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Cuidados Paliativos
Fátima, 89 anos, portadora de DPOC, DM, HA, obesa e tabagista desde os 20 anos. Viúva, possui somente um filho que vive em
outra cidade. Trazida ao PS pelo SAMU após mal súbito na rua de sua casa enquanto conversava com vizinhos. Relato de PCR
por 8 minutos durante o trajeto até o hospital, chega intubada e encaminhada à UTI. Sua acompanhante é Simone, uma de suas
vizinhas, que informa que a paciente sempre foi muito solitária e que recebe raras visitas de seu filho e que já percebeu que a
relação entre os dois é conflituosa. Simone também relata que sempre Fátima passava mal lhe dizia que seu maior medo era
de morrer sozinha, jogada e esquecida em um hospital, e que pedia para que tivesse uma morte rápida. Após 4 dias de
internação o filho, Felipe, a visita pela primeira vez e em conversa com a médica assistente e enfermeira da UTI recebe a
informação de que o estado de sua mãe é gravíssimo, ela encontra-se em coma vigil, ainda com TOT/ AVM, pneumonia que não
responde aos tratamentos propostos, com exacerbação da doença pulmonar crônica e com prognóstico reservado.
Após receber a informação Felipe fica visivelmente alterado, muito nervoso e diz à medica que ela tem obrigação de salvar a
vida de sua mãe, uma vez que a medicina está tão avançada e ameaça processar o hospital e equipe de enfermagem por maus
tratos, pois estava presente em uma troca de fralda e percebeu que sua mãe apresentava uma grande lesão em região sacral,
mas a enfermeira Letícia garante que realizou a admissão de sua mãe e a mesma não apresentava nenhuma lesão e que era
impossível que houvesse uma lesão tão profunda quanto a que o filho descrevia. Letícia esclarece que há 02 dias atrás notou
hiperemia, mas que já estava supervisionando a mudança de decúbito de 2 em 2 horas, que conseguiu liberação de um colchão
pneumático e que todos cuidados estava sendo prestado conforme o ideal. Intrigada, Letícia avalia a paciente e durante
avaliação nota as seguintes características:
Em apenas 02 dias a lesão aumentou drasticamente de tamanho, com bordas irregulares que a deixavam semelhante a uma
“borboleta”, o tecido antes somente apresentando hiperemia agora apresentava tecido necrótico e que a progressão foi muito
rápida. Ao discutir com a médica assistente os aspectos da lesão, fica agenda uma conferência familiar com o filho, o que deve
ser abordado nesta conversa?
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
Arnaldo, 80 anos, portador de Alzheimer (FAST 7) admitido na UTI proveniente do PS devido quadro de SEPSE de partes moles. Ao ser examinado a
equipe identifica 02 lesões:
Lesão por pressão estágio 4 em região sacral, 10x8x4, presenta de tecido desvitalizado e exposição de osso, presença de tecido necrótico e
exsudato em abundante quantidade, odor fétido e amarelado.
Lesão por pressão em Região Trocantérica estágio 4, medindo 8x7x5, com bordas regulares, exsudato purulento em grande quantidade, odor
fétido e quando manipulada a área, paciente apresenta face de dor.
Também são observadas diversas lesões por pressão estágio 2 em região de calcâneo, escapular e occipital. Paciente gemente quando
manipuladas áreas de lesão, faces de dor.
Acompanhado pelo cuidador Thiago, colaborador da ILPI onde Srº Arnaldo vive há 8 anos. Thiago conta que Srº Arnaldo é visitado todos os
domingos pelos 2 filhos, João e Rafael, e suas respectivas esposas. Também informa que os filhos e noras o visitam rapidamente pois sempre
estão com pressa, mas que pagam a mensalidade rigorosamente e fornecem materiais para cuidado pessoal sempre que necessário, sempre de
excelente qualidade, mas não fazem perguntas em relação ao cuidado e não questionam condutas médicas.
Ele conta que Srº Arnaldo é dono de uma grande construtora da cidade, um homem que sempre foi muito poderoso e vaidoso, casou-se 5 vezes e
a última esposa o deixou após o diagnóstico de Alzheimer. Sempre praticou natação, seu esporte preferido e viajava para os mais diversos litorais,
até os 70 anos era um homem extremamente vaidoso e muito elegante, segundo informações de Thiago, que finaliza com a frase: “Agora está aí,
cheio de buraco pelo corpo, parece que desmanchando um pouco a cada dia. Coitado! Isso não é vida, ele ficaria muito triste em ver o corpo dele
deste jeito”.
Diante de todo relato da biografia do paciente e avaliação das lesões, a enfermeira Patrícia solicita curativos de alto custo, que são negados pela
operadora de saúde por se tratar de um paciente em Cuidados Paliativos. Além disso, os técnicos de enfermagem de sua equipe também a
questionam sobre a necessidade de troca diária dos curativos, uma vez que o paciente não terá as lesões cicatrizadas. Patrícia solicita ajuda da
equipe de Cuidados Paliativos para discutir o caso junto à auditoria da operadora de saúde e equipe da UTI. Como seria a abordagem de sua
equipe?
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
124 Pacientes
64% DAS LESÕES ESTAVAM EM DETERIORAÇÃO.
SEDAÇÃO CONTÍNUA PREDILETOR DE DETERIORAÇÃO, ALÉM DE ASSOCIAR A PIORA MAIS
RÁPIDA.
(NPUAP, 2016)
GRAU
ESTÁGIO
IV
NUMÉRICOS (1,2...)
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
Esfacelo e /ou escara pode estar visível e a profundidade do dano tissular varia
conforme a localização anatômica.
Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode
parecer diferente em pele de cor escura.
Quando tecidos e/ou estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por
pressão com perda total de tecido.
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas),
descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente.
Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme, o leito da ferida é viável,
úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta ou rompida.
O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis, tecido de granulação, esfacelo e escara
não estão presentes.
Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade,
incluindo a dermatite associada à incontinência (DAI), lesão de pele associada a adesivos médicos
ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões).
FATORES DE RISCO
Escala de Braden
FISIOPATOLOGIA DAS LESÕES POR PRESSÃO
FISIOPATOLOGIA DAS LESÕES POR PRESSÃO
Chicago, 2008
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 2
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 3
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 4
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 5
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 6
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 7
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 8
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 9
PREVENÇÃO
5 P's
PRESCRIÇÃO
PRESERVAÇÃO
PALIAÇÃO
PREFERÊNCIAS
(NPUAP, 2009)
POSICIONAMENTO 10
S.C.A.L.E
(NPUAP, 2009)
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
55,70%
óbitos ocorreram até 6 semanas após terem
desenvolvido determinado tipo de lesão.
Insuficiência vascular
(Maia, 2019)
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
(Maia, 2019)
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
Evolução em 72 horas:
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
Condutas UTK:
Compreender as UTK permite à Desmistificar a ideia de que as lesões
equipe preparar a família para a surgem por negligência dos
proximidade do óbito. profissionais de saúde.
(Maia, 2018)
LESÕES DE PELE EM CUIDADOS PALIATIVOS
Condutas UTK:
(Barrioso, 2019)
Tratamento de Lesões
TECIDOS INVIÁVEIS
TECIDOS INVIÁVEIS
TECIDOS INVIÁVEIS
TECIDOS VIÁVEIS
Tratamento de Lesões
PREVENÇÃO
Tratamento de Lesões
DESBRIDAMENTO
Tratamento de Lesões