Você está na página 1de 21

DIREITO DO

CONSUMIDOR
LEI Nº 8.078 DE 11/09/1990
DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR
QUEM SÃO OS
CONSUMIDORES
• Todos somos consumidores podendo
ser em pouca escala ou larga escala.
Será que realmente somos
consumidores????
QUEM É O CONSUMIDOR PROPRIAMENTE
DITO?

• Primeiro temos que identificar a relação de consumo, se é consumidor ou não, para ser aplicado
o CDC, porque, nem todos os casos se aplicam o CDC.
• Ex. alguém comprou um produto para revender, é considerado consumidor? A resposta é não, neste caso, deixa
de existir a relação de consumo.

• Comprei uma TV 50” pra minha casa. Sou consumidora? Sim

• Quem compra para revender é fornecedor, não consumidor.


IDENTIFICANDO A RELAÇAO DE CONSUMO

• NESSA RELAÇÃO, O IDEAL É QUE SE ENCONTRE:

• QUEM É,

• O Sujeito ativo => consumidor

• O Sujeito passivo => fornecedor

• O Objeto => Produto ou serviço


Existem duas espécies de consumidor:

• 1º Consumidor Stand – localizado no Art. 02º CDC

 É o destinatário final, ou seja, quem compra para uso próprio.

• Ex. Se eu compro um óculos na Loja Tamyres, estou comprando pra


uso próprio, não para revenda, não estou obtendo lucro.

• Agora, se eu compro 50 óculos de sol para revender, não estou


enquadrada como consumidora e sim, como revendedora.

ESPÉCIES DE
CONSUMIDORES
• 2º Consumidor por equiparação – esta espécie de consumidor,
podemos achar nos artigos 17 e 29 do CDC

 Art. 17 – Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as
vítimas do evento.

• As vítimas do evento, são pessoas que sofrem danos em uma relação de


consumo.
o Uma pessoa compra uma TV ,e explode e fere seu vizinho.
▪ O vizinho pode ser chamado de consumidor? Sim. Ele é um
consumidor por equiparação, porque ele foi uma vítima do evento,
que é o evento de consumo. ESPÉCIES DE
o Consumidor por equiparação do art. 17, são terceiros que sofrem
danos em razão de uma relação de consumo.
CONSUMIDORES
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO DO ART. 29 - CDC

 Agora, quem é o consumidor por equiparação do artigo 29?


o Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
o São pessoas expostas a oferta.
▪ O que quer dizer isso, oferta???
▪ Você está acessando suas redes sociais, e aparece alguém te oferecendo um curso, uma bola, um sapato, nesse caso,
você está sendo ofertado.
▪ Na hora você olha a oferta, printa a tela e vai até o fornecedor/loja e pede o produto que foi ofertado, e percebe que não
é nada do que ofereceram, nada do que foi ofertado.
▪ A pessoa vai ao lugar para reclamar que estão ofertando diferente, o vendedor informa que a pessoa está enganada,
mas o consumidor diz que o vendedor está enganando-o.
▪ A proposta da loja é, ainda que eu esteja te enganando se você for me processar, vai me processar por onde???
• Ele responde, pelo CDC, no entendimento do vendedor/fornecedor, consumidor é quem fez uma compra, e para a
pessoa que está ali, não pode reclamar porque não comprou nada. Isso é o pensamento do vendedor, que não
entende nada do que é ser consumidor.
o Um pessoa que não consumiu nada (uma vitima do evento) art. 17, é consumidor por equiparação.
o Uma pessoa que foi exposta a uma oferta, a uma campanha publicitária, art. 29 CDC, é um consumidor por equiparação
QUEM É FORNECEDOR ???
• Fornecedor – art. 03º CDC

 É todo aquele que possui o animus de ofertar produtos e


serviços, como contrapartida, obter lucro.

• OBS: Para que uma pessoa física seja considerada


fornecedora, é necessário que se identifique a habitualidade.

