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H GA H R
R + HGA
R
H H R H
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_____________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc)
Para que se entenda melhor as reações de eliminação b, se faz
necessário detalhar as características dos mecanismos, já que existe
mais de um possível: E1, E2, E1CB.
H H H H
Lenta Etapa determinante da velocidade:
R R
R R Saída do GA e formação do carbocátion.
H GA H
Base:
H H H
Rápida Etapa rápida: saída do Hβ e
R R formação da nova ligação π
R R
H H
H R
δ+ R
Complexo R
δ+
R
ativado 1 GA
Base H
δ+ R Complexo
R ativado 2
ET 1 R R
ΔG
ET2
ΔG1
H R
R ΔG2
R R
Intermediário
(Carbocátion)
H R
R
R R R
R GA
R R
Coordenada de reação
V = K [Substrato]
Hiperconjugação
H
A carga positiva retira
C C elétrons e reduz o pKa
R
GA R
H
Substratos que não eliminam por E1
Terciários
GA
Não forma
GA H H
R X carbocátion estável
R R R H
Primários
Alílicos H
GA H
R R R
Ar Ar Ar Substratos que não sofrem eliminação
Benzílicos H (não possuem Hβ)
Ar = Aromático
Me GA Ar GA GA
Substratos que sofrem E1
(mais lentamente)
GA
H
R R R
Secundários
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2.2. Rearranjo de Carbocátion
Em alguns casos o esqueleto do alqueno formado difere do
material de partida da reação. Nesses casos, não é somente uma
eliminação que ocorre, mas também um rearranjo de carbocátion.
O rearranjo do esqueleto carbônico ocorre em uma etapa
separada, após a formação do carbocátion. O rearranjo ocorre sempre a
favor da formação da espécie mais estável e, por isso, mais favorável.
No exemplo a seguir, o rearranjo ocorre quando um grupamento
metila troca o carbono 3 pelo carbono 2, que antes continha a carga
positiva. O grupamento metila migra com o par de elétrons da ligação
rompida (C3-Me).
OH 4 1 4 1
4 H 4 2
3 3
2 1 1
Δ 3 2 3 2
3% 64% 33%
OH
4 H δ+
3 δ+
2 1
Δ
CH3
Carbocátion Secundário Estado de Transição Carbocátion Terciário
(C+ no C2) da Migração 1,2-Me (C+ no C3)
Mais estável: Produto
majoritário deriva dele.
4 1 Hβ2 4 1
Perda do Hβ2 Perda do Hβ1
3 2 Hβ1 3 2
33% 64%
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hidrogênio migra para o carbono adjacente com o par de elétrons da
ligação C-H e o carbono que perdeu os elétrons fica como cátion.
H Rearranjo
1,2-[H] H H H
H+ /Δ H
OH H H
- H 2O
H
Carbocátion primário Carbocátion Secundário
OH
HBr, H2O
Produto
Majoritário
OH OH2
H
Me Me Me
Me Me Me
-H2O
Me Me Me
δ+ Me
Me H
Me H
H
H δ+
OH2
δ+
OH2
ET
Me de maior energia
ET Me
de menor energia H H
Dois Hidrogênios em
carbonos adjacentes
Me
Me Me
Me
Alqueno menos
Me substituído
Alqueno mais substituído
formado mais rapidamente
Coordenada de reação
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2.4. Estereosseletividade de Reações E1
Em algumas reações de eliminação somente um produto pode ser
obtido, em outras dois ou mais alquenos que diferem na estereoquímica
da dupla ligação podem ser obtidos (um ou mais diasteroisômeros).
Isso ocorre em virtude do número de Hb presentes no mesmo
carbono vizinho ao grupo abandonador. A geometria é determinada no
momento da perda do próton. Para que ocorra a formação da nova
ligação p o orbital p do carbocátion e o orbital da ligação C-H (OMs)
devem estar paralelos. Quando o carbono vizinho tem dois hidrogênios,
cada um deles, quando alinhado ao orbital p, gera um produto, Z ou E
(primeira reação do exemplo abaixo). No entanto, quando existirem
três hidrogênios, não há possibilidade de formação de estereoisômeros
(diateroisômeros), pois o produto resultante terá um dos carbonos da
dupla contendo dois substituintes iguais (os dois hidrogênios que
sobraram), como pode ser observado na segunda reação da figura
abaixo.
