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GUIA CITOlógico

PATOLOGIA @leonardo.mv
CLÍNICA VETERINÁRIA

citologia
vaginal

citologia
OTOLÓGICA
Caro Leitor,

É com grande satisfação que lhe dou as boas-vindas ao


nosso ebook de citologia otológica e vaginal para
veterinários.

Nosso objetivo é fornecer a você informações úteis e


atualizadas sobre como coletar, preparar e interpretar
amostras citológicas otológicas e vaginais em seus
pacientes animais. Sabemos que a citologia é uma
ferramenta fundamental na prática clínica veterinária,
pois fornece informações valiosas para auxiliar no
diagnóstico e tratamento de uma variedade de
condições.

Ao longo deste ebook, você encontrará orientações


práticas e detalhadas sobre a coleta de amostras,
preparação de lâminas, identificação de células e
interpretação dos resultados. Além disso, abordaremos
aspectos relevantes da fisiologia e patologia do trato
vaginal e otológico em cães e gatos.

Esperamos que este ebook seja útil em seu dia a dia


clínico e contribua para aprimorar seus conhecimentos
em citologia veterinária.

Atenciosamente,

Mv. Leonardo Perdigão Soares

@leonardo.mv
AUTOR

Quem sou eu
Olá marujos, me chamo Leonardo, e sou
o comandante da página @leonardo.mv

Com o intuito de passar o meu


conhecimento e acelerar o aprendizado
de vocês eu desenvolvi este guia.

Sou médico veterinário formado em dezembro de 2021 (jovem né?),


porém com a determinação e coragem de um marinheiro em mar aberto.

O @leonardo.mv foi criado no inicio de 2022, com a intenção de publicar


um pouco da minha rotina laboratorial sabendo ser esta uma área com
poucos incentivos desde à faculdade.

Enfim, tenho 25 anos, adoro animais, adoro empreender e amo


desenvolver ideias mesmo que elas não deem certas. Tenho um
propósito claro em mente de que posso contribuir muito com vocês com
este material e com os futuros que virão.

Tudo o que você verá aqui não foi ideia da minha cabeça, e sim um
compilado da literatura acadêmica. Apenas uni os fatos para que faça
sentido para você.

Pera, as ideias e esquemas são coisas da minha cabeça ein

Apertem os cintos que daqui pra


frente guiarei um pouco dos seus
estudos.
M. V. Leonardo Perdigão Soares
CRMV - MG 25411
SUMÁRIO 08 Introdução
08 Capítulo 1 - Otológica
Anatomia Condulto Auditivo

09 Manifestações clínicas
11 Forma mais eficaz de coleta

13 Material necessário

16 Como fazer a coleta

20 Preparo das lâminas

23 Variaveis nos resultados

35 Achados mais comuns

35 Interpretação dos resultados

35 Modelos de laudos
SUMÁRIO 06 Capítulo 2 - Vaginal
Anatomia Sistema

08 Manifestações clínicas
10 Forma mais eficaz de coleta

13 Material necessário

16 Como fazer a coleta

20 Preparo das lâminas

23 Variaveis nos resultados

35 Achados mais comuns

35 Interpretação dos resultados

35 Modelos de laudos
1
O porquê deste

GUIA?
01
Contribuição

Contribuir o máximo possível do


meu conhecimento e táticas com
vocês.

02
Objeção
Vou te apresentar a citopatologia
de uma forma descontraída
quebrando algumas objeções que
se tem quando se depara com este
termo "citologia".

03
Solução
@leonardo.mv Como temos problemas
diariamente, estou trazendo
soluções para alguns dos seus
problemas na área de
citopatologia.

Você só está aqui porque teve as mesmas dificuldades


que eu tive e ainda tenho. Este guia não vai te tornar
um citopatologista afiado. Apenas Irá guiar os seus
estudos e conhecimento em relação ao micromundo
celular! Não tome base da citopatologia somente a
partir deste conteúdo.
Intro
duçã B em-vindo ao ebook de
citologia otológica e vaginal em
cães e gatos. Este material foi

to desenvolvido com o objetivo de


fornecer informações completas e
atualizadas sobre o tema, desde os
conceitos básicos até as técnicas mais
avançadas.

Com uma linguagem acessível e didática, este ebook é


indicado tanto para médicos veterinários experientes
que desejam aprimorar seus conhecimentos quanto
para estudantes da área que estão começando a se
familiarizar com a citologia veterinária.

Ao longo das próximas páginas, abordaremos desde a


anatomia e fisiologia das regiões otológica e vaginal
em cães e gatos, passando pelas técnicas de coleta de
material e preparo de lâminas, até a interpretação dos
resultados e diagnóstico de doenças.