• As pessoas físicas possui uma lei própria, o Código Civil

• Quando é que um a pessoa física poderia ser categorizada ou


chamada de fornecedor? Quando fizer disso uma
habitualidade, a pessoa que vende água na praia, a manicure,
a cabeleireira, o camelô. Para uma pessoa física ser
chamado de fornecedor, tem que fazer isso com
habitualidade.
RELAÇÃO CLIENTE E ADVOGADO,
É UMA RELAÇÃO DE CONSUMO?
• O Advogado é um fornecedor de serviço? Sim, é um fornecedor, mas, se você for aplicar o
CDC, a resposta é não, as teses do Dir. do consumidor indicam que o Advogado pelo
Princípio da Especialidade, seria o Estatuto da OAB, não se aplica o CDC para os
Advogados.

• O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável ao contrato firmado entre cliente e


advogado, por não configurar relação de consumo. Assim, o ajuste estabelecido entre as
partes, caracterizado pela notória relação de confiança, é regido pelo Estatuto da
Advocacia (Lei 8.906/1994).
VAMOS ENTENDER MAIS UM POUCO,
VAMOS VER O QUE É PRODUTO E O
QUE É SERVIÇO

• Produto art. 03, p.1 – Obrigação de dar - evidencia a


transferência de domínio – vira dono de alguma coisa.

• Comprei um óculos, se óculos ficar pra mim, sou


Consumidora Stander, porque é para o meu uso, sou
dona do óculos.

• Serviço art.3, p.2 – obrigação de fazer, não existe a


transferência de domínio, não vira dono de nada, é
simplesmente a pratica de um ato.
OS DIREITOS BÁSICOS DOS

CONSUMIDORES,

ART. 06 CDCDC,

Publicidade Propaganda
Propaganda diz a
propagação de uma
•IV - Publicidade – várias nuances
O fornecedor pretende mensagem,
informar, que mesmo
# propagando uma A propaganda disse para
mensagem, mas a você ficar em casa no
intenção é gerar lucro. período da pandemia, ele
de Propaganda propaga a mensagem –
covid 19
Não gera lucro, só
propaga uma menagem
ESPÉCIE DE PUBLICIDADES

• Enganosa – é aquela que tem no seu teor mensagem falsa, quer te


enganar, quer te iludir, ela quer mentir pra você para que você compre
alguma coisa;
• Enganosa por Omissão – e aquela que deixa de informar sobre dado
essencial relativo a um produto ou a um serviço, deixa de te informar.
o Ex . TV 4K, diz que tem a imagem muito melhor, só que a tecnologia
4K não está difundida para TV aberta, eles omitem essa parte, as
pessoas acabam comprando, as vezes a pessoa paga mais caro pra
ter um bem por causa de determinada qualidade, qualidade esta, que
não vai ter nunca.

• Abusiva – constitui abuso de direito, o fornecedor quer que você se “ferre” a


qualquer custo –

o Ex. publicidade para a criança ou idoso (os dois são considerados
hipervulneráveis uma pela idade tenra e a outra pela idade avançada)
como exemplo alimentos hipercaloricos, estimula o consumidor a se
comportar de forma prejudicial, e merece ser vedada.

VI – DANOS
• Materiais conhecidos como Danos Patrimoniais – reduzem o patrimônio da vitima
o Danos emergentes
o Lucros cessantes

• Danos imateriais – conhecido como danos extra patrimoniais –


o Ex. Está ligado a personalidade – uma lesão a personalidade pode ensejar danos morais

o Desvio produtivo do consumidor, é chamado de Indenização pelo tempo de vida perdido
▪ Ex. fila de banco de 3 horas
▪ Uma cobrança telefônica abusiva, se a pessoa deve, eles tem que cobrar, mas dentro de uma realidade
moderada, respeitando o princípio da razoabilidade. Tem situações que determinadas empresas ligam 20/30
vezes em qualquer hora do dia e horário fazendo cobranças, mesmo se a pessoa informa que não está em
condições financeiras no momento para pagar, eles continuam ligando, tomando seu tempo, ou então, te
oferecendo produtos ou serviços, ou quando você quer cancelar um serviço, perde um tempão ali querendo
cancelar, deixa de estar no convívio de sua família, a empresa furta esse tempo, isso se chama desvio produtivo
do consumidor, toma-se o tempo de vida.
COBRANÇAS DE DÍVIDAS – ART 42 CDC
▪ COBRANÇA ABUSIVA – CAPUT – desvio produtivo, abuso de direito - a pessoa cobra, mas nessa cobrança ela
humilha, ofende, ameaça as pessoas, liga diversas vezes – isso produz danos de ordem moral