OH
- H 2O
Ph Ph Ph
H H
Alqueno E Alqueno Z
OH
- H 2O
Somente um produto possível
*Atenção: Nem sempre o produto preferido será o E. Deve-se lembrar que o volume
estéreo do grupo substituinte é uma informação, às vezes, diferente da prioridade
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deste na nomenclatura. Para eventuais dúvidas, o material sobre nomenclatura de
alquenos pode ser consultado!
HO H H 2O H H
Me H Me -H2O Me
Ph Ph Ph
H H H H H H
Protonação em meio ácido para Saída de água como GA e
transformar o OH em bom GA formação do carbocátion.
H
Me
Ph
H H
a ção
nform
ra co
e out
têm-s
H do, ob H
Deve haver um alinhamento do orbital p Giran
Ph H Ph H
deficiente em elétrons e o
hidrogênio que será abstraído,
levando a formação da ligação dupla.
H Me Me H
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Observação do segundo ET e formação da dupla ligação:
δ+
OH2
Energia
H
δ+
Ph Me
H
Ph H
δ+ Me ET de maior energia
Ph devido à
Me H
H interação estérea
H
δ+OH Ph
2 H
ET de H Me
menor
energia
Ph Me
Alqueno Z
Formado mais lentamente
Me
Alqueno E
Ph Formado mais rapidamente
Coordenada de reação
*Observação: O Primeiro complexo ativado, que leva até o carbocátion, foi omitido,
pois não tem influência na estereoquímica.
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contiver apenas um? Nesse caso, ocorre a formação do produto E ou Z.
Somente um deles! Somente um estereoisômero (diasteroisômero) é
possível. A reação será, portanto diasteroespecífica! Sempre
lembrando que para haver a formação de produtos E ou Z, cada carbono
envolvido na formação da dupla ligação deve conter substituintes
diferentes.
No exemplo abaixo, temos duas reações que ilustram esse quadro.
São reações cujos reagentes são diatoroisômeros entre si. A primeira
reação será mais rápida do que a segunda, pois o complexo ativado e o
produto formado terão menor interação estérea, mas cada uma das
reações leva a somente um produto.
OH
Ph H+ Ph
H
Alqueno E
OH
Ph H+ Ph
H
Alqueno Z
*Observação: Nos exemplos escolhidos ao longo do item 2.4, apenas um dos carbonos
vizinhos tem hidrogênios. Essa escolha foi proposital, para que a observação fosse
somente sobre a estereosseletividade. No entanto, quando ambos os carbonos vizinhos
possuírem hidrogênios ligados a eles, deve-se ainda pensar na regiosseletividade (item
2.3 deste material).
2.5. E1 em Cicloexanos
Cicloexanos substituídos tem duas conformações em cadeira que
estão em equilíbrio. A conformação mais estável é que vai reagir por E1
e formar a nova ligação dupla.
No exemplo abaixo, ocorre a saída do grupo abandonador (Cl-),
formando o carbocátion. Após, um dos hidrogênios, presente no carbono
mais substituído vizinho ao carbocátion, sai levando ao produto
majoritário. Outro produto possível é o derivado da retirada de um dos
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três hidrogênios da metila vizinha ao carbocátion, que levaria ao
alqueno menos substituído. Esse será, caso formado, o produto
minoritário.
H H
CH3
CH3 MeOH CH3 + HCl
Cl + Cl-
E1
CH3 CH3 CH3
CH3
H+ +
CH3
Produto majoritário derivado do
carbocátion mais estável
3. Mecanismo E2
Em um mecanismo E2, a abstração do próton e a saída do GA
ocorrem na mesma etapa, sem formação de intermediário. A reação E2 é
análoga a reação de substituição nucleofílica de segunda ordem (SN2) e,
geralmente, compete com ela. Tudo vai depender se ocorre ou não a
abstração de um próton β ao grupo abandonador.
