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QUÍMICA ORGÂNICA I

LICENCIATURA EM QUÍMICA APLICADA

GUIA DE LABORATÓRIO 2022-23

Docente: Paula Sério Branco

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 1


CRONOGRAMA DAS AULAS PRÁTICAS

1ª sessão: AULA DE APRESENTAÇÃO AO FUNCIONAMENTO DAS PRÁTICAS


Trabalho 1 (T1): PREPARAÇÃO DE ÉSTERES VOLÁTEIS (2 sessões)
Trabalho 2 (T2): IDENTIFICAÇÃO DE UM ALDEÍDO OU CETONA
Trabalho 3 (T3): PREPARAÇÃO DO p-ACETAMIDOFENOL (Paracetamol)
Trabalho 4 (T4): REDUÇÃO DA CÂNFORA POR BOROHIDRETO DE SÓDIO (NaBH4)

Turnos: P1 e P2

Mês Dia Atividade


13 P1 - Apresentação
P2 - Apresentação
20 P1 – T1 (1º sessão)
Março P2 – T1 (1º sessão)
27 P1 – T1 (2º sessão)
P2 – T1 (2º sessão)
3 P1 – T2
P2 – T2
Abril P1 – T3
17
P2 – T3
24 P1 – T4
P2 – T4
Maio 5 Outros

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 2


ÍNDICE

CRONOGRAMA DAS AULAS PRÁTICAS ...................................................................................... 2


ÍNDICE........................................................................................................................................ 3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
1. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 4
2. AVALIAÇÃO DA COMPONENTE PRÁTICA....................................................................... 4
3. NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO............................................................... 5
4. A CONDUTA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA ............................................................... 5
5. O CADERNO DE LABORATÓRIO ..................................................................................... 6
6. ORGANIZAÇÃO .............................................................................................................. 6
TRABALHO Nº 1 ......................................................................................................................... 8
PREPARAÇÃO DE ÉSTERES VOLÁTEIS: AROMAS .................................................................... 8
Trabalho nº 2 ........................................................................................................................... 11
IDENTIFICAÇÃO DE UM ALDEÍDO OU CETONA : Preparação e caracterização de uma
hidrazona ............................................................................................................................. 11
TRABALHO Nº 3 ....................................................................................................................... 16
PREPARAÇÃO DO p-ACETAMIDOFENOL (Paracetamol) ...................................................... 16
TRABALHO Nº 4 ....................................................................................................................... 19
REDUÇÃO DA CÂNFORA POR BOROHIDRETO DE SÓDIO (NaBH4)....................................... 19
Anexo 1. Material de laboratório ............................................................................................ 21
Anexo 2 .Preparações prévias – operações unitárias ............................................................. 22
ANEXO 3. Questionários .......................................................................................................... 23
Sessão online: EXTRAÇÃO DO FURFURAL A PARTIR DE ESPIGAS DE MILHOError! Bookmark
not defined.
Trabalho 1. PREPARAÇÃO DE ÉSTERES VOLÁTEIS: AROMAS............................................... 23
Trabalho 2. Preparação e caracterização de uma hidrazona. Identificação de um aldeído
ou cetona............................................................................................................................. 25
Trabalho 3. Preparação do p-acetamidofenol (paracetamol) ............................................. 27
Trabalho 4. Redução da cânfora por borohidreto de sódio ................................................ 29

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 3


INTRODUÇÃO

A componente experimental (Aulas Práticas) da disciplina de Química Orgânica I (QOI),


constitui a primeira prática laboratorial na área da Química Orgânica para os estudantes
da licenciatura em Química Aplicada. A componente laboratorial desta unidade
curricular (UC) terá neste ano letivo (devido à situação pandémica) uma componente de
carácter experimental assim como, uma componente online. Sendo o principal objetivo
da componente laboratorial da disciplina de Química Orgânica I, a ilustração
experimental dos conhecimentos adquiridos na parte teórica da disciplina, houve o
cuidado de programar a sequência de trabalhos experimentais de modo que, sempre
que possível, aquando da sua realização experimental, os alunos possuam já os
conhecimentos a eles necessários. Pretende-se assim, que cada sessão laboratorial
seja executada de forma consciente e que o conjunto de procedimentos experimentais
a aplicar sejam, em todos os seus aspetos, perfeitamente compreendidos e justificados.
Muitas das operações unitárias apreendidas na UC antecedente de Técnicas de
Laboratório serão agora integradas como procedimentos comuns na QOI. É assim
essencial a revisão desses conceitos programáticos.

A disciplina decorre ao longo do semestre com a realização de quatro sessões


laboratoriais. Toda a informação necessária para o decorrer das aulas está contida
neste documento “GUIA DE LABORATÓRIO 2021-22” que inclui regras gerais de
funcionamento do trabalho em laboratório, calendarização das aulas, bibliografia,
método de avaliação e protocolos dos trabalhos práticos.

1. OBJETIVOS

Pretende-se proporcionar aos estudantes uma formação base em química orgânica. A


disciplina tem carácter experimental sobre o trabalho em laboratório de química, apoiado
nos conceitos fundamentais que permitem a aquisição de conhecimentos para a boa
realização das técnicas experimentais e interpretação de resultados.

