
esta configuração.
Atividades de pesquisa;
Diagnósticos;
Avaliação de Documentos;
Classificação de Documentos;
Preservação de Documentos.
Dica de prova: Nesta fase os documentos não são de interesse público, por mais que tenham o
valor secundário. Por isso o acesso aos documentos somente é autorizado ao seu produtor, ou a
terceiros com a permissão daquele.
Arquivos Intermediários
Os arquivos intermediários são a segunda fase, e são responsáveis por guardar documentos com
valor primário decrescente, ou seja, que estão perdendo sua importância administrativa. Exatamente
por este motivo, esses documentos sofreram uma redução na frequência de sua utilização.
Os documentos desse arquivo não são mais necessários para a realização de atividades
administrativas, mas ainda devem ser mantidos como prova de direitos e obrigações das partes
envolvidas. Mas mesmo assim ainda tem o seu acesso restrito ao produtor ou a terceiros, com a
autorização desse.
Sua configuração deve ser um depósito com grande espaço interno e estruturas firmes, com
recursos humanos e materiais adequados á preservação e recuperação da informação. A localização
deve ser a mais distante possível do produtor, em locais de seguros e longe de áreas de riscos naturais
ou militares, para viabilizar o fluxo do arquivo corrente.
A principal justificativa para a criação dessa fase é a facilidade da gestão dos documentos
correntes e a economia de recursos humanos, materiais e de espaço. Por isso sua implementação deve
ser precedida de estudo prévio, feito por especialistas, onde seja apontada a necessidade de sua
criação; caso contrário, vai se tornar um verdadeiro “elefante branco” para a instituição, tendo o efeito
contrário ao esperado.
Arquivamento;
Empréstimo e Consulta;
Protocolo
O protocolo é o conjunto de atividades que tem por objetivo controlar o trâmite, isto é, a
movimentação interna do documento no ambiente interno da instituição. O protocolo é um conjunto de
atividades que está inserido na fase de utilização da Gestão de Documentos.
Entende-se por protocolo o conjunto de operações técnicas que visam controlar o trâmite de
documentos dentro de uma instituição. A palavra protocolo, assim como arquivo, é um termo
polissêmico, e pode significar:
- O número atribuído ao documento quando capturado pelo sistema da instituição. Neste caso
chamamos de protocolo o número de registro que o documento recebe. Este número será a
identificação do documento dentro da instituição. È muito utilizado em processos.
Neste caso o protocolo é o caderno onde são feitas as anotações sobre a movimentação do
documento. O espaço é destinado para anotações como o número do documento, a data de
recebimento e a assinatura do destinatário.
Recebe o documento;
Dica de prova: As atividades de protocolo estão associadas às funções de arquivo corrente! Pelas
suas características, os arquivos correntes guardam documentos que estão em uso freqüente ou
constantemente consultados.
Então, para não esquecer ou confundir: as atividades de protocolo somente são realizadas no
arquivo corrente; e estão ligadas à entrada e controle de documentos dentro da instituição.
Classificação de Documentos
Não confundam a Classificação dos Documentos de Arquivo, com esta que vamos estudar agora. O
que vamos estudar agora são as atividades de Classificação de Documentos, ou seja, o ato de atribuir ao
documento um código que corresponda ao seu ingresso no sistema de documentos de uma instituição.
Além disso, a atividade de Classificação, assim como o protocolo, é uma das atividades de Gestão
de Documentos, inserida na fase de utilização. A classificação do documento é feita no momento em
que este chega ao protocolo e pelo profissional que o recebeu.
O código deverá ser aquele em vigor na instituição, e estabelecido pela Comissão Permanente de
Avaliação. Esta comissão deve ser formada por profissionais das diversas áreas do conhecimento e de
atuação da instituição.
Como podem perceber, os documentos recebem códigos de acordo com a função da instituição.
Esta função é dividida em subfunções, atividades e tarefas. Sempre se vai do geral para o específico.
A classificação deve ser realizada por profissional habilitado para este fim, e seguir algumas
operações e rotinas. As operações são:
ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a fim de verificar sob que assunto deverá ser
classificado e quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A referência cruzada é um
mecanismo adotado quando o conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.
