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Casos práticos I
I
Foi colocado em terreno privado o símbolo de uma marca de cerveja. A Câmara diz ser
devida uma taxa, pois estamos perante publicidade.
Para sabermos se a câmara pode cobrar uma taxa temos de perceber se esta mensagem é
publicidade ou não. Para concluirmos se temos ou não publicidade temos de analisar o artigo 3º
do Código da Publicidade.
O artigo 3º compreende 3 elementos que iremos analisar:
Porque é que temos de interpretar da forma mais ampla possível o conceito de publicidade? Para
proteger os destinatários ao abrigo das leis de publicidade.
II
De um artigo de revista consta uma reportagem referente a um novo telemóvel. Os leitores
são informados das características positivas do novo dispositivo. O artigo foi pedido e pago
pela empresa comercializadora. Em momento algum se faz referência a esta circunstância.
O problema que se coloca aqui é perceber se existe ou não publicidade oculta, se esta existir há
uma violação do princípio da identificabilidade. O princípio da identificabilidade diz-nos que as
mensagens publicitárias devem ser identificadas como tal, a razão de ser deste princípio é
proteger os destinatários de modo a que eles estejam conscientes da mensagem e dos possíveis
exageros.
Para que esta mensagem seja de natureza publicitária temos de ver se estão presentes os
elementos do artigo 3º.
Elemento objetivo: faz-se referência a um produto de uma determinada marca, pelo que
há uma comunicação comercial realizada no âmbito de uma atividade económica.
Elemento subjetivo: o titular da marca é de natureza privada.
Elemento teleológico: aqui não há dúvidas que a mensagem tem natureza persuasiva
pois há um pagamento, há uma relação entre o titular da marca e o titular do suporte
publicitário. Então, temos aqui publicidade e esta deveria ser identificada como tal, temos
aqui uma violação do princípio da identificabilidade o que coloca tanto o titular da marca
como o do suporte publicitário estão sujeitos a sanções.
Então, temos aqui publicidade e esta deveria ser identificada como tal, temos aqui uma violação
do princípio da identificabilidade (publicidade oculta) o que coloca tanto o titular da marca como o
do suporte publicitário estão sujeitos a sanções.
III
Em blogue, o seu Autor manifesta preferência por roupa de uma determinada marca. O
titular da marca tem uma relação familiar próxima com o autor do blogue.
O problema que se coloca aqui é perceber se existe ou não publicidade, se esta existir há uma
violação do princípio da identificabilidade. O princípio da identificabilidade diz-nos que as
mensagens publicitárias devem ser identificadas como tal, a razão de ser deste princípio é
proteger os destinatários de modo a que eles estejam conscientes da mensagem e dos possíveis
exageros.
Para que esta mensagem seja de natureza publicitária temos de ver se estão presentes os
elementos do artigo 3º.
Elemento objetivo: faz-se referência a um produto de uma determinada marca, pelo que
há uma comunicação comercial realizada no âmbito de uma atividade económica.
Elemento subjetivo: o titular da marca é de natureza privada.
Elemento teleológico: O fato de não haver pagamento não quer dizer que não seja uma
mensagem publicitária. Temos de analisar os outros indícios, nomeadamente, a relação
familiar entre o autor e o titular da marca e o carácter de natureza elogiosa da mensagem.
Desta forma, concluímos que estamos perante publicidade e o blogue deveria ser identificado
como publicidade. Não acontecendo isso, estamos perante publicidade oculta e tanto o autor do
blogue como o titular da marca estão sujeitos a consequências.
IV
C. Maçã: “de uma bebida à base de água mineral natural com gás e
ingredientes 100% naturais, com um sabor leve e refrescante a maçã” É feita
menção na respetiva embalagem a “PEDRAS – (SABOR) – INGREDIENTES 100%
NATURAIS”.
No entanto, está comprovado que a água gasificada contém
componente químicos.
Mais uma vez, o que está em causa é o princípio da veracidade.
Ver se se dirige a consumidores ou profissionais (definição e a quem se destina).
Dizer que se aplica o decreto de lei 57/2008
Temos publicidade enganosa por ação.
Ver se se enquadra no artigo 7º ou no artigo 8º.
Podemos enquadrar no alínea o) do artigo 8º (produtos alimentares normalmente enquadramos
aqui) OU senão se considerar este enquadramento, vamos ao artigo 7º averiguamos se o
consumidor médio se deixaria enganar. (opinião subjetiva).
III
Admita que uma empresa, cujo objecto consiste na produção e comercialização de
dispositivos para a agricultura, lança uma campanha publicitária exclusivamente dirigida a
profissionais, no sentido de promover um novo dispositivo. No anúncio, afirma-se que a
respectiva aquisição envolve o desconto automático de 10% no preço. No entanto, esta
promoção vale apenas nos primeiros dois meses após o momento do seu lançamento no
mercado.
Está em causa o princípio da veracidade, nomeadamente publicidade enganosa dirigida a
profissionais.
Temos de partir do artigo 11° do CP. que nos remete para o decreto de lei 57/2008 e procurar
sobre publicidade dirigida a profissionais (art 7 n3). O profissional não está protegido por omissão,
nem toda publicidade enganosa por ação em todos os casos.
Neste caso, a publicidade é enganosa por omissão (emitimos na mensagem publicitária a
informação).
Concluindo, o decreto de lei 57/2008 não protege os profissionais da publicidade enganosa por
omissão. No entanto, há outras formas de o proteger noutras leis.
IV
A NOS promoveu uma campanha publicitária, no ano de 2019, com o objectivo de anunciar a
adequação da sua rede à tecnologia 5G-
Contudo, a tecnologia 5G apenas estaria disponível no mercado em meados do ano de 2020.
A MEO contestou a sua conformidade com a ordem jurídica
Casos práticos
I
Assim, importa analisar se o uso do símbolo em causa está a ser utilizado de forma
deprecativa. Atendendo ao texto, deduz-se que não.
II
A mensagem é dirigida a consumidores, pessoa singular que adquire bens e serviços para
fins domésticos, são aqueles que o legislador concede uma maior proteção devido á sua
menor racionalidade.
Desta forma, o único artigo que esta comunicação viola é o artigo 13º do Código da
publicidade.