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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: História Medieval I


DOCENTE: Prof.ª Mª. da Conceição Guilherme Coelho

FICHAMENTO REFERENTE AO TEXTO “Passagens de


Antiguidade Romana ao Ocidente Medieval: leituras
historiográficas de um período limítrofe”.

ANDRIELLY DOS SANTOS BATISTA


RHAEL CLAY BARBOSA SOARES

NATAL
2017
 Posicionamento singular de Santo Agostinho, diante do “declínio” que
teria sido provocado pela corrupção dos costumes pagãos;

 A obra de Santo Agostinho “Cidade de Deus” traz a tese de um declínio


da civilização romana herdada dos tempos antigos e sendo resquícios do
paganismo dos povos antigos daquela região;

 Para uma melhor compreensão da passagem da Antiguidade à Idade


Média, surgem novas possibilidades, considerando as duas definições da
História propostas por Marx: “a história da transformação dos modos de
produção” e “a história da luta de classes”;

 Max Weber dá uma atenção especial à passagem de uma população


essencialmente urbanizada, para uma civilização que vai se ruralizando
aos poucos;

 Weber examina atentamente o processo de desaparecimento gradual do


comércio local nas cidades e, também, no de longa distância, já no fim
do século II;

 Para o medievalista belga Henri Pirenne, o grande divisor de águas fora o


acontecimento de Expansão Islâmica no século VIII, em virtude do
domínio islâmico do Mediterrâneo Ocidental, não quebrando apenas a
unidade mediterrânea, mas rompendo, também, os caminhos comerciais
que sustentavam, até então, a vida material do Ocidente europeu;

 O historiador Henri Marrou propõe a introdução de um novo conceito de


periodização da história da civilização Ocidental: o de “Antiguidade
Tardia”;

 Houve ainda uma “disputa” entre os historiadores da Antiguidade e da


Idade Média, com fins de se comprovar a existência de um “período
limítrofe”;

 Tal “disputa” também servirá como espaço de diálogo, onde antiquistas e


medievalistas se encontrarão para poder intercambiar suas ideias e
experiências;

 Diálogos interdisciplinares que se desenvolvem na historiografia, tem


permitido reequacionar a passagem da Antiguidade à Medievalidade,
como sendo um período extremamente complexo;
 Diversos elementos colaboram para que ocorresse a manutenção da
ordem e do bom funcionamento do sistema sócio-político-econômico-
cultural que era o Império Romano;

 O Império Romano atinge sua expressão máxima no período da pax


romana, momento em que o poder do Império é posto à prova;

 A última fase do Império Romano é a história da “desagregação”, em um


sentido de haver uma rearrumação, de uma desestruturação da ordem que
envolve diversos fatores;

 O século III representou um período onde a desorganização do Império


Romano começa a se fazer notar nos âmbitos econômico, político e
militar, evocando a necessidade de serem tomadas medidas de força para
que se assegurasse uma coesão já há muito ameaçada por diversos
distúrbios ao sistema político-social vigente;

 Em fins do século IV são criadas e impostas as castas de profissionais,


haja vista a necessidade de fazer frente às tendências de desorganização
no âmbito econômico;

 O Cristianismo – por meio da Igreja – começa a impor seus próprios


padrões de especialização política, construindo um sistema paralelo, que
agrega em dioceses, o espaço sócio religioso vindo, consequentemente, a
propor uma nova organização administrativa;

 O mundo medieval passa a se organizar em torno dos desígnios da Igreja


Cristã, representando o início de um novo sistema social.

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