2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) secundário(s) de acordo com seu
conteúdo (estudo);
QUESTÕES DE CONCURSOS
PLANEJAMENTO
01. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item que se segue, relativo
ao processo administrativo e sua aplicação às organizações da administração pública.
02. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item que se segue, relativo
ao processo administrativo e sua aplicação às organizações da administração pública.
A função administrativa de planejamento define objetivos, metas e a programação de quem fará o que,
como e em que tempo.
04. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) A respeito das principais
abordagens da administração e suas funções, julgue o item a seguir.
O planejamento é uma função administrativa que deve ser desenvolvida de forma paralela às funções
de organização, direção e controle.
05. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) No que se refere ao planejamento
estratégico, à administração por objetivos e ao processo decisório, julgue o item seguinte.
O planejamento estratégico enfatiza o longo prazo, é voltado para as relações da organização com seu
meio ambiente e envolve toda a organização.
06. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) No que se refere ao planejamento
estratégico, à administração por objetivos e ao processo decisório, julgue o item seguinte.
No âmbito do planejamento estratégico, a visão é um conceito que define o papel que a organização
assume na sociedade.
07. (CESPE – 2018 – EBSERH – TECNÓLOGO – GESTÃO PÚBLICA) Julgue o item seguinte, no que tange a
conceitos, métodos e técnicas de planejamento estratégico, modelos de gestão, estruturas
organizacionais e avaliação de desempenho.
08. (CESPE – 2018 – EBSERH – TECNÓLOGO – GESTÃO PÚBLICA) Julgue o item seguinte, no que tange a
conceitos, métodos e técnicas de planejamento estratégico, modelos de gestão, estruturas
organizacionais e avaliação de desempenho.
As flutuações cambiais são irrelevantes para o planejamento da estratégia de uma empresa brasileira
revendedora de medicamentos inserida no contexto nacional, independentemente do mercado de
atuação.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
E C C E C E E E
01. (CESPE – 2018 – STM – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Acerca das funções da administração e
da atuação dos gestores em organizações contemporâneas, julgue o item a seguir.
02. (CESPE – 2016 – FUNPRESP/JUD – SUPERIOR) A respeito das funções da administração, julgue o
item seguinte.
03. (CESPE – 2016 – FUNPRESP/EXE – ANALISTA) Julgue o item seguinte, relativo ao processo de
planejamento administrativo e às funções que o compõem.
04. (CESPE – 2018 – STJ – TÉCNICO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Acerca da gestão e da prestação de
serviços públicos no Brasil, julgue o item a seguir.
05. (CESPE – 2017 – SEDF – APOIO ADMINISTRATIVO) Com relação a equilíbrio organizacional,
liderança, motivação e objetivos da gestão de pessoas, julgue o seguinte item.
Tornar as tarefas mais desafiadoras é uma forma de motivar pessoas e de desenvolver nelas o
sentimento de que as atividades estão ficando mais enriquecedoras.
De acordo com a teoria dos dois fatores — os motivacionais e os higiênicos —, classificação proposta
por Herzberg, as condições ambientais estão diretamente relacionadas ao trabalho e constituem
elemento motivacional para o indivíduo.
Sendo uma ação autorregulada e persistente, dirigida a determinados objetivos e ativada por
necessidades intrínsecas, a motivação tende a ser pouco influenciada por iniciativas organizacionais e
gerenciais de remuneração e valorização.
Segundo a teoria dos motivos, de McClelland, aspirar realizar metas elevadas, procurar relações
interpessoais fortes e buscar aprovação dos outros são características de pessoas que demonstram que
a motivação está baseada em motivos de sucesso.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
E C C E C E E E
EQUIPES
01. (CESPE – 2017 – TRF/1ª REGIÃO – TÉCNICO – SEGURANÇA E TRANSPORTE) A respeito do trabalho
em equipe, julgue o item subsequente.
02. (CESPE – 2017 – TRF/1ª REGIÃO – TÉCNICO – SEGURANÇA E TRANSPORTE) A respeito do trabalho
em equipe, julgue o item subsequente.
