Resumo texto O SOFRIMENTO ÉTICO-POLÍTICO COMO CATEGORIA DE
ANÁLISE DA DIALÉTICA EXCLUSÃO/INCLUSÃO.
Capítulo: "O SOFRIMENTO ÉTICO-POLÍTICO COMO CATEGORIA DE
ANÁLISE DA DIALÉTICA EXCLUSÃO/INCLUSÃO" O capítulo discute o conceito de sofrimento ético-político como uma categoria de análise da dialética exclusão/inclusão na Psicologia Social. O sofrimento ético-político é compreendido como o resultado das contradições e desigualdades sociais, afetando tanto o corpo quanto a alma dos indivíduos. É argumentado que a exclusão social não é apenas uma questão material, mas também um processo que afeta a subjetividade e a identidade dos indivíduos. O sofrimento ético-político está ligado ao descrédito social, à perda de dignidade e ao desejo de ser reconhecido como sujeito pleno de direitos. Os moradores de rua são citados como exemplo empírico do sofrimento ético- político, revelando que o desejo deles não se limita à sobrevivência, mas busca reconhecimento e dignidade.
Capítulo: "Dialética exclusão/inclusão"
O capítulo aborda a dialética entre exclusão e inclusão na Psicologia Social,
destacando a importância de compreender esses processos como uma contradição em movimento. A exclusão e a inclusão são entendidas como processos sociais que envolvem relações de poder, normas sociais e práticas de diferenciação. É discutida a necessidade de superar a visão dicotômica entre exclusão e inclusão, entendendo que esses processos estão interconectados e se retroalimentam. A dialética exclusão/inclusão implica reconhecer que a inclusão de alguns grupos pode gerar a exclusão de outros, e vice-versa. O papel da Psicologia Social é compreender as dinâmicas desse processo dialético, visando a transformação social e a promoção da justiça. Capítulo: “A potência de ação como objetivo da práxis da Psicologia Social frente à dialética exclusão/inclusão”
Nesse capítulo, é proposta a substituição dos conceitos tradicionais de
"conscientização" e "educação popular" na práxis psicossocial pelo conceito de "potência de ação". A potencialização da ação é entendida como um caminho para superar a excessiva racionalidade, instrumentalização e normatização presentes nos conceitos anteriores. A potência de ação envolve a configuração coletiva e individual da ação, significado e emoção, destacando o papel positivo das emoções na educação e na conscientização. É discutido o papel da afetividade e da potência de ação na análise da exclusão e da servidão, com base na perspectiva de Espinosa. A potencialização de cada indivíduo e da coletividade é destacada como forma de ampliar o campo de ação e alcançar a realização ética.