Esperamos que este ebook seja útil e esclarecedor


para todos os leitores, contribuindo para uma prática
clínica mais eficiente e qualificada.
Anatomia

Ouvido
externo

Ouvido
médio

Ouvido
interno
Ouvido
externo

Ouvido
médio

Ouvido
interno

É importante entendermos a anatomia da área e


aspectos para entendermos melhor as doenças que
afetam essa região e a relação delas com a citologia.
Manifestações
clínicas
As principais manifestações clínicas das otites
incluem prurido ótico, onde o animal coça as
orelhas com as patas e esfrega em móveis,
paredes e chão. Além disso, há meneios
cefálicos, onde o animal chacoalha a cabeça,
e otorreia, que é uma produção aumentada de
cerúmen, podendo apresentar coloração
acastanhada, enegrecida, amarelada ou
purulenta.

odor fétido, eritema

hiperqueratose

hiperpigmentação
edema

hiperpigmentação estenose do meato

lignificação
A otite crônica é uma condição
caracterizada pela inflamação do
conduto auditivo, seja ele interno,
médio ou externo. Essa condição é
frequentemente um sintoma de muitas
doenças, e não um diagnóstico
definitivo. É importante destacar que a
otite crônica é bastante comum em
animais de estimação, sendo
encontrada em cerca de 10-20% dos
cães levados a uma clínica veterinária.

Embora possa afetar tanto cães


quanto gatos, essa afecção é mais
comum em cães, e frequentemente
está relacionada à etiologia
parasitária. Por isso, é essencial que
os profissionais da área estejam
preparados para identificar e tratar
adequadamente essa condição,
utilizando ferramentas como a
citologia otológica para um diagnóstico
mais preciso e um tratamento mais
eficaz.
Qual a forma mais
eficaz de coleta?

Haste de swab

O método mais comuns de coleta de amostras para


citologia otológica. Consiste em usar uma haste estéril
de algodão para coletar material do canal auditivo do
animal. Essa amostra pode ser usada para detectar a
presença de bactérias, fungos ou células inflamatórias.
Material
necessário

Swab
Consiste em usar uma haste
estéril de algodão para
coletar material do canal
auditivo do animal.

Microscópio
Equipamento essencial para
a análise das amostras
coletadas, permitindo a
visualização de células e
outras estruturas
importantes.

Lâminas
Utilizadas para preparar as
amostras para análise
microscópica. Devem ser
limpas e secas antes do uso.
Corante
Utilizados para corar as
células e facilitar a
visualização.

Recipientes
para coleta e
armazenamento
utilizados para armazenar
as amostras coletadas e
garantir sua conservação
adequada.
Como fazer a coleta
Reunir os materiais necessários: é importante
ter em mãos os materiais necessários antes
de iniciar a coleta. Isso inclui luvas
descartáveis, swab estéril e lâminas de vidro.

Peça ajuda e segure o animal firmemente, e


com a outra mão, puxar a orelha para cima e
para trás para expor o canal auditivo.

Abrir a embalagem do swab estéril com


cuidado para evitar contaminação.

Introduzir o swab no canal auditivo e girá-lo


suavemente para coletar as células. É
importante tomar cuidado para não
pressionar o swab com muita força e causar
danos às células.
Fixar a amostra:
imediatamente após a
coleta, passar o swab na
lâmina de vidro e, em
seguida, fixar a amostra
na lâmina com a solução
fixadora para preservar
as células (caso tenha).

Deve-se rolar o swab suavemente na superfície da


lâmina evitando esfregá-lo nesta, para minimizar a
destruição das células.

Identificar a amostra com as informações do


animal, como nome e número de
identificação.

Com esses passos simples e cuidadosos, é possível


realizar a coleta da citologia otológica por meio do
swab de forma eficiente e segura.
Preparo das
lâminas
Etapa fundamental para a
realização da citologia otológica.
É importante seguir as etapas
corretas para obter lâminas de
qualidade que permitam uma
análise adequada das amostras
coletadas.

Fixação da amostra: a amostra


coletada deve ser fixada na
lâmina de vidro com uma solução
fixadora, como o Panótico n°1.
Essa etapa permite que as
células sejam preservadas e não
sofram alterações durante o
processo.