03. (CESPE – 2017 – TRF/1ª REGIÃO – TÉCNICO – SEGURANÇA E TRANSPORTE) A respeito do trabalho
em equipe, julgue o item subsequente.
Em uma equipe, o alcance de resultados é medido pela soma do alcance das metas individuais de seus
membros.
04. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente à
gestão de pessoas e à gestão da qualidade em organizações.
06. (CESPE – 2016 – DPU – ANALISTA) A respeito de comportamento organizacional, julgue o item que
se segue.
Um dos problemas comuns em equipes de trabalho heterogêneas refere-se à tendência de haver maior
identificação das pessoas com suas equipes anteriores do que com a equipe a que atualmente
pertencem.
07. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Acerca do trabalho em equipe, julgue o item
subsecutivo.
Ao criar equipes, o órgão se beneficia porque, nelas, há maior número de perspectivas das demandas,
bem como de diferentes abordagens que podem estar disponíveis para se resolver determinado
problema.
08. (CESPE – 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Acerca do trabalho em equipe, julgue o item
subsecutivo.
A formação de equipes nem sempre progride sem turbulências, o que pode gerar discussões entendidas
como destrutivas.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
C C E C C C C C
LIDERANÇA
01. (CESPE – STM – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item seguinte, relativo a gestão e
estrutura de organizações.
Líderes liberais são aqueles que adotam postura consultiva, compartilhando com suas equipes a tomada
de decisão.
02. (CESPE – 2017 – SEDF – APOIO ADMINISTRATIVO) Com relação a equilíbrio organizacional,
liderança, motivação e objetivos da gestão de pessoas, julgue o seguinte item.
03. (CESPE – 2016 – FUB – AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO) Julgue o próximo item, a respeito de
administração geral e postura profissional.
Nas organizações, um dos papéis do líder é motivar seus subordinados e isso ele alcança exercendo
habilidades interpessoais.
04. (CESPE – 2016 – ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere a gestão de pessoas,
equilíbrio organizacional, motivação e liderança, julgue o item subsequente.
A liderança nas organizações, sinônimo de administração, deve ser atribuída aos administradores que
demonstrem maior capacidade para planejamento, organização, direção e controle.
05. (CESPE – 2016 – TCE/PA – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ADMINISTRAÇÃO) No que se refere
a liderança, comunicação e controle, julgue o item subsequente.
O impacto das ações do líder sobre os indivíduos e o compromisso permanente e duradouro com a
mudança pessoal devem ser considerados para a sustentabilidade da liderança e para a motivação das
pessoas.
06. (CESPE – 2016 – TCE/PA – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ADMINISTRAÇÃO) Com relação a
liderança, motivação e comunicação, julgue o item seguinte.
O líder que apresenta o poder de referência é aquele que influencia uma equipe pelo respeito por seus
conhecimentos, além de apresentar habilidades relacionadas às atividades desempenhadas pela sua
equipe.
08. (CESPE – 2015 – STJ – ANALISTA JUDICIÁRIO) Com referência à gestão de pessoas, julgue o item que
se segue.
Os estilos de liderança podem ser classificados em duas dimensões: orientação para relacionamentos,
que engloba os estilos dominante, diretivo e autocrático; e orientação para tarefas, com a classificação
em estilos participativo, estimulador e apoiador.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
COMUNICAÇÃO
01. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Julgue o item subsequente, relativo à
motivação e liderança, e ao controle.
No âmbito das organizações, a comunicação é afetada por ruídos que podem alterar ou deturpar a
mensagem transmitida de forma imprevisível e são passíveis de redução por meio da redundância.
O telefone é o canal de comunicação por meio do qual a mensagem emitida pelo atendente é
transmitida durante o atendimento telefônico.
A mensagem de uma comunicação deve ser transmitida da forma mais clara possível, para evitar ruídos
no entendimento por parte do receptor.
Ao receber a mensagem do emissor, o receptor a compreende imediatamente, sem reagir nem julgar
seu conteúdo ou forma de expressão.
