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são as reações que acontecem entre compostos orgânicos. Há vários tipos de reações, que
ocorrem mediante a quebra de moléculas dando origem a novas ligações.
Muito utilizadas na indústria, é a partir delas que podem ser produzidos medicamentos e
produtos de cosmética, plásticos, dentre tantas outras coisas.
Em seguida, a medida que o nucleófilo forma uma ligação com o carbono, e o grupo
abandonador começa a se afastar, o átomo de carbono sofre uma inversão de sua estrutura
tridimensional. Sua estrutura tetraédrica, é invertida para o lado oposto, devido ao "ataque"
nucleofílico.
A maior parte da energia fornecida para a quebra da ligação do carbono com seu grupo
abandonador, é obtida pela ligação do nucleófilo com este carbono.
Vale lembrar que a reação SN2 (substituição nucleofílica bimolecular) ocorre em 1 etapa,
sem intermediário, através de um arranjo estável de átomos, que podemos chamar de
"estado de transição"
Este processo descrito acima, pode ser melhor ilustrado com um exemplo da reação entre
o Clorometano e o Íon Hidróxido.
Substituição Nucleofílica Unimolecular
Este mecanismo ocorre por meio de uma solvólise, em duas etapas, na primeira etapa
auxiliado pelo solvente polar, um átomo do grupo abandonador sai com o par de elétrons
que o ligava ao carbono. Esta etapa irá produzir um carbocátion e um ânion proveniente o
grupo abandonador.
Em seguida, o solvente que vai atuar como nucleófilo doa um par de elétrons para o
carbocátion (ácido de Lewis). isso faz com que o carbono complete suas ligações, perdendo
a carga positiva. Nessa etapa final em carbocátions terciarios e quirais há formação
de mistura racêmica.
Este processo descrito acima, pode ser melhor ilustrado com um exemplo da reação entre
o Cloreto de terc-butila com água.
Reações de substituições nucleofílicas
Existem muitas reações em química orgânica que implicam neste tipo de mecanismos.
Exemplos habituais incluem:
Síntese de éteres:
R-Br + −OR' → R-OR' + Br− (SN2)
Hidrocarbonetos
Podem ser saturados, como no caso dos alcanos e cicloalcanos, nos quais não se tem a
presença de duplas ou triplas ligações, ou podem ser insaturados, como alcenos, alcinos,
ciclenos, entre outros. Também fazem parte da classe dos hidrocarbonetos os compostos
aromáticos, que possuem o fenômeno da ressonância.
A maior fonte de hidrocarbonetos é o petróleo e o gás natural, mas eles podem ser
encontrados também em seringueiras e óleos essenciais. Já os compostos do tipo alcino e
ciclino só podem ser obtidos de forma sintética.
Alcenos
Esses compostos são mais reativos que os alcanos, pois a ligação pi (da dupla ligação) é
mais fácil de ser rompida, realizando principalmente reações de adição. Uma dessas reações
é a hidratação do eteno, que produz o etanol, sendo muito usada em países em que o cultivo
da cana-de-açúcar ou do milho não é economicamente viável:
Os alcenos possuem também dois carbonos de hibridização sp2 (os que fazem uma ligação
dupla, π). Esses carbonos são um pouco mais eletronegativos que os carbonos sp3 (os que
fazem apenas ligações simples), e, por conta disso, os alcenos são ligeiramente mais
solúveis que alcanos em água. Todavia, o caráter polar dos alcenos não é significativo em
comparação ao caráter apolar dessas substâncias. Por isso, a solubilidade dos alcenos é
mais adequada em solventes apolares.
Em termos de reatividade, os alcenos são mais reativos que os alcanos, por conta da
presença da ligação π, a qual é mais fraca que as ligações σ. Contudo, experimentalmente,
percebe-se que quanto mais cadeias alquílicas estiverem ligadas aos carbonos da ligação
dupla, maior a estabilidade do alceno — lembrando que cadeias alquílicas estão
relacionadas a radicais derivados de alcanos, como metil, etil, propil etc. Essa maior
estabilidade é mostrada na imagem a seguir.
Nomenclatura dos alcenos
Segundo a Iupac, todos os hidrocarbonetos devem possuir o sufixo –o. Os alcenos, contudo,
possuem a excepcionalidade da ligação dupla. As regras de nomenclatura sistemática
indicam que as insaturações são representadas pelo infixo, e, para ligações duplas, o infixo
utilizado é –en–.
Como a ligação dupla pode, por meio de alcenos de quatro carbonos, ter mais de uma
posição possível na cadeia principal, deve-se utilizar o número do carbono da ligação dupla
inicial no nome oficial para indicar a posição da insaturação.
Dos alcenos existentes, os de maior aplicação industrial são o eteno e o propeno. Isso
porque eles são as matérias-primas para os dois polímeros mais produzidos no mundo: o
polietileno (PE) e o polipropileno (PP).
Enquanto o propeno apresenta uma produção média de 133 milhões de toneladas métricas
por ano, o eteno apresenta uma produção média de 200 milhões de toneladas métricas
anuais, sendo que nenhum outro produto orgânico possui um índice de produção tão alto.
O etanol, por exemplo, é de difícil desidratação. Então exige a utilização de ácido sulfúrico
concentrado e uma alta temperatura (180 °C).
Benzeno
O benzeno é um composto orgânico classificado como um hidrocarboneto aromático. É
bastante utilizado como matéria-prima nas indústrias, em processos laboratoriais, em
companhias siderúrgicas e em indústrias petroquímicas para o refino do petróleo.
Características
O benzeno é um líquido incolor, inflamável e com um aroma agradável característico.
Fórmula molecular: C6H6.
Massa molar: 78,11 g/mol.
Densidade: 0,876 g/cm³.
Temperatura de fusão: 5,5 ºC.
Temperatura de ebulição: 80,1 ºC – sua baixa temperatura de ebulição explica a sua alta
volatilidade (facilidade em evaporar).
O benzeno é uma substância tóxica e seus vapores podem causar tonturas, dores de cabeça
e desmaios.
Nomenclatura
Existe uma regra aplicada apenas para a nomenclatura dos compostos aromáticos, ou seja,
que apresentam benzeno em sua estrutura. Essa regra é dividida em dois casos, que vão de
acordo com a quantidade de radicais ligados ao anel benzênico.
1° CASO: quando há apenas um radical ligado ao anel benzênico, o nome é dado seguindo
a regra a seguir:
Quando o anel benzênico possui apenas dois radicais ligados, existe uma nomenclatura
própria que pode ser utilizada:
1,2 ou orto (o);
1,3 ou meta(m);
1,4 ou para(p).
Veja os exemplos:
Álcoois
Os álcoois são substância polares em razão da presença do grupo hidroxila e, por isso, são
solúveis em água. Moléculas de álcool que possuam extensa cadeia carbônica têm a
solubilidade diminuída em água.
Aldeídos e as cetonas
são funções orgânicas muito parecidas. Ambos possuem em sua estrutura o grupo funcional
carbonila (C = O), com a única diferença de que, no caso dos aldeídos, ela sempre aparece
na extremidade da cadeia carbônica, ou seja, um dos ligantes do carbono da carbonila é o
hidrogênio; já as cetonas possuem a carbonila entre dois outros átomos de carbono.
Aldeídos
Devido a hibridização do carbono vicinal ser sp2, essa ligação tem caráter polar – o carbono
está com caráter positivo: eletrofílico – que é responsável pela grande reatividade desta
classe de compostos. Em geral, devido ao tamanho do grupo hidrogênio frente ao grupo
alquila, o maior espaço torna mais fácil atacar carbonila de aldeídos e, em reações de
adição nucleofílica, os aldeídos reagem mais rapidamente que as cetonas. O formaldeído
por possuir hidrogênio dos dois lados é o aldeído mais reativo de todos.
Aldeídos são muito reativos, sofrendo diversos tipos de reações químicas, inclusive reações
de polimerização, originado polímeros de condensação.
Aldeídos são muito reativos, sofrendo diversos tipos de reações químicas, inclusive reações
de polimerização, originado polímeros de condensação.
Metanal
4-etil-haxanal
But-2-enal
2,7-dimetil-oct-2,6-dienal
Cetona
O
||
C—C—C
Esse composto orgânico é inflamável, incolor, solúvel em água, tem um ponto de ebulição
grande.
As cetonas são estáveis e não se oxidam de forma fácil. A maior parte delas é líquida.
Formas de obtenção
Dentre as várias formas de obtenção das cetonas em laboratório, podemos destacar:
ozonólise de alcenos, hidratação de alcinos, método de Piria e a síntese de Frields-Crafts.
Porém, o método mais utilizado é a oxidação de álcoois secundários. Veja a seguir um
exemplo de oxidação do propanol com obtenção da propanona:
Butanal
4-etil-hexanal
Os quatro aldeídos mais simples apresentam nomes usuais formados pelos prefixos: form,
acet, propion, butir, seguidos da palavra aldeído.
Bibliografia