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Diário de Bordo
Senhor do Bonfim-BA
2023
Isabela Da Silva Almeida De Araújo
Diário de Bordo
Ao fim de todo debate e após vários pontos de vista sob óticas opostas,
concluí e refleti sobre como exercemos expectativas sobre o outro, nossos pais ou
até mesmo professores, muitas vezes sendo cobrados a sermos aquilo que
designaram a nós, sem uma conversa prévia sobre: quem somos, quem queremos
ser ou até mesmo o que gostamos. Tais cobranças distanciam e oprimem nos
fazendo meros conhecidos para quem deveríamos ser íntimos.
Nesse mesmo dia foi formado grupos e sorteado seus respectivos temas,
para posteriormente serem apresentados seminários.
Requisitos:
A primeira apresentação ocorrerá dia 21/11/22 onde os dois primeiros
temas apresentarão seus respectivos conteúdos (empirismo e
racionalismo)
A segunda apresentação ocorrerá dia 28/11 grupos 3 e 4
internacionalismo e teoria socio histórica. (posteriormente houve
mudanças nessa data devido constantes imprevistos)
Falar sobre o tema na apresentação
Buscar ferramentas de pesquisa artigos, textos, levar referências
A apresentação dos grupos terá um tempo de duração de 50 min cada
Fichamento
Como consequência da corrente empirista, o processo ensino-aprendizagem
é centrado no professor, que organiza as informações do meio externo que
deverão ser internalizadas pelos alunos, sendo esses apenas receptores de
informações e do seu armazenamento na memória.
racionalista, o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador, pois o aluno já
traz em si um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar,
ou, ainda, rechear de conteúdo. O professor deve interferir o mínimo possível.
Essa epistemologia acredita que o ser humano nasce com o conhecimento já
programado na sua herança genética
A ideia central da teoria de Piaget é a de que o conhecimento não procede
nem da experiência única dos objetos, nem de uma ampla programação
inata, pré-formada no sujeito, – embora sua teoria baseie-se na existência de
alguns elementos inatos – mas de construções sucessivas com elaborações
constantes de estruturas novas, as quais são resultantes da relação sujeito x
objeto, onde um dos termos não se opõe ao outro, mas se solidarizam,
formando um todo único.
Utilizando-se do método histórico-crítico, Vygotsky empreende um estudo
original e profundo do desenvolvimento intelectual do homem, cujos
resultados demonstram ser o desenvolvimento das funções psicointelectuais
superiores um processo absolutamente único. Assim, do ponto de vista da
aprendizagem, a importância dos estudos de Vygotsky é inquestionável, pois
ele critica as teorias que separam a aprendizagem do desenvolvimento
(GIUSTA, 1985).
Após essa aula pude entender sobre as teorias do conhecimento, chegando a
uma breve conclusão que é a mais completa não só em termos didáticos, seria a
teoria sócio-histórica de Vygotsky, pois, ao contrário das demais, ele partiu da
ideia que existe aprendizado em diversos campos da vida não se limitando a
apenas um espaço para definir a construção do conhecimento.
Uma cena muito coesa e que precisa ser observada no curta é quando o pai
coloca a mochila com livros nas costas do filho e o peso faz com que ele incline para
o lado, e o pai ao virar as costas tem essa mesma inclinação, porém, sem peso
algum, essa cena mostra qum ciclo que foi vivido por ele com seu pai, e agora tá
sendo passado novamente de pai para filho.
Contextualizando... pode ser visto como o peso das expectativas que são
colocados sobre nós ainda pequenos, quando nossas personalidades são
enterradas para alimentar os desejos e expectativas de nossos pais. Isso me fez
refletir sobre como a nossa sociedade é reflexo dessa distopia, sobre como
deixamos de ver o belo, perdidos nos nossos afazeres diários, deixamos passar
pequenas delícias diárias por estarmos imersos em uma vida que não foi desejada
por nós, e sim imposta.
E se olharmos pela ótica principal que é bastante clara no curta, podemos ver
a mecanização do cotidiano como a criatividade, imaginação e personalidade sendo
esmagados pelos padrões impostos, e como o ensino/educação estão atrelados a
vida, nos trazendo a ideia de como a educação é a base do todo e como ela pode
afetar o mundo.
Por mais distintos que sejam esses pensamentos, consigo ver um pouco de
fundamento em cada um desses pensamentos, a se pensarmos em uma junção as
duas fazem sentido de alguma forma. Nós temos nossos conhecimentos que
descobrimos com base de experiências e vivências do cotidiano, assim como têm
algumas pessoas que nascem com “dons” que seria a inclinação e gostos para
certas profissões e assuntos.
Mesmo não sendo uma realidade minha, me faz refletir sob a ótica da minha
realidade. E partir do fato de que muitas vezes somos engolidos pelo ciclo de
repetição diária, onde nos causa uma cegueira de outro aspecto, ficamos presos e
reféns dessa cegueira, muitas vezes parceira da insegurança, sendo impedidos de
sair da mesmice.
Olhando por outras vertentes podemos ver também como o modelo inclusivo
está distorcido no curta e eu vejo que o intuito é exatamente esse, causar impacto,
nos fazer refletir, então fica a reflexão: “se o mínimo não se encaixa nos estereótipos
impostos deve ser excluídos da sociedade ou até mesmo moldados ao seu modo?”
e após esse impacto podemos ver o processo de inclusão entrando no contexto,
quando através dos sentimento de desconforto que temos ao fim do curta, nos faz
refletir sobre nossas atitudes diárias em vários contextos de nossas vidas.
A partir disso pude concluir com base nas minhas vivencias e observações
pessoais que a que mais se encaixa e explica o processo de aprendizagem é a
teoria sócio-histórica, pois ela compreende e abrange sem anular outros espaços de
aprendizado.