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Para definir o que é o conhecimento temos que considerar dois elementos clássicos,
estreitamente relacionados historicamente, o objecto a conhecer e o sujeito que conhece.
Quanto ao objecto a conhecer (não é uma porção material de alguma coisa), é tudo o que
rodeia o ser humano. Exemplo: coisas, processos, fenómenos, pessoas, animais, plantas, ar,
água, outros.
O ser humano é o sujeito que conhece a sua realidade, e todos nós, seres humanos,
possuímos estruturas que nos permitem apreender a realidade.
Exemplo: Conhecer a realidade que nos envolve e a nós próprios é um processo que se inicia
com o nascimento e termina com a morte. Um bebé, nos seus primeiros dias, não conhece de
imediato todo o seu mundo. Um idoso é
visto, pelos seus pares, como alguém
com uma grande experiência e
conhecimento da vida.
Ciências Formais:
Obediência às regras da lógica
Ciências da Natureza:
Verificação do pensado com a experiência
Ciências sociais e humanas:
Compreensão do fenómeno que é investigado
Nesse âmbito, o pensamento humano revelou o seu cunho imaginativo e criador, confirmando-
se o nosso papel como o “ sujeito que conhece e actua sobre os objectos a conhecer,
criando novos conhecimentos “.
O objecto a conhecer encontra-se na realidade objectiva, sendo que o modo de ver a realidade
depende dos nossos conhecimentos, cultura, experiências – o reportório sócio-cultural
proveniente das nossas vivências e interacções - e até daquilo que estamos à espera ou à
procura.
Para definir o conhecimento, é preciso considerar dois elementos básicos, um “o objecto a
conhecer” e o outro “o sujeito que conhece”, simplesmente podemos dizer: “ É a relação que
existe entre o objecto a conhecer e o sujeito que conhece”.
Podemos dizer que o conhecimento é a relação entre o objecto a conhecer e o sujeito que
conhece mediante um mecanismo operatório, constituído pelas estruturas estudadas.
É muito importante que tenhamos consciência de como nos apropriamos do conhecimento.
O conhecimento é fundamental para o desenvolvimento social, é fundamental para investigar, é
fundamental para pensar, premeditar, criar, imaginar.
Porém, o conhecimento está em constante mutação, não é rígido, é um processo contínuo.
Mesmo que NÃO queiramos conhecer, isso é impossível. Mesmo que nos fechemos numa
sala, escura, sem luz, sem som, teremos sempre algo a conhecer: nós próprios!
Procuramos conhecer e depois estabelecer relações causais entre os objectos e a realidade,
ou em ciências sociais, por exemplo, entre uma atitude e um comportamento.
Usualmente, a causa antecede o efeito; em relação ao tempo, a causa origina o efeito, a causa
manifesta-se primeiro e o efeito depois. Para encontrar a causa de processos e fenómenos,
temos que recorrer à investigação, seja do passado ou presente. Claro que, em investigação
nem sempre é possível estabelecer relações de causalidade directa (por exemplo, uma pessoa
que não come carne num jantar de amigos, não quer dizer que seja vegetariana! Uma pessoa
que encontremos na rua, em França, a falar francês, pode não ser francês, pode ser um turista
Belga, etc…Em investigação, é preciso ter muito cuidado ao tentar estabelecer relações e
causalidades!).