2. AVALIAÇÃO DA COMPONENTE PRÁTICA

É requerida a obtenção da frequência à unidade curricular, o que obriga à realização da


componente prática (todos os trabalhos práticos) e à participação em 2/3 das aulas
teórico-práticas.
A avaliação da componente prática (P) inclui:

• avaliação da prestação em laboratório (40%)


• relatório de um trabalho prático (trabalho nº 4) (25%).
• Questionários dos trabalhos práticos (25%), avaliação do caderno de
laboratório (10%)

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3. NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

Recomenda-se aos estudantes a revisão de conceitos anteriormente adquiridos na UC


de Técnicas de Laboratório.
Resumindo:
1. Uso obrigatório de óculos de proteção, bata e luvas. Devido à pandemia a utilização
de máscara é obrigatória durante toda a aula laboratorial.
2. Não fumar.
3. Não comer.
4. Antes de manusear um produto químico pesquisar as características do produto e os
cuidados a ter no seu manuseio.
5. Manter sempre limpa e ordenada a bancada de trabalho.
6. Em caso de acidente no laboratório, manter a calma, não sair do lugar se não for
atingido, chamar a atenção do docente e deixar espaço de actuação.
7. Nunca pipetar com a boca.
8. Nunca aquecer produtos inflamáveis em bico de Bunsen (à chama). Estão incluídos
nesta classe: éter, metanol, etanol, acetona, benzeno, éter de petróleo, etc.
9. Manter sempre tapados os frascos com produtos químicos. Após utilização verificar
se ficaram bem limpos e recolocá-los no respetivo lugar, tendo o cuidado de os deixar
com o rótulo virado para a frente.
10. Abrir as torneiras de gás e água estritamente no momento de uso, de resto mantê-
Ias sempre fechadas. Sempre que o bico de Bunsen estiver em permanente utilização
deixá-Io com chama amarela.

IMPORTANTE - Conhecer a localização e o modo de funcionamento dos extintores de


incêndio, chuveiros de emergência, torneiras gerais de gás e água e quadro de primeiros
socorros existentes no laboratório.

4. A CONDUTA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA

1. Verificar sempre as fichas de segurança dos reagentes que utiliza:


http://www.merckmillipore.com/PT/en/documents/Z.qb.qB.tecAAAFDDJUsznLq,nav
2. Não despejar produtos químicos na pia. Na eventualidade de o fazer, utilizar a hotte.
Para cada composto, verificar antecipadamente se existe frasco de descarte
(recuperação).
3. Papéis contaminados com produtos químicos têm cesto próprio de descarte.
4. Nunca colocar material de vidro partido nos cestos para o papel. Existe local
adequado para o efeito.
5. Manter os frascos dos reagentes limpos externamente.
6. Não recolocar no frasco os produtos químicos que não chegou a usar. Nunca
introduzir qualquer objeto no frasco dum reagente.
7. Nunca deixar que os solventes contactem a borracha das pompetes ou tetinas, pois
promovem acelerada deterioração de ambos.
8. Derramamentos devem ser imediatamente limpos, de acordo com o produto
derramado.

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9. Não mexer em equipamentos e aparelhos que não pertençam à aula em curso e
mesmo os equipamentos da aula só poderão ser utilizados após explicação do
funcionamento e autorização do docente.
10. Sempre que trabalhar com esmerilados verificar antecipadamente se estes estão
limpos. Verificar depois a sua correcta adaptação.
11. Terminada a experiência, retornar os reagentes ao local apropriado, limpar a
bancada de trabalho e, depois de descartar os produtos nos seus respetivos contentores
e lavar todo o material de vidro. Para o efeito passar água da torneira no material de
vidro, lavar com detergente e ajuda do escovilhão, passar com água destilada e
finalmente deixá-Io no tabuleiro de alumínio. O material poderá ser seco na estufa ou
recorrendo ao sistema de ar comprimido.
Nota: Não esquecer, desencaixar todas as peças de vidro e retirar todas as peças de
plástico ou de borracha do tabuleiro.

5. O CADERNO DE LABORATÓRIO

1. Título da experiência, Data de execução e Objetivo;


2. Introdução teórica (notas mínimas necessárias ao entendimento experimental,
referências da literatura e técnicas);
3. Esquemas Químicos (caso existam) Reagentes e Produtos;
4. Constantes Físicas dos Reagentes e Produtos (tabela indicando: Fórmula Molecular;
Massa Molecular; Ponto de Ebulição, Ponto de Fusão; Índice de Refração; Densidade;
Solubilidade);
5. Segurança Reagentes e Produtos (consultar a Segurança) (ex: Efeitos Tóxicos;
Precauções; Primeiros Socorros; Inflamabilidade); Consultar as fichas de segurança:
6. Material e Montagem incluindo legendagem;
7. Respostas às questões pré-laboratório;
8. Procedimento Experimental;
9. Observações e registos necessários durante a execução. (ex: tempo, temperatura,
pH, mudança de cor, libertação de gás, etc...);
10. Respostas às questões pós-laboratório.
11. Resultados e Conclusões incluindo crítica em relação se os objetivos da experiência
foram alcançados com sucesso.

6. ORGANIZAÇÃO

Cada sessão experimental terá uma duração de 3 horas e uma periodicidade semanal,
sendo os alunos organizados em turnos que funcionarão de 7de março a 26 de abril.
Considerando um período letivo útil de 12 semanas, cada aluno terá, neste regime de
funcionamento, um total de quatro sessões laboratoriais de 3 horas cada, durante o
semestre.
Os trabalhos serão realizados num laboratório de Química Orgânica (Lab. 325/327, Ed.
Departamental) em grupos de dois estudantes.

Antes de iniciar cada sessão laboratorial (presencial) os alunos deverão visualizar os


vídeos com os conteúdos relativos às operações unitárias a utilizar durante a execução
dos trabalhos e que se encontram reunidos no Anexo 2 “Preparações prévias –

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operações unitárias”. Desta forma, os estudantes terão recordado as operações já
lecionadas em Técnicas de Laboratório, e essenciais à realização dos trabalhos práticos
propostos em QOII.
Os alunos deverão enviar por email ao docente responsável pelo turno, até à véspera
da realização da sessão experimental, o questionário referente a cada trabalho
laboratorial os quais se encontram no Anexo 3 deste documento.