Os termos comunicar e informar são sinônimos: ambos constituem ações que significam enviar uma
mensagem para alguém.
06. (CESPE – 2016 – TCE/PA – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ADMINISTRAÇÃO) No que se refere
aos fundamentos de motivação, comunicação e controle, julgue o próximo item.
Os emitentes das comunicações organizacionais devem zelar pela coerência entre o discurso e a prática,
porque a forma mais persuasiva de se comunicar está nas atitudes apresentadas.
07. (CESPE – 2016 – TCE/PA – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ADMINISTRAÇÃO) Com relação a
liderança, motivação e comunicação, julgue o item seguinte.
08. (CESPE – 2015 – FUB – TECNÓLOGO) Acerca da comunicação interpessoal e organizacional, das
barreiras à comunicação e da comunicação formal e informal na organização, julgue o item subsecutivo.
É correto afirmar que o processo de comunicação ocorreu satisfatoriamente quando o diretor de uma
organização redige uma orientação estratégica contendo dados de produtividade, bem como a análise
dos resultados obtidos.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
C C C E E C C E
01. (CESPE – 2018 – STJ – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente ao
processo decisório.
Decisões não programadas costumam caracterizar-se pelo risco e pela incerteza, razão por que
demandam uma maior capacidade de análise e de posicionamento do gestor.
02. (CESPE – 2018 – STJ – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente ao
processo decisório.
Decisões táticas destinam-se a lidar com problemas de rotina, visando à execução de atividades.
03. (CESPE – 2018 – STJ – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente ao
processo decisório.
No caso das decisões programadas, tomam-se por base julgamentos pessoais, uma vez que essas
decisões são demandadas em condições nas quais o ambiente é estático, com um alto grau de certeza.
04. (CESPE – 2018 – STM – TÉCNICO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o próximo item, relativo ao
processo racional de solução de problemas e a tipos de decisões.
Processos de tomada de decisão racional são sempre limitados, entre outros fatores, pela capacidade
cognitiva do tomador de decisão em questão.
05. (CESPE – 2018 – STM – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Com referência a gestão de processos
e processos decisórios, julgue o próximo item.
06. (CESPE – 2016 – FUNPRESP/EXE – ANALISTA) Julgue o item seguinte, relativo ao processo de
planejamento administrativo e às funções que o compõem.
Não há processo decisório quando as decisões de uma organização são tomadas em variados níveis
hierárquicos.
07. (CESPE – 2015 – TELEBRAS – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Julgue o próximo item referente à função
administrativa das organizações.
08. (CESPE – 2015 – STJ – TÉCNICO – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item subsequente, acerca do
processo racional de solução de problemas.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
C E E C C E E C
GESTÃO DE PESSOAS
01. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente à
gestão de pessoas e à gestão da qualidade em organizações.
02. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente à
gestão de pessoas e à gestão da qualidade em organizações.
03. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Julgue o item a seguir, referente à
gestão de pessoas e à gestão da qualidade em organizações.
04. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à gestão de pessoas em
uma organização, julgue o item seguinte.
A necessidade do aumento da produtividade nas organizações tornou o trabalho mais flexível, o que
rompeu com as identidades e os papéis profissionais definidos.
05. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à gestão de pessoas em
uma organização, julgue o item seguinte.
Todas as modalidades de recompensas e punições são legítimas, caso se fundamentem no estímulo aos
esforços individuais em prol dos objetivos organizacionais.
06. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à gestão de pessoas em
uma organização, julgue o item seguinte.
A expectativa do indivíduo sobre a sua habilidade em desempenhar uma tarefa com sucesso é uma
importante fonte de motivação no trabalho.
07. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à gestão de pessoas em
uma organização, julgue o item seguinte.
Segundo Frederick Herzberg, um dos teóricos das teorias motivacionais, há dois fatores que explicam o
comportamento das pessoas: os higiênicos e os motivacionais.
08. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Em relação à gestão de pessoas, julgue o
item que se segue.
