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Questão 01

As reuniões realizadas pelo Congresso Nacional (CN) encontram-se disciplinadas no


art. 57, da CF/88, sendo-as: ordinária (art. 57, caput), extraordinária (art. 57, §§ 6°
ao 8°), preparatória (art. 57, § 4°) e conjunta (art. 57, § 3°).

A reunião ordinária é a regra, sendo-a realizada anualmente, na Capital Federal,


entre os períodos de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12, se tratado de assuntos comuns
parlamentares. A sessão extraordinária é a convocação do CN durante o recesso
parlamentar. Em regra, ocorre pelo Presidente do Senado, com o objetivo de
apreciação de decreto de estado de defesa/sítio ou de intervenção federal, e do
compromisso e posse do presidente e do vice-presidente da República. Pode ser
convocada pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de
ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante. Salienta-se que
a deliberação é adstrita à matéria para a qual a sessão fora convocada (§ 7°),
exceto com relação às medidas provisórias (§ 8°). A reunião preparatória tem
finalidade específica: a posse de novos membros e a eleição das respectivas Mesas
do CN, a qual ocorre a partir de 01/02, no primeiro ano da legislatura. A sessão
conjunta acontece com frequência e volta-se para, dentre outros, inaugurar a sessão
legislativa e conhecer e deliberar sobre o veto. Nestes casos, os votos são contados
separadamente. Normalmente, é realizada no plenário da Câmara dos Deputados
(art. 3°, Regulamento Comum do CN) e só se inicia com a presença de 1/6 da
composição de cada Casa (art. 28, Regimento Comum do CN).

Questão 02

O art. 14, da CF/88 garante os direitos políticos da população, destacando-se a


soberania popular a ser exercido mediante sufrágio universal, voto direto e secreto,
com valor igual para todos. Para tanto, foram elencados alguns instrumentos, dentre os
quais se encontra a iniciativa popular. Desta forma, pode-se aduzir que a iniciativa
popular trata-se de instrumento de participação direta da população, o qual
permite ao cidadão influenciar na tomada de decisões políticas.
Assim, a possibilidade de iniciativa popular para a oferta de projetos de leis ordinárias
encontra respaldo constitucional no § 2°, do art. 61. Conforme disciplina o referido
dispositivo, tal iniciativa pode ser exercida por qualquer cidadão, mediante a
apresentação perante a Câmara dos Deputados de um projeto de lei subscrito por,
no mínimo, 1% do eleitorado nacional, a ser distribuído por, ao menos, por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores cada.

Ademais, destacam-se os arts. 13 e 14, da Lei nº 9.709/1998, os quais sustentam,


dentre outros pontos, que é preciso que a proposta de lei de iniciativa popular trate
apenas de um único assunto (art. 13, § 1°), bem como não poderá ser rejeitado por
vício de forma. Nestes casos, caberá à Câmara dos Deputados, por seu órgão
competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa
ou de redação (art. 13, § 2°).

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