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TRABALHO Nº 1

PREPARAÇÃO DE ÉSTERES VOLÁTEIS: AROMAS

1. Objectivo

Realização de uma reacção de esterificação de Fischer. Ilustração técnica de


deslocamento do equilíbrio de uma reacção reversível no sentido dos produtos, por
utilização de excesso de um dos reagentes.

2. Introdução

Os ésteres são uma classe de compostos abundante na natureza. A fórmula geral deste
grupo funcional é: RCOOR. Os ésteres mais simples têm normalmente um odor
agradável. Muitas das fragrâncias e compostos envolvidos no sabor das flores e frutos
envolvem compostos com o grupo funcional éster. Uma das exceções são os óleos
essenciais. As qualidades organolépticas de flores e frutos podem dever-se a um só
éster mas, normalmente, o sabor e aroma devem-se a uma mistura complexa de
compostos, com predominância de um éster. Alguns dos aditivos para fragrâncias e
sabores mais comuns:

Tabela 1. Ésteres envolvidos em fragâncias e sabores.

Composto químico (éster) aroma

Acetato de isoamilo Banana (feromona de alarme da abelha


doméstica)
Butirato de etilo Ananás
Propionato de Isobutilo Rum
Acetato de octilo laranja
Antranilato de metilo Uva
Acetato de isopentenilo “sumo de fruta”
Acetato de benzilo Pêssego
Acetato de propilo Pêra
Butirato de metilo Maçã
Fenilacetato de etilo Mel

Os fabricantes de bebidas e alimentos estão muito familiarizados com estes compostos


e utilizam-nos como aditivos para realçar o sabor ou o aroma de bebidas ou
sobremesas. Muitas vezes estes sabores ou aromas não têm uma base natural, sendo
este o caso do “sumo de fruta”, acetato de isopentenilo. Por exemplo, um pudim
instantâneo com sabor a rum pode não conter o mínimo vestígio do ingrediente
alcoólico, podendo este sabor ser eficientemente mimetizado através da adição da
mistura correcta de formato de etilo e propionato de isobutilo, conjuntamente com outros

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 8


ingredientes menores. Os sabores e aromas naturais não são exactamente
“duplicados”, mas a maioria das pessoas é enganada por estes aditivos.
Raramente se utiliza um único composto como aditivo. Os ésteres são facilmente
preparados em laboratório e os óleos isolados de fontes naturais.

O sabor é uma combinação das sensações gosto e aroma transmitidas pelos receptores
existentes na boca (receptores do gosto) e no nariz (receptores olfactivos). Os quatro
sabores básicos (doce, azedo, salgado e amargo) têm receptores em áreas específicas
da língua. A percepção do sabor não é, no entanto, assim tão simples pois, se fosse,
bastaria a combinação de quatro substâncias com os sabores básicos para duplicar
qualquer sabor. Apesar do seu odor agradável, os ésteres raramente são utilizados em
perfumes ou loções para aplicar directamente no corpo, sendo apenas utilizados em
colónias baratas. A razão é puramente química, uma vez que os ésteres, em contacto
com o suor, sofrem facilmente hidrólise, originando ácidos gordos com aromas muito
desagradáveis.

O ácido butírico, por exemplo, tem odor a manteiga rançosa, sendo um dos
componentes do suor e o principal responsável pelo “cheiro a suor” nos humanos. É
este componente que torna os humanos tão facilmente detectáveis ao olfacto dos
animais. Já os ésteres etílico e metílico, derivados do ácido butírico, têm odor a ananás
e maçã, respectivamente.
Outros ésteres com aromas frutados podem ter a desvantagem de atrair moscas da
fruta e outros insectos, em busca de comida. O acetato de isoamilo, também chamado
óleo de banana, é particularmente interessante pois é idêntico à feromona da abelha
doméstica. Quando uma abelha ataca um intruso, no processo de libertação do veneno
do ferrão é lançada uma feromona de alarme, composta parcialmente de acetato de
isoamilo. Este agente químico vai despoletar o ataque agressivo de outras abelhas ao
intruso, marcado quimicamente. Obviamente, não é aconselhável usar um perfume
contento acetato de isoamilo perto de uma colmeia.
Os ésteres são derivados dos ácidos carboxílicos, podendo ser preparados por diversos
processos. O mais directo consiste na reacção do próprio ácido carboxílico com um
álcool, conhecido como esterificação de Fischer. Dado que os álcoois são nucleófilos
fracos, o ácido tem de ser transformado num electrófilo mais forte através de protonação
com um ácido inorgânico forte (catalisador). Na reacção formam-se o éster e água, em
equilíbrio com os reagentes. Este equilíbrio pode ser deslocado no sentido do produto
pretendido (o éster), quer por utilização de excesso de um dos reagentes, quer por
remoção da água que se forma na reacção.
Diversos acetatos (ésteres do ácido acético) são conhecidos como possuindo aromas
intensos. Os acetatos podem ser preparados a partir de um álcool e do ácido acético,
aquecendo a mistura na presença de ácido sulfúrico. O ácido acético (reagente
económico) usa-se em excesso para deslocar o equilíbrio da reacção de esterificação
no sentido de formação do éster. Após completada a reacção, o éster pode ser extraído
da mistura reaccional com éter dietílico e, posteriormente, purificado por destilação à
pressão atmosférica ou reduzida, em função do respectivo ponto de ebulição.

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3. Execução Experimental

3.1. Reagentes
Álcool*, ácido acético, ácido sulfúrico concentrado, éter dietílico, carbonato de sódio.

3.2. Material
Balão de 50 mL, condensador de refluxo, ampola de decantação de 100 mL, montagem
para destilação simples, material corrente de laboratório.

