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Bioética
e
Robert M. Veatch
– textos –
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Sobre
Bioética
e
Robert M. Veatch
– textos –
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Sumário
JOAQUIM CLOTET
MARCOS NESTROVSKI
O texto que segue resume as idéias de Robert Veatch presentes em capítulos dos
seus livros citados nas referências bibliográficas. Vale ressaltar que ele escreve
com muita freqüência sobre este tema, sendo autor de um livro especifico (Death,
dying..., 1989) de grande importância para os estudiosos no assunto.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROBERT M. VEATCH ∗
ABSTRACT
∗
Ph.D. Professor of Medical Ethics. Kennedy Institute of Ethics. Georgetown University.
Washington, DC 20057. veatchr@georgetown.edu
∗
ROBERT M. VEATCH
ABSTRACT
∗
Ph.D. Professor of Medical Ethics. Kennedy Iristitute of Ethics. Georgetown University.
Washington, DC 20057. veatchr@georgetown.edu
∗
ROBERT M. VEATCH
ABSTRACT
∗
Ph.D. Professor of Medical Ethics. Kennedy Institute of Ethics. Georgetown University.
Washington, DC 20057. veatchr@georgetown.edu
The futility debate: who should set limits to useless health care? 31
This lecture will argue that health care professionals should have the
right to unilaterally refuse to deliver treatments they deem to serve no useful
purpose unless five conditions are met:
1. The treatment will increase the chance of extending life or providing
some other outcome deemed “fundamental”
2. There is an on-going patient/physician relation
3. The physician is capable of providing the service
4. There is “equitable funding” and no competition for scarce resources
5. No colleague who is capable is willing to take the case
If all of these conditions are met, it should be part of the medical
professional’s responsibility to deliver the care even if he or she deems it
useless, inappropriate, or a violation of professional obligation, the physician’s
covenantal commitment with the state should require that, in exchange for the
monopoly right to practice medicine, such services must be delivered in these
circumstances. In several of the most famous futile care cases all five of these
conditions were met and physicians were required-by law and ethics-to continue
treating even though doing so violated personal conscience.
FUTILIDADE – CONTROVÉRSIAS:
QUEM DEVERIA IMPOR LIMITES AO TRATAMENTO INÚTIL
The futility debate: who should set limits to useless health care? 32
alcançar o efeito desejado; o outro, que produz um efeito que só é valorizado
pelo doente, mas que o médico reconhece como sendo inútil.
Admitamos que, no primeiro caso, o médico teria que ter o direito de
recusar-se a prescrevê-lo; já, na segunda circunstância, tal direito para o
médico é controverso.
Nestes casos (2ª circunstância) a limitação de medidas terapêuticas
poderia ser fundamentada sobre duas justificativas:
Primeira, os tratamentos irão consumir recursos médicos escassos;
segunda, obrigam os profissionais a fazer uma medicina improvisada
e inapropriada.
A primeira razão tem, seguramente, uma base legítima, mas, no que se
refere à segunda, é controvertido que o médico que esteja atendendo um
doente venha a ser o próprio agente limitador. Se for preciso racionar um
tratamento, outras pessoas estão em melhor posição para determiná-lo. Só em
circunstâncias especiais é que o próprio médico deveria ter essa autoridade
para recusar tratamento se este lhe parecesse uma conduta não-profissional.
Nessa palestra, discutiremos o direito do profissional em recusar tratamento que
ele julgue inútil, por não apresentar as seguintes cinco condições:
1. O tratamento irá condicionar a possibilidade de prolongar a vida ou
de criar outra situação julgada “fundamental”;
2. Existe uma continuada relação médico-paciente;
3. O médico é apto para tal serviço;
4. Existe “provisão eqüitativa” e ausência de competição por
recursos escassos;
5. Nenhum outro colega habilitado queira assumir o caso.
Se todas essas condições estiverem presentes, passa a ser do médico
a responsabilidade pelos cuidados necessários, mesmo que ele os julgue
inefetivos, não apropriados, ou uma violação de sua consciência profissional.
The futility debate: who should set limits to useless health care? 33
O convênio do Médico com o Estado, onde este lhe outorga o
monopólio do exercício da Medicina, deveria exigir dele que em tais
circunstâncias não poderia haver recusa em prestar seus serviços.
Em muitos dos mais famosos casos relatados como Tralamento Fútil,
as cinco condições mencionadas estavam todas presentes e os médicos
foram determinados – por lei e ética – a continuar o tratamento, mesmo que,
assim o fazendo, se sentissem violentados em sua consciência pessoal.
The futility debate: who should set limits to useless health care? 34
Justifying randomized clinical trials: the
controversy over equipoise
ROBERT M. VEATCH ∗
ABSTRACT
∗
Ph.D. Professor of Medical Ethics. Kennedy Institute of Ethics. Georgetown University.
Washington, DC 20057. veatchr@georgetown.edu
Conselho Fiscal:
Titulares: Carlos Fernando Francisconi
Jussara de Azambuja Loch
Marília Gerhardt de Oliveira
Suplentes: Maria Estelita Gil
Helena Wilhelm de Oliveira
Nilce Maria Ferrari
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