Após a fixação, a lâmina deve ser


corada com uma solução corante,
como o Panótico rápido, Giemsa
ou o Wright. A coloração facilita a
visualização das células e outras
estruturas.
Variavéis nos
resultados
Muitas vezes, esperamos confirmar ou
descartar uma suspeita clínica com apenas
um exame laboratorial, mas isso nem sempre
é possível. É importante destacar que o exame
laboratorial é complementar e o diagnóstico
deve ser baseado em uma boa anamnese,
exame clínico e correlação com dados
epidemiológicos e exames laboratoriais.

Em casos em que o paciente já passou por


vários outros colegas e tratamentos, mas o
problema persiste, deve-se considerar a
possibilidade de alergia, mesmo que não haja
características clínicas marcantes de uma otite
decorrente de malassezíase.

Isso porque a própria Malassezia da microbiota


residente pode induzir uma reação alérgica,
mesmo sendo encontrada em pequenas
quantidades no paciente.

Pode-se pensar também na presença de outros fungos


(80% das otites fúngicas é causada por Malassezia e os
outros 20%? Vale a pena pesquisar agentes
otomicóticos como Cândida, Aspergillus e mais
raramente Penicillium) Recomenda-se a Cultura para
Fungos
Em casos nos quais a pesquisa
direta se mostre positiva
revelando na coloração de
GRAM o envolvimento de cocos
GRAM (+) e cocobacilos GRAM
(-) além de Malassezia por
campo, não necessariamente o
isolamento fúngico ou bacteriano
deve-se apresentar com
crescimento positivo. Isto pode
ocorrer, requerendo, as vezes,
novas amostragens e novas
tentativas de isolamento.
Como clínicos esperamos muitas
e muitas vezes, com apenas
uma tentativa fechar o
diagnóstico. Vários fatores
podem ser interferentes no
isolamento de microrganismos,
como a presença de resíduos de
antimicrobianos (pode não afetar
o crescimento in vivo, mas
interferir in vitro), presença de
microrganismos não viáveis
(mortos ou mesmo fagocitados)
ou contaminação da amostra
com outros agentes cujos
metabólitos possam interferir no
isolamento de microrganismos
de interesse.
Achados mais
comuns
Células descamativas

Malassezia spp.

Bactérias (cocos
e bacilos)

Ácaros

Leucócitos
Células
descamativas
Essas células são constituídas por
células epiteliais mortas que se
soltam naturalmente do canal
auditivo dos animais.
No exame citológico otológico, a
presença de células descamativas
pode indicar uma inflamação ou
infecção em curso, bem como a
presença de parasitas externos,
como ácaros de ouvido.
Em alguns casos, pode ser
necessário repetir o exame citológico
otológico ou complementá-lo com
outros exames para obter um
diagnóstico preciso.

COMO LAUDAR:

Células descamativas

+/4
Quatificação: ++/4
+++/4
++++/4
Malassezia sp.
A Malassezia é um fungo lipofílico que
pode ser identificado no exame citológico
de cães e gatos. Esses fungos podem ser
encontrados naturalmente na pele dos
animais, mas em alguns casos podem
causar infecções secundárias
especialmente em animais com alergias
ou outras condições que afetam o sistema
imunológico.
A quantidade de Malassezia presente
pode variar dependendo da gravidade da
infecção,

COMO LAUDAR:
Estruturas leveduriformes
sugestivas de Malassezia
pachydermatis:
+/4
Quatificação: ++/4
+++/4
++++/4
Bactérias
A presença de bactérias
no exame citológico pode
indicar uma infecção
bacteriana no canal
auditivo do animal, seja
primária ou secundária a
outras condições.

As bactérias mais comuns encontradas no exame


citológico otológico incluem Staphylococcus,
Streptococcus e Pseudomonas. A presença de
bactérias no exame citológico otológico pode ser
acompanhada de sinais clínicos, como vermelhidão,
inchaço, dor, coceira e secreção no ouvido.

Além disso, a presença de bactérias no exame


citológico otológico pode ser indicativa de outras
condições subjacentes, como alergias, doenças
autoimunes e distúrbios hormonais.

COMO LAUDAR:
Presença de bactérias (cocos
ou bacilos)
+/4
Quatificação: ++/4
+++/4
++++/4
Leucócitos
A presença de leucócitos no
exame citológico pode indicar
uma resposta inflamatória no
canal auditivo do animal.

Os leucócitos mais comuns


encontrados no exame
citológico otológico incluem
neutrófilos, eosinófilos

A inflamação no canal auditivo


pode ser causada por várias
condições, como infecções
bacterianas ou fúngicas,
infestações por ácaros,
alergias, traumas e corpos
estranhos.

COMO LAUDAR:
Presença de neutrófilos...
linfócitos... eosinófilos...