3.3. Técnica
1- Coloque 0,174 mole de álcool* e 0,442 mole de ácido acético glacial num balão
de fundo redondo de 100 mL.
2- Adicione 1,3 mL de ácido sulfúrico concentrado, agite a mistura para
homogeneizar os componentes, adapte um condensador de refluxo e aqueça a
mistura sob refluxo durante 1,5 h, com agitação magnética.
3- Arrefeça o balão ao ar, seguido por imersão em água fria.
4- Verta a mistura reaccional num copo de 250 mL contendo cerca de 30 g de gelo
moído. Agite a mistura com uma vareta de vidro e transfira-a para uma ampola
de decantação de 250 mL, lavando o balão reaccional e o copo com 2x15 mL de
éter dietílico.
5- Coloque mais 30 mL de éter dietílico na ampola, agite vigorosamente, aliviando
a pressão, e deixe em repouso até à separação das fases. Remova a fase
aquosa e lave a fase orgânica duas vezes com volumes de 20 mL de solução de
carbonato de sódio a 5%. Reveja o vídeo da extração liquido-liquido (ANEXO 2)
Seque a fase etérea com uma pequena porção de sulfato de magnésio anidro.
Remova o agente exsicante por filtração em filtro de pregas, evapore o filtrado
no evaporador rotativo e destile o líquido residual à pressão atmosférica, numa
montagem para destilação simples de dimensão adequada, ou monte uma
destilação a pressão reduzida, caso seja necessário.
Reveja os vídeos da Destilação simples a pressão reduzida – utilização do
evaporador rotativo e o vídeo da Destilação simples (ANEXO 2)

* Prepara-se com álcool: isoamílico (banana), benzílico (pêssego), propílico (pêra),


octílico (laranja).

4. Resultados

Determine o ponto de ebulição do éster, registando o intervalo de temperatura


experimental a que efectuou a recolha final e registe a pressão atmosférica no
laboratório quando realizou o trabalho, ou a pressão do sistema no caso de destilação
a pressão reduzida. Determine o índice de refracção do éster obtido. Calcule o
rendimento da reacção. Reveja o vídeo do índice de refração (ANEXO 2)

QUESTIONÁRIO – TRABALHO 1 (Anexo 3)

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 10


Trabalho nº 2

IDENTIFICAÇÃO DE UM ALDEÍDO OU CETONA : Preparação e caracterização de


uma hidrazona

1. Objectivo

1- Classificar o composto desconhecido como aldeído ou cetona por realização do


teste de Tollen’s.
2- Identificação de um aldeído ou de uma cetona a partir da preparação de um
derivado estável e cristalino por reacção com dinitrofenilhidrazina na formação
de uma hidrazona.

2. Introdução

Identificação do grupo funcional, aldeído ou cetona

A oxidação (aumento do numero de ligações do átomo de carbono ao oxigénio) é uma


reacção que pode ocorrer em aldeídos e cetonas para dar os ácidos carboxílicos
respectivos. Os aldeídos são facilmente oxidados por acção da prata (Ag+) a ácidos
carboxílicos mas as cetonas são resistentes a esta oxidação. Esta reacção permite
distinguir o grupo funcional aldeído de uma cetona.
Durante a oxidação do aldeído a prata (Ag+) é reduzida a prata metálica (Ag) que se
deposita. Se se realizar a reacção num tubo de ensaio vê-se a formação de um espelho,
o chamado espelho de prata,
O reagente de Tollens é um reagente usado no teste dos aldeídos alifáticos (de cadeia
aberta).
A amostra é aquecida com o reagente num tubo de teste. Os aldeídos alifáticos reduzem
o reagente de Tollen, mais especificamente o ião complexo Ag+, originando um produto
facilmente identificável: prata metálica que forma um espelho prateado e brilhante na
parede interior do tubo (daí o nome do teste, espelho prateado).
As cetonas são redutores mais fracos, pelo que não reagem com o reagente de Tollen,
isto é, apresentam um resultado negativo.
O reagente de Tollen é preparado pela adição de hidróxido de sódio a nitrato de prata
(I) formando-se óxido de prata (I), que é posteriormente dissolvido em solução aquosa
de amoníaco originando o ião complexo [Ag(NH3)2]+.
Este reagente deve ser sempre preparado na ocasião da experiência, uma vez que com
o tempo, formam-se produtos explosivos, tendo ocorrido já vários acidentes com
soluções deixadas em repouso várias horas.

Hidrazonas

As hidrazonas e derivados são compostos de grande interesse na formação de novos


compostos com actividade biológica com actividades anticonvulsivas, antiinflamatórias,
antidepressivas, analgésicas, antimicrobateriológica e anticancerígenas. As hidrazonas
contêm um grupo funcional – NHN=CH- e são preparadas pelo aquecimento pelo

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 11


aquecimento de uma hidrazina com um aldeído ou cetona num álcool, como o metanol
ou etanol.
A seguir estão representadas algumas hidrazonas com actividade biológica variada.

Quimicamente a reacção de formação de uma hidrazona é muitas vezes utilizada para


a preparação de um derivado cristalino de um aldeído ou de uma cetona permitindo a
sua identificação.

Procedimento

1ª parte - Hidrazonas

1- Para realização desta experiência estarão à disposição dos estudantes dois


compostos liquidos desconhecidos: Composto 1 de massa molar: 106,12 g/mol
e densidade 1,04 g/cm3 e Composto 2 de massa molar é de 98,15 g/mol e
densidade 0,948 g/cm3.
2- Adicionar etanol (10 ml) à 2,4-dinitrofenilhidrazina (0,25 g) num erlenmeyer de
25 ml e adicionar 1 ml de ácido sulfúrico cuidadosamente à suspensão com
agitação durante a adição.
3- Dissolver o composto carbonílico (0,25 mL) desconhecido num pequeno volume
de etanol (5 ml) e a esta solução adicionar o sobrenadante da solução de 2,4-
dinitrofenilhidrazina. Aqueça a mistura. Se o sólido não se separar
imediatamente deixe a mistura repousar durante 10 minutos. Se não se formar
nenhum precipitado, adicionar água gota a gota até se formar um precipitado.
4- Filtre o sólido com sucção e lave-o com 5 mL de uma mistura de etanol e água
(1/1). Reveja o vídeo da filtração a vácuo (ANEXO 2)

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 12


5- Deixe o sólido secar o melhor possível.
6- Pese o sólido obtido e calcule o rendimento bruto da reacção anterior.
7- Proceda à recristalização da hidrazona obtida de acetato de etilo ou etanol.

