A história da propaganda Brasileira surgiu em meados de 1800, quando a
mídia televisão ainda não existia. No Brasil, a propaganda está no sangue,
como mascates, ambulantes e tropeiros foram os primeiros vendedores, pioneiros das vendas por telefone, catálogos e Internet. Na época, ninguém era cliente, e sim freguês. Contudo, no inicio dos anos 2000 estavam sendo um fenômeno de propagandas que encantava os telespectadores pela criatividade, porém teve um comercial das casas Bahia que dizia “ quer pagar quanto? ”. Toda via, com esse comercial muito polêmico na época no qual estava sendo vinculado foi retirada da mídia pois as pessoas estavam agindo de má-fé e até prática de assédio moral.
Nessa perspectiva, com a propagada das casas Bahia do “ quer pagar
quanto” ficou apenas uma semana no ar porque gerou problema nas lojas. Conforme o art. 427, do CC de 2002, diz “ a proposta de contrato obriga o proponente( aquele que formula a proposta), se a contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. A campanha da loja começou gerar problemas pois os consumidores começaram indo até ao ponto de venda dizendo que gostariam de pagar R$ 1 por produtos de centenas de reais. Sob esse viés, a compra de produtos por preço inferior é de fácil percepção pelo consumidor não esta amparada ao princípio da vinculação. Com base no entendimento da 1ª turma Recursal dos juizado Especiais do DF ao decidir que a B2W Companhia Digital não é obrigada a cumprir oferta que anunciava um produto pelo preço quase 100 vezes inferior ao correspondente. O princípio da vinculação determina que a oferta publicitária integra o próprio contrato de consumo celebrado, gerando direito potestativo ao consumidor e responsabilidade objetiva pelo descumprimento objetiva pelo descumprimento ao fornecedor. Concluo que a propaganda não foi bem elaborada e com isso fez que pessoas se aproveitasse agindo de má fé com intenção. Além disso, com essa propaganda das casas Bahia algumas de suas funcionárias sofreu prática de assédio moral. A autora que era obrigada pela ré a usar um broche que retratava a campanha de marketing da empresa com a inscrição “ quer pagar quanto?”, o que lhe submetia a insinuações e gracejos humildes por parte dos clientes da loja. Essa propaganda além de problemas financeiros que a loja estava sofrendo também teve casos onde funcionários estavam sofrendo com o broche só slogan da propaganda. Sendo assim, conforme na jurisprudência, a condenação da empresa a cumprir a oferta anunciada promove desequilíbrio econômico, o que fere os princípios da boa-fé objetiva. Em outras palavras, grave-se que a regra é no sentido de se cumprir a oferta, ainda que o valor do bem de consumo seja inferior ao normalmente praticado no mercado. É o fornecedor que responde pelo erro na publicidade, pois, a teor do que dispõe o art. 38 do CDC, “o ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina”. A escusa em cumprir a oferta somente será legítima quando o valor do bem de consumo for manifestamente incompatível com o valor normalmente praticado, de modo a se preservar a boa-fé e vedar o enriquecimento ilícito. Dessa forma, garante-se a harmonia nas relações de consumo enquanto princípio que lhe é um dos norteadores.