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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO

O PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: o dilema institucional


brasileiro

AMANDA DA SILVA SAMPAIO

Palmeira dos Índios- AL


2022/2
AMANDA DA SILVA SAMPAIO

O PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: o dilema institucional


brasileiro

Resumo individual sobre o artigo apresentado: O


Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional
brasileiro. Sérgio Abranches. Para o curso de Bacharel
em Direito- Faculdade Cesmac do Sertão, sob orientação
do professor Mestre. Walter Nóbrega.

Palmeira dos Índios- AL


2022/2

O Presidencialismo de Coalizão
O pesquisador Sérgio Abranches, ressaltou em 1988, o tema “Presidencialismo de Coalizão”
para descrever o sistema de político brasileiro. No Brasil desde de 1946 tem um
presidencialismo de coalizão, no qual é um presidencialismo multipartidário. E o que seria um
presidencialismo de coalizão e como é devolvido e aplicado no sistema brasileiro? Sobre a
visão do pesquisador Abranches.

O presidencialismo de coalizão é uma forma de presidencialismo, multipartidário, no qual


sob uma forma aliança entre o presidente e outros partidos fazem uma aliança de poderes,
essa aliança tem por nome coalizão que é muito comum entre os governos, para o presidente
conseguir cumprir sua agenda, seu mandato, é preciso que é esse governante tenha ao seu lado
o apoio da maioria dos votos e aprovações das cadeiras do congresso, e para isso é feito a
coalizão, com partidos que não fazem parte do seu governo, com objetivo de alcançar metas
em comum, a qual seria dividido os recursos de poder.

A coalizão por muito tempo esteve atrelado ao sistema de governo parlamentarista ou


presidencialista, mas a parti da década de 80 a 90, perceberam que o mais importante não era
o sistema de governo mas, sim o sistema partidário, no qual seria o mais eficaz para a
coalizão, se um partido era bipartidário ou multipartidário, um governo de coalizão ocorre em
países multipartidários. E no Brasil, para o presidente consiga cumprir sua agenda é preciso
que seja estabelecidos acordos com os demais partidos, por meio de coalizão. O governo
brasileiro que mais teve coalizão foi o atual, entre os anos de 2019- 2022 foram 13 partidos
que fizeram alianças com o governo atual.

E o conceito analisado pelo autor do artigo em 1988, fez analise referente as relações entre
os poderes Executivo e Legislativo. E surgiu no meio de uma discussão mais ampla, sobre os
problemas que se passaram durante o tempo de transição da ditadura para á democracia, na
qual fazia parte á organização política que era estável e legitima. No sistema presidencialista,
o presidente é eleito e com ele vem os seus digeristes que junto com o presidente iram tomar
decisões, mas se os aliados do presidente não forem suficientes para ele poder alcançar suas
metas, ele ira fazer alianças, o presidente pode governar sem coalizão, mas se seu governo so
tiver 10% de cadeiras na Câmera, ele não ira conseguir cumprir sua agenda, e para isso é
preciso formar alianças para ter a majoritária dos votos e aliados, com a formação de
gabinetes multipartidários, no qual iram dar apoio ao presidente com uma forma de alianças
de poderes. Atualmente se tornou muito mais difícil de fazer coalizão solidas, por parte das
bancadas estarem se tornando cada vez menor, por terem um grande numero de pequenas
bancadas no Congresso. O presidente de coalizão é necessário, e com isso o presidente forma
uma coalizão que seja possível para o seu governo. Para um governo funcionar, é preciso que
aconteça uma troca, uma recompensa devida de forma proporcional de ministérios, por
serem, os partidos os atores centrais nas tomadas de decisões, e por proporcionar alianças
solidas para o presidente.

Um dos grandes, questionamento do autor, ao criar sua obra teve como questionamento os
mecanismo para mediar as crises entre os poderes Executivo e o Legislativo, o qual deveria
ser diferente dos padrões militares que foram usados na segunda republica. E para isso foi
preciso que o Judiciário entrasse na política, se apropriando do meio político, que diferente da
mediação militar, a judiciária é legal, traz coisas boas, dando limites a outros poderes.
Contudo, esse sistema de coalizão gera muita instabilidade, por sua combinação de fatores
toda a complexidade que faz parte desse sistema, a sua fragmentação e diversidade dos
partidos, no qual se deve ter equilíbrio entre os Estados, para conseguir centralizar as idéias e
ganhar força com a coalizão, onde os partidos, também precisam ganhar com esse acordo,
com essa junção de poderes.

Para um presidente fazer uma reforma do ministério, já no seu governo ele acaba gerando
uma crise, por mexer em algo que já estava equilibrado, e para tentar gerar um novo equilíbrio
em decorrer de seu governo, não é algo fácil, por ser um governo multipartidário
presidencialista, isso acaba gerando uma complexidade, e com tudo pode gerar essa
estabilização na crise de governo, e por isso pode ocorrer com mais facilidade essa
estabilização no governo presidencial no que ocorreria no parlamentarismo que diferente do
presidencialismo, ele tem mais mecanismos para facilitar a coalizão.
A dependência do presidente ao Legislativo quando gerada uma crise pode levar a uma
radicalização entre as partes, do Legislativo e no Executivo, e com isso pode levar a quebra,
ruptura política, que gera mudanças grandes no governo, que foi o que aconteceu no governo
da presidente Dilma Rousseff, durante seu governo ocorreu uma ruptura política que teve
como reação o seu impeachment.
Para o presidente fazer uma nova coalizão e ter aliados, ele precisa ter uma popularidade
para ter as forças políticas junto ao seu mandato, ter proximidade eleitoral, tanto dos partidos
como também dos eleitores, é preciso ser um presidente que saiba aproximar seu aliados e
conquistar seus eleitores, para fazer um bom presidencialismo.

No Brasil a maioria das coalizão são feitas entre mais de 60% de cadeiras, os presidentes
Brasileiros, não aceitam uma coalizão simples, mas sempre buscam muitas alianças, e muitas
dessas alianças são feitas com acordos de corrupção, onde são negociados grandes cargos.
Com grandes partilhas, com instabilidades de governo. Uma aliança mais simples, com 51
cadeiras mais uma, acaba sendo mais benéfica para o governo, por trazer alianças com mais
afinidade em questão de projetos, e acordos durante o mandato do presidente, gerando mais
equilíbrio e menos chances do presidente ter seu governo derrubado por seus aliados.

A coalizão precisa ter instabilidade, equilíbrio para o presidente ter mais sucesso no seu
governo e menos instabilidade, quanto mais partidos em seu governo, mais sujeito a ser refém
dos aliados o presidente se torna, segundo, Abranches, para ter um bom programa de governo
a coalizão deve ser a menor possível, com poucos aliados. E na pratica, a coalizão menor tem
mais forças, e equilíbrio para se ter um governo bem sucedido. E com isso iria gerar um
incentivo a diminuição de partidos, hoje se tem muitos partidos, é um governo muito
fragmentado, que gera uma instabilidade dentro da câmera por conta dessa divergência de
partidos fragmentados, com a diminuição geraria um aumento dos partidos já existente, e não
a criação de novos partidos, tudo isso influencia, na divisão das cadeiras, na coalizão.

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