Recristalização da hidrazona obtida Reveja o vídeo da recristalização


(ANEXO 2)

1- Recristalize o sólido obtido do composto 1 de XXXX e o sólido obtido do


composto YYYY de de acetato de etilo ou etanol.
2- Seque cuidadosamente, se necessário com ajuda de papel de filtro.
3- Pese e calcule o rendimento da recristalização.
Determine o ponto de fusão. Reveja o vídeo da determinação do ponto de
fusão (ANEXO 2)
4- Após determinar o ponto de fusão identifique o composto de onde partiu por
consulta de tabelas onde constam os pontos de fusão obtidos na literatura para
uma série de hidrazonas derivadas de aldeídos e cetonas.

Nota :Algumas tabelas encontram-se a seguir. Se por acaso não encontrar o seu
ponto de fusão obtido terá de consultar o livro de texto que consta da bibliografia.

2ª parte - Identificação do grupo funcional, aldeído ou cetona

Coloque 5 gotas do seu composto num tubo de ensaio. Adicione 0,5 ml de reagente de
Tollen’s preparado de fresco. A formação de um precipitado negro ou um espelho de
prata nas paredes dos tubos de ensaio, imediatamente ou após aquecimento em banho
de água, constitui um teste positivo para aldeídos.

Nota: O reagente de Tollens é preparado do seguinte modo:


Dissolver 3 g de nitrato de prata em 30 mL de água (solução A) e 3g de hidróxido
de sódio em 30 mL de água (solução B). Quando é para utilizar o reagente misture
volumes iguais da solução A e B (1 mL de cada) num tubo de ensaio limpo e
adicione uma solução de amónia gota a gota até se dissolver completamente o
precipitado. Atenção: Nunca aquecer este reagente. Utilizar de seguida.

Fig. 1. Espelho de prata - a prata metálica (Ag) deposita nas paredes do tubo de ensaio.
QUESTIONÁRIO – TRABALHO 2 (Anexo 3)

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 13


Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 14
Bibliografia
- Vogel, A. I., Vogel’s textbook of practical organic chemistry 5ª Ed.; Longman:
Edinburgh, 1989 (páginas 1332-9).

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 15


TRABALHO Nº 3

PREPARAÇÃO DO p-ACETAMIDOFENOL (Paracetamol)

1. Objectivo

Preparação de uma amida por tratamento de uma amina com um anidrido. Neste
caso, o p-aminofenol é tratado com anidrido acético para formar o p-acetamidofenol (N-
(4-hidroxifenil)acetamida). A amida precipita como um sólido que é recristalizado em
água.

2. Introdução

As aminas aromáticas acetiladas (aquelas que contém o grupo acilo R-C(=O) como
substituinte) são importantes medicamentos de venda livre. Os medicamentos de venda
livre são aqueles que podem ser comprados sem obrigatoriedade de receita médica.
Acetanilida, fenacetina e acetaminofeno (ou paracetamol) – nomes comerciais - são
analgésicos (aliviam a dor) suaves e antipiréticos (reduzem a febre) e são extremamente
importantes, juntamente com a aspirina, entre os medicamentos de venda livre.

A descoberta das propriedades antipiréticas da acetanilida ocorreu por acidente, em


1886, quando dois médicos alemães, Cahn e Hepp, utilizaram um frasco de acetanilida,
por engano, num paciente com um diagnóstico variado. Pensando que estavam a testar
a utilização de naftaleno, como potencial vermífugo (para expelir vermes), foi com
grande excitação que pensaram ter descoberto que o naftaleno tinha “propriedades
miraculosas” em relação à redução da febre. No entanto, aperceberam-se rapidamente
que não se tratava de naftaleno, pois ao composto faltava o odor característico deste
aromático. Mais tarde, o composto veio a ser identificado como acetanilida, um
composto com uma estrutura muito distinta do naftaleno. A publicação da descoberta
destes dois médicos atraiu a atenção de Carl Duisberg, director de pesquisa da Bayer,
na Alemanha. Duisberg estava confrontado com um problema: como livrar-se de 50
toneladas de p-aminofenol (um produto secundário de outro processo comercial da
Bayer) de uma maneira rentável? Foi aí que ele viu a oportunidade de converter o p-
aminofenol num composto de estrutura semelhante ao descrito por Cahn e Hepp.
Bastava acetilar o grupo amina. Acreditava-se, na altura, que os fenóis (compostos

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 16


contendo um grupo hidroxilo ligado ao anel aromático) eram tóxicos e, por esse motivo,
Duisberg idealizou uma síntese que deu origem ao composto fenacetina.
A fenacetina veio revelar-se um antipirético e analgésico extremamente efectivo.
Mais tarde descobriu-se que nem todos os fenóis são tóxicos e, hoje em dia, a fenacetina
já não é utilizada comercialmente em formulações para o alívio da dor. O composto
acetaminofeno é o mais vulgarmente utilizado como analgésico em vez da fenacetina.

