Inicialmente fazendo uma comparação entre os dois métodos de avaliação, a
avaliação mediadora é a que apresenta mais pontos positivos e menos danosa ao aluno. Sendo algum deles a relação horizontal entre aluno-educador, com o educador assumindo um papel de mediador do conhecimento ao aluno, ajudando-o na sua formação como cidadão, que em contrapartida na avaliação tradicional fortalece muito a ideia behaviorista de uma relação vertical onde se estabelece uma superioridade do educador sendo detentor do conhecimento e fonte principal de comunicação desse conhecimento onde ele irá medir de certa forma até onde o aluno conseguiu absorver ou até mesmo decorar desse conhecimento passado, o que em si gera um problema, o qual não se explora as demais capacidades cognitivas do aluno, sendo uma avaliação falha nesse sentido. A avaliação tradicional não consegue abranger a imensidão do processo de aprendizagem do aluno, ela está focada apenas em um momento desse processo, apenas no momento em que o aluno se encontra com uma prova seja ela discursiva ou com sua base em alternativas com múltiplas escolhas, ignorando todos os outros momentos importantes em sala de aula onde o aluno possa ter entendido, compreendido o assunto o qual está sendo trabalhado e que por vários motivos externos naquele momento da prova por algum descuido ou por algum outro motivo pessoal que o possa a levar ao erro. E que além de não conseguir abranger todos os momentos de aprendizagem fora a hora da prova cria uma certa dependência do aluno ao professor, pela resposta tida como “certa” aos olhos dele, o que de novo gera um problema com a falta de autonomia do educando, podendo dificultar o processo dele conseguir obter suas próprias noções individuais de mundo, dificuldade de criar senso crítico que é uma característica essencial de se desenvolver nos anos escolares. A avaliação mediadora por outro lado tenta mediar o conhecimento do aluno e fazer com que ele reflita sobre suas respostas e promover melhores estratégias de aprendizagem, com um objetivo diferente da tradicional, focando não somente em um momento da aprendizagem de acordo com Jussara Hoffmann requer prestar atenção no aluno, ouvir seus argumentos e está em constante desenvolvimento criando desafios, voltando o foco para autonomia do aluno. Sendo assim vemos que a avaliação mediadora tem como base o desenvolvimento das habilidades cognitivas trabalhando em todas as fases da aprendizagem e não em só um único momento final onde se tenta medir o conhecimento adquirido ou decorado do aluno por meio do conhecimento passado pelo professor, onde as respostas mesmo que erradas em primeiro momento tem um valor forte, tentando entender a linha de raciocínio por trás da repostas que os alunos dão. Por esses motivos pode-se observar uma superioridade na avaliação mediadora sendo assim nesses pontos uma avaliação que melhor capacita o aluno para o objetivo principal escolar que é a formação de um cidadão crítico e desenvolvido com capacidade de desenvolver seus próprios pensamentos e sua visão de mundo.