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PROFESSORA: AMANDA RAQUEL DE MENEZES

DISICPLINA: FILOSOFIA
CONTEÚDO: FILOSOFIA E CIÊNCIA: EXISTE LIMITES PARA A CIÊNCIA?
Os limites da Ciência - A Ética
Não se deve esquecer que o progresso científico não resolve todos os males. Infelizmente, boa parte da população
mundial ainda vive na pobreza, sem acesso a água potável, assistência médica, rede de esgotos, e às condições
mínimas de habitação, alimentação e educação. A vitória contra doenças não depende apenas da pesquisa
científica, mas também da melhoria das condições de vida das populações menos favorecidas. Depende de uma
política que gere empregos, com investimentos em educação, saneamento e assistência médica às populações
mais pobres.
Para solucionar esses e outros problemas, é necessário que haja participação consciente e ativa de toda a
sociedade, controlando e fiscalizando não apenas o uso das descobertas científicas, mas também os governantes
que tomam as decisões. É preciso não esquecer que o progresso científico deve ser acompanhado de progresso
moral, político e social. Assim, princípios éticos devem nortear qualquer experiência. Nenhuma pesquisa científica
pode ser considerada desvinculada de suas aplicações práticas e de consequências sociais.
É preciso, pois, que a aplicação da ciência respeite os valores e os direitos humanos. Como disse Einstein:
“A preocupação com o próprio homem e seu destino deve constituir sempre o interesse principal de todos os
esforços técnicos... Nunca se esqueçam disto em seus diagramas e em suas equações”.
As diretrizes filosóficas dessa área começaram a consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra
Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de médicos nazistas em nome da Ciência,
cria um código para limitar os estudos relacionados. Formula-se aí também a ideia que a ciência não é mais
importante que o homem. O progresso técnico deve ser controlado e acompanhar a consciência da humanidade
sobre os efeitos que eles podem ter no mundo e na sociedade para que as novas descobertas e suas aplicações
não fiquem sujeitas a todo tipo de interesse.
A Ética discute valores – o que é certo, o que é errado, o bem, o mal. A Bioética discute a ética relacionada à vida.
(O termo bioética foi mencionado pela primeira vez em 1971, no livro “Bioética: Ponte para o Futuro", do biólogo
e oncologista americano Van R. Potter.)
A vida no seu sentido mais amplo, no sentido de se garantir sua preservação, perpetuação e proteção, observando
sempre sua qualidade. Evita-se assim abusos praticados em nome do progresso científico e tecnológico, muitas
vezes praticados no passado e ainda hoje encontrados ainda que camuflados e escondidos do resto da sociedade.
A Bioética investiga as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana (em geral) e
da pessoa (em particular). Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização in
vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicos e as pesquisas com células tronco, bem como a
responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e suas aplicações. –

Exercício
A partir dos temas enumerados abaixo, pesquise argumentos prós e contras o seu estudo científico e aplicações
na sociedade e quais são os dilemas éticos envolvidos em cada caso. Em seguida, utilizando do gênero artigo de
opinião apresente o seu posicionamento sobre o tema escolhido.
- Eutanásia
- Uso de embriões humanos em estudos
- Transgênicos
- Clonagem Humana
- Uso de cobaias animais
- Uso de cadáveres pelas faculdades de medicina.
"Como se faz um artigo de opinião?
Para fazer um artigo de opinião, é preciso:
Definir o tema a ser abordado, definir uma tese e pesquisar dados, informações e fatos capazes de comprovar
seu ponto de vista e persuadir o leitor.
Pensar em um título que chame a atenção do seu leitor. Opte por títulos objetivos e simples, mas que instiguem
a curiosidade.
Contextualizar o tema a ser abordado, na primeira parte do texto (introdução). É nesse momento que você
oferecerá os elementos necessários para que o leitor retome o contato sobre o tema ou obtenha informações
que o ajudem a compreender o seu conteúdo. As perspectivas do autor sobre o tema também devem estar
contidas nessa primeira parte.
Oferecer a sua construção argumentativa ao seu leitor, na segunda parte (desenvolvimento). Para uma boa
exposição e discussão dos argumentos, é importante colocá-los de forma organizada e linear em seu texto. Assim,
o leitor consegue acompanhar a lógica do raciocínio construído.
Retomar sua tese, na terceira parte (conclusão), podendo seguir por dois caminhos:
• apontar possíveis caminhos para a resolução do problema tratado;
• deixar uma reflexão para que o seu leitor possa pensar de maneira crítica na situação apresentada ao
longo do texto."
"Qual a estrutura do artigo de opinião?
O artigo de opinião apresenta a seguinte estrutura em sua composição:

• título;
• introdução;
• desenvolvimento;
• conclusão.

Trata-se da estrutura padrão em textos predominantemente dissertativo-argumentativos. O autor precisa, dentro


dessa lógica de estruturação e organização, apresentar ao leitor o tema e a tese a ser defendida, expor os
argumentos e dissertar sobre eles trazendo dados, informações ou fatos, e, por fim, trazer uma reflexão final ou
mesmo uma proposta de resolução do problema apresentado ao longo do artigo."

"Quais são as características do artigo de opinião?


O artigo de opinião é um texto que pertence ao universo do jornalismo. Sendo assim, ele apresenta as seguintes
características predominantes em textos dessa esfera:
• uso de linguagem acessível, tendo em vista um público universal;
• preferência por verbos na voz ativa;
• escrita leve, concisa e agradável;
• ausência de gírias, palavrões ou outros elementos da linguagem coloquial;
• períodos curtos, a fim de evitar que a leitura se torne cansativa.

Além desses elementos, sabe-se que o artigo de opinião é um texto em que prevalecem a argumentação e a
persuasão ao leitor. Assim, pode-se atribuir as seguintes características específicas a ele:
• Traz à tona discussões envolvendo temas de grande relevância social.
• Apresenta a opinião de um articulista, geralmente um estudioso ou referência no assunto a ser tratado.
• Sua escrita obedece à norma-padrão da língua, mas, em determinadas situações, a depender do assunto
e contexto, admite o uso de algumas informalidades pontuais.
• Pode ser escrito em 1ª pessoa do singular, 1ª pessoa do plural ou 3ª pessoa do singular.
• Ele tem uma autoria e, portanto, é assinado."

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