3. Reacção

As aminas podem ser acetiladas de diversos modos. Entre os mais comuns encontram-
se aqueles que utilizam anidrido acético, cloreto de acetilo, ou ácido acético glacial (com
remoção da água formada na reacção). O procedimento com ácido acético glacial é de
interesse comercial, pois é mais económico. No entanto, requer aquecimento durante
longo tempo. O cloreto de acetilo é insatisfatório por várias razões mas, principalmente,
por reagir vigorosamente libertando HCl, o que provoca a conversão de metade da
amina no seu sal de cloridrato de amónio, tornando-a incapaz de participar na reacção.
O anidrido acético é preferencial para uma síntese à escala laboratorial, pois a sua taxa
de hidrólise é suficientemente lenta para permitir a acetilação de aminas em solução
aquosa e o procedimento originar um produto com um elevado grau de pureza e com
bom rendimento. No entanto, não é indicado para aminas desactivadas (bases fracas)
tal como as orto- e para-nitro-anilinas.
A acetilação é vulgarmente utilizada para “proteger” uma amina primária ou secundária.
As aminas acetiladas têm menor probabilidade de participar em muitas das reacções
típicas das aminas pois, devido à acetilação, são menos básicas. Após a acetilação, o
grupo amino pode ser facilmente regenerado através de hidrólise em condições ácidas
ou básicas.

4. Execução Experimental

4.1. Reagentes
Anidrido acético, acetato de sódio, p-aminofenol, ácido clorídrico concentrado, carvão
activado (Norit).

4.2. Material
Balões de 100 mL (2), condensador de Liebig, agitador magnético e placa de
aquecimento/agitação, banho de água, material corrente de laboratório.

4.3. Procedimento experimental


1- Num balão de fundo redondo de 100 mL coloque 1,0 g de p-aminofenol e 18 mL
de água. Evite salpicos ou contacto com a pele.
2- Adicione 1,0 mL de ácido clorídrico concentrado e agite suavemente durante
alguns minutos, de modo a assegurar a dissolução completa da amina. Se
alguma amina permanecer por dissolver adicione mais umas gotas de HCl e
continue a agitar.
3- Adicione uma espátula de carvão activado (Norite) à solução, coloque um
condensador de Liebig e aqueça durante alguns minutos num banho de água
(cerca de 50 ºC), agitando sempre.

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 17


4- Em seguida remova o carvão por filtração, usando um filtro de pregas, para outro
balão de fundo redondo de 100 mL. Em seguida adicione adicione 5 mL de
solução de acetato de sódio de uma só vez, seguida de 1,0 mL de anidrido
acético e usando um condensador continue o aquecimento e agitação durante
mais 10 minutos.
5- A solução de acetato de sódio foi pré-preparada e contém 26 g de acetato de
sódio (CH3COONa) por 100 mL de solução (utilize uma fita de papel indicador e
registe no seu caderno de laboratório o valor do pH desta solução).
6- Decorrido o tempo indicado, substitua o banho de água quente por outro de água
e gelo, mantendo sempre a agitação até verificar o aparecimento de cristais.
Para induzir o processo de cristalização pode ser necessário raspar as paredes
do balão com uma espátula ou uma vareta de vidro.
7- Após aparecimento dos primeiros cristais deixe o balão repousar no banho de
gelo durante 1 hora. Filtre os cristais por sucção num funil de Büchner e lave-os
duas vezes com pequenas quantidades de água fria.
8- Coloque os cristais num Erlenmeyer de 15 mL e adicione 7 mL de água. Aqueça
a mistura até que o sólido se dissolva completamente. Filtre a solução a quente
para um erlenmeyer e deixe o filtrado arrefecer lentamente. Deverá observar a
formação de cristais.
9- Coloque o erlenmeyer num banho de gelo e recolha os cristais por filtração a
vácuo, tal como anteriormente, lavando-os duas vezes com pequenas
quantidades de água fria.
10- Coloque os cristais num frasco de amostras previamente tarado e seque-os num
exsicador.
11- Pese os cristais e determine o ponto de fusão.

4. Resultados
Calcule o rendimento da síntese, o ponto de fusão e comente o grau de pureza do
produto.

QUESTIONÁRIO – TRABALHO 3 (Anexo 3)

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 18


TRABALHO Nº 4
REDUÇÃO DA CÂNFORA POR BOROHIDRETO DE SÓDIO (NaBH4)

1. Objectivo
Realização de uma reacção de redução de um composto carbonílico. Formação de um
novo centro assimétrico.

2. Introdução

A cânfora é uma molécula largamente conhecida na medicina tradicional por, tal como
o mentol, produzir uma sensação de frescura quando absorvida pela pele, o que faz
dela um dos ingredientes activos de alguns medicamentos, entre eles o “Vick VapoRub”
muito utilizado nos anos sessenta do século passado.
Quimicamente, é um composto bicíclico com um grupo funcional cetona. A adição
nucleófila do ião hidreto a carbonilos resulta na redução de aldeídos e cetonas
formando-se, respectivamente, álcoois primários e secundários.
De entre os reagentes usados habitualmente está o boro-hidreto de sódio (NaBH4), um
reagente relativamente fácil de manipular.
O impedimento estereoquímico de uma molécula como a cânfora permite explorar as
consequências na formação dos diferentes isómeros na reacção de adição de
nucleófilos a cetonas.

3. Execução experimental

1- Num balão pequeno, dissolva 500 mg de cânfora em 2,5 mL de metanol e, com


uma espátula adicione, em pequenas porções, 300 mg de NaBH4.
2- Após a adição de todo o NaBH4 aqueça a mistura a 70ºC durante 15 minutos.
Deixe a mistura arrefecer e adicione-lhe 20 mL de água gelada. Recolha o sólido
branco formado, num funil de Büchner, através de uma filtração em vácuo.
3- Transfira o sólido recolhido para um erlenmeyer, adicione-lhe 20 mL de éter
etílico e seque a solução assim obtida, por adição de uma pequena quantidade
de Na2SO4. Filtre a solução através dum filtro de pregas para um balão de fundo
redondo tarado e lave o erlenmeyer com uma nova porção de 10 mL de éter
etílico. Filtre a solução para o mesmo balão tarado. Evapore o solvente à secura.
Prepare uma placa de cromatografia TLC usando para comparação o
reagente de partida. Elua a placa usando como eluente diclorometano
com 5% de hexano. Após a eluição revele a placa com o revelador de
KMnO4 ou ácido fosfomolíbdico. Reveja o vídeo da cromatografia em
camada fina (ANEXO 2)

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 19


4. Resultados

Determine a massa de produto obtido e calcule o rendimento. Determine o ponto de


fusão.

