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Avaliação tradicional x avaliação

mediadora: um diálogo possível?Eles


se aproximam ou se afastam?

Inicialmente fazendo uma comparação entre os dois métodos de avaliação, a


avaliação mediadora é a que apresenta mais pontos positivos e menos danosa ao
aluno. Sendo algum deles a relação horizontal entre aluno-educador, com o
educador assumindo um papel de mediador do conhecimento ao aluno, ajudando-o
na sua formação como cidadão, que em contrapartida na avaliação tradicional
fortalece muito a ideia behaviorista de uma relação vertical onde se estabelece uma
superioridade do educador sendo detentor do conhecimento e fonte principal de
comunicação desse conhecimento onde ele irá medir de certa forma até onde o
aluno conseguiu absorver ou até mesmo decorar desse conhecimento passado, o
que em si gera um problema, o qual não se explora as demais capacidades
cognitivas do aluno, sendo uma avaliação falha nesse sentido. A avaliação
tradicional não consegue abranger a imensidão do processo de aprendizagem do
aluno, ela está focada apenas em um momento desse processo, apenas no
momento em que o aluno se encontra com uma prova seja ela discursiva ou com
sua base em alternativas com múltiplas escolhas, ignorando todos os outros
momentos importantes em sala de aula onde o aluno possa ter entendido,
compreendido o assunto o qual está sendo trabalhado e que por vários motivos
externos naquele momento da prova por algum descuido ou por algum outro motivo
pessoal que o possa a levar ao erro. E que além de não conseguir abranger todos
os momentos de aprendizagem fora a hora da prova cria uma certa dependência do
aluno ao professor, pela resposta tida como “certa” aos olhos dele, o que de novo
gera um problema com a falta de autonomia do educando, podendo dificultar o
processo dele conseguir obter suas próprias noções individuais de mundo,
dificuldade de criar senso crítico que é uma característica essencial de se
desenvolver nos anos escolares. A avaliação mediadora por outro lado tenta mediar
o conhecimento do aluno e fazer com que ele reflita sobre suas respostas e
promover melhores estratégias de aprendizagem, com um objetivo diferente da
tradicional, focando não somente em um momento da aprendizagem de acordo com
Jussara Hoffmann requer prestar atenção no aluno, ouvir seus argumentos e está
em constante desenvolvimento criando desafios, voltando o foco para autonomia do
aluno. Sendo assim vemos que a avaliação mediadora tem como base o
desenvolvimento das habilidades cognitivas trabalhando em todas as fases da
aprendizagem e não em só um único momento final onde se tenta medir o
conhecimento adquirido ou decorado do aluno por meio do conhecimento passado
pelo professor, onde as respostas mesmo que erradas em primeiro momento tem
um valor forte, tentando entender a linha de raciocínio por trás da repostas que os
alunos dão. Por esses motivos pode-se observar uma superioridade na avaliação
mediadora sendo assim nesses pontos uma avaliação que melhor capacita o aluno
para o objetivo principal escolar que é a formação de um cidadão crítico e
desenvolvido com capacidade de desenvolver seus próprios pensamentos e sua
visão de mundo.

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