Henrique foi denunciado por induzir aborto em Marta, que não estava grávida. Após a pronúncia, Henrique interpôs recurso em sentido estrito alegando (1) ausência de justa causa para a denúncia, já que Marta não estava grávida, e (2) nulidade do processo por juntada tardia de provas após as alegações finais.
Henrique foi denunciado por induzir aborto em Marta, que não estava grávida. Após a pronúncia, Henrique interpôs recurso em sentido estrito alegando (1) ausência de justa causa para a denúncia, já que Marta não estava grávida, e (2) nulidade do processo por juntada tardia de provas após as alegações finais.
Henrique foi denunciado por induzir aborto em Marta, que não estava grávida. Após a pronúncia, Henrique interpôs recurso em sentido estrito alegando (1) ausência de justa causa para a denúncia, já que Marta não estava grávida, e (2) nulidade do processo por juntada tardia de provas após as alegações finais.
Henrique, nascido em 04/03/1996, primário, começou a namorar Marta,
jovem que recentemente completou 15 anos de idade. Após o início do namoro, ainda muito apaixonado, ele foi surpreendido com a informação de que Marta estaria grávida de seu ex-namorado, o adolescente Antônio, com quem mantivera relações sexuais. Marta demonstrou muita preocupação com a reação de seus pais, diante da gravidez precoce, e em desespero, solicitou ajuda a Henrique para realizar um aborto. Diante disso, no dia 23/03/2014, no Rio de Janeiro, Henrique adquiriu remédio abortivo cuja venda era proibida sem prescrição médica e o entregou para a namorada, que de imediato passou a fazer uso dele. Marta, então, começou a passar mal e expeliu algo não identificado pela vagina, que ela acredita ser o feto. Os pais da adolescente presenciaram os fatos e levaram a filha imediatamente para o Hospital, em seguida compareceram a Delegacia de Polícia e narraram o ocorrido. No hospital foi informado pelos médicos que, na verdade, Marta possuía um cisto, mas nunca estivera grávida, e o que fora expelido não era um feto. Após investigação, no dia 18/04/2014, Henrique vem a ser denunciado pelo crime tipificado no art. 126, caput, c/c o art. 14, inciso II do CP, perante o Juízo do I Tribunal do Júri da Comarca da Capital/RJ. A petição inicial acusatória foi recebida em 20/04/2014. Durante a instrução de primeira fase do procedimento especial, foram ouvidas as testemunhas e Marta, assim como interrogado o réu, todos confirmando o ocorrido. As partes apresentaram alegações finais orais, e o juiz determinou a conclusão do processo para decisão. Antes de proferir a decisão, mas após manifestação das partes em alegações finais, foram juntados aos autos o Boletim de Atendimento Médico de Marta, no qual consta a informação de que ela não estivera grávida no momento dos fatos, a Folha de Antecedentes Criminais de Henrique sem outras anotações e um exame de corpo de delito, que indicava que o remédio utilizado não causara lesões na adolescente. Com a juntada da documentação, de imediato sem a adoção de qualquer medida, o magistrado proferiu decisão de pronúncia nos termos da denúncia, sendo publicada na mesma data, qual seja, 18 de junho de 2018, segunda-feira, ocasião em que as partes foram intimadas. Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Henrique, redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo para a interposição, considerando-se que todos os dias de segunda a sexta-feira são úteis em todo o país. A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
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