QUESTIONÁRIO – TRABALHO 4 (Anexo 3)

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 20


Anexo 1. Material de laboratório

Material corrente de um laboratório de QO

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 21


Anexo 2 .Preparações prévias – operações unitárias

Preparações Prévias
Operações Unitárias em Técnicas de Laboratório
Vídeos sobre operações unitárias a visualizar antes da aula:
Para poder aceder ao vídeo e conteúdos poderá ter de realizar inscrição gratuita no
sítio web do JOVE.

Extracção líquido-líquido
https://www.youtube.com/watch?v=2GuDxHAAuaw

Recristalização
https://www.youtube.com/watch?v=FMKtzr0ZoaI ~

Filtração a vácuo
Vacuum Filtration Setup - YouTube

Destilação simples a pressão reduzida – utilização do evaporador rotativo:


https://www.youtube.com/watch?v=FkBhsZy39Ck

Cromatografia em camada fina:


JOVE https://www.jove.com/science-education/11208/thin-layer-chromatography
JOVE https://www.jove.com/science-education/5499/performing-1d-thin-layer-
chromatography
https://www.youtube.com/watch?v=QBQuDoqFy9k

Ponto de fusão:
https://www.youtube.com/watch?v=zVSk2m4I8_E
JOVE https://www.jove.com/science-education/11189/melting-points

Destilação simples:
https://www.youtube.com/watch?v=NFdHEyq-1pA

Índice de refração:
https://www.youtube.com/watch?v=CW9gOyH8HIA

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 22


ANEXO 3. Questionários
Trabalho 1. PREPARAÇÃO DE ÉSTERES VOLÁTEIS: AROMAS

Objetivo

Esquema e mecanismo reacional

Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).

Constantes Físicas dos Reagentes e Produtos

Reagente / Produtos For. Molecular P. Ebulição / Densidade solubilidade


Massa molecular P. Fusão

Segurança Reagentes e Produtos (consultar a Segurança) (ex: Efeitos Tóxicos;


Precauções; Primeiros Socorros; Inflamabilidade);

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 23


Execução laboratorial. Tendo em atenção a lista de material que vos é fornecido no Guia de
Laboratório (Anexo 1) indique qual o material que necessita para os diversos passos da
experiência. Pode optar por desenhar as montagens de um modo simples mas explicativo do
procedimento que iria recorrer na aula prática.

Questões pré-laboratório

1. Como se chama a reacção no sentido inverso?


2. Calcule e apresente os cálculos das quantidades dos reagentes em ml.
3. Por que razão se usou excesso de ácido acético. Explique!
4. Qual é a razão molar de ácido sulfúrico concentrado para o reagente limitante?
5. Esta reação deveria ser realizada de modo a remover a água que se forma. Porquê?
6. Por que se procede a uma lavagem com uma solução de carbonato de sódio a
5%? Que gás se liberta?
7. Na ampola de decantação qual é a fase que fica por baixo (fase aquosa ou fase
orgânica)? Porquê?
8. Por que se adiciona sulfato de magnésio anidro à fase etérea?
9. Por que se deve proceder à destilação final e que valores deve anotar durante a
destilação?
10. Para destilar o seu produto, usava uma destilação simples à pressão atmosférica ou
uma destilação a pressão reduzida? Porquê?
11. Qual método vai usar para provar a pureza e identidade do produto obtido?
12. Quantos moles e ml do produto será o rendimento correspondente à 100%?

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 24


Trabalho 2. Preparação e caracterização de uma hidrazona. Identificação de um
aldeído ou cetona
Objetivo

Esquema e mecanismo reacional

Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).

Constantes Físicas dos Reagentes e Produtos

Reagente / Produtos For. Molecular P. Ebulição / Densidade solubilidade


Massa molecular P. Fusão

Segurança Reagentes e Produtos (consultar a Segurança) (ex: Efeitos Tóxicos;


Precauções; Primeiros Socorros; Inflamabilidade);

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 25


Execução laboratorial. Tendo em atenção a lista de material que vos é fornecido no
Guia de Laboratório (Anexo 1) indique qual o material que necessita para os diversos
passos da experiência. Pode optar por desenhar as montagens de um modo simples
mas explicativo do procedimento que iria recorrer na aula prática.

Questões pré-laboratório

Parte 1: Formação de uma hidrazona


1. Qual o grupo funcional e a característica de reatividade apresentada pela 2,4-
dinitrofenilhidrazina que permite a formação da hidrazona?
2. Qual é o papel de ácido sulfúrico nesta reação?
3. Calcule e apresenta os cálculos das quantidades dos reagentes em número de moles
sabendo que o composto desconhecido 1 tem uma massa molar de 106.12 g/mol e o
composto 2 de 98,15 g/mol.
4. Qual é o reagente limitante?
5. Quais as características que um solvente deve ter para ser um bom solvente de
recristalização?
6. Qual o objectivo de realizar a recristalização, já que partiu de um composto sólido e
obteve outro sólido?
7. Refira as propriedades de um composto que lhe permitam concluir acerca do seu
grau de pureza.
8. Quantos moles e gramas do produto será o rendimento correspondente à 80%?