No âmbito da gestão de pessoas, os funcionários de uma organização são vistos como talentos
fornecedores de competências fundamentais para o sucesso da organização em questão.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
C E E C E C C C
01. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) A respeito da gestão de projetos e
processos e da sua aplicação às organizações públicas, julgue o item subsequente.
02. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) No que concerne a noções de gestão de
processos, julgue o item subsequente.
O espaço de melhoria de um processo corresponde à diferença entre a situação atual (as is) e a situação
desejada (to be).
03. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) No que concerne a noções de gestão de
processos, julgue o item subsequente.
Apesar de possibilitar a organização de processos, o diagrama de causa e efeito sequencial não deve ser
utilizado como ferramenta auxiliar para montar o fluxograma, por não revelar os gargalos produtivos.
04. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) No que concerne a noções de gestão de
processos, julgue o item subsequente.
O modelo genérico de um processo qualquer, mas que seja controlado, pode ser descrito por entradas
planejadas, transformações controladas e resultados previstos.
05. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) No que concerne a noções de gestão de
processos, julgue o item subsequente.
Independentemente das técnicas ou dos métodos utilizados, o mapeamento de processos deve ser
elaborado em conjunto com a média e a alta gerência organizacional, pois somente esses níveis
hierárquicos possuem visão sistêmica suficiente para informar sobre cada atividade e tarefa
desenvolvidas em um processo.
06. (CESPE – 2018 – EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO) No que concerne à gestão de projetos e
gestão de processos, julgue o item a seguir.
Símbolos utilizados para o mapeamento de processos sempre variam conforme os custos relacionados
com as diferentes atividades que ocorrem durante o processo.
07. (CESPE – 2018 – STJ – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Com relação a técnicas de mapeamento,
análise e melhoria de processos, julgue o próximo item.
08. (CESPE – 2018 – STJ – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA) Com relação a técnicas de mapeamento,
análise e melhoria de processos, julgue o próximo item.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
C C E C E E E C
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A nova administração pública se baseia na aplicação do poder racional-legal à gestão pública, seguindo
parâmetros weberianos.
Durante o governo de Getúlio Vargas, implementou-se a chamada reforma burocrática, que buscava
fortalecer a meritocracia e a profissionalização na gestão pública.
05. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à reforma do Estado e à
administração pública gerencial, julgue o item subsequente.
Administração para Administradores com Giovanna Carranza
A administração pública gerencial brasileira envolve quatro setores: o núcleo estratégico, as atividades
exclusivas do Estado, os serviços não exclusivos do Estado e a produção de bens e serviços para o
mercado.
06. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à reforma do Estado e à
administração pública gerencial, julgue o item subsequente.
07. (CESPE – 2018 – EBSERH – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Com referência à reforma do Estado e à
administração pública gerencial, julgue o item subsequente.
08. (CESPE – 2018 – EBSERH – TECNÓLOGO – GESTÃO PÚBLICA) Julgue o próximo item, a respeito dos
modelos de gestão pública: patrimonialista, burocrático e gerencial.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
E E C C C C E C
ARQUIVOLOGIA
01. (CESPE – 2018 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Acerca de princípios e de conceitos
arquivísticos, julgue o item que se segue.
02. (CESPE – 2018 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Acerca de princípios e de conceitos
arquivísticos, julgue o item que se segue.
Os arquivos de um órgão público existente há mais de cem anos fazem parte de um fundo aberto.
Entre as principais características do documento de arquivo, a autenticidade é a que tem ganhado maior
destaque com o cenário digital.
04. (CESPE – 2018 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Acerca de princípios e de conceitos
arquivísticos, julgue o item que se segue.
05. (CESPE – 2018 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Acerca de princípios e de conceitos
arquivísticos, julgue o item que se segue.
06. (CESPE – 2018 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) No que se refere a protocolo, julgue o
item subsequente.
O protocolo providencia a tramitação dos documentos de arquivo e toma decisões sobre as demandas
contidas neles.
O ciclo vital dos documentos de arquivo compreende três idades. A primeira delas é a idade corrente,
durante a qual os documentos têm localização física mais próxima ao acumulador do documento.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
E C C E C E C C