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Um reencontro atribulado.
Portugal e Espanha entre a
queda das ditaduras e a
adesão à CEE, 1976-1986
A Troubled Rapprochement. Portugal and Spain between the End of Dictatorships and EEC
Membership, 1976-1986
David Castaño
p. 199-222
https://doi.org/10.4000/lerhistoria.7795
Resumos
Português English Français
A queda dos dois regimes autoritários peninsulares processou-se de modo muito
distinto, mas rapidamente os dois países começaram a trilhar caminhos paralelos
que os conduziriam a um destino comum: à integração europeia e à plena inserção
no bloco ocidental. Esta confluência era, contudo, receada por Portugal, que
historicamente tinha procurado diferenciar-se do seu maior e único vizinho
terrestre. Com base em documentação diplomática recentemente desclassificada,
este artigo traça a evolução das relações dos dois países nos primeiros anos dos
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The fall of the two peninsular authoritarian regimes took place in a very different
way, but quickly the two countries began parallel paths that would lead them to a
common destination: the European integration and full insertion in the Western
bloc. This confluence was, however, feared by Portugal which historically had sought
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to differentiate himself from its only and largest neighbor. Based on diplomatic
documentation recently declassified, this article traces the evolution of the relations
between the two countries in the early years of the new democratic regimes, with
Iberian enlargement as a backdrop. Despite the speeches and steps taken towards
closer ties, these were years of tension. It was not democracy that implemented a
new phase in the bilateral relationship. Only the inclusion in a larger space would
dilute old suspicions.
La fin des deux régimes autoritaires péninsulaires s’est déroulée de manière très
différente, mais les deux pays se sont rapidement lancés sur des chemins parallèles
qui les conduiraient à un destin commun: l’intégration européenne et l’insertion
totale dans le bloc occidental. Cette confluence était cependant redoutée par le
Portugal, qui, au long de son histoire, avait tenté de se différencier de son plus grand
et seul voisin terrestre. En s’appuyant sur des documents diplomatiques récemment
déclassifiés, cet article retrace l’évolution des relations entre les deux pays durant les
premières années des nouveaux régimes démocratiques, avec l’élargissement
ibérique en toile de fond. Malgré les discours et les mesures prises pour établir une
plus grande coopération entre eux, cette époque est marquée par des années de
tension. La démocratie se révélait incapable de lancer une nouvelle phase dans les
relations bilatérales. Seule l’inclusion dans un espace plus grand a fini par dissiper
les vieilles méfiances.
Entradas no índice
Mots-clés : Relations Portugal-Espagne, histoire de l’Union européenne,
intégration européenne, élargissement ibérique, Communauté économique
européenne, OTAN.
Keywords: Portugal-Spain relations, European Union history, European
integration, Iberian enlargement, European Economic Community, NATO.
Palavras-chave: relações Portugal-Espanha, história da União Europeia,
integração europeia, alargamento ibérico, Comunidade Económica Europeia, OTAN.
Texto integral
1 Os estudos dedicados às relações luso-espanholas no último quartel do
século XX têm-se centrado em torno de dois grandes temas: a quase
simultânea transição para a democracia e a opção europeia seguida por
ambos os países. Na senda dos trabalhos sobre a evolução das relações
bilaterais (Aldecoa 1987; Ferreira 1987; Torre 1995), estas duas vertentes
são tradicionalmente apresentadas como uma sequência: transição para a
democracia; novo relacionamento bilateral; adesão à Comunidade
Económica Europeia (CEE). Apesar dos distintos processos de aproximação
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1. Um arranque promissor
6 Três meses depois da morte de Franco e da derrota das forças
revolucionárias em Portugal, realizou-se um primeiro encontro dos
ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois estados. Melo Antunes e
Areilza reuniram-se em fevereiro de 1976 na cidade da Guarda e
concertaram um conjunto de medidas que passavam pela definição de um
calendário para o pagamento das indemnizações relacionadas com os
assaltos à embaixada e ao consulado da Espanha em Lisboa; pela assinatura
de dois convénios, um sobre os limites da plataforma marítima e outro para
a construção de uma ponte internacional sobre o rio Guadiana; pelo
restabelecimento da cotação do escudo em Espanha; e pela suspensão em
território espanhol das atividades dos grupos de extrema-direita
portugueses e em território português das atividades das organizações de
extrema-esquerda. Este primeiro esforço de aproximação ficaria conhecido
como o “espírito da Guarda” e seria prosseguido com a visita oficial do
presidente do governo Adolfo Suárez a Portugal, em novembro de 1976,
escassos seis dias depois de as Cortes espanholas terem aprovado a lei para
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sinais dados no sentido de que uma adesão prévia de Portugal seria cada vez
menos provável essa hipótese ainda perdurou. Em julho de 1982, perante
um provável acordo entre Portugal e a CEE no importante domínio dos
têxteis, e dado o impasse negocial que nesse mesmo campo se verificava
com Espanha, o El País avançava que as negociações de Portugal e Espanha
poderiam ficar definitivamente desligadas e que Portugal poderia tornar-se
o 11º estado-membro da CEE em 1984.13 1:02:06
14 Essa hipótese não era apenas veiculada pela imprensa. Em fevereiro de
1983, o embaixador de Portugal em Madrid continuava a referir-se a essa
possibilidade, relatando comentários de altos responsáveis políticos
espanhóis no mesmo sentido.14 Procurando capitalizar os laços de amizade
que mantinha com o presidente francês, no final desse ano o primeiro-
ministro português, Mário Soares, insistiu junto de François Mitterrand que
a adesão de Portugal fosse tratada separadamente da espanhola.15 Reagindo
a estas démarches, o membro do governo espanhol responsável pelas
negociações com a CEE afirmou que nada tinha contra essas tentativas
portuguesas e que até poderia haver vantagem numa adesão prévia de
Portugal, uma vez que depois de aprovada a entrada de Portugal seria
inadmissível manter a Espanha de fora durante muito tempo. No entanto,
off the record, manifestou o seu ceticismo quanto ao apoio francês
relativamente às pretensões de Portugal.16 Estava certo. As pressões
portuguesas não tiveram o efeito desejado. Na mesma altura o presidente da
Comissão, Gaston Thorn, voltava a defender a adesão simultânea de
Portugal e Espanha e apontava o dia 1 de janeiro de 1986 como a data para
esse duplo ingresso.17 As tentativas de descolagem e de antecipação da
adesão à CEE não tiveram sucesso, mas contribuíram para desgastar um
relacionamento que era afetado por outras questões.