Parte 2: Identificação do grupo funcional, aldeído ou cetona


9. Escreve a reação que ocorre quando se mistura a solução A (nitrato de prata em
água) com a solução B (hidróxido de sódio em água) na preparação do reagente de
Tollens. Nesta reação forma se um precipitado preto - qual é este composto?
10. Escreva a reação que ocorre quando se adiciona a solução C (ammonia em água).
11. Escreva a reacção envolvida na formação do espelho de prata por acção do
reagente de Tollens com um aldeído. Identifique a troca de electrões.
12. Porque será que as cetonas não apresentam reacção nas mesmas condições?

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 26


Trabalho 3. Preparação do p-acetamidofenol (paracetamol)

Objetivo

Esquema e mecanismo reacional

Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).

Constantes Físicas dos Reagentes e Produtos

Reagente / Produtos For. Molecular P. Ebulição / Densidade solubilidade


Massa molecular P. Fusão

Segurança Reagentes e Produtos (consultar a Segurança) (ex: Efeitos Tóxicos;


Precauções; Primeiros Socorros; Inflamabilidade);

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 27


Execução laboratorial. Tendo em atenção a lista de material que vos é fornecido no
Guia de Laboratório (Anexo 1) indique qual o material que necessita para os diversos
passos da experiência. Pode optar por desenhar as montagens de um modo simples
mas explicativo do procedimento que iria recorrer na aula prática.

1. Qual a razão para a reação de acetilação ocorrer mais rápido com anidrido acético
do que com o ácido acético?
2. Qual a razão para a acetilação ocorrer no grupo amina e não no grupo hidroxilo do
p-aminofenol?
3. Calcule e apresenta os cálculos das quantidades dos reagentes em número de
moles.
4. Qual é o reagente limitante?
5. Qual é o produto secundário que se pode formar se utilizamos demasiado excesso
de anidrido acético e deixamos a reagir por mais tempo do que o recomendado?
6. Porquê é necessário tratar a solução do ponto 2 do procedimento experimental com
carvão activado? (Sabemos que, se o p-aminofenol for recristalizado antes de ser
utilizado, este passo pode ser omitido.)
7. Porquê a adição de HCL ajuda na dissolução de p-aminofenol em água? Escreve a
equação química.
8. No entanto, o grupo –NH3+Cl- não é capaz de participar na reacção, por isso é
adicionado acetato de sódio para formar uma solução tampão e recuperar parcialmente
o grupo amina. Escreve as equações químicas envolvidas.
9. A solução de acetato de sódio em água (ponto 5 do procedimento experimental) será
ácida, básica ou neutra?
10. Porquê o raspar das paredes do balão com uma espátula ou uma vareta de vidro
ajuda a induzir o processo de cristalização (ponto 6 do procedimento experimental)?
11. Porque tem de lavar os cristais filtrados sempre com água fria?
12. Quantos moles e gramas do produto será o rendimento correspondente à 100%?

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 28


Trabalho 4. Redução da cânfora por borohidreto de sódio

Objetivo

Esquema e mecanismo reacional

Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).

Constantes Físicas dos Reagentes e Produtos

Reagente / Produtos For. Molecular P. Ebulição / Densidade solubilidade


Massa molecular P. Fusão

Segurança Reagentes e Produtos (consultar a Segurança) (ex: Efeitos Tóxicos;


Precauções; Primeiros Socorros; Inflamabilidade);

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 29


Execução laboratorial. Tendo em atenção a lista de material que vos é fornecido no
Guia de Laboratório (Anexo 1) indique qual o material que necessita para os diversos
passos da experiência. Pode optar por desenhar as montagens de um modo simples
mas explicativo do procedimento que iria recorrer na aula prática.

1. Na estrutura da cânfora assinalar o(s) centro(s) quiral.


2. Sabendo que a cânfora usada na experiência é de origem natural, a mesma é
maioritariamente o enantiómero (R)- ou (S)- (conforme dados da literatura)?
3. Apesar de apresentar dois centros assimétricos apenas pode existir como dois
estereoisómeros que são enantiómeros. Porquê?
4. Desenha o mecanismo da reação, indicando as duas possíveis direções do
ataque do anião hidreto e, em consequência, os dois possíveis produtos.
5. Assinalar os dois produtos com a designação (R)- ou (S)- em relação ao novo
centro estereogénico formado.
6. Analisando o mecanismo, qual dos diastereómeros espera de ser o produto
majoritário? Porquê?
7. Qual o ponto de fusão de cada um dos diastereoisómeros formados?
8. Assumindo que obteve 0,310 g de produto sólido, qual é a percentagem do
rendimento? Tendo em atenção que na reação se formam os dois produtos, mas um
deles é maioritário, qual é o ponto de fusão que espera encontrar?
9. A partir da TLC apresentada na Figura 2, calcule o Rf dos produtos majoritário e
minoritário.

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 30


Figura 2. Cromatografia em camada fina da mistura reacional, com eluente
CH2Cl2/Hex=95/5. Na posição 1 foi aplicado um padrão de cânfora e na posição 2 uma
gota da mistura reacional. TLC1 foi feita 3 min após o início do refluxo e a TLC 2 após
10 min, quando o aquecimento foi parado.

10. Porquê é preciso adicionar o NaBH4 em pequenas porções?


11. Porquê é preciso adicionar água gelada?
12. Para que é necessário tratar a solução orgânica (em éter dietílico) com sulfato de
sódio anidro?
13. Na experiência como foi removido o éter dietílico? Que operação unitária é realizada?
14. Analise as TLC-s apresentadas na Figura 2. Qual é a diferença entre as duas? O que
isto significa?
15. Se o ponto de fusão medido for muito diferente do tabelado, como podemos proceder
para a purificação do produto?

Química Orgânica 1 – Práticas (2021 – 2022) 31

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