▪ COBRANÇA INDEVIDA – p. único – a pessoa cobrou por quantia maior, é quando o consumidor paga mais, o
valor era mil, o consumidor pagou, e logo depois, está sendo cobrado pelo mesmo motivo.


• A sanção da cobrança abusiva, é o dano moral

• Ar. 42 –p. único


• A sanção da cobrança indevida o dano é material – tem o direito de receber o valor duas vezes o que foi
pago em excesso.


PRAZO PARA ENTRAR COM AÇÃO
• Para entrar com ação necessariamente tem que saber distinguir, Vicio do produto/serviço e Fato do
produto/serviço

• Vicio – é uma frustração de expectativa e vai ter um tratamento jurídico próprio.

• Ex. qual a expectativa que tenho em relação a um relógio?

• Que marque as horas, se não marca as horas, posso dizer que a minha expectativa foi
frustrada

• Fato – e sinônimo de Dano, quando o produto causa prejuízo, tem um outro tratamento jurídico,

• Ex. Se o ventilador não ventila direito é vicio, se solta a hélice e machuca alguém é fato,

• Se o carro está bebendo muito é vicio, se capota é fato, aquilo produziu um dano.
SE FOR VICIO (FRUSTRAÇÃO DE EXPECTATIVA) TEM UM PRAZO

• Art. 18/21 – quando o produto tiver vicio, adota-se o princípio da solidariedade – se o produto quebrou, apresentou
um vício, a pessoa leva o produto a loja, e esta te encaminha para a assistência técnica, ou o fabricante.

• Quem tem que levar na assistência técnica, fabricante ou o fornecedor, é a empresa, não o consumidor.

• O fornecedor tem o prazo de 30 dias para sanar o vicio

• Se em 30 dias o fornecedor não sanar o vício, o consumidor pode pedir a troca, a devolução do dinheiro ou o
abatimento no preço

• Regra, o fornecedor tem 30 dias para sanar o vício.

• OBS. Produto essencial

• Ex. Respirador – produto essencial – nesse caso pode pedir a troca ou o dinheiro de volta
A QUANDO O PRODUTO FOR VICIADO DO ART. 26 -
ADOTA-SE O PRAZO DECADENCIAL

• 30 dias para produtos não duráveis

• Quadro inicial o prazo dos 30 dias

• Se o vicio for aparente os 30/90 dias o prazo começa o prazo conta da entrega do
produto ou da efetiva prestação do serviço.

• Se o vicio for oculto, começa da identificação do vício.


CONTINUANDO

• Primeiro o fornecedor tem 30 dias para consertar, pelo princípio da solidariedade, o


consumidor pode levar para o fabricante, comerciante para assistência técnica.

• Se comprou uma TV da Sony, na Ricardo Eletro, a TV quebrou, passaram os 30 dias não


consertaram, posso processar quem? Pelo princípio da solidariedade posso processar um ou
outro.

• Posso pedir a troca, o abatimento do valor a devolução, sem prejuízos de perdas e danos.

• Se você teve um gasto nesse período, pode pedir o valor da locação.

• Se tiver diante de um fato do produto ou um fato do serviço

• Fato é o dano produzido ao consumidor.


• Art. 257 cuida do prazo processual, o consumidor tem um prazo de 5 anos para processar, o
inicio será o momento do dano.

• Inicio da contagem do prazo será o momento do dano

• Se comprou uma TV e a TV explodiu, e feriu alguém, não é vicio é fato, não vai ocorrer a
decadência, vai ocorrer a prescrição, que é de 5 anos

• A pessoa comprou um apartamento e daqui a três anos deu problema, o prazo começa de
quando o problema apareceu.

Você também pode gostar