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5. Conclusão
41 A reaproximação entre os dois países ensaiada em 1976 e formalmente
estabelecida com a assinatura do Tratado de Amizade e Cooperação de 1977
foi bloqueada por um conjunto de fatores. Apesar dos discursos e das
declarações proferidas por sucessivos responsáveis políticos e diplomáticos
de ambos os países, as diferentes estratégias para a integração dos dois
países na CEE, as dúvidas quanto à hipótese de adesões separadas, a adesão
da Espanha à NATO, o diferendo em torno das pescas e o desequilíbrio da
balança comercial impediram que os dois novos regimes democráticos
iniciassem verdadeiramente um novo tipo de relacionamento. As afinidades
ideológicas entre os dois governos, primeiro entre a AD e a UCD, depois
entre o PS e o PSOE, não foram capazes de impedir estas tensões, embora
tenham contribuído para evitar uma maior escalada conflitual.
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42 A entrada na última fase das negociações para a adesão dos países à CEE
constituiu um forte incentivo para que fossem superados os últimos
obstáculos. Com praticamente todos os capítulos negociais fechados e com a
data da adesão agendada, restava apenas chegar-se a um entendimento
sobre o modus vivendi das relações luso-espanholas durante o período
transitório pós-adesão. Numa corrida contra-relógio foi finalmente possível
estabelecer-se uma nova base para o relacionamento bilateral que era um 1:02:06
elemento determinante para Portugal. Escrevendo à época, José Medeiros
Ferreira (1987, 73) sublinhou que “a verdadeira pedra de toque da nossa
integração reside no futuro das relações com a Espanha”. Esta preocupação,
que esteve sempre presente durante as negociações para a adesão,
contribuiu para o arrastamento desse processo negocial e condicionou a
evolução do relacionamento luso-espanhol entre 1976 e 1986. O
alargamento ibérico, nos moldes em que se registou, deteriorou as relações
bilaterais nos anos que o antecederam mas forçou e antecipou mudanças
que se iriam revelar decisivas e duradouras. Apenas a inclusão num novo e
maior espaço supranacional permitiria superar antigas desconfianças.
Bibliografia
Aldecoa, Francisco (1987). “Las relaciones bilaterales hispano-portuguesas en
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Notas
1 Na sequência do primeiro alargamento da CEE foi celebrado um acordo com a
EFTA para o estabelecimento progressivo de uma zona de comércio livre entre os
países que integravam as duas organizações. Uma vez que Portugal fazia parte da
EFTA e beneficiava de um conjunto de vantagens foi necessário garantir que essas
vantagens não seriam afetadas com o novo acordo Espanha-EFTA. Estas
salvaguardas ficaram asseguradas no anexo P desse acordo que estabelecia um
desmantelamento favorável a Portugal.
2 Tratado de Amizade e Cooperação entre Portugal e Espanha, Diário da República,
nº 98, I série, 1º suplemento, 28.05.1978.
3 Telegrama nº 180 da embaixada de Portugal em Madrid, 14.6.1978, Arquivo
Histórico-Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros (doravante AHD-
MNE).
4 Telegrama nº 179 da embaixada de Portugal em Madrid, 14.6.1978, AHD-MNE.
5 A reunião do Conselho prevista para 1979 também seria adiada. Telegrama nº 348
da embaixada de Portugal em Madrid, 5.12.1978 e telegrama nº 206 para embaixada
em Madrid, 5.10.1979, AHD-MNE. Sobre o anexo P, que acabaria por ser menos
ambicioso do que o acordo bilateral previsto, ver: Casanova 1979, 1067-1068. Em
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maio de 1980, o embaixador português informava que a feira ibérica não constava do
calendário oficial. Telegrama nº 168 da embaixada de Portugal em Madrid,
19.5.1980, AHD-MNE.