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Base
H H E2
H GA - HGA
Complexo ativado
δ- H
Base H
Br
Variação qualitativa
H
Estado de Transição
de energia
ΔG
H H
Base
H Br + HBr
Coordenada de reação
V = K[base] [substrato]
HGA GA
H GA GA
H
H
H e GA Sinperiplanares H e GA Antiperiplanares
entre si entre si
Repulsão
Base Sem
Base Base Base H repulsão
GA
H H GA H
GA GA
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entre dois outros grupos volumosos. Isso gera um efeito estéreo com
grande contribuição e a E2 pode preferir ocorrer em conformação
sinperiplanar.
O exemplo abaixo pode ser observado para melhor entender este
conceito. Nesse caso, o GA (em vermelho) é um grupo volumoso e se R1 e
R2 forem também volumosos o produto majoritário é o derivado da E2
sinperiplanar.
Conformação com GA (em vermelho)
e Hβ (em azul) em sinperiplanar
N+(CH3)3 D R1
R1 H R2 R1 R1 D
D ou R2 H
R2 D H H N+(CH3)3 R2
H H
δ− δ−
Base Base
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Quando há somente um hidrogênio, que possa ficar
antiperiplanar ao grupo abandonador, para ser abstraído, ocorre uma
reação ESTEREOESPECÍFICA (diasteroespecífica), ou seja, um único
estereoisômero – diasteroisômero - pode ser formado.
Nos exemplos a seguir há somente um próton que pode ser
retirado em uma reação de eliminação. Então não há escolha, há
somente um ET antiperiplanar e somente um curso a ser seguido. A
geometria do produto (E ou Z) depende de que diasteroisômero é
utilizado como reagente.
Me Me Me
Me Br Ph Ph Br
Ph Ph
Ph Ph Ph Ph Me Ph
H H Me Ph H H Ph Ph
Br Br
Alqueno E Alqueno Z
HO HO
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O 2-bromobutano tem duas conformações com H e Br em
antiperiplanares que levam a dupla mais substituída, pois tem um CH2
em β ao GA. No entanto, uma das conformações antiperiplanares está
menos impedida levando ao produto principal (alqueno E, nesse caso). O
resultado é uma reação ESTEREOSSELETIVA (diasterosseletiva).
Um terceiro produto possível é o derivado da saída do Hb que leva a
dupla menos substituída. Esse é o produto minoritário (regioisômero
minoritário). Portanto, a reação é também REGIOSSELETIVA.
Base
Br
Majoritário 19%
81%
Br Br
Me H H Me
H Me H Me
H H
Grupos metila: antiperiplanares Grupos metila: sinperiplanares
entre si entre si
(menor efeito estéreo) (maior efeito estéreo)
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(a) (b)
GA
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diasteroisômero A reage mais rapidamente e leva a mistura de dois
produtos, enquanto o B, que difere somente na configuração do carbono
ligado ao Cl, leva somente a um produto, mas mais lentamente.
Me Me Me Me Me
NaOEt NaOEt
Cl Cl
A Razão 1:3 B
Me
Me H Cl
H
Cl Me
H H Me
Cl H
H Cl
Iso-propila e Metila em axial: Iso-propila e Metila em Todos os substituintes Substituintes em
conformação equatorial: conformação em equatorial: axial: conformação
desfavorecida. Também favorecida. Existem dois conformação favorecida desfavorecida. Existe
não sofre E2 anti, pois não há Hβ antiperiplanares e Mas não sofre E2 anti, um Hβ antiperiplanar
Hβ antiperiplanar. pode sofre E2 anti. pois não há Hβ antiperiplanar. e pode sofre E2 anti.
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muito maior do que o outro, mas somente assim pode haver eliminação.
A concentração de moléculas na conformação reativa é baixa e, a
velocidade da reação é baixa por causa disto. Quando na conformação
correta, pode ocorrer uma E2 e, nesse caso, há somente um próton
antiperiplanar e a eliminação leva a somente um alqueno
(regioespecífica).
Cl Cl
H
Me
X H HH
H
H H
Base impedida
Base impedida
Hβ da metila são mais acessíveis
Dois H antiperiplanares.
Os Hβs do cicloexano são mais impedidos
(Sem abstração)
Cl
H
Base
H H
Os Hβs da metila podem ficar antiperiplanares,
mesmo com o Cl em equatorial
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ligada ao anel. A remoção destes hidrogênios levaria ao alqueno
disubstituído. Esses hidrogênios são os únicos que são removidos,
levando ao alqueno menos substituído. A base prefere atacar os
hidrogênios metílicos que são menos impedidos (ligados a carbono
primário).
Reações de E2 com bases impedidas levam, tipicamente, ao
alqueno menos substituído, pois a reação é mais rápida com a
abstração do hidrogênio mais acessível. Os hidrogênios ligados a
carbono menos substituído são também os mais ácidos. Este produto é
referido por alguns autores como produto Hofmann.
Base
Br
NaOEt 69% 31%
R1
H R2NLi
Br R1 R2
R2
NR2
R1 Br
Base forte
H H
Br R1
R2 R2
C-H e C-Br estão antiperiplanares. C-H e C-Br estão sinperiplanares.
E2 rápida. E2 lenta.
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Uma eliminação E2 a partir de um isômero Z pode ocorrer, mas
muito lentamente, pois nesse isômero as ligações C-H e C-Br estão
sinperiplanares entre si.
O OH -H O OH O OH
O OH O
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Cinética de segunda ordem: V= K [RX][Base]
B
H K1 K2 R
R
R GA
GA K-1
OH O OH O
KOH
Ph Ph Ph Ph
Produto E,E
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5. Estado de Transição variável em mecanismo E2
Na ausência de grupos estabilizadores, tanto carbânion como
carbocátion são intermediários bastantes instáveis. Esses são os
intermediários de reação de E1CB e E1, respectivamente.
H
Base
E1 H GA
GA
Base H
E1CB GA BH
GA
H
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E2 totalmente sincronizada, sem intermediários
iônicos (1 etapa somente)
Primeira etapa de uma E1CB
CH2CH2GA BH
H H
BH GA
H H
Produto Final
CH3CH2GA
Reagente CH2CH3 GA
Primeira etapa de uma E1
H H
BH GA
CH2CH2GA BH H H
Produto Final
E1CB
Clivagem C-H
E2
E1
CH3CH2GA CH2CH3 GA
Clivagem C-GA
Reagente
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Essas figuras levam em conta que os três mecanismos poderiam
acontecer na molécula escolhida como reagente. Como vimos
anteriormente, isso não ocorreria bem assim já que, para serem
formados, carbocátions e carbânions, precisariam de efeitos eletrônicos
estabilizadores. No entanto, o exemplo é válido para que possamos
discutir e visualizar os perfis energéticos dos três mecanismos de
eliminação em conjunto.
Caso algum efeito que estabilize carga positiva esteja presente
(ex: grupos alquila que doam elétrons por efeito indutivo) isso abaixará
a energia associada ao carbocátion da E1. Do mesmo modo, caso algum
grupo retirador esteja presente, isso abaixará a energia do carbânion da
E1CB. O resultado disso, é que algumas vezes os efeitos não são
suficientemente fortes para gerar de fato o íon e, deslocar o mecanismo
para E1 ou E1CB, mas podem levar a uma E2 que não é 100% sincronizada
(onde C-H e C-GA não se rompem ao mesmo tempo). Pode ocorrer uma
E2 onde a ligação C-GA quebre um pouco antes da ligação C-H, gerando
uma carga parcial positiva no carbono que perde o GA. Assim, a E2 teria
um estado de transição mais parecido com uma E1, configurando o que
chamamos de E2 / E1-Like (ou E2 com caráter de E1). Os efeitos podem
também fazer com que a ligação C-H inicie a clivagem um pouco antes,
gerando uma carga parcial negativa no carbono que está sendo
desprotonado. Nesse caso, o ET da E2 se parecerá mais com uma E1CB
sendo chamada de E2 / E1CB – Like (ou E2 com caráter de E1CB).
Base H
Base H Base H
Base H
δ− δ− δ+ H δ+
GA GA GA GA GA
E1CB E2 com E2 totalmente E2 com E1
caráter E1CB sincronizada caráter E1
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Os efeitos que podem gerar uma E2 não sincronizada podem ser
observados abaixo.
*E2 com caráter E1CB: Pode ocorrer na presença de substituintes que
estabilizem carbânions, como grupo carbonila, nitro, ciano,.... Isso deixa
o Hb mais ácido. A utilização de bases fortes e/ou volumosas, como t-
butóxido, também pode levar a esta variação do mecanismo E2. Além
disso, na presença de GA ruins ou que tenham efeito retirador, como
+N(R) ou OH, isto também pode ocorrer. Nesse caso, a E2 terá uma
3
-OH
ArCH2CH2GA ArCH=CH2
DMSO, H2O
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Quando o GA for Br ou OTs e não houver nenhum substituinte no
sistema aromático (Ar), o mecanismo é uma E2 sincronizada. No
N
entanto, quando o GA for e o aromático tiver um substituinte
fortemente retirador de elétrons, como o grupo nitro na posição para, o
mecanismo é uma E2 com caráter de E1CB. A ligação C-H quebra-se um
pouco antes da saída do GA, levando a formação de uma carga parcial
negativa no ET. Nesse exemplo, o próprio GA é um grupo retirador e
auxilia na estabilização da carga parcial negativa, além do grupo nitro
presente no sistema aromático (que faz com que todo o sistema puxe
elétrons já que seu efeito é mesomérico).
Base H
δ−
N Base N
O2N O2N
6. Comparação E1 x E2 x E1CB X SN
Para condições SN1 e E1 a ordem de reatividade é a mesma, já que
o intermediário é o mesmo e a primeira etapa do mecanismo é igual.
Além disso, deve-se lembrar que o impedimento estéreo não afeta
tanto a basicidade e, por isso, haletos terciários são bem reativos para
E2 e formam o alqueno mais substituído (quando a base não for muito
impedida).
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- Os haletos secundários podem reagir por eliminação e substituição, o
que ocorre vai depender das condições reacionais;
- Utilizando bases fortes e impedidas há favorecimento de eliminação, a
menos que não seja possível. Bases fortes favorecem eliminação em
detrimento de substituição e E2 em detrimento de E1. Além disso, com
bases fortes e hidrogênio mais ácido pode ainda ocorrer E1CB;
- Bons nucleófilo, ou seja, espécies que são melhores nucleófilos do que
base, levam a SN2, a menos que o substrato seja terciário. Esse tipo de
substrato forma carbocátion estável e pode levar a E1 ou SN1. E2 não é
favorecida, pois fala-se de uma base fraca;
- Altas temperaturas favorecem reações de eliminação em detrimento
de substituição. Isso ocorre porque o ET da eliminação tem maior
energia associada por ocorrer maiores mudanças na molécula;
- Solventes menos polares favorecem E2 e mais polares E1 (razões
similares as vistas em SN);
- Comparando SN2 e E2, solvente um pouco mais polar favorece SN2 (ET
SN2 mais polar que E2);
- Comparando SN1 e E1, se o solvente for um nucleófilo pobre e,
especialmente se for aprótico favorece E1. Em uma eliminação precisa-
se retirar um próton e solvente prótico pode retardar.
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Quadro de comparação com exemplos genéricos:
Nu pobre Base fraca e Base forte e Nu Base forte e
(H2O, nucleofílica pouco impedido Nu impedido
ROH) (I-, RS-) (RO-) (DBU, t-BuO-)
Primário
(pouco impedido)
Primário
(impedido)
SN1, E1 SN2 E2 E2
GA (lento)
Secundário
SN1 ou E1 SN1 ou E1 E2 E2
GA
Terciário
*Exemplos de E1CB não foram adicionados, pois esse mecanismo ocorre
caracteristicamente em reagentes contendo um forte grupo retirador (capaz de deixar
o hidrogênio beta ao GA bem ácido) e na presença de bases fortes. Essas
características tornam fácil reconhecer este mecanismo em detrimento dos outros
citados.
7. Bibliografia
Material baseado ou retirado de:
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