Quatificação: 1,2,3.../ campo


Ácaros
Os ácaros são frequentemente identificados no exame
citológico otológico de cães e gatos. A presença de
ácaros no exame citológico pode indicar uma infestação
parasitária no canal auditivo do animal.
Os ácaros mais comuns
encontrados no ouvido de cães
e gatos são o Otodectes
cynotis, também conhecido
como ácaro da sarna
otodécica, e o Demodex
canis/folliculorum, também
conhecido como ácaro da
sarna demodécica.
A presença de ácaros no exame citológico otológico
pode ser acompanhada de sinais clínicos, como coceira
intensa, sacudidas frequentes da cabeça, vermelhidão e
secreção no ouvido.
Modelos
CITO VAGINAL
Anatomia
Qual a forma mais
eficaz de coleta?

Haste de swab

O método mais comuns de coleta de amostras para


citologia vaginal. Consiste em usar uma haste estéril de
algodão para coletar material do canal vaginal do
cadela/gata. Essa amostra pode ser usada para
detectar a presença de células epiteliais, bactérias e
células leucocitárias.
Material
necessário

Swab
Consiste em usar uma haste
estéril de algodão para
coletar material do canal
vaginal da cadela ou gata.

Microscópio
Equipamento essencial para
a análise das amostras
coletadas, permitindo a
visualização de células e
outras estruturas
importantes.

Lâminas
Utilizadas para preparar as
amostras para análise
microscópica. Devem ser
limpas e secas antes do uso.
Como fazer a coleta
Reunir os materiais necessários: é importante
ter em mãos os materiais necessários antes
de iniciar a coleta. Isso inclui luvas
descartáveis, swab estéril e lâminas de vidro.

Peça ajuda e segure o animal firmemente, e


com a outra mão, puxar a cauda para cima e
para trás para expor o canal vaginal.

Abrir a embalagem do swab estéril com


cuidado para evitar contaminação. O swab
deve ser lubrificado com soro fisiológico ou
outro lubrificante à base de água para facilitar
a inserção.

O swab deve ser posicionado no interior do


vestíbulo vaginal em sentido craniodorsal,
com angulação de 45o e reposicionado em
sentido cranial para atingir o canal vaginal. As
células são então transferidas para uma
lâmina de vidro por meio de leve pressão e
rolamento do swab.
Preparo das
lâminas
Etapa fundamental para a
realização da citologia vaginal. É
importante seguir as etapas
corretas para obter lâminas de
qualidade que permitam uma
análise adequada das amostras
coletadas.

Fixação da amostra: a amostra


coletada deve ser fixada na
lâmina de vidro com uma solução
fixadora, como o Panótico n°1.
Essa etapa permite que as
células sejam preservadas e não
sofram alterações durante o
processo.

Após a fixação, a lâmina deve ser


corada com uma solução corante,
como o Panótico rápido, Giemsa
ou o Wright. A coloração facilita a
visualização das células e outras
estruturas.
Variavéis nos
resultados
O ciclo estral da cadela é dividido em 4 fases:
proestro, estro, diestro e anestro. Em função
da ação estrogênica, o epitélio vaginal
responderá de acordo com a fase do ciclo
contando com a presença de tipos celulares
distintos.

O epitélio vaginal é constituído por: células


parabasais, células intermediárias pequenas e
grandes, células superficiais com núcleo
picnótico e células superficiais anucleadas.⠀

O tempo entre a coleta da amostra e o


processamento no laboratório pode influenciar
os resultados

O armazenamento inadequado das amostras


pode afetar a integridade do material coletado,
levando a resultados incorretos.
Achados mais
comuns

Células Epiteliais

Bactérias (cocos
e bacilos)

Leucócitos
Células
epiteliais
parabasais
Células parabasais são pequenas células
redondas com núcleos vesiculares redondos e
uma pequena quantidade de citoplasma e
geralmente são bastante uniformes em
tamanho e forma. Um grande número de
células parabasais pode se desprender
quando a vagina de um animal pré-púbere é
coletado material.
Células
Pequenas
Intermediárias
O tamanho das células intermediárias varia de
acordo com a quantidade de citoplasma presente.
Apesar dos núcleos das células intermediárias
pequenas e grandes terem tamanho semelhante aos
núcleos das células parabasais, as células
intermediárias são cerca de duas vezes maiores que
as células parabasais.

As células intermediárias possuem núcleos


vesiculados, mas à medida que aumentam de
tamanho, seu citoplasma se torna irregular, dobrado
e angular, assim como o citoplasma das células
superficiais. As células intermediárias grandes
também podem ser chamadas de células
intermediárias superficiais ou células intermediárias
de transição.
Células Superfíciais
Nucleadas e
Anucleadas
As células superficiais são as Nucleada
maiores células epiteliais vistas
em esfregaços vaginais. São
células mortas cujos núcleos
tornam-se picnóticos e, em
seguida, desbotados,
frequentemente progredindo
para formas anucleadas

Seu citoplasma é abundante,


angular e dobrado. Conforme as
células degeneram, pequenos
vacúolos podem se formar no
citoplasma
As células epiteliais superficiais
são comumente chamadas de Anucleada
células cornificadas. As células
superficiais com núcleos
picnóticos pequenos e as células
epiteliais superficiais anucleadas
possuem a mesma importância
clínica.

Nucleada
Outros achados
Células do metestro foram descritas como
células epiteliais vaginais contendo neutrófilos
em seu citoplasma

A vagina de cães e gatos contém flora


bacteriana normal, sendo frequentemente
observada a presença de bactérias nos
esfregaços citológicos vaginais. A menos que
as bactérias estejam acompanhadas de um
grande número de neutrófilos, elas são
geralmente consideradas flora normal.
As células parabasais são predominantes e a

A celularidade é baixa, indicando uma fase


inicial ou tardia do ciclo estral em cadelas e
gatas. Durante essa fase, as células são

N pequenas, com núcleos arredondados e


vesiculares, e têm uma pequena quantidade
de citoplasma.

E É importante notar que a presença de um


grande número de células parabasais pode
ser um sinal de anestro em cadelas e gatas.

S
T
R
O
Predominio de células epiteliais parabasais,

P intermediárias pequenas e grandes, e


superficiais. Presença de um número
variável de neutrófilos e eritrócitos.

R
O
E
S
T
R
O
E
Durante o estro, a maioria (80% a 90%) das
células epiteliais esfoliadas são células
superficiais. Tipicamente, quase todas essas
células superficiais contêm núcleos pequenos e

S picnóticos
No entanto, amostras de algumas cadelas
contêm quase 100% de células anucleares; em

T outras, as células intermediárias grandes são


retidas.

R
O
Preparações citológicas feitas durante o estro
geralmente têm um fundo claro que é livre de muco e
podem ou não conter eritrócitos.
Grandes quantidades de bactérias são comumente
observadas em e ao redor das células epiteliais
superficiais, mas neutrófilos estão normalmente
ausentes, a menos que haja inflamação
D
Diminuição do número de células epiteliais
superficiais, principalmente nas primeiras 24 a
48 horas. Há aumento na quantidade de
células intermediárias, parabasais e presença

I de neutrófilos

E
S
T
R
O
Tabela Mastigada
Intermedi Intermed
Fase do Superficial Superficial
Parabasal ária iária
ciclo estral nucleada anucleada
pequena grande

Proestro 0-10% 0-20% 0-10% 0-20% 0-10%

Estro 0-5% 0-10% 30-50% 30-50% 0-10%

Diestro 30-50% 10-30% 10-30% 5-15% 0-5%

Anestro 50-70% 10-20% 0-5% 0-5% 0-5%

Fase do ciclo estral Bactérias Neutrófilos

Proestro Presentes Poucos


Estro Ausentes Ausentes
Diestro Presentes Poucos
Anestro Presentes Muitos
Ocorre diferença no
ciclo estral de
cadelas e gatas?
Sim, há diferenças significativas no ciclo estral de
cadelas e gatas.
As cadelas têm um ciclo estral
monofásico, o que significa que
passam por uma fase de estro
(comportamento sexual
receptivo) seguida por uma fase
de diestro (período de inatividade
sexual). O ciclo completo dura
em média 6 meses. Durante o
estro, há um aumento na
quantidade de células
superficiais e diminuição das
células parabasais no esfregaço
vaginal.
O ciclo completo dura em média
21 dias. Durante o estro, há um
aumento nas células superficiais e
diminuição nas células parabasais
no esfregaço vaginal, semelhante
ao que ocorre em cadelas.
Já as gatas têm um ciclo estral
polifásico, o que significa que
passam por várias fases,
incluindo proestro (aumento
dos níveis de estrogênio e
início do comportamento
sexual receptivo), estro (pico
do comportamento sexual
receptivo), metaestro (queda
nos níveis de estrogênio e
início da produção de
progesterona) e diestro (níveis
elevados de progesterona e
ausência de comportamento
sexual receptivo).

Além disso, as gatas são


induzidas a ovular durante o
acasalamento, enquanto as
cadelas ovulam
espontaneamente.

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