6 Telegrama nº 51 da embaixada de Portugal em Madrid, 16.2.1978; telegrama nº 10
para a embaixada de Portugal em Madrid, 17.5.1978; telegrama nº 199 da embaixada
de Portugal em Madrid, 4.7.1978, AHD-MNE.
7 Telegrama nº 218 para a embaixada de Portugal em Madrid, 15.10.1979, AHD-
MNE. 1:02:06
8 Telegrama nº 97 da embaixada de Portugal em Madrid, 4.4.1979, e Telegrama nº
72 para a embaixada de Portugal em Madrid, 17.4.1979, AHD-MNE. No ano
seguinte, o MNE solicitou à embaixada em Madrid o envio de informações sobre as
negociações da adesão da Espanha mas sublinhava que se deveria ter o cuidado de
evitar a renovação da proposta de contactos luso-espanhóis para se analisarem os
problemas da adesão dos países. Telegrama nº 140 para a embaixada de Portugal em
Madrid, 3.6.1980, AHD-MNE.
9 Reagindo as declarações do presidente francês, Ramalho Eanes lembrou as
anteriores posições de Giscard a favor de adesões separadas, sugerindo que as
afirmações proferidas para uma plateia de agricultores da Comunidade se aplicavam
apenas a Espanha. Diário de Lisboa, 6.6.1980.
10 Telegrama nº 499 da embaixada de Portugal em Madrid, 30.12.1981, Arquivo
Histórico-Diplomático, MNE. Esta posição não era partilhada pelo comissário
Natali, que no mês anterior afirmou que Portugal entraria na CEE antes da Espanha.
El País, 12.11.1981.
11 Telegrama nº 51 da embaixada de Portugal em Madrid, 4.2.1982, AHD-MNE.
12 Expresso, 9.1.1982 e 22.1.1982; Telegramas nº 12 e 15 da embaixada de Portugal
em Madrid, 11.1.1982 e 15.1.1982, AHD-MNE.
13 El País, 21.7.1982.
14 Telegrama nº 54 da embaixada de Portugal em Madrid, 1.2.1983, AHD-MNE.
Dias depois, o secretário de estado espanhol que tinha a pasta das relações com as
comunidades, Manuel Marín, afirmou que o seu governo não colocava qualquer
objeção a que Portugal entrasse primeiro nas comunidades. Telegrama nº 74 da
embaixada de Portugal em Madrid, 10.2.1983, AHD-MNE.
15 El País, 27.11.1983.
16 Telegrama nº 521 da embaixada de Portugal em Madrid, 30.11.1983, AHD-MNE.
17 El País, 28.11.1983.
18 Num discurso nas Cortes, o ministro dos Assuntos Exteriores, Marcelino Oreja,
criticou as ideias neutralistas que se afirmavam no PSOE, defendeu que a
neutralidade da Espanha modificaria o equilíbrio europeu e referiu-se a uma
eventual adesão à NATO. El País, 9.3.1978. O embaixador português sublinhava que
essa opção requereria um amplo consenso que não existia. Telegrama nº 79 da
embaixada de Portugal em Madrid, 10.3.1978, AHD-MNE.
19 Telegrama nº 109 da embaixada de Portugal em Madrid, 23.4.1979, AHD-MNE.
Um estudo elaborado pelo ex-ministro da defesa Firmino Miguel – do qual apenas
uma parte foi publicada, ficando outras reservadas (Miguel 1979) – elencava muitas
das questões que serviram de base para o posicionamento dos sucessivos governos,
nomeadamente a ideia de que Portugal não poderia aceitar alterações na estrutura
militar da NATO, especialmente no comando Iberlant.
20 El País, 14.6.1980; El País, 25.6.1980; Telegrama nº 294 da embaixada de
Portugal em Madrid, 9.8.1980, AHD-MNE.
21 El País, 7.10.1980.
22 Telegrama nº 137 para a embaixada de Portugal em Madrid, 5.5.1981, AHD-MNE.
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Referência eletrónica
David Castaño, «Um reencontro atribulado. Portugal e Espanha entre a queda das
ditaduras e a adesão à CEE, 1976-1986», Ler História [Online], 78 | 2021, posto
online no dia 23 junho 2021, consultado no dia 04 julho 2022. URL:
http://journals.openedition.org/lerhistoria/7795; DOI:
https://doi.org/10.4000/lerhistoria.7795
Autor
David Castaño
FCSH, IPRI-NOVA, Portugal
https://journals.openedition.org/lerhistoria/7795 23/24
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davidcastano@fcsh.unl.pt
1:02:06
O Aliado Fiel. As negociações para o acordo de exploração e exportação de
urânio de 1949 [Texto integral]
Le «fidèle allié». Les négociations pour l’accord d’exploration et exportation de
l’uranium de 1949
The faithful ally. The negotiations for the 1949 agreement of uranium exploring
and exporting
Publicado em Ler História, 60 | 2